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Constipação Conceitos ● Obstipação: demora ou dificuldade de defecação. ● Constipação: dificuldade e dor para a passagem das fezes, fezes endurecidas e/ou volumosas e/ou sensação de evacuação incompleta. Caracterização ● Evacuações em frequência menor que 3x/semana. ● Fezes ressecadas e duras. Presença de: ● Cíbalos: evacuações que podem ser diárias, mas de forma incompleta, com fezes muito ressecadas, com muito esforço e dor. ● Fecalomas: fezes extremamente volumosas e calibrosas, após muitos dias sem evacuar e que, por vezes, determinam entupimento do vaso sanitário. Classificação ● Aguda: sugere uma causa orgânica. ● Crônica: pode ser orgânica (5%) ou funcional (95%). Perdas Fecais ● Soiling: perda involuntária (em geral líquidas) de parte do conteúdo fecal por portadores de constipação crônica, em razão de fezes impactadas no reto → pode haver escapes nas roupas íntimas das crianças. ● Encoprese: ato completo da defecação, porém em local e/ou momento inapropriado, sendo resultado de distúrbios psicológicos. Ciclo Etiologia ---------- distúrbios funcionais ---------- -Causas Alimentares: Dieta com: ● Baixo teor de líquidos ● Baixo teor de fibras -Causas Comportamentais: Dieta com: ● Estresse (nascimento de irmãos, mudanças, divórcios, etc.) ● Resistência ao treinamento no uso do banheiro ● Desejo de controle ● Fissura anal dolorosa ● Desejo de não cessar a brincadeira ● Abuso sexual ---------- distúrbios Orgânicos ---------- ● Megacólon congênito ● Defeitos congênitos do ânus ● Fibrose cística ● Distúrbios hidroeletrolíticos (hipercalcemia e hipocalemia) ● Defeitos de fechamento do tubo neural (espinha bífida oculta) ● Hipotireoidismo ● Alergia à proteína do leite de vaca ou doença celíaca ● Medicamentos (analgésicos opióides) ● Toxinas (chumbo ou toxina botulínica) Sinais de Alerta ● Em RN: nenhuma evacuação nas primeiras 24 a 48 horas após o nascimento. ● Em Lactentes: perda do tônus muscular e redução da capacidade de sugar. ● Em crianças mais velhas: acompanhada de incontinência urinária, dor nas costas, perda de força muscular em membros inferiores. ● Em qualquer idade: ○ Perda de peso ou crescimento abaixo do esperado para a idade. ○ Redução do apetite. ○ Sangue nas fezes. ○ Febre, vômitos, distensão e dores abdominais. Como Diagnosticar ● Anamnese com questionamento ativo sobre o hábito intestinal, início dos sintomas (quando relatados) e mudança na frequência e/ou consistência. ● Exame físico geral, abdominal (procura de massa em FIE) e anal (à busca de fissuras ou lacerações). ● Exames diagnósticos direcionados à suspeita clínica → raios-X e hemograma, parasitológico de fezes e fezes com pesquisa de sangue oculto. Tratamento ● Dietético ● Comportamental ● Medicamentoso -Dietético: ● Aleitamento materno exclusivo nos 6 primeiros meses de vida. ● Aumento da ingesta de água. ● Aumento da ingesta de fibras: ○ 15 a 20 g/dia ○ Fibras vegetais (praticamente indigeríveis e inabsorvíveis). ○ Particularmente eficaz no tratamento da constipação de trânsito normal. ○ Não muito eficaz na inércia colônica ou distúrbios defecatórios. -Comportamental: ● Sentar-se todos os dias no vaso sanitário, na mesma hora, por ao menos 5 minutos, mas sem exagero no tempo. ● De preferência 15 a 45 minutos após o café-da-manhã (a ingestão de alimentos estimula a motilidade colônica). ● Ambiente tranquilo e com tempo adequado, sem distratores. -Medicamentoso: ● Medicamentos que agem nas funções de absorção e secreção do intestino. ● Modificam a consistência, forma e a quantidade das fezes. ○ Formadores de Massas: volume de fezes aumentado estimula as contrações naturais do intestino e ficam mais moles e mais fáceis de expulsar. A dose deve ser aumentada de modo gradual até se atingir a regularidade. ○ Osmóticos: extrai a água presente nas paredes do intestino grosso e lançando-a na luz intestinal. Diluem a massa fecal e facilitam a sua eliminação. Atuar no prazo de 3 h e são melhores no tratamento da constipação intestinal do que para sua prevenção. ○ Emolientes: amolecem e lubrificam as fezes, impedem a perda da umidade excessiva e reduzem a tensão superficial (função de detergentes). Por não induzirem os movimentos peristálticos intestinais, não são considerados verdadeiros laxantes. ○ Estimulantes: estimulam diretamen- te as paredes do intestino grosso, provocando a sua contração para deslocar as fezes. Provocam uma evacuação semi-sólida no prazo de 6 a 8 horas. OBS: o uso prolongado de laxantes estimulantes pode piorar a função do intestino grosso (Síndrome do intestino preguiçoso). -Enema: procedimento momentâneo para remover mecanicamente as fezes impactadas → se injeta um líquido morno com lubricante (glicerina).
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