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Apostila Doenças do Trato Gastrointestinal I Completa

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1
SAÚDE ORAL
I. MONILÍASE ORAL (CHEMIN & MURA, 2011)
São lesões esbranquiçadas que não se desprendem com
facilidade. Trata-se de uma candidíase que pode ocorrer
isoladamente ou associada a uma doença
imunossupressora, como AIDS, ou em pacientes em
quimioterapia.
II.CÁRIE DENTÁRIA (DAN WAITZBERG, 2009)
Os principais objetivos consistem em promover alterações
nos hábitos alimentares, privar as bactérias dos substratos,
reduzir a acidez bucal e manter o pH o mais neutro (pH
7,0) possível, além de manter a superfície em contato
constante com o flúor.
Fatores relacionados à cariogenicidade:
 ALIMENTOS CARIOGÊNICOS  diminuem o pH<5,5,
produzindo ácidos. Ex: caramelos e balas.
 ALIMENTOS CARIOSTÁTICOS  não são
metabolizados pela placa e não diminuem o pH para níveis
<5,5. Ex.: proteínas e gorduras.
 ALIMENTOS ANTICARIOGÊNICOS  impedem a placa
de reconhecer o alimento. EX.: gomas de mascar ricas em
poliálcool (manitol, xilitol).
 Líquidos  limpeza;
 Fibra (celulose)  limpeza e irrigação;
 Consistência: normal.
 Tratamento dietético: dieta normo a hiperprotéica (0,8
a 1,2g/kg) e normoglicídica (sem concentração de
sacarídeos simples para evitar fermentação e dada a sua
cariogenicidade), lipídeos normais.
 Líquidos: aumentar a ingestão.
 Fibras : aumentar: em especial a celulose.
 Aumentar fracionamento e diminuir volume.
 Temperatura: evitar extremos.
 Evitar bebidas carbonatadas.
 Aumentar consumo de frutas frescas, vegetais crus,
queijo, amendoim salgado, castanhas  efeito detergente.
III.GENGIVITE (DAN WAITZBERG, 2009)
A gengivite é uma forma precoce de inflamação e infecção
da gengiva ao passo que a periodontite é decorrente da
perda gradual da ligação do dente ao osso. O fator
etiológico é a placa bacteriana. Um dos fatores etiológicos
é a presença da placa no sulco gengival, produzindo
toxinas que destroem o tecido e levam às perdas
dentárias. A falta de vitamina C, folato e zinco aumenta a
permeabilidade da barreira gengival no sulco gengival,
aumentando a suscetibilidade para doenças periodontais.
 Consistência: conforme tolerância do paciente,
geralmente, mais pastosa.
 Tratamento dietético: dieta hiperprotéica (1,2 – 1,4g/kg
- promover a cicatrização, atender às necessidades
aumentadas – inflamação, infecção e febre) e
normoglicídica (sem concentração de sacarídeos
simples para evitar fermentação e dada a sua
cariogenicidade), lipídeos normais.
 Fibras modificadas pela cocção e vitaminas aumentadas
(Vitamina C, A e complexo B).
 Temperatura: morna a fria, sem extremos.
 Condimentos: evitar picantes.
 Aumentar fracionamento e diminuir volume.
IV.GLOSSITE (DAN WAITZBERG, 2009)
 Consistência: geralmente branda ou pastosa.
 Tratamento dietético: dieta hiperprotéica (1,2g/kg) e
normoglicídica (sem concentração de sacarídeos
simples para evitar fermentação e dada a sua
cariogenicidade. Alimentos doces estimulam papilas
gustativas), lipídeos normais.
 Fibras modificadas pela cocção e vitaminas aumentadas
(complexo B).
 Temperatura: ambiente a fria, sem extremos.
 Evitar bebidas carbonatadas.
 Condimentos: evitar picantes, ácidos e salgados.
 Aumentar fracionamento e diminuir volume.
V.QUEILOSE (DAN WAITZBERG, 2009)
 Consistência: geralmente branda.
 Tratamento dietético: dieta hiperprotéica (1,2g/kg -
promover a cicatrização, atender às necessidades
aumentadas) e normoglicídica (sem concentração de
sacarídeos simples para evitar fermentação e dada a sua
cariogenicidade), lipídeos normais.
 Fibras modificadas pela cocção e vitaminas aumentadas
(complexo B).
 Temperatura: morna a fria, sem extremos.
 Evitar bebidas carbonatadas.
 Condimentos: evitar picantes, ácidos e salgados.
 Aumentar fracionamento e diminuir volume.
VI.MUCOSITE E ESTOMATITE
A dieta deve ser normoglicídica, sem concentração de
sacarose, normolipídica, normo a hiperprotéica (1,0 –
1,2g/kg).
Aumentar a ingestão de líquidos. Fibras abrandadas pela
cocção. Aumentar o fracionamento e diminuir o
volume. Temperaturas sem extremos. Condimentos
diminuir, inclusive sal e alimentos picantes. Ácidos e
bebidas gasosas – evitar.
VII.CÁRIE DE PRECOCE DA INFÂNCIA (MAMADEIRA)
A cárie de mamadeira descreve o padrão de alimentação
por mamadeira, devido à alimentação prolongada, rica em
açúcar, preferencialmente à noite. Acomete os dentes
anteriores superiores de menores de 2 anos.
As características incluem lesões de cárie e presença de
lesões nas superfícies dos dentes não associadas com alto
risco de cáries. O tratamento consiste em dieta e educação
nutricional de pais e provedores de cuidados.
VIII.EDÊNTULOS (DAN WAITZBERG, 2009)
A terapia nutricional tem como objetivo proporcionar
consistência adequada para alimentação do paciente com
ausência de dentes ou em uso de próteses removíveis, o
que inclui alimentação de branda a pastosa.
IX.CÂNCER DE BOCA
Normalmente, a mastigação, deglutição, salivação e
paladar são afetados. Extensas cáries dentárias (cáries de
radiação), necroses ósseas (osteorradionecrose) e
infecções por patógenos oportunistas podem ocorrer.
DOENÇAS DE TRATO GASTROINTESTINAL 1 Prof. José Aroldo Filho
goncalvesfilho@nutmed.com.br
2
Quando a QT é instituída como tratamento, podem ocorrer
náuseas, vômitos e anorexia. Deve-se monitorar a disfagia,
dificuldades de mastigação, prevenir a desnutrição,
adaptar a dieta aos efeitos indesejáveis do tratamento QT,
RT e/ou cirúrgico.
DOENÇAS DA BOCA E OROFARINGE
 CÂNCER DE CABEÇA E PESCOÇO
Tipo de câncer que é mais comum em homens (3x
mais que em mulheres) e na população asiática. Local
mais afetado é a laringe, seguido da cavidade oral, faringe
e glândulas salivares (Chemin).
O diagnóstico geralmente é tardio (Dan, 2009). A maioria
dos pacientes já apresenta perda de peso e desnutrição,
causados pela dificuldade de alimentação decorrente da
massa tumoral, obstrução, infecção e ulceração oral, ou
alcoolismo.
Pode ser classificado de acordo com a sua localização
(Chemin):
Orofaringe: Base de língua, amígdalas, palato mole, úvula
e paredes da faringe;
Nasofaringe: Parte posterior da cavidade nasal e as
paredes da faringe. Inferiormente, a nasofaringe termina
formando uma linha imaginária abaixo do palato mole.
Hipofaringe: Menos comum a ocorrência de neoplasia.
Fatores de Risco para Câncer de Cabeça e Pescoço:
Fatores de risco nutricionais:
 Alto consumo de alimentos defumados ou tratados
com sal e nitritos: > relação com Ca de nasofaringe.
(Chemin)
 Alto consumo de carnes vermelhas (suínas e
processadas), ovos, manteiga e gorduras totais: >
relação com Ca de cavidade oral, orofaringe e laringe.
(Chemin)
 Uso da erva-mate (Chimarrão) é outro fator de risco
para câncer de orofaringe. (Chemin e Dan, 2009)
 Ingestão de churrasco (Dan, 2009)
Fatores de risco não nutricionais:
 Tabagismo e alcoolismo (Efeito Sinégico!)
 Exposição prolongada aos raios de sol.
 Má higiene bucal (Dan, 2009)
Fatores de Preventivos para Câncer de Cabeça e
Pescoço:
Dieta rica em vitaminas A, C e E, consumo freqüente
de frutas e verduras cruas, laticínios e óleos vegetais :
EFEITO PROTETOR!
Tratamento: Ressecção cirúrgica - preferencial,
irradiação regional ou quimioterapia.
Efeitos Nutricionais dos Tratamentos:
Tratamentos antineoplásicos para carcinoma de cabeça e
pescoço como a radioterapia, pode promover significativa
perda de peso, com consequente má nutrição,
desidratação, internação hospitalar, redução da eficácia do
tratamento, redução na qualidade de vida e da sobrevida
(Dan, 2009). A radiação pode desencadear mucosite.
Estudos demonstraram associação entre o IMC e a
evolução clínica nesses pacientes. Pacientes com o IMC
>25 Kg/m² obtiveram melhor resposta ao tratamento.
Portanto o IMC pode ser um importante indicador a ser
considerado na avaliação clínica para determinar o
tratamento antineoplásico mais adequado para os
pacientes com câncer de cabeça e pescoço.
A ressecção radical e a reconstrução cirúrgica para
tratamento do câncer oral, faringe e laringe
frequentemente reduz a capacidade dos pacientes para
alimentaçãocom ingestão oral adequada e, dependendo
da técnica cirúrgica utilizada, é necessário repouso oral por
tempo variado, que pode chegar a 30 dias se ocorrer
complicações (Dan 2009).
3
Devido à localização da neoplasia ocorrem problemas com
a mastigação, secreção de enzimas pelas glândulas
salivares e deglutição dos alimentos, associados aos
efeitos da radioterapia (cáries dentárias,
osteorradionecrose e infecções locais) e da quimioterapia
(náuseas, vômitos e anorexia).
Aspectos fisiopatológicos no pós –operatório:
 Resposta inflamatória, dor e imobilidade
 Substituição estrutural da mucosa
 Alteração da motilidade do EES
 Redução da função motora e sensitiva da boca.
Objetivos da terapia Nutricional:
 Prevenir e corrigir perda de peso e desnutrição
 Favorecer a cicatrização da incisão cirúrgica
 Facilitar ingestão adequada (realizar modificações)
 Evitar broncoaspiração.
Tabela 1 – Indicação e recomendações de NE no pós -
operatório de ressecções de Boca, orofaringe e esôfago
(Dan, 2009).
 CIRURGIA BUCOMAXILOFACIAIS (Chemin)
Impossibilidade variável de mastigação no pós-operatório
por período variável: em torno de 10 dias. No pós-op. o
paciente pode apresentar náuseas e vômitos por deglutir
muita quantidade de sangue.
Conduta Nutricional
 Aumentar fracionamento;
 Fornecer via oral líquida (suplementada e
incrementada para atingir o VET) ou enteral com
o uso de sondas passadas durante a cirurgia;
 A partir da possibilidade de mastigação a
consistência da dieta deve progredir até geral.
DOENÇAS DO ESÔFAGO
As doenças mais freqüentes são as doenças do
refluxo gastroesofágico e a hérnia hiatal. (Chemin)
 DISFAGIA (Dan 2009 / Chemin 2011)
Definição:
É uma das queixas mais freqüentes dos pacientes
com afecções do TGI alto, principalmente os cirúrgicos,
além de odinofagia e refluxo gastroesofágico.
Os objetivos da dietoterapia para pacientes com
disfagia são:
 Prevenir a aspiração e sufocação;
 Facilitar uma alimentação e deglutição segura e
independente;
 Melhorar e/ou manter o estado nutricional e a
hidratação.
A adaptação da dieta visa:
 Atingir as necessidades calórico-proteicas;
 Minimizar os sintomas e dor e/ou desconforto.
A deglutição acontece em três fases:
1- Oral
2- Faríngea
3- Esofágica
Embora, a doença esofágica conduza o raciocínio de
focar apenas na fase 3, é demonstrado que os outros
segmentos também podem apresentar algum
comprometimento. Na doença esofágica com presença de
disfagia/odinofagia a conduta é:
 Modificação na textura se necessário;
 Indicação de suplementos nutricionais.
A utilização de modificadores de consistência, além de
favorecer a deglutição, aumenta o aporte calórico e diminui
o risco de aspiração.
De acordo com o Dan, a textura é modificada de
acordo com o grau de disfagia, como:
Grau 1 2 3 Normal
Grau de
purê: purê,
preparações
homogêneas
e pudins
Grau de
alteração
mecânica:
Semi-sólidos,
frutas e
vegetais
Grau de
maciez:
Sólidos
macios,
carnes, frutas e
vegetais
Qualquer
alimento
de
textura
sólida
Quando a doença esofágica está acompanhada da
desnutrição (perda ponderal >10% do Peso Habitual por
período  a 6 meses) torna-se necessária a associação de
outras vias para administração de nutrientes e calorias
(sondas nasoenterais ou ostomias).
 Chemin 2011, tendo em vista que a disfagia
orofaríngea afetará principalmente a ingestão de líquidos,a
preocupação com a oferta hídrica é um ponto importante.
A reposição via enteral ou endovenosa, deverá ser
considerada.
Deve ser avaliada a textura e a viscosidade dos
líquidos ingeridos.
A viscosidade é um aspecto importante da
alimentação oral, uma vez que expressa a resistência do
líquido ao fluxo. Líquidos espessados podem ser
utilizados, pois permitem melhor controle oral sobre o bolo
alimentar e proporcionam um tempo maior para que o
reflexo da deglutição seja desencadeado. Líquidos ralos
tendem a ser aspirados.
Classificação dos líquidos conforme viscosidade:
- Ralo: líquidos regulares, sem alteração (ex: leite);
Desordem na deglutição e/ou potencial desabilidade
em deglutir com prejuízos na segurança, eficiência e
na qualidade de comer e beber.
4
- Néctar: líquidos levemente espessados, mas finos o
suficiente para poder ser ingeridos aos goles, sem colher
(ex: leite batido com fruta e mingau ralo);
- Mel: líquido espessado que deverá ser consumido com
colher (ex: mingau grosso);
- Pudim: apresentam aparência sólida, devem ser
consumidos com colher, mas rapidamente desfazem-se na
boca (ex: flan).
 REFLUXO GASTROESOFÁGICO (DRGE) E
ESOFAGITE
O refluxo do conteúdo gástrico para o esofago ocorre
geralmente em indivíduos saudáveis e alguns até
apresentam sintomas clássicos como azia periodicamente.
Os fatores predisponentes envolvem a hérnia hiatal, os
hormônios envolvidos com a gravidez e anticoncepcionais
orais (progesterona), a obesidade, a úlcera péptica com a
presença da bactéria Helicobacter pylori , a esclerose
sistêmica progressiva e o uso de antiinflamatórios não
esteróides.
O quadro clínico cursa com pirrose, disfagia regurgitações,
dor retroesternal baixa ou atrás do apêndice xifóide com
irradiação e sialorréia.
Doença prolongada esofagite (inflamação do
esôfago),erosão, ulceração, hemorragia, perfuração,
estenose e disfagia.
A maior preocupação com pacientes com refluxo de
longa duração é o desenvolvimento do esôfago de Barrett
(células que recobrem a parte distal do esôfago se tornam
anormais e pré-malignas), que é responsável pela
incidência crescente de Adenocarcinoma de esôfago.
A disfagia que ocorre no refluxo depende do tamanho
do bolo alimentar, do diâmetro luminal, da contração
peristáltica, da inibição da deglutição e do relaxamento e
contração do EES e EEI, e pode ser classificada como
orofaringeana (alterações da deglutição) e esofagiana
(Tipo obstrutiva - diminuição do lúmen esofageano e tipo
motora - alteração da peristalse ou no EEI).
Objetivos:
1 - Recuperar o estado nutricional;
2 - Promover educação nutricional;
3 - Evitar o refluxo gastroesofágico;
4 - Evitar a progressão das lesões já presentes;
5 Minimizar ou evitar os efeitos colaterais e as
interações droga – nutriente.
 CÂNCER DE ESÔFAGO (Dan 2009)
Pacientes com câncer avançado de esôfago desenvolvem
disfagia progressiva e persistente e, por isso, podem
desenvolver desnutrição.
O tratamento de eleição para câncer de esôfago é a
ressecção cirúrgica acompanhada, quando indicado, por
RT e QT pós – operatória. Essas terapias também podem
ser utilizadas no pré – operatório para reduzir a massa
tumoral a ser removida.
Tratamento cirúrgico: esofagectomia total ou distal +
remoção do nervo vago + gastrectomia proximal.
Complicações mais comuns:
 Deiscência de sutura e vazamento pela anastomose
 Estenose da anastomose
 Retardo do esvaziamento gástrico, devido a
vagotomia
 Fístula esofágica
 Quilotórax (acúmulo de líquido quiloso no espaço
pleural)
Recomenda-se, sempre que possível, a inclusão de
gastrostomia ou jejunostomia no ato cirúrgico.
Quando iniciada a dieta via oral, esta deve ser:
 Composta por alimentos “pouco fermentativos” como:
chá, ovo quente, gelatina, sopas e sucos;
5
 Fracionamento de 5 ou mais refeições,
 Consistência líquida e sua evolução de acordo com a
tolerabilidade do paciente, entretanto a dieta de
consistência pastosa homogênea parece ser melhor
tolerada por estes doentes.
Quando o repouso da região da anastomose exigido
for superior a 10 dias:
 Realizar uma jejunostomia no ato cirúrgico.
 A dieta via jejunostomia deverá ser mantida até que o
doente atinja 60% das necessidades diárias via oral.
Atenção! Alguns parágrafos adiante, Dan coloca: A
transição completa para a via oral dependerá da sua plena
aceitação, ou, no mínimo de 75% das suas necessidades
pela via oral.
 O desmame da dieta enteral deve ser lento e quando a
nutrição parenteral estiver associada esta deverá ser
suspensa assim que houver provisão adequada de
nutrientes pela via digestiva.
De acordo com Dan, deve-se atingir pela via oral e/ou
enteral de 1000a 1500kcal/dia e aproximadamente 60g de
proteínas, ou, fornecimento de 2/3 das recomendações
diárias.
Os pacientes que são impedidos de utilizar a via oral
devido a presença de anastomoses pós-cirúgicas, podem
apresentar maiores dificuldade para a realimentação oral,
devido a problemas adaptativos cirúrgicos e a ansiedade
do paciente. Entretanto, as dietas de consistência “única”,
homogeneizada parecem ser melhor toleradas do que as
de consistência variada (Ex: sopa em pedaços).
Recomendações para estes pacientes:
 Chupar balas, pirulitos para reestimular o processo de
deglutição;
 Utilização de mamadeira também poder ser indicada na
dependência da idade e/ou consentimento do paciente;
 Postura ereta durante a alimentação
Esquema de realimentação pós esofagectomia (Cap:
Repercussão Nutricional da cirurgia digestiva para o
tratamento do Câncer – Dan, 2009):
1º ao 8º dia – Nutrição enteral via jejunostomia
8º ao 10º dia - Realizar deglutograma. Se liberado, iniciar
VO com dieta líquida ou líquida sem resíduos.
10º dia em diante (sem complicações) – Evoluir dieta para
papa, pastosa e branda. Hipercalórica, hiperproteica e
suspender jejunostomia quando VO atingir necessidades
nutricionais do paciente.
DOENÇAS DO ESTÔMAGO
Vários elementos podem provocar danos à barreira
mucosa gástrica. Em relação aos alimentos, observa-se
que:. (Chemin)
Alimentos muito quentes  levam à congestão da
mucosa gástrica,  a secreção ácida e  o tempo de
esvaziamento gástrico;
Condimentos picantes   secreção ácida e causam
irritação na mucosa;
Pimenta vermelha e páprica  contém capsaína
(irritante da mucosa,  secreção ácida e leva a perda de
potássio);
Pimenta preta  produz irritação gástrica,  secreção
ácida e dispepsia;
Pimenta chilli e mostarda  produzem eritema e lesão
gástrica;
Carboidratos concentrados  estimulam
osmorreceptores, gerando retardo no esvaziamento
gástrico;
Alimentos ricos em gordura   do esvaziamento
gástrico;
Distensão excessiva do estômago ou duodeno 
ocasiona inibição do esvaziamento gástrico;
Fatores psicossomáticos ou estímulos ambientais 
podem diminuir ou aumentar a motilidade gástrica (por vias
eferentes simpáticas e parassimpáticas).
 GASTRITE E ÚLCERA PÉPTICA
Rompimento da integridade da mucosa ocasionada
por anormalidades infecciosas, químicas ou neurais.
Causa mais comum: Infecção por Helicobacter
pylori.
Apenas 10 a 15% daqueles infectados pelo organismo
desenvolvem ulceração sintomática.
Características do H. pylori
 Bactéria gram-negativa, flagelada;
 Resistente ao meio ácido;
 A colonização é feita abaixo da superfície mucosa -
Ocorre produção de UREASE (produz amônia,
alcalinizando os arredores imediatos).
 Induz inflamação por resposta imune humoral e
sistêmica.
 Libera citotoxinas que destroem o epitélio;
 Relaciona-se com a gênese do câncer gástrico
Os fatores que afetam a ocorrência e a gravidade dos
sintomas são:
 Idade do paciente no início da infecção;
 Concentração dos organismos e sua cepa específica;
 Estilo de vida;
 Saúde geral do paciente.
Conduta Dietoterápica (Chemin)
Varia de acordo com a etiologia e os sintomas. Deve ser
adaptada ao medicamento em uso e tem como objetivos:
 Recuperar o estado nutricional do paciente;
 Favorecer o trabalho gástrico, reduzindo a secreção
gástrica, evitando o progresso das lesões e a hemorragia;
 Promover o esvaziamento adequado do estômago para
permitir que o revestimento mucoso se regenere;
 Evitar ou minimizar os efeitos colaterais e as interações;
 Proporcionar hidratação adequada do paciente;
 Promover a educação nutricional do paciente;
Chemin & Mura (2011) possuem as seguintes
recomendações gerais:
Especificação Recomendação
VET Ajustado às necessidades do paciente
(ANP)
Distribuição
calórica
CHO 50-60%; PTN 10-15%; LIP 25-
30%
Consistência Geral ou adaptada às condições da
cavidade oral
Fracionamento 4-5 refeições (evitar jejum prolongado)
Alimentos com
efeito positivo
Fibras – agem como tampão,
reduzindo a concentração de ácidos
biliares no estômago e diminuindo o
tempo de trânsito intestinal, levando a
menor distensão.
6
Evitar
 Bebidas alcoólicas – irritante de
mucosa;
 Café (mesmo que descafeinado) -
aumenta a produção ácida
gástrica;
 Refrigerantes – aumento da
produção ácida (à base de cola e
de limão); provocam distensão
(gasosos);
 Pimenta vermelha – capsaicina –
irritante de mucosa;
 Mostarda em grão chili e chocolate
– irritantes.
Frutas ácidas Respeitar a tolerância do paciente.
Ambiente Calmo, agradável, comer devagar e
mastigar bem.
 CÂNCER DE ESTÔMAGO
As neoplasias Malignas do estômago podem levar à
desnutrição como resultado de perdas excessivas de
sangue e proteínas ou mais comumente, por obstrução,
interferindo na ingestão alimentar.
Fatores que AUMENTAM o risco de carcinoma:
 Infecção crônica por H. pylori;
 Fumo;
 Abuso de álcool;
 Obesidade;
 Baixa ingestão de fibras
 Alto consumo de alimentos salgados, em conservas ou
inadequado em micronutrientes.
Sintomas: Perda de apetite, fraqueza, dor abdominal,
emagrecimento, aquilia gástrica (ausência de ácido
clorídrico e pepsina) ou acloridria.
Tratamento: Cirúrgico (Gastrectomia parcial ou total),
radical ou paliativo (alivia os sintomas GI quando a cirurgia
curativa não é mais possível), quimioterapia e/ou
radioterapia.
Fatores que influenciam a mortalidade: Idade e EN do
paciente, estágio e localização do tumor (Dan).
Terapia Nutricional
Determinada pela localização do tumor, pelo distúrbio
funcional e pelo estágio da doença.
 Após tratamento cirúrgico (Gastrectomia parcial ou
total), pode ocorrer algumas complicações ou dificuldades
com a alimentação, como a Síndrome de Dumping .
 No câncer avançado – O paciente deve receber uma
dieta adaptada, observar preferências alimentares, mas
pode ser necessária a dieta líquida ou NPT.
Terapia Nutricional
Os objetivos da Terapia pré – operatória são mostrados a
seguir:
ATENÇÃO! As condutas a seguir são condizentes com o
período pós – operatório, porém a Chemin coloca que
são sugestões para se atingir os objetivos PRÉ –
OPERATÓRIOS da tabela anterior.
 Adequar às necessidades de macro e
micronutrientes;
 Evitar ou controlar a Síndrome de dumping;
 Prevenir ou tratar o quadro de má-absorção
lipídica (esteatorréia);
 Prevenir ou tratar os défcits absortivos dos
micronutrientes (Vit. B12, ácido fólico, ferro e
cálcio).
CIRURGIAS GÁSTRICAS
Indicações:
 Úlcera péptica complicada com hemorragias,
perfuração, intratabilidade – Atualmente, com a
eficácia dos tratamentos medicamentos, as
cirurgias ocorrem com menor freqüência.
 Câncer ou obstruções.
Procedimentos cirúrgicos:
Vagotomia  Desnervação Vagal. Utilizadas no
tratamento para úlceras pépticas.
Diminui o estímulo das células parietais
Reduz a resposta celular a Gastrina

Diminui secreção ácida
Fig.3 – Anatomia Gástrica
1 – Vagotomia de célula parietal: Afeta apenas a área da
secreção ácida gástrica. O antro e o piloro permanecem
inervados pelo nervo vago e desta forma o esvaziamento
gástrico permanece normal. Técnica operatória muito
difícil.
Fig.4: Vagotomia de célula parietal
2 - Vagotomia troncular com piloroplastia (aumento do
esfíncter pilórico): Interrompe a inervação vagal das
células parietais e também a da vesícula, pâncreas e
intestino delgado. Cursa com disfunção pilórica e antral, e
7
também esvaziamento gástrico precário (retardado para
sólidos e acelerado para líquidos).
 A piloroplastia ou gastrojejunostomia (BII) permite o
esvaziamento gástrico adequado, porém pode acarretar:
síndrome de dumping, diarreia e esteatorréia em 30 – 40%
dos pacientes (Dan).
3) Vagotomia com antrectomia – Além da remoção do
estímulo à secreção ácida gástrica, tem-se a ressecção do
antro e piloro com reconstrução a BI
(gastroduodenostomia) (Fig.5) ou BII (gastrojejunostomia)
(Fig.6). Quanto maior a ressecção, mais rápida é a
passagem do alimento para o intestino (Dan).
ATENÇÃO! Reconstrução a BII  Cursa mais
comumente com síndrome de dumping,esteatorréia, perda
de peso, vômitos e proliferação bacteriana do que a
reconstrução a BI.
4) Gastrectomia parcial ou total – A gastrectomia parcial no
tratamento das úlceras é realizada para remoção da
porção ulcerada. As gastrectomias parcial e total (Fig.7)
também podem ser utilizadas para tratamento do câncer
gástrico.
Fig. 5 – Gastrectomia parcial (Gastroduodenostomia – BI)
Fig. 6 – Gastrectomia parcial (Gastrojejunostomia – BII)
Fig. 7 – Gastrectomia Total (Anastomose Esôfago-jejunal)
Terapia Nutricional no Pós – operatório (Chemin)
 Iniciar terapia nutricional o mais precocemente possível
 Preservar ou recuperar o EN.
ATENÇÃO! Dan recomenda utilizar dieta parenteral até o
retorno da mobilidade intestinal;
 Nas gastrectomias subtotais, normalmente a via oral é a
opção de escolha; (Chemin)
 Dieta via jejunostomia pode ser iniciada dentro de 24h
após a cirurgia com auxilio de bomba infusora.
Preferir fórmulas ISOTÔNICAS.
Velocidade inicial: 20 ml/h.
Fórmulas elementares  diluídas até 280 – 300 mOsm
 Após adaptação intestinal, fórmulas mais concentradas
(1,5 a 2 Kcal/ml) podem ser bem toleradas.
 Com o retorno da peristalse, iniciar dieta via oral de
líquidos claros (chás, água de coco, caldos de vegetais)
evoluindo para líquida completa.
O primeiro líquido permitido é a água (gelo).
Alguns pacientes toleram melhor os líquidos em
temperatura ambiente ou morna do que alimentos frios.
Introduzir, de maneira progressiva, alimentos de
consistência pastosa, hiperproteica, hipolipídica e com
poucos condimentos.
Eliminar carboidratos simples e alternar alimentos sólidos
com líquidos para prevenir ou controlar a diarréia e a
síndrome de dumping.
Em casos de limitação da via oral, introduzir dieta enteral
para prevenir perda de tecido magro e instalação da
desnutrição.
Na impossibilidade de via oral ou enteral por
complicações no pós-operatorio, a nutrição parenteral
estará indicada. (Chemin)
Recomendações na evolução dietoterápica:
Na fase inicial
Refeições freqüentes e em pequeno volume;
Evitar alim. fermentativos e [carboidratos simples];
Lipídios – 23 a 30% do VET, evitar [ ]
Proteínas – 20% do VET de AVB
Se necessário, utilizar suplementos hipercalóricos via oral
– Observar osmolaridade.
Após fase inicial
Consistência branda nos próximos 15 a 30 dias;
De 3 a 6 meses após a cirurgia: dieta equilibrada e
individualizada;
Líquidos: somente 30 a 60 min. antes ou depois das
refeições. Máx. 100 a 200ml/vez
 Em casos de diarréia aumentar ingestão hídrica para no
mín 1200 ml/dia;
Comer devagar e mastigar bem os alimentos;
Permanecer em ângulo de 30 a 45° após as refeições;
Não fumar e não ingerir bebidas alcoólicas;
Após gastrectomia total, ocorre alteração no metabolismo
protéico, mostrando: redução plasmática de AA essenciais
e da relação AA essencial/não-essencial e elevação
plasmática de glutamato e citrulina. Isso é resultado na má
absorção de proteínas, induzindo proteólise persistente, no
pós – operatório tardio de gastrectomia total (Dan, 2009).
8
Causas de desnutrição pós gastrectomia (Dan, 2009):
 Ingestão oral inadequada
 Estase gástrica
 Supercrescimento bacteriano
 Rápido trânsito intestinal(Má absorção do alimento
ingerido).
ATENÇÃO! Administrar B12 intramuscular a partir do
2º ou 3º mês pós – operatório.
Se necessário, também prescrever vit. D, complexo B,
cálcio e Ferro para prevenir deficiências.
COMPLICAÇÕES
 Síndrome de Dumping
Comum nas gastrectomias totais ou subtotais, na
manipulação pilórica e na fundoaplicatura.
Resultado da perda de regulação normal do
esvaziamento gástrico  Rápida passagem do
concentrado alimentar do estômago para o intestino
(Chemin).
As intervenções dietéticas podem reduzir ou
eliminar os sintomas na maioria das pessoas!
Primeiro estágio: Sintomas de plenitude abdominal e
nausea dentro de 10 a 20 min após a refeição.
Causa: Mudança do volume da circulação sistêmica para
dentro do intestino delgado como resultado da ingestão de
alimentos hipertônicos – Rubor em face, taquicardia,
sensação de desmaio, sudorese e necessidade de sentar-
se ou deitar-se.
Atualmente, acredita-se que os pacientes com esses
sintomas iniciais apresentam uma diminuição na
resistência vascular periférica e talvez acúmulo visceral de
sangue.
Estágio intermediário: Sintomas dentro de 20 min a 1
hora após a refeição.
Causa: Aumento da má absorção de carboidratos e outros
gêneros alimentares e a fermentação subseqüente desses
alimentos no cólon – Sintomas “colônicos” . Inchaço
abdominal, flatulência aumentada, cólica e diarréia.
Estágio Final: Sintomas dentro de 1 a 3 horas após a
refeição.
Causa: Hipoglicemia reativa (alimentar). Rápida hidrólise e
absorção do carboidrato  Produz elevação exagerada no
nível de insulina com um declínio subseqüente da glicose
sanguínea - Sudorese, ansiedade, fraqueza, tremores,
sensação de fome. As alterações rápidas na glicose
sanguínea e a secreção de peptídeos intestinais,
polipeptídeo insulinotrópico de glicose e polipeptídeo 1
semelhante ao glucagon parecem ser, pelo menos,
parcialmente responsáveis pelos sintomas.
ATENÇÃO! De acordo com o Dan o 1º Estágio e estágio
intermediário , compreendem uma mesma fase e ocorre no
período de 10, 15 ou até 30 minutos após a refeição.
Chemin não menciona fases.
ATENÇÃO!! Em outro capítulo (Repercussão Nutricional
da cirurgia digestiva para o tratamento do Câncer), Dan ,
2009 diferencia a Sd. de dumping em 2 fases:
Dumping precoce: Ocorre entre 15 a 30 min após a
alimentação. Os sintomas estão relacionados à
hipovolemia (desvio de líquidos). Taquicardia e tonturas.
Dumping tardio: Ocorre entre 90 a 120 min após a
sudorese. Os sintomas estão relacionados à hipoglicemia.
Sudorese, taquicardia, desmaios.
Fig. 8 – Síndrome de dumping
9
Conduta Nutricional
Objetivo: Restabelecer o estado nutricional e a qualidade de vida. Diretrizes de cuidado nutricional para os pacientes com
síndrome de dumping (Dan e Chemin) Os Dados em negrito são da CHEMIN & MURA (2010).
OBS: Recomendações em negrito: Mencionadas apenas na Chemin.
Outras complicações nutricionais associadas à gastrectomia parcial ou total
COMPLICAÇÃO CAUSA
PERDA DE PESO
(Perda de 20-40% do peso – Dan)
Ingestão inadequada, sintomas;
OSTEOPOROSE Rápida passagem pelo duodeno ou sua exclusão do trânsito, baixa ingestão;
Deficiência de vitamina D e cálcio (baixa ingestão e esteatorréia) (Dan)
ESTEATORRÉIA Presente em 70 – 80% de pacientes após gastrectomia total (Dan)
Presente em 50 – 60% após gastrectomia parcial a BII (Dan)
SÍNDROME DE DUMPING Rápido esvaziamento gástrico;
INTOLERÂNCIA A LACTOSE; Entrada de alimentos no intestino delgado abaixo do nível habitual e aumento
da velocidade do trânsito intestinal,
DEFICIÊNCIA DE FERRO (ANEMIA)
Perda da secreção ácida, trânsito intestinal acelerado, perdas sanguíneas,
redução do contato com locais de absorção (duodeno), baixa ingestão alimentar
(principalmente de carnes)
Complicação metabólica mais comum e está presente em 30% dos pacientes
(Dan).
DEFICIÊNCIA DE B12 (ANEMIA
PERNICIOSA)
A deficiência se torna evidente em 78% dos pacientes após 1 ano da
gastrectomia total (Dan, 2009)
Diminuição do fator intrínseco, pelo crescimento exacerbado das bactérias no
delgado proximal ou na alça aferente, pois competem com o hospedeiro pela
utilização da B12. – Administração parenteral da vitamina – mais eficiente.
Estudos mostraram que a suplementação enteral também foram eficientes. Nos
pacientes em que a suplementação oral não atingir os resultados pretendidos,
torna-se necessária, particularmente em doentes previamente desnutridos, a
reposição mensal intramuscular de Vitamina B12 ( 3 a 5000 UI) (Dan, 2009)
REFLUXO GASTRODUODENAL E
GASTRITE ALCALINA PÓS-
GASTRECTOMIA DISTAL
Refluxo das secreções biliares (Dan)
POLINEUROPATIA
Deficiência de B1
Estudos mostraram a redução de B1 principalmente 6 meses após
gastrectomia, em casos que não houve suplementação.
 Pequenas refeições ao longo do dia; 6 a 8 refeições/ dia
 Alimentos ricos em proteínas e moderadosem gorduras são recomendados;
 Carboidratos complexos podem ser incluídos se tolerados;
 A ingestão de alimentos ricos em fibras (pectina e gomas) diminui a velocidade do trânsito, diminui a absorção de
glicose e diminui a resposta insulinêmica; Deve-se tomar cuidado com a obstrução por excesso de fibra,
principalmente se não ingerir água em quantidade suficiente;
 Pobre em fibras insolúveis
 Manter postura ereta ao se alimentar;
 Não consumir líquidos junto às refeições. Ingerir pequenas quantidades de líquidos durante o dia entre as
refeições;
 Intolerância de lactose
 Pode ser necessário suplementos de vitamina D e cálcio quando a ingestão de laticínios é reduzida;
 Para aqueles com significante má absorção de lactose
 Esteatorréia – Utilizar triglicerídeos de cadeia média (TCM) porque são ser melhor tolerados;
 Pobre em carboidratos simples (lactose, sacarose e dextrose – são hidrolisados rapidamente)
Na hipoglicemia:
 Doces concentrados e hipertônicos devem ser ingeridos.
10
EXERCÍCIOS:
01) No tratamento da úlcera péptica são usados
medicamentos antiácidos por tempo prolongado que
interferem na absorção de certos nutrientes, cabendo ao
nutricionista avaliar e acompanhar a possível deficiência
de: (Residência / HUPE – 1996)
(A) Ferro
(B) Potássio
(C) Magnésio
(D) Vitamina D
(E) Vitamina B2
02) O fator que não provoca anemia pós-gastrectomia é:
(Residência / HUPE – 1997)
(A) Redução da digestão péptica
(B) Deficiência de fator intrínseco
(C) Alteração na síntese de secretina
(D) Perdas sanguíneas durante a cirurgia
(E) Diminuição na produção de ácido clorídrico
03) Paciente submetido à gastrectomia parcial a BII pode
ter déficit na absorção das seguintes substâncias:
(Residência / HUPE-1998)
(A) lipídios e ferro;
(B) sódio e selênio;
(C) potássio e alumínio;
(D) cálcio e vitamina B6;
(E) vitamina C e vitamina B12.
04) Após cirurgia gástrica, freqüentemente os pacientes
perdem peso atingindo níveis bem abaixo do anterior a
cirurgia. Este fato parece resultar tanto da redução da
ingestão calórica como de uma discreta má-absorção.
Nestes casos, além de rica em proteína, a dieta deverá ser
classificada, em relação a lipídio e carboidrato,
respectivamente, como: (Residência / HUPE-2000)
(A) moderada e moderada
(B) moderada e pobre
(C) moderada e rica
(D) pobre e pobre
(E) rica e rica
05) A gastrite atrófica, que resulta na atrofia das células
parietais do estômago, caracteriza-se por: (Residência /
HUPE-2002)
(A) deficiência de zinco;
(B) má absorção de B12;
(C) inalterabilidade do fator intrínseco;
(D) aumento da secreção de ácido clorídrico.
06) Os pacientes submetidos a ressecções gástricas
apresentam risco de desenvolver síndrome de “dumping”.
Uma das orientações para reduzir os episódios desta
síndrome é: (Residência – HUPE)
(A)Beber líquidos às refeições
(B)Consumir três refeições diárias
(C)Deitar-se logo após as refeições
(D)Consumir dieta rica em gordura
(E)Ingerir pequena quantidade de proteína
07) Considere um paciente com Síndrome de Dumping
após gastrectomia parcial. Nesse caso, a dieta
recomendada deve ser caracterizada como: (Residência –
HUPE/2002)
(A)Hipoprotéica e hipolipídica
(B)Hipocalórica e hipoglicídica
(C)Moderada em lipídios e hiperprotéica
(D)Hipercalórica e hiperprotéica
08) Na dieta para tratamento da Síndrome de “Dumping”,
com o objetivo de lentificar a absorção de carboidratos e
reduzir a resposta glicêmica, é indicada a inclusão de:
(Residência – HUPE/2003)
(A)Pectina
(B)Gordura
(C)Líquidos
(D)Dextrose
09) A vagotomia é um procedimento cirúrgico utilizado no
tratamento da úlcera péptica. Um dos seus efeitos é a
diminuição da secreção ácida gástrica, que pode prejudicar
a absorção de: (Residência – HUPE/2004)
(A)Ferro
(B)Zinco
(C)Cobre
(D)Magnésio
10) Em casos de esofagite sem refluxo gastroesofagiano,
deve ser excluído da dieta o seguinte alimento:
(Residência – HUPE/2004)
(A)Chá preto
(B)Leite desnatado
(C)Suco de laranja
(D)Doce concentrado
11) Rosa, 63 anos, vai a consulta no ambulatório de
nutrição, encaminhada pelo gastroenterologista, com
diagnóstico de úlcera gástrica e infecção pelo Helicobacter
pylori. A erradicação do Helicobacter pylori faz parte do
tratamento. Um dos mecanismos de ação desta bactéria é:
(Residência HUPE-2006)
(A) colonização do intestino delgado
(B) produção de amônia e diminuição do pH gástrico
(C) alcalinização do meio, favorecendo sua sobrevivência
(D) aumenta a acidez gástrica e destruição do muco
protetor
12) Levando em consideração o quadro anterior, Rosa
será orientada quanto às alterações dietéticas e mudanças
comportamentais que vão auxiliar no tratamento e na
melhoria dos sintomas da úlcera. Rosa é fumante e será
aconselhada a interromper este hábito, porque o fumo:
(Residência HUPE-2006)
(A) aumenta a pressão do esfíncter esofágico inferior
(B) reduz a secreção de bicarbonato pancreático
(C) retarda o esvaziamento gástrico
(D) aumenta o ph duodenal
Seu Antônio tem 52 anos é pedreiro e foi encaminhado para o
ambulatório de nutrição de um hospital com o diagnóstico de
refluxo gastresofágico. A terapia nutricional para este tipo de
refluxo, tem como um de seus objetivos diminuir o estímulo a
secreção ácida gástrica.
13) Para alcançar este objetivo, o nutricionista que atende
ao seu Antônio deve recomendar que ele evite os
seguintes alimentos: (Residência – HUPE / 2007)
(A) condimentos e refrigerantes
(B) carminativos e excesso de proteínas
(C) café e bebidas alcoólicas fermentadas
(D) excesso de gordura e alimentos com pH ácido
14) No tratamento da úlcera péptica é recomendado:
(A) evitar o consumo de álcool por diminuir a absorção de
vitaminas do complexo B;
(B) Restringir os alimentos ácidos que agridem
superficialmente a mucosa gástrica;
(C) Eliminar o café devido ao seu efeito no aumento da
secreção ácido gástrica;
(D) Restringir ou abolir o fumo dado o seu efeito no
relaxamento do EEI.
11
15) A Síndrome de “Dumping” é uma resposta fisiológica
complexa à presença de alimento não digerido no jejuno,
ocorre freqüentemente após vagotomia e
gastrojejunostomia. Você não prescreveria para esses
pacientes:
(A) dieta rica em proteínas;
(B) pectina;
(C) dieta moderada em gordura;
(D) dieta rica em carboidratos simples;
(E) líquidos entre as refeições.
16) Em pacientes gastrectomizados em pós-operatório
tardio e que já se alimentam por via oral, com alguma
frequência observa-se a ocorrência de hipoglicemia, 1 ou 2
horas após as refeições. De modo a evitar esta
intercorrência, o cuidado nutricional do paciente que vem
apresentando sintomas de hipoglicemia, nestas condições,
deve-se ter como objetivo: (SES-RJ-2001)
(A) reduzir a secreção de glucagon após as refeições;
(B) retardar a absorção dos carboidratos contidos nas
refeições;
(C) aumentar o conteúdo total de carboidratos da dieta;
(D) Estimular a gliconeogênese.
17) Na cirurgia de gastrectomia, o cuidado nutricional para
evitar a Síndrome de dumping estabelece: (UFPR-2004)
(A) Não utilizar fibras, pelo retardamento na digestão da
gordura;
(B) Não estimular o fracionamento da dieta
(C) Utilizar carboidratos em percentual mais baixo
(D) Consumir líquidos nas refeições
(E) Adotar dieta rica em carboidrato e pobre em gorduras
18) Assinale a alternativa onde todos os alimentos pioram
os sintomas na presença de refluxo gastroesofágico: (SÃO
JOSÉ)
(A) Leite de vaca desnatado, maçã, chocolate e café
(B) Chocolate, café, bebida alcoólica, alimentos
gordurosos
(C) Leite de vaca desnatado, suco de maçã, café, bebida
alcoólica
(D) Maçã, chocolate, bebida alcoólica, alimentos
gordurosos
19) A Síndrome de dumping ocorre pela perda da
regulação do esvaziamento gástrico e das respostas
gastrointestinais e sistêmicas após uma refeição,
adotando-se como cuidado nutricional: (UFRJ- 2006)
(A) Ingerir líquidos junto com as grandes refeições
(B) Doces após grandes refeições
(C) Maior quantidade de leite
(D) Uso de TCM nos casos de esteatorréia
(E) Alimentos ricos em proteínas e lipídios
20) A anemia pode se desenvolver após cirurgia gástrica.
Das afirmativasapresentadas abaixo não é considerada
uma causa de anemia na gastrectomia parcial:
(BOMBEIROS-2001)
(A) O rápido esvaziamento do estômago impede a mistura
completa do alimento com o ácido clorídrico gástrico,
impedindo a formação ferrosa absorvível
(B) A mucosa gástrica reduzida impede a produção do
fator intrínseco em quantidades adequadas para
permitir a completa absorção da vitamina B12
(C) O crescimento bacteriano excessivo no intestino
delgado proximal ou alça aferente se liga a vitamina
B12 e compete com o organismo pela absorção
(D) O ferro ao desviar-se do jejuno, onde 50% da
absorção do ferro ocorre, pode justificar a anemia
(E) Ingestão deficiente de ferro, vitamina B12 e ácido
fólico
21) Para pacientes com úlcera gástrica, é indicada dieta
(IABAS 2010):
(A)Rica em lipídios
(B)Pobre em potássio
(C)Branda
(D)Pobre em sódio
(E)E)Rica em fibras
22) A radiação em cabeça e pescoço realizada no
tratamento oncológico produz redução na ingestão por
causar: (Niterói- 2000)
(A) enterite;
(B) esofagite
(C) mucosite
(D) Amigdalite
23) Na seleção de alimentos para o paciente com úlcera
péptica é importante considerar que o pH do suco de
laranja em relação ao pH gástrico é: (CEARÁ)
(A) Menos ácido
(B) Igualmente ácido
(C) Um pouco mais ácido
(D) Muito mais ácido
24) Gastrite é um termo genérico que refere-se à
inflamação e lesão tecidual resultante da erosão da
camada mucosa e exposição das células subjacentes às
secreções gástricas e às bactérias. A gastrite atrófica se
caracteriza por: (Maricá – 2007)
(A) reação inflamatória localizada e estenose do piloro
(B) hemorragia difusa e atrofia do antro
(C) atrofia e perda das células parietais
(D) hemorragia difusa e atrofia do fundo
(E) atrofia e perda das células da região do piloro
25) Um paciente com câncer do trato
gastrointestinal,submetido à cirurgia Billroth II, apresenta
uma: (Maricá – 2007)
(A) esôfagojejunoanastomose
(B) gastroduodenoanastomose
(C) esôfagoduodenoanastomose
(D) gastrojejunoanastomose
(E) esôfagoileoanastomose
26) Marque a alternativa que descreve os alimentos que
diminuem a pressão do esfíncter esofagiano inferior (EEI)
e pioram os sintomas do refluxo gastroesofágico: (Maricá –
2007)
(A) gorduras, álcool, hortelã
(B) proteínas, açúcares e café
(C) gorduras, açúcares e álcool
(D) frutas cítricas, café e álcool
(E) massas, chás e açúcares
27) A síndrome de dumping: ( Bahia-SES-2005)
(A) é um complexo de sintomas induzido pelo
esvaziamneto gástrico retardado.
(B) é a resposta da passagem rápida de uma refeição
hipertônica pelo intestino.
(C) se caracteriza por dor abdominal e diarréia cerca de 3
horas após a refeição.
(D) não pode ser evitada pela dieta.
(E) pode ser evitada com a ingestão de refeições de alta
osmolaridade.
28) Na síndrome de dumping, para o paciente é incorreto:
(Campinas-2002)
(A) deitar-se após se alimentar
(B) evitar tomar líquidoscom as refeições;
(C) usar triglicrídeos de cadeia média se apresentar
esteatorréia;
(D) ingerir doces concentrados e leite.
12
29) Disfagia é: (Campinas-2002)
(A) fluxo diminuido da saliva;
(B) dificuldade de deglutição;
(C) dificuldade de mastigação;
(D) dentes perdidos;
(E) fluxo aumentado de saliva
30) Para diminuir a probabilidade do refluxo gástrico, o
indivíduo: (Campinas-2002)
(A) deve deitar-se imediatamente após alimentar-se;
(B) deve consumir dieta rica em gordura e proteína
(C) deve comsumir apenas 3 refeições ao dia;
(D) deve consumir dietarica em gordura;
(E) não deve se deitar até 3 horas após alimentar-se.
31) Dentre os cuidados nutricionais nos casos de refluxo
gastroesofágico, na fase aguda deve-se recomendar o
consumo de: (Secretaria de Saúde do Estado do RJ-2009)
(A) carminativos
(B) alimentos crocantes
(C) refrigerantes
(D) tomate
(E) dieta líquida
32) São cuidados nutricionais recomendados para
pacientes com síndrome de dumping: (Secretaria de
Saúde do Estado do RJ-2009)
(A) refeições copiosas
(B) ingestão de líquidos junto com as refeições
(C) alimentos ricos em lipídios
(D) alimentos ricos em proteínas
(E) alimentos pobres em fibras
33) Paciente foi submetido à cirurgia gástrica devido a
câncer gástrico. No pós–operatório, iniciou quadro de
plenitude abdominal, náuseas, cólica abdominal, sudorese
e esteatorréia. A resposta fisiológica apresentada e a
conduta nutricional indicada são respectivamente:
(Especialização INCA/2009)
(A) Síndrome Zollinger Ellison / Evitar líquidos durante
refeições
(B) Síndrome de dumping / Usar Triglicerídeo de cadeia
média
(C) Úlcera de Curling / Comer em pequenas quantidades
(D) Anemia Perniciosa / Fazer dieta hiperprotéica
34) A doença do refluxo gastroesofágico apresenta como
quadro clínico pirose, disfagia, regurgitação e dor
retoesternal.
O alimento que pode ser ingerido sem restrição, pois não
reduz a pressão do esfíncter esofagiano inferior é o(a)
(Petrobrás 2010)
(A) leite desnatado.
(B) suco de laranja.
(C) tomate.
(D) chocolate.
(E) hortelã.
35) A úlcera péptica é uma ulceração aguda ou crônica
que pode ocorrer em porções do trato gastrointestinal
expostas às secreções gástricas. Um paciente, na fase
aguda da doença, com 40 anos de idade e peso corporal
de 70 kg, deve ingerir uma quantidade máxima de
proteína, em gramas, por dia, igual a: (Petrobrás 2010)
(A) 84
(B) 91
(C) 105
(D) 126
(E) 140
36) A Síndrome de Dumping é uma das complicações que
um paciente que sofrera uma cirurgia de redução de peso
do tipo Fobbi – Capella pode apresentar. Portanto, para
evitá-la, o cuidado nutricional para este paciente deve
contemplar uma dieta: (São Gonçalo 2010)
A) hiperproteica, hipoglicídica, normolipídica, com
fracionamento restrito;
B) hiperproteica, rica em TCM e carboidratos simples e
com fracionamento restrito;
C) hipoproteica, rica em carboidratos complexos,
principalmente fibras solúveis, a fim de retardar o
esvaziamento gástrico e pouco volume;
D) hiperproteica, normolipídica, rica em fibras solúveis, a
fim de retardar o esvaziamento gástrico e com volume
restrito;
E) normoproteica, hipolipídica, hiperglicídica, com
fracionamento aumentado e volume reduzido.
37) A esofagite usualmente ocorre como um resultado do
efeito irritante do refluxo gástrico ácido sobre a mucosa
esofágica. Certos alimentos e fatores diminuem a pressão
do EEI. Assinale o alimento que não exerce este papel:
(São Gonçalo 2010)
A) Azeite
B) Álcool
C) Chocolate
D) Carminativos
E) Leite desnatado
38) Um paciente eutrófico com diagnóstico de refluxo
gastroesofágico deve seguir uma dieta com as seguintes
características: (Petrobrás 2010)
(A) normocalórica, normoproteica, normoglicídica e
normolipídica.
(B) normocalórica, normoproteica, hiperglicídica e
hipolipídica.
(C) normocalórica, hiperproteica, normoglicídica e
hipolipídica.
(D) hipercalórica, hiperproteica, hipoglicídica e
normolipídica.
(E) hipercalórica, hiperproteica, normoglicídica
ehipolipídica.
39)
GABARITO
1 A 2C 3 A 4 B 5 B 6 C 7 D 8 A 9 A 10C
11C 12B 13C 14C 15D 16B 17C 18B 19D 20D
21E 22C 23A 24C 25D 26A 27B 28D 29B 30E
31E 32D 33B 34A 35A 36D 37E 38C

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