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SEMIOLOGIA CARDÍACA 1
SEMIOLOGIA CARDÍACA 
Sintomas frequentes: 
Dispneia: falta de ar, cansaço, folego curto - queixa de estar cansando 
facilmente (preocupar quando ocorrer em repouso ou em atividades que antes 
não causavam) 
Pode ter causa cardíaca, pulmonar, caixa torácica, ansiedade, obesidade > 
edema pulmonar, disfunção do VE, estenose mitral 
Súbita: pensar em causas agudas, como TEP (atentar a fatores de risco - 
anticoncepcional oral, imobilização prolongada, neoplasias, tabagismo - 
reduz oximetria, tem taquicardia sinusal (é o mais comum), S1Q3T3 - onda 
S profunda de DI, em Q de DIII e onda T invertida de T3), pneumotórax 
(trauma, DPOC, espontâneo - ruído timpânico a palpação), EAP (edema 
agudo de pulmão - paciente cardiopata (alega piora da dispneia) ou 
paciente não cardiopata (hipertensivo - excesso de álcool e sal em HAS ou 
problemas renais - edema por falta de urina)), Pneumonia extensa (COVID-
19), Obstrução de vias aéreas (crianças, idosos, psiquiátricos). 
Crônica: desenvolvimento progressivo 
Funcional: tem em repouso, não aos esforços - não é cardíaca 
Crises de Pânico: associado a hiperventilação - não usa musculatura 
acessória (principalmente abdominal), satura bem, ausculta limpa 
Associada a sibilos: asma - pode ser origem cardíaca também, congestiva 
ICC: paciente tem dispneia aos esforços, tem ortopnéia (hipertensão 
venosa e capilar pulmonar - reduz retorno venoso), acompanha edema de 
mmii, apresenta hepatomegalia e nuctúria parixísticia noturna, tosse, sibilos 
e sudorese - alivia ao sentar (dorme com vários travesseiros) 
Pulmonar: alivia com a eliminação de secreções 
TEP: súbita, apreensão (ansioso, início é súbito e assusta, ECG pode ser 
normal), palpitações, hemoptise (raro), dor torácica pleurítica
SEMIOLOGIA CARDÍACA 2
Pneumotórax: súbita, dor torácica pleurítica - abolição do murmúrio 
vesicular do lado afetado, timpanismo a percussão (derrame pleural é 
maciça) 
Classificação: gravidade e terapeutica 
I. Atividade ordinárias não causam 
II. Limitação leve da atividade física 
III. Desconforto em atividades básicas 
IV. Desconforto em repouso 
Diagnóstico: atentar a sinais de pouca aderência a medicação, infecção, 
TEP, mesmo com ECG normal e marcadores de necrose normal não afasta 
angina estável de alto risco, exige ficar em observação) 
Dor Torácica 
Causas cardíacas e não cardíacas (parede torácica tem 12 pares de 
nervos, medula, junções costo-condriais) 
Avaliar localização, irradiação, caráter, o que alivia e intensifica, sintoma 
associado, duração, frequência, recorrência, situações que ocorre
Restrita a pele ou superficial - paciente consegue apontar e se for 
reproduzida pela pressão não é isquêmica (parede) 
Se mamilar esquerda ou irradiar para MSD não é isquemica - costocondral 
e estômago 
Duração efêmera > muscular 
Longa duração e no repouso: causas cardíacas 
Retroesternal: isquemia, pericárdio, esofágico, TEP, mediastino, aórtica 
Inter escapular: isquemia, musculoesquelética, vesícula biliar, pâncreas 
Tórax anterior direito: vesícula, fígado, abcesso, subdiafragmático, 
pleurista, pneumônica, TEP, úlcera péptica perfurada, miosites agudas 
Epigástrica: isquemia, pericárdio, esofágica, gastroduodenal, vesícula, 
fígado 
Esquerda: neuragia intercostal, TEP, miosites, pneumonia, baço
SEMIOLOGIA CARDÍACA 3
Braços: isquemia, cervico-dorsal 
Ombros: isquemia, pericardite, abscessos, muscular 
Angina Péctoris: há isquemia mas não há necrose, 2 - 10 minutos, aperto, 
pressão. sufocamento
Varia ao longo do mesmo dia e entre dias, costuma ser pior pela manhã
Irradia para parte ulnar do antebraço, mandíbula inferior, dentes, pescoço, 
ombros 
Ocorre aos esforços, emoções fortes, piora com frio e ao fumar 
Prinsmetal tipicamente em repouso (variante da angina) 
SEMIOLOGIA CARDÍACA 4
Síncope 
Súbita e transitória perda de consciência e tônus postural, com 
recuperação espontânea, por redução da perfusão cerebral (1º desmaia e 
depois tem convulsão, se começa com crise convulsiva não é pelo 
síncope)
Ortostática: tonteiras, visão turvas, fraqueza, tremores - aferir a PAS 
deitada e depois em pé 
drogas vasodilatadoras ou depleção de volume 
Neurocadiogênica: aumento vagal súbito > bradicardia, vasodilatação e 
hipotensão (mais comum, estresse, ver sangue, banho quente) 
Situacional é igual a anterior, fator desencadeante que é diferente 
Causas cardíacas: arritmias (TV, BAV), estenose aórtica, TEP maciça - não 
tem outra queixa associada, apenas sinais cardíacos 
Neurológicas: enxaqueca, AIT, convulsões 
Metabólicas: hipoventilação, queda de glicose 
Avaliar inicio e fim, fraturas, sintomas associados, fatores desencadeantes. 
Deve-se fazer ECG e se encontrar alterações > internar 
SEMIOLOGIA CARDÍACA 5
Palpitações: avaliar inicio e fim, sensações diferentes de batimentos são 
características, verificar quando sente, como sente, frequência que ocorre 
Extrassístole: ocorre como saltos ou arrancos isolados - pode ser sintoma 
de cardiopatia e há uma frequência após covid 
Taqui paroxística: ataques início abrúpto, FC 120 regular ou não
Ocorre independente de esforço - FA, flutter, tirotoxicose, anemia, febre, 
ansiedade 
Ataques rápidos independente do esforço - hemorragia, hipoglicemia, 
tumores adrenais 
Concomitantes ao uso - Fumo, café, álcool, chá, efedrina, amnofilina, T3
Quando fica em pé - hipotensão postural 
Mulheres com meia idade, com sudorese e flushes - climatério 
Frequência normal e ritmo regular - ansiedade 
EXAME FÍSICO 
Medidas de pressão arterial: 
Palpatória - insufla o manguito até parar de ouvir o pulso, insufla mais 20mmHg 
e depois libera, quando voltar a sentir essa é a pressão (1º medida) 
2° medida ouvir com o estetoscópio - Sons de Korotkoff
Hiato auscultatório: evitado aferindo primeiro com o palpatória 
Pulsos arteriais:
FC
Contorno
Simetria 
Amplitude 
Características 
SEMIOLOGIA CARDÍACA 6
Parvus Et tardus: atrasa com relação a B1 - ouve B1 e demora a sentir o pulso, 
ocorre em estenose aórtica 
Martelo D’água: Um pulso cheio e forte, depois colaba 
Bisferens: bifásico, comum em choque cardiogênico, IC aguda
Palpação do precórdio: 
íctur cordis: 5º EIE, LHCE, 1-2 polpas digitais, pouco propulsivo 
Hipertrofia: deslocado para E e 1 EIC 
Dilatação: deslocado para baixo e esquerda, 2 ou mais EIC 
No ventrículo direito é palpado no epigástrico quando muito aumentado - 
ICC direita 
Ausculta cardíaca: 
Sístole: insuficiência mitral (deve estar fechada durante a sístole, se estiver 
aberta ou semi aberta é sinal que está fraca - insuficiente) Não pode ser sinal 
de estenose mitral, pode ser estenose da aórtica (não fica completamente 
aberta quando deveria estar) 
B1: Fecha AV componente mitral e tricúspide > na inspiração há um leve 
desdobramento (um retardo) - ouve melhor na BEEI, ápice do coração (foco 
mitral), no BCR direito: desdobramento é amplo difícil separar do B4, e no 
esquerdo ouve um desdobramento único pq há um retardo
Hiperfonese de B1: Intervalo PR curto, válvula mitral fecha com violência e 
aumenta ruído, ventrículo endurecido/enrigecido, ocorre na estenose mitral 
(válvula reduz abertura, se aumenta a pressão dentro do V, ela aumenta 
pressão e leva a hiperfonese, apresenta estalido de abertura também - tem 
dificuldade de abrir - violento, sopro é difícil de ouvir - decúbito lateral 
esquerdo e campanula do esteto)
Hipofonese: aumento de PR, ventrículo disfuncional não gera impulso para 
fechar mitral, regurgitação aórtica importante, DPOC, paciente obeso, 
muito musculoso. 
