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Crescimento e Desenvolvimento aplicados à Educação Física

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Prévia do material em texto

Crescimento e 
Desenvolvimento 
Aplicados à 
Educação Física
Material Teórico
Responsável pelo Conteúdo:
Prof. Ms. Eric Leal Avigo
Revisão Textual:
Profa. Ms. Alessandra Fabiana Cavalcanti 
Desenvolvimento Motor: conceitos e teorias
• Desenvolvimento motor: por que estudar?
• Teoria Neuromaturacional
• Teoria dos Sistemas Dinâmicos
• Oportunidade de prática estruturada e instrução apropriada
• Desenvolvimento motor: modelos e períodos sensíveis
 · Esta unidade tem por objetivo permitir ao aluno aprofundar 
os conhecimentos em desenvolvimento motor, conhecer as 
explicações neuromaturacional e dinâmica de desenvolvimento 
motor, compreender a importância das contribuições de uma visão 
dinâmica de desenvolvimento e relacioná-la à atuação do professor 
de educação física.
OBJETIVO DE APRENDIZADO
Seja bem-vindo (a) às nossas discussões sobre Crescimento e Desenvolvimento 
Humano Aplicados à Educação Física!
Saiba que esta Disciplina tem como propósito o estudo das alterações das 
estruturas e funções dos sistemas orgânicos decorrentes do crescimento e 
das alterações do processo de maturação biológica, bem como os efeitos 
e a importância da atividade física para promoção destas alterações nas 
várias faixas etárias ao longo do ciclo vital, e isso lhe oferecendo contato 
com as discussões mais recentes dessa área; além de lhe proporcionar 
momentos de leitura – textual e audiovisual – e reflexão sobre os temas 
que serão aqui discutidos, contribuindo com sua formação continuada e 
trajetória profissional.
ORIENTAÇÕES
Desenvolvimento Motor: 
conceitos e teorias
UNIDADE Desenvolvimento Motor: conceitos e teorias
Contextualização
Você já parou para pensar como seus movimentos se modificaram ao longo da 
vida? Você mal conseguia se manter em pé (quando bebê), e agora pode ser que 
realize gestos motores refinados ao praticar seu esporte de preferência. Observe as 
três imagens a seguir e reflita com calma nas seguintes questões:
1. Por que bebês, a maioria deles, geralmente, só conseguem dar os primeiros 
passos sozinhos (aquisição da habilidade motora andar) a partir dos 12 
meses de idade?
Fonte: iStock/Getty Images
Com o tempo o bebê, a criança, o adolescente, o adulto jovem e o adulto idoso, 
alteram seu padrão de execução na habilidade motora andar, ou seja, modificam 
sua coordenação motora, sua configuração dos segmentos corporais um em 
relação ao outro.
2. Você já parou para pensar por que e como isso acontece?
Fonte: Adaptado de GALLAHUE, 2003
6
7
Apesar de mudanças no padrão do andar ao longo da vida serem comuns de 
acontecer, todos os bebês, as crianças, os adolescentes, todos os adultos andarão 
da mesma forma? Por que duas pessoas da mesma idade, por exemplo, sejam 
duas crianças de 6 anos de idade ou dois adultos de 30 anos de idade apresentam 
configurações corporais distintas (ainda que nos pequenos detalhes) na realização 
dos movimentos da habilidade motora andar?
3. Resumindo, todas as pessoas andam da mesma forma?
Você provavelmente percebeu que perguntas como essas não são assim tão 
simples de serem respondidas. Não é a toa que teorias foram formuladas na 
tentativa de explicar mudanças que acontecem no comportamento motor do ser 
ao longo da vida. Após essa reflexão, você já está preparado para iniciar os estudos 
dessa unidade. Aproveite para buscar as respostas para essas perguntas, enquanto 
estuda os materiais disponíveis!
7
UNIDADE Desenvolvimento Motor: conceitos e teorias
Desenvolvimento motor: por que estudar?
Conforme já definido em outra unidade de estudos, denominada Crescimento 
e Desenvolvimento humano, o desenvolvimento pode ser entendido como um 
processo de mudanças qualitativas e quantitativas no nível de funcionamento de um 
indivíduo, que ocorrem desde a concepção até a morte. Para melhor entendimento 
desse conceito, dividimos desenvolvimento em dois contextos distintos: Biológico 
e Comportamental. No contexto biológico, nos atemos às mudanças provocadas 
pelo organismo (biológico) do ser, referindo-se ao processo de diferenciação e de 
especialização das células embrionárias em diferentes tipos de células, tecidos, 
órgãos e unidades funcionais, algo que ocorre principalmente na vida pré-natal. 
No contexto comportamental, mudanças são decorrentes do desenvolvimento 
de competências em vários domínios inter-relacionados, conforme a criança se 
ajusta ao seu “nicho” cultural, ou porque não simplesmente dizer, seu ambiente ou 
contexto de vida.
Mais importante para nós, profissionais (ou futuros) que fazemos parte do ambiente 
das crianças, dentro desse contexto comportamental de desenvolvimento, temos 
um papel muito importante na aquisição e no refinamento de comportamentos que 
são esperados pela sociedade nos diferentes domínios: motor; social, cognitivo, 
emocional e moral. Conforme outrora discutido, o desenvolvimento em cada um 
dos domínios é moldado pela relação do indivíduo com o ambiente que o cerca, 
por exemplo, com os pais, vizinhança, escola, igreja, clube, academia, etc., não 
nos esquecendo de nós como professores, que nesse processo também somos 
muito importantes.
Uma vez que somos (ou seremos) profissionais do movimento, nessa unidade 
daremos ênfase ao estudo das mudanças que ocorrem e estão relacionadas, 
principalmente, ao domínio motor. Lembrando que seria impossível dissociar 
exatamente o papel de cada um dos domínios nas mudanças de desenvolvimento 
que ocorrem ao longo da vida, todos atuam conjuntamente e contribuem na 
aquisição de comportamentos. Apesar disso, é possível analisar as mudanças, 
buscando mapear quais domínios estão mais relacionados, por exemplo, à aquisição 
de habilidades motoras, as mudanças ocorrem predominantemente no domínio 
motor, mas não apenas nele. Não que somente esse domínio seja importante 
para nós, pelo contrário, todos precisam ser estudados, afinal somos (ou seremos) 
profissionais que lidam com a aquisição de conhecimento, nos relacionando 
com pessoas através de um processo de ensino-aprendizagem, em que todos os 
domínios, seja o motor, cognitivo, social, emocional ou moral, são importantes. 
Entretanto, nesse momento, caberá um maior aprofundamento, especificamente 
nos aspectos relacionados ao desenvolvimento motor, pois professores de educação 
física precisam dominar alguns conceitos e teorias que são importantes e auxiliam 
em sua atuação.
8
9
Importante!
E o que é mesmo desenvolvimento motor? Desenvolvimento motor é um processo 
contínuo, com mudanças progressivas do comportamento motor desde a concepção até 
a morte. Para melhor entender esse conceito, basta reparar nos movimentos realizados 
por crianças de diferentes idades, como possuem certas particularidades que fazem toda 
diferença para aqueles que a realizam. E como e por que os movimentos se modifi cam 
com o avançar da idade? Por exemplo, como saímos de movimentos simples e ao mesmo 
tempo tão difíceis de serem realizados quando bebê, como o andar independente, para 
a realização de um andar “que nem ao menos pensamos” para conseguir realizar? Os 
estudos em desenvolvimento motor envolvem a busca por explicações para esses e 
muitos outros questionamentos, engloba estudos sobre as mudanças que ocorrem ao 
longo da vida e os processos que embasam tais mudanças.
Trocando ideias...
Afinal, por que estudar desenvolvimento motor? Dentre as possíveis justificativas, é 
importante para entender o processo de mudanças relacionadas ao comportamento 
motor do ser, e com tais informações, poder intervir, se necessário, estimulando 
de forma apropriada, buscando maximizar o desenvolvimento motor do ser para 
que de maneira nenhuma venha ser prejudicado. E como podemos interferir? 
Como organizar nossa atuação como professor? Por que e como essas alterações 
no desenvolvimento motor acontecem? Como novas habilidades motoras são 
adquiridas (seja andar, correr, saltar, chutar, etc.)? Como habilidades já adquiridas 
são melhoradas ou refinadas (andar fica melhor, correr, saltar, chutarfica melhor)? 
O que provoca a progressão no curso de desenvolvimento motor, seja adquirindo 
ou refinando novas habilidades motoras? São muitas perguntas que podem 
desencadear novas perguntas. Daí a importância de se estudar, não só para buscar 
respostas, mas para se gerar novas perguntas ainda mais interessantes, iniciando-
se uma busca constante por conhecimento. Isso, sem dúvida, motivou muitos 
pesquisadores do desenvolvimento a procurar responder o que causa as mudanças. 
A partir de agora estudaremos duas teorias importantes criadas na tentativa de 
explicar as mudanças no desenvolvimento motor, a Teoria Neuromaturacional e a 
Teoria dos Sistemas Dinâmicos.
Teoria Neuromaturacional
Durante muitos anos, explicações sobre a aquisição e o desenvolvimento de 
habilidades motoras, principalmente nos anos iniciais da vida, foram baseadas em 
uma visão conhecida como maturacional (ou neuromaturacional). Aquisição de 
movimentos que compõem o repertório motor básico do ser humano, como os 
presentes nas habilidades motoras básicas e/ou fundamentais, foi primariamente 
9
UNIDADE Desenvolvimento Motor: conceitos e teorias
explicada como decorrente da maturação do sistema nervoso central (SNC), em 
que por essa visão, o ambiente possuía pouca ou quase nenhuma influência. 
Especificamente, os requisitos básicos para realizar essas habilidades seriam 
armazenados na carga biológica do ser humano e, com o passar do tempo, 
estruturas específicas dos diversos sistemas envolvidos na realização da habilidade 
motora, em especial o SNC, maturavam e a habilidade passava a ser realizada.
A teoria maturacional teve como seus principais precursores os pesquisadores 
Arnold Gesell (1880-1961) e Myrtle McGraw (1899-1988).
Importante!
Formulada principalmente pelo grupo de trabalho de Arnold Gesell, ainda na década de 
30 do século passado, a Teoria Neuromaturacional assume que a sequência e o ritmo de 
desenvolvimento são determinados pelo componente biológico, ou seja, pela maturação 
do ser em desenvolvimento. Com o passar dos meses, dos anos, a maturação do SNC 
aconteceria e como consequência, as habilidades motoras “apareceriam” e passariam a 
ser realizadas pelas crianças.
Importante!
Tal concepção decorreu principalmente do fato de que as habilidades motoras, 
aquelas comuns de serem realizadas nos anos iniciais de vida, tais como sentar, 
engatinhar, andar, correr, saltar, arremessar, chutar, entre outras, não precisavam 
ser ensinadas: em um belo dia “apareciam” no repertório motor das crianças. O 
pensamento era que se as mesmas não precisavam ser ensinadas e, mais ainda, todas 
as crianças apresentam, estas habilidades deviam ser codificadas (armazenadas), de 
alguma forma, no sistema nervoso e na carga biológica do ser humano.
As explicações maturacionais adquiriram ainda mais força na época com as 
pesquisas feitas por McGraw com gêmeos idênticos. Os bebês Johnny e Jimmy 
(1930-1942) receberam estímulos diferentes, entretanto, ambos adquiriram os 
mesmos movimentos das habilidades motoras andar, correr, saltar, etc.
Motor Development - Myrtle McGraw’s Twin study of Johnny and Jimmy (1930-42)
http://goo.gl/eGPzJgEx
pl
or
Sendo assim, bebês e crianças não precisariam aprender as habilidades motoras 
básicas como pegar ou alcançar um objeto, sentar, ficar em pé, engatinhar, era 
só esperar o tempo passar, “tic-tac; tic-tac; tic-tac ...” e pronto, as habilidades 
apareceriam. Obviamente essa teoria não poderia ser comprovada diretamente, já 
que não seria possível acessar as mudanças no SNC. A comprovação das explicações 
advinha justamente de diversos estudos que tinham como foco a observação de 
comportamentos (no domínio motor) das crianças nos anos iniciais de vida. A 
partir de tais observações, a comprovação indireta foi formulada a partir de dois 
princípios: o princípio da Universalidade e o princípio da Intransitividade.
10
11
Importante!
O princípio da Universalidade sugere que todos os indivíduos adquirem os mesmos 
movimentos: pegar, sentar, engatinhar, fi car em pé, andar, etc. O princípio da Intransitivi-
dade sugere que todos os indivíduos adquirem os mesmos movimentos, na mesma 
ordem de aquisição: primeiro sentar, depois fi car em pé, depois andar, correr, etc.
Importante!
De forma resumida, o pressuposto era que o SNC determinava quais habilidades 
o ser aprenderia e quais seriam aprendidas primeiro, ou seja, quando cada uma 
seria adquirida. Sendo assim, habilidades motoras que são filogenéticas, por 
fazerem parte da espécie, eram determinadas pelas mudanças no SNC, ou seja, 
já nasceríamos com as mesmas especificadas no SNC. A dúvida que pode surgir 
neste momento é: e o que são habilidades filogenéticas? Tal classificação foi 
adotada a partir da tentativa de se responder outro questionamento: de onde vêm 
os movimentos?
Importante!
Movimentos fi logenéticos são aqueles que não precisam ser aprendidos, já que são 
adquiridos naturalmente pelas pessoas.
Importante!
Os movimentos tidos como “reflexos”, àqueles executados pelos bebês, 
principalmente nas primeiras semanas de vida, como o reflexo de sucção e do 
andar, exemplificam os movimentos característicos da espécie humana, os quais 
voltarão a ser abordados mais adiante no curso.
Refl exos primitivos. http://goo.gl/ltrlz1
Ex
pl
or
Alcançar ou pegar, sentar, engatinhar, ficar em pé, andar, correr, saltar, chutar, 
arremessar, são todos exemplos de habilidades motoras que são formadas por 
movimentos considerados como pertencentes à espécie humana, significado 
da palavra filogênese. Em contraste aos movimentos filogenéticos, se têm os 
movimentos ontogenéticos.
Importante!
Movimentos ontogenéticos são aqueles movimentos mais específi cos às condições 
ambientais e necessitam de aprendizagem, pois não estariam relacionados à genética 
do ser, e depende das oportunidades e das experiências propiciadas pelo ambiente.
Importante!
São exemplos de habilidades advindas dos movimentos ontogenéticos, ou 
seja, que só são manifestados a partir de aprendizagem específica do ser em 
11
UNIDADE Desenvolvimento Motor: conceitos e teorias
desenvolvimento: andar de bicicleta, escrever, gestos técnicos específicos das 
modalidades esportivas, tais como chutar no futebol, arremessar no basquetebol e/
ou no handebol, sacar no voleibol, e etc.
Por muito tempo a visão maturacional subsistiu no meio acadêmico como uma 
teoria que explicava a aquisição de movimentos no comportamento motor do ser.
Importante!
Uma vez que essa teoria possuía ampla aceitação, onde organismo do ser é (se não for 
o único) o principal responsável pelo desenvolvimento motor, tendo o ambiente pouca 
interferência nesse processo, a pergunta que pode surgir a você, estudante de educação 
física, é: qual seria o papel do professor no ensino de habilidades motoras? Elas não surgem 
e se desenvolvem naturalmente? Por que então, hoje em dia, cada vez mais, existem 
possibilidades de atuação para o profissional de educação física atuar desde as idades 
mais tenras? Qual seria seu papel se tudo acontecesse naturalmente? Se dependesse 
somente das explicações maturacionistas, sem dúvida, não haveria argumentos para 
justificar a atuação do professor na aprendizagem das habilidades motoras básicas, a 
Educação Física poderia ser iniciada somente a partir da necessidade da aprendizagem 
de atividades mais específicas, como na aprendizagem das modalidades esportivas.
Trocando ideias...
De certa forma, o professor de educação física só seria importante na 
aprendizagem dos movimentos ontogenéticos. E por muito tempo, não é que foi 
esse mesmo o pensamento quase que absoluto acerca da área. Não há muito tempo 
atrás, a educação física na escola era regulamentada apenas a partir dos 10 anos 
de idade, dentre os fatores que contribuíam para esse fato, encontra-se justamente 
o entendimento, fruto das explicações maturacionais, de que desenvolvimento 
motor até essa idade se dava naturalmente, conforme as crianças brincam por 
contra própria.Mesmo após quase um século de estudos do surgimento das primeiras afirmações 
que se transformariam na teoria neuromaturacional, mais tarde, e com tantos estudos 
demonstrando a importância do ambiente no processo de aprendizagem, mesmo 
dos movimentos filogenéticos, ainda hoje, pode-se dizer que alguns professores de 
educação física modulam suas aulas, partindo do pressuposto de que as habilidades 
servem de base no repertório motor, as habilidades motoras fundamentais, surgem e 
se desenvolvem naturalmente, sem a necessidade de um ambiente de oportunidade 
que possibilite tal aprendizagem. Explicações um pouco mais recentes assumem 
que o processo de desenvolvimento motor é complexo e, mais importante ainda, 
influenciado por muitos fatores que apresentam intensa interação entre si. Dessa 
forma, a aquisição e o refinamento de habilidades motoras são decorrentes de um 
processo envolvendo diversos fatores, não somente os biológicos, mas também os 
ambientais. Mudanças no organismo (por exemplo, sistemas nervoso, sensorial, 
muscular, esquelético, etc.) ocorrem nos anos iniciais e são prescritas e governadas 
pelo processo maturacional, mas o ambiente e as experiências decorrentes da 
interação contínua da pessoa com o ambiente modulam nossa herança biológica.
12
13
Será que brasileiros nascem com alguma característica biológica para jogar futebol enquanto 
os americanos nascem com alguma característica biológica para jogar basquetebol?Ex
pl
or
Uma explicação alternativa seria que os brasileiros são mais expostos a um 
ambiente com maior incentivo ao futebol e os americanos ao basquetebol. Esse 
incentivo provém dos pais, da televisão, dos professores, dos locais disponíveis, 
dos clubes, dos times, entre outros. Outro exemplo atual é a “habilidade” que 
mesmo crianças jovens já apresentam com equipamentos e aparelhos tecnológicos. 
Observamos com espanto, admiração e alegria o manuseio de aparelhos por bebês 
que, observando o manuseio de aparelho por alguém, passa a imitar os movimentos 
e descobre que “pode” comandar o mesmo! Entretanto, isso apenas ocorre para 
aqueles pequeninos que têm à disposição a oportunidade de manusear um aparelho, 
que em fazendo descobre as possibilidades de interação com o mesmo. No tópico 
a seguir, será apresentada uma explicação um pouco mais recente do que a Teoria 
Neuromaturacional, a Teoria dos Sistemas Dinâmicos, a qual foi sugerida 40 anos 
atrás, já buscando explicar o importante papel do ambiente para ocorrência do 
desenvolvimento motor.
Teoria dos Sistemas Dinâmicos
Como fruto de estudos que investigaram o papel do ambiente no desenvolvimento 
motor de crianças, como os trabalhos de Ester Thellen, dentre outros pesquisadores 
importantes, a Teoria dos Sistemas Dinâmicos foi concebida.
Importante!
A partir dessa teoria sugere-se que mudanças no comportamento motor ocorrem a partir 
da relação da pessoa com o ambiente. A maturação do SNC continua sendo entendida 
como importante, mas não como único fator delimitador para o desenvolvimento.
Importante!
Na verdade, a partir dessa visão, os fatores que podem influenciar na aquisição 
de comportamentos no domínio motor não podem ser mapeados ou apontados 
isoladamente, sendo esse um dos motivos dessa visão ser denominada como 
multicausal: desenvolvimento é resultado da interação de múltiplos fatores. Essa 
é a primeira das seis características importantes das mudanças que ocorrem 
no desenvolvimento motor, não somente na infância, mas ao longo de toda a 
vida, e que merece ser destacada: (1) Mudança é multifatorial. Fatores isolados 
(como maturação ou ambiente) por si só não causam desenvolvimento, mas sim a 
combinação entre eles.
13
UNIDADE Desenvolvimento Motor: conceitos e teorias
Importante!
Assumir a multicausalidade no desenvolvimento motor implica assumir a visão de que o 
ser em desenvolvimento é um sistema complexo, composto e influenciado por inúmeros 
fatores, os quais podem ser agrupados em restrições relacionadas ao organismo, ao 
ambiente e à tarefa. Restrições nada mais são do que fatores que delimitam a realização 
dos movimentos ou, simplificadamente, qualquer coisa que interfira, seja positiva ou 
negativamente, na realização de uma ação motora (conforme ilustrado na figura 1).
Importante!
Esses fatores então são os responsáveis por delimitar qual o padrão de 
movimento a ser executado. Sendo assim, mudanças desenvolvimentais ocorrem 
de acordo com as mudanças no conjunto de restrições relacionadas à execução de 
uma determinada ação motora.
Ambiente
Organismo
Movimento
(ação motora)
Tarefa
Figura 1: Representação esquemática do conjunto de restrições do organismo, 
do ambiente e da tarefa que dinamizam a ocorrência de desenvolvimento.
O fato de as restrições do organismo serem entendidas como apenas parcialmente 
responsáveis pelo desenvolvimento, abrindo precedentes para as influencias externas 
(fatores do ambiente e da tarefa), permite considerar que o curso desenvolvimental 
é epigenético: específico para cada ser em desenvolvimento. Essa é mais uma 
característica das mudanças que ocorrem no desenvolvimento que cabe o destaque: 
(2) Mudança é Individual. Mudanças ocorrem contextualizadas, influenciadas pelas 
características dos indivíduos e as condições do ambiente que o cerca.
Para que você possa compreender melhor o papel das restrições do organismo, 
do ambiente e da tarefa, no curso desenvolvimental do ser humano, é necessário 
discutir alguns dos fatores que se refere a cada uma dessas categorias de restrições. 
As restrições do organismo, também denominadas de restrições internas, estão 
relacionadas às mudanças estruturais e funcionais da própria pessoa (peso, estatura, 
nível de força, nível de coordenação motora). Por exemplo, o amadurecimento dos 
diversos sistemas (sistema nervoso, esquelético, muscular, etc.) que compõem e 
permitem o funcionamento do corpo humano, que em um processo natural de 
14
15
desenvolvimento, interferem no padrão de execução de determinado movimento. É 
importante destacar que essa categoria de restrições do organismo diz respeito não 
somente a mudanças físicas, mas também psicológicas e cognitivas, por exemplo, 
na repetição de dada ação motora, a melhor compreensão dos movimentos após 
algumas repetições pode vir a fazer com que o executante realize os movimentos 
de forma diferente, justamente, por que ele percebeu que a realização poderia 
ser executada em outro padrão de movimento, sendo esse mais eficiente ou não. 
Ainda, aspectos psicológicos como motivação e autoestima do executante podem 
influenciar de forma decisiva na qualidade dos movimentos selecionados por 
ele. Dessa forma, as influências das restrições do organismo tanto físicas, mais 
marcantes nos anos iniciais, quanto psicológicas e cognitivas, podem ser sentidas 
ao longo de toda vida.
As restrições do ambiente, também denominadas restrições externas, estão 
relacionadas ao local onde o movimento é realizado, sendo esse local tanto físico 
(por exemplo, solo ou água) quanto o contexto sócio-cultural do mesmo. Pensando 
nas influências físicas do local em que pode ocorrer a realização de qualquer atividade 
motora, à influência da força de gravidade, diferentes tipos de solo, calor, frio, 
iluminação e perturbações sonoras são alguns exemplos de restrições ambientais. 
Já parou para pensar nas diferenças em se realizar um mesmo movimento dentro 
e fora da água? Em todos esses casos, o executante da ação motora recebe 
influências de forças externas muito distintas. Pensando agora nas influências sócio-
culturais, para facilitar o entendimento, é proposto um questionamento: por que 
crianças brasileiras são mais motivadas a participarem de práticas que envolvem as 
modalidades esportivas de futebol e de voleibol? Há aqueles que satirizam dizendo 
que crianças brasileiras estão relacionadas geneticamente ao futebol, até pelo título 
dado a nação de “país do futebol”, entretanto a explicação que se tem é a mesma 
usada para compreender porquecrianças americanas estão mais voltadas para o 
beisebol e o basquete; crianças japonesas para as artes marciais e, ainda, crianças 
africanas para o atletismo. Neste caso, modalidades esportivas mais proeminentes 
na sociedade ou na região de inserção da criança influenciam na realização de um 
conjunto de movimentos relacionados a estas mesmas modalidades em detrimentos 
de outros não relacionados a estas modalidades.
A última categoria de restrições refere-se à tarefa motora a ser realizada, as 
quais também são consideradas restrições externas. A sequência de movimentos 
necessários na realização de tarefas diferentes, por exemplo, chutar uma bola ao 
gol e uma cortada no voleibol, estarão condicionados às suas especificidades, ou 
seja, à execução de uma ação motora é acompanhada de um objetivo final que é 
a exigência da própria tarefa. Essa categoria de restrições é a que mais pode ser 
manipulada, por exemplo, pelo professor de educação física, podendo facilitar ou 
dificultar a realização da tarefa motora. Suponhamos que o professor manipule as 
restrições da tarefa diminuindo o peso e o tamanho da bola ou da altura dos alvos a 
serem atingidos, tal atitude poderia minimizar os efeitos de restrições do organismo 
e do ambiente, facilitando a aquisição de determinados comