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Nutrição- M5 Ana Laura Coradi T.XXII 1 Terapia Nutricional esôgafo e estômago Patologias mais frequentes Esofagite: inflamação da mucosa gástrica decorrente do refluxo do conteúdo ácido – péptico gástrico. Devido a redução da pressão do EEI que não se contrai adequadamente = retorno de conteúdo ácido agressivo a mucosa. Quadro clínico: pirose, disfagia, regurgitação e dor retroesternal. Quanto mais peso o paciente apresenta – obesos, mais sintomas de regurgitação o paciente sente. Obs: Idosos: apresentam estreitamento do esôfago, dessa forma a deglutição por si só já é dolorida. A perda de peso desses pacientes se instala devido a limitações na alimentação. • Recuperar o estado nutricional • Corrigir o peso – no caso de obesidade • Promover a educação nutricional • Evitar o refluxo gastroesofágico – volume de refeições • Evitar a progressão de lesões já presentes • Minimizar ou evitar os efeitos colaterais dos fármacos e interações entre os fármacos e nutrientes. • Adaptar a consist~encia da dieta a capacidade de deglutição do paciente • Prevenir a irritação da mucosa esofágica na fase aguda • Acelerar o esvaziamento gástrico • Auxiliar na prevenção do refluxo • Contribuir para aumentar a pressão do EEI A diminuição do volume (↓ densidade calórica), sem a utilização de ingesta de volume junto, bem como o fracionamento da alimentação auxilia na melhora dos sintomas pós alimentação. Condições que aumentam a pressão: proteínas (carnes bovinas, pescado e de aves, bem como leite e derivsdos e ovos), mas também podem ser utilizados proteínas de origem vegetal - leguminosas (as que não fermentam muito), cereais – liberação de gastrina Condições que diminuem a pressão: gordura, suco de laranja, tomate, tabagismo, bebibas de sabor cola, chocolate, alimentos de dificil digestibilidade, cafeína, álcool, xantina, entre outros. O paciente refere em muitos casos: Sensação de indigestão, gases, saciedade precoce, empachamento pós prandial. Adaptar a dieta ao grau de disfagia – consistencia: líquida, pastosa, branda. Os espessantes alimentares são módulos de amido modificados, em pó. Eles favorecem a deglutição e podem ser usados, diminuiem o risco de aspiração e aumentam o suporte calórico. VCT: suficiente para manter o peso ideal, ajustado as necessidades do paciente Lipídeos: hipolipidica. Evitar alimentos e preparações gordurosas= CCK reduz a pressão do EEI e aumentam o refluxo e retardo do esvaziamento gástrico. Consistência: Fase aguda: líquida e semi-líquida com evolução até geral. Proteínas: hiperproteica devido a liberação da gastrina, aumento da PEEI e cicatrização. HC: normo, evitar açúcares simples que promovem a fermentação Objetivos da terapia nutricional Em casos de disfagia e dispsia Características do regime alimentar Nutrição- M5 Ana Laura Coradi T.XXII 2 Volume: reduzido para evitar a distensão abdominal e estimulação de acido gástrico. De 6- 8 refeições de pequeno volume para evitar o refluxo, assim se evita a sensação de desconforto e distensão abdominal. Temperatura: normal, de acordo com a preparação, buscando sempre a temperatura ambiente. Vitaminas e Minerais: ajustadas a necesidade do paciente, de acordo com as carencias que o paciente apresenta. Recomendações: não comer antes de dormir, comer em posição ereta, não se recostar ou deitar após a refeição, manter hábitos regulares para evitar aumento do volume das refeições, não usar roupas apertadas, manter a cabeceira da cama elevada e última refeição de 3-4 horas antes de deitar. Vitamina C: auxilia na síntese de colágeno, colabora com a cicatrização, é anti-inflamatória e reduz susceptibilidade as infecções e aumenta absorção de ferro Ferro: no caso de anemia, interação medicamentosa. Obs: os carboidratos simples devem ser evitados pois provocam fermentação, que piora os sintomas. Não é necessário mexer no volume calórico total do paciente, somente orientar no fracionamento das refeições, bem como orientar sobre os horários das refeições serem regrados. Excluir: alimentos que levam irritabilidade da mucosa. Alimentos flatulentos, fermentáveis, ricos em enxofre, bebibas alcoolicas e chocolate. Alho, alimentos gordurosos, batata doce, bebibas fermentativas, couve flor, brocólis, doces concentrados, rabanete, repolho, chá, chá-preto e mate, pois eles diminuem a pressão do eei. Excluir: alimentos que irritam a mucosa gástrica, sucos e frutas ácidas, além de tomate. Excluir aliemntos que estimulama secreção acida com alto índice de purinas ausentes da dieta, por serem excitantes da mucosa gastrointestinal. Além disso excluir alimentos fritos e gordura. RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS: Importante saber do paciente quais alimentos causam desconforto e o tipo de desconforto, identificar a tolerância do paciente. Hérnia de hiato Protusão de uma porção do estômago dentro do tórax através do hiato esofágico do diafragma. Provocada pela protusão de parte do estômago sobre o músculo diafragmático, causando um alargamento da abertura diafragmática, deixando o esôfago passar e se juntar ao estômago. A incompetência do hiato diafragmático é comum com o processo do envelhecimento. Sintomas: Pode ou não apresentar: dor retroesternal, pirose, regurgitação, disfagia, soluço, hematênese, melena. O aumento da pressão intra-abdominal é comum na obesidade, constipação, gravidez e vômitos persistentes, além de tosse, complicações como esofagite e úlcera de esôfago. DIETOTERAPIA - OBJETIVOS • Reduzir o peso corporal • Dificultar o refluxo • Evitar alimentos excitantes de mucosa GI • Facilitar o esvaziamento gástrico • Evitar a progressão de lesões já presentes no paciente Nutrição- M5 Ana Laura Coradi T.XXII 3 Infusos concentrados – chás escuros Alimentos muito quentes Bebibas alcóolicas Refrigerantes cola Condimentos picantes Pimenta vermelha, páprica, pimenta preta, mostarda, caldos concentrados em purina – irritante da mucosa gástrica. Alimentos de difícil digestibilidade, flatulentos, fermentáveis e ricos em enxofre. Causas: processo inflamatório do estômago, devido a bactérias, álcool, fármacos, fumo ou erros alimentares. Sinais e sintomas: Início rápido após exposição à sustancia agressora. Os sintomas persistem por poucas horas a alguns dias, desconforto epigástrico, indigestão, cólicas, anorexia, náuseas, vômitos, ocasionalmente hematênese. Objetivos da dietoterapia: Recuperar o estado nutricional do paciente Favorecer o trabalho gástrico, diminuindo a secreção gástrica, evitando o progresso das lesões e hemorragia Promover o esvaziamento adequado do estômago para permitir que o revestimento mucoso se regenere Facilita a digestão Alivia a dor Promove a educação nutricional do paciente Úlceras e gastrite Alimentos e preparações que aumentam a secreção gástrica Nutrição- M5 Ana Laura Coradi T.XXII 4