Fecha mitral e tricúspide 
Período que não ouve nada, até B2
SEMIOLOGIA CARDÍACA 7
Se houver som nesse período - protossistólicos 
Ruídos de ejeção aórtica e pulmonar 
Alta frequência, não varia com respiração 
Sopro mesos a telessistólicos 
Associados a PVM (Click), alta frequência 
Prolapso mitral: B1 + mesossistólico - ruído até B2, se tiver em pé 
aproxima da B1, se em cócoras Encurta e fica em B2
Diástole: Fechamentoda pulmonar e da aórtica - focos da base é mais 
proeminente, A2 é mais intenso que P2 - componente tende a se separar na 
inspiração (fica mais distante um do outro) e se aproxima na expiração (ficam 
como um único som) - desdobramento fisiológico 
Desdobramento fisiológico: inspiração profunda - pode inverter, ouvir B2 
primeiro na expiração e juntos na inspiração (reverso)
Desdobramento patológico: Persistente - ouve primeiro o aórtico e depois o 
pulmonar durante todo o ciclo (Bloqueio de ramo direito e insuficiência 
mitral) - pode ter leve alteração, se for fixo não varia em nenhum momento 
do ciclo - é típico de CIA (comunicação intra atial), paradoxixal P2 antes de 
A2 - bloqueio de ramo esquerdo, marca passo no VD) 
Sons proto diastólicos: estalidos de abertura da mitral (estenose mitral) - 
apical 
B3: Inicio da diástole - mesodiástolicos: enchimento ventricular rápido - 
pode ser dilatação ou insuficiência 
B4: Final da diástole - telediastólicos: contração atrial aumentada, produz 
distenção ventricular pré-sistólica: hipertrofia e isquemia 
Sons Proto Diastólicos 
Mais comum são os estalidos de abertura da mitral, tem alta frequência e 
são audíveis melhor na região apical 
SEMIOLOGIA CARDÍACA 8
Galope B4 ruído ouve após B1, B4 vem após a sístole atrial 
B3 ouve no período de enchimento rápido do ventrículo 
No enchimento lento as pressões vão se equalizando nos A e V 
Sopros sistólicos 
Intensidade dos sopros 
1. audível com muito esforço 
2. suave, mas facilmente detectável 
3. Proeminente, sem frêmitos 
4. Intensos, com frêmito 
5. Muito intenso, escuta mesmo sem encostar o esteto na pele 
6. Audível sem esteto 
SEMIOLOGIA CARDÍACA 9
Tipos:
1. Ejetivo: Distante de B1 e reduz a intensidade, entre B1 e B2 - estenose 
aórtica e pulmonar 
2. Holossistolico: Regurgitativos - retangulares > insuficiência - dura de B1 até 
B2 
a. Se a regurgitação for pequena oculta apenas B1
b. Se prolapso da mitral é apenas B2
c. Ouve durante toda a sístole - não aparece B1 e se for muito importante 
nem B2 
d. Regurgitação mitral e tricúspide 
i. Mitral irradia para axila 
ii. Tricúspide aumenta com inspiração (sinal de Cavallo)
3. Mesossistólicos: obstrução da ejeção ventricular, dilatação da raiz da aorta 
ou troco pulmonar - fluxo sistólico acelerado na aorta ou pulmonar, são 
inocentes ou normais - crianças e gestantes é comum 
a. Diamante (Começa leve, fica intensa e fica leve), após B1 com pico 
sistólico e termina antes de B2, irradiação cervical 
b. O inocente é mais audível no foco pulmonar 
Diastólicos: 
Paciente sentado e fletido com tórax pra frente, melhor audível no foco 
aórtico, pouco audível 
Na insuficiência aórtica é difícil identificar 
1. Protodiastólico: expiração forçada, decrescente - audível após B2 e vai 
reduzindo > Regurgitação aórtica 
2. Mesodiastólico: ápice do coração após B2, campânula e paciente em 
decúbito lateral esquerdo > Estenose Mitral - grave, pequena intensidade 
SEMIOLOGIA CARDÍACA 10
PULSO ARTERIAL 
Carótidas e radiais: palpar um lado e depois o outro, primeiro FC (contar em 1 
minuto), ritmo, amplitude, contorno, aspecto palpatório da artéria 
Normal: elevação rápida e queda lenta 
Patológicos: 
Filiforme: baixa amplitude, hipotensão com PA convergente - ocorre nos 
choques, seja hipovolêmico, cardiogênico ou obstrutivo, ocorre nas 
estenoses valvares graves 
Martelo D’água: pulso de Corrigan - grande amplitude, ascensão e queda 
rápida, pressão arterial divergente - ocorre na insuficiência aórtica crônica 
Pulso bífido ou bisferiens: dois picos sistólicos, grande volume sistólico - 
insuficiência aórtica crônica e cardiopatia obstrutiva 
Pulso dicrótico: um pico sistólico e outro diastólico, baixo débito cardíaco 
em pacientes com boa complacência aórtica 
Parvus et tardus: ascensão lenta e baixa amplitude - estenose aórtica 
grave
SEMIOLOGIA CARDÍACA 11
Alternans: alternância de amplitude - mal prognostico de ICC 
PULSO VENOSO 
Veia jugular interna: 
Estimativa da pressão venosa central 
Contorno do pulso venoso - olhar tangencial 
Permite ter uma noção do AD 
Cateterismo direto - UTI 
Contorno do pulso venoso 
Onda a: contração atrial 
Proeminente: enchimento dificultado - exige maior pressão, maior 
contração - estenose tricúspide, HVE e IVD 
Ausência: FA
F maior que FC: taquicardia, flutter 
Onda a em canhão: dissociação AV 
Descenso x: ejeção ventricular 
Onda v: enchimento atrial 
Gigante: regurgitação - insuficiência tricúspide 
Descenso y: abertura tricúspide - esvazia átrio 
Descenso y proeminente : elevado gradiente atrioventricular no 
início da diástole - pressão alta no átrio, leva a enchimento 
ventricular rápido e dificuldade de encher átrio- cardiomiopatia 
restritiva e pericardite constritiva 
Ausência: restrição ao enchimento desde o início da diástole - 
tamponamento cardíaco 
Estimativa clínica: cabeceira a 45º
SEMIOLOGIA CARDÍACA 12
Medir do topo do pulso jugular até a altura do AD, o normal é de 8-12 cm 
de água 
PRECÓRDIO 
Inspeção e Palpação 
Como palpar o ictus de VE? 
Paciente deve estar em decúbito dorsal em em decúbito lateral esquerdo, 
cabeceira a 30º e expiração (aproxima do tórax) 
Palpar entre o 4 e 5º EIC na linha hemiclavicular, 2 polpas digitais ou 1 EIC 
Qual alteração é patológica? 
 VD qualquer palpação é patológica 
Propulsivo sustentado - bate com força 
Hipercinético 
Hipocinético 
Desviado 
Duplo - palpa as ondas B4 ou B3 
Retração sistólica 
O que mais pode notar no exame?
Frêmitos: sentir o sopro 
Choque valvar a batimento anormais 
AUSCULTA 
O que é B1?
Sístole (entre B1 e B2)
Hiperfonese em estenose mitral, fica mais intensa, o fechamento da mitral está 
mais intenso - mostra doença recente 
Pode ocorrer também em PR longo 
SEMIOLOGIA CARDÍACA 13
Hipofonese: DPOC, obesidade, derrame pericárdio, estenose mitral ou tricúspide 
O que é B2?
Diástole (entre B2 e B1) 
Hiperfonese: HAS e HAP 
Hipofonese: obesidade, DPOC, derrame pericárdico, estenose aórtica 
calcificada ou pulmonar 
Desdobramento: quando o fechamento das válvulas é separado
Pode ser fisiológico na inspiração: A2 antes de P2 - o aórtico é anterior ao 
pulmonar 
Se for intensificado, é amplo, mais fácil de ouvir - patologias que atração a 
contração de VD (VE contraí antes)
Pode ser fixo, não altera com inspiração - na expiração e inspiração está 
desdobrada, indica comunicação intratrial 
Paradoxal: há atraso do VE, expiração com P2 antes de A2 - oposto do 
normal > estenose aórtica - tudo que atrasa VE a contrair 
Quais são os focos e suas localizações? 
Aórtico é o único direito, na linha do esterno a nível de 2ºEIC 
Pulmonar: nível do aórtico, no lado esquerdo 
Aórtico acessório: abaixo do pulmonar 
Foco tricúspide: é difuso, abaixo do aórtico acessório 
Foco mitral: no ápice 
SEMIOLOGIA CARDÍACA 14
O que é a B3 
Consiste em um som de baixa frequência - campanula, é protodiastólico (após 
B2), escuta B2 e ouve B3 logo após, no inicio da diástole 
Foco mitral se VE ou aórtico acessório se VD 
Transição brusca do enchimento rápido para lento ventricular - só audível 
quando há sobrecarga de volume > bulha que indica disfunção ventricular 
Pode ser normal em crianças, atletas, adolescentes
Patológica em sobrecarga de volume, insuficiências 
O que é B4? 
Baixa frequência, é pré-sistólica, desdobrar de B1, logo antes 
Foco mitral se VE e FA acessório se VD
Indica redução da complacência ventricular, déficit de relaxamento, a contração 
atrial precisa ser vigorosa porque o enchimento ventricular está prejudicado 
Pode ser comum em atletas, mas há controversas 
Patológica em HVE, isquemia e CMPD e restritiva 
O que são ruídos de ejeção? (Sistólicos)
São de alta frequência, abertura das semilunares (aórtica e pulmonar) 
Protosistólico, após B1 e audível na base
Indica estenose importante, abre com barulho 
Quando é ruído de ejeção pulmonar é o único que não aumenta com a 
inspiração (tudo aumenta porque tem aumentodo retorno venoso, exceto esse) 
O que são os Clicks Sistólicos: 
Som referente ao prolapso da valva mitral: é um som de média-alta frequência, 
audível no foco mitral durante sístole 
É aumentado perto de B2 nas manobras que aumentam o retorno venoso 
É afastado de B2 e precoce nas manobras que reduzem o retorno venoso 
SEMIOLOGIA CARDÍACA 15
Quais manobras aumentam o retorno venoso?
Agachamento e a posição supina (aumentam o retorno venoso, leva a aumento 
do diâmetro da cavidade pulmonar) 
Quais manobras reduzem o retorno venoso?
Posição ortostática e manobra de valsalva 
O que são estalidos de abertura? 
É um som de alta frequência, é protodiastólico (após B2), focos tricúspide e 
mitral 
Estenose com pouca calcificação e boa mobilidade dos folhetos 
Atrito pericárdico: 
intensidade varia com manobras, é rude, alta frequência 
Como classificar os sopros?
Sistólicos
Diastólicos 
Sistodiastólicos 
Contínuos 
De 1+ até 6+, a partir de 3+ tem frêmito 
Quais são os sopros sistólicos?
Ejeção - mesossistólico: diamante, ejeção aórtica - intenso no meio da sistóle, 
entre B1 e B2 
Sopro da estenose aórtica (FAo, rude e irradia para cervical) e 
cardiomiopatia hipertrófica obstrutiva 
Fenômeno de Gallavardin: sopro audível no FM, intervalo auscultatório na 
BEE baixa e timbre diferente - vibração da estenose aórtica é transmitida 
Atentar ao diagnóstico diferencial para saber se também tem 
insuficiência mitral ou se escuta apenas o fenômeno anterior: ruído de 
ejeção, B4, ictus propulsivo desdobramento paradoxal de B2 
Resposta de Handgrip?
SEMIOLOGIA CARDÍACA 16
Fechar a mão fortemente, leva a aumento da resistência 
vascular periférica que leva ao aumento do som da mitral e 
reduz o da aórtica 
Qual sopro aumenta com a manobra de valsalva? 
Prender o ar e soprar contra a pressão da mão tampando o nariz e a 
boca 
Aumenta sopro na cardiopatia hipertrófica obstrutiva - oposto de 
outros sopros 
Aumenta também com a posição ortostática e uso de vasodilatador 
Reduz com agachamento (cócoras), decúbito dorsal (supina), 
handgrip
Regurgitação - holossistólicos: encobre as bulhas, B3 presente, começa com 
B1 e termina em B2 
Insuficiência mitral ou tricúspide e CIV
Foco mitral é irradiação axilar, aumenta com handgrip 
Tricúspide: aumenta intensidade com inspiração (Rivero-Carvalho - todo 
lado direito), onda v gigante no pulso venoso jugular e hepático, 
sobrecarga de VD com ictus palpável, B3 de VD 
CIV: FM, FT e FAo acessório - irradia para borda esternal direita e termina 
antes de B2 
Diminui de intensidade e duração com desenvolvimento de HAP
Protossistólicos: cobre apenas B1 e não atinge B2 e tem B3- alta pressão na 
câmera que recebe o fluxo - aumenta pressão no AE e não há preparo para 
receber, o sopro é mais intenso, tem diferença grande de pressão - 
insuficiências agudas 
Telessistólicos: prolapso da valva mitral com disfunção de musculo papilar 
Atingem B2 e não tem B3 
A Manobra de Valsalva e Ortostática - aumenta duração do sopro fica 
mesossistólico 
SEMIOLOGIA CARDÍACA 17
Agachamento e posição supina - reduz sopro - aumenta retorno venoso 
Sopros diastólicos 
Protodiastólico aspirativo: é longo e suave, tem alta frequência e longa 
duração, 
Insuficiência aórtica ou pulmonar
Se for valvar é melhor no FAo acessório 
Se for por dilatação: Borda esternal direita
Posição sentada com tronco fletido e handgrip (aumenta a pós carga) 
aumentam o sopro e o vasodilatador reduz 
A pulmonar é mais audível no FP - aumenta com inspiração
Pode ser secundária a HAP 
Ruflar diastólico: raro, baixa frequência, grave - campanula, decúbito lateral 
esquerdo 
Estenose mitral, tricúspide, sopro de Austin-Flint (paciente com 
insuficiência aórtica atinge folhetos da mitral, não tem hiperfonese de B1 
nem estalido de abertura - também não está presente na doença mitral 
avançada) e Carey-Coombs (febre reumática) 
Estenose mitral: mesotelediastólico, FM em DLE, reforço pré-sistólico, B1 
hiperfonética com estalido de abertura (na tricúspide elimina os dois 
últimos)
O que são sopros sistodiastólicos?
Ocorre duplamente - ausculta na sístole, para, ausculta na diástole 
Sopro contínuos? 
É diferente do anterior, ocorre durante todo o processo, não tem pausa no 
meio
Ocorre na persistência do canal arterial, zumbido venoso 
Sopros inocentes? 
SEMIOLOGIA CARDÍACA 18
Na criança, mesossistólico, de baixa frequência, FM ou FT, reduz ou some com 
manobras que reduzem o retorno venoso 
Sistólico Hiperdinâmico: mesossistólico, FAo acessório e FP - Diminui ou some 
com redução do retorno venoso 
Ausculta na IVE sistólica? 
Ictus de VE difuso e desviado (maior de 2 polpas digitais, a esquerda e a baixo)
Tem B3, sopro sistólico em ponta (FM), pulso alternans em fases avançadas
Ausculta na IVE diastólica? 
Ictus do VE tópico e propulsivo, tem quarta bulha (B4) 
Exame na IVE? 
Congestão pulmonar, dispneia aos esforços, ortopneia, estertores pulmonares 
bibasais, derrame pleural (D>E) 
Exame na IVD? 
Congestão sistêmica, TJP 45º e aumento do pulso venoso, refluxo 
hepatojugular, sinal de Kussmaul, hepatomegalia congestiva e edema 
generalizado 
Achados na cardiomiopatia hipertrófica:
Ictus do VE tópico e propulsivo, B3, sopro mesossistólico de ejeção 
Aumenta: valsalva, posição ortostática, vasodilatador 
Reduzem: agachamento, decúbito dorsal, handgrip 
Achados na cardiomiopatia restritiva?
B4, pulso venoso com y proeminente, sinal de Kussmaul, ascite 
 Casos especiais:
SEMIOLOGIA CARDÍACA 19

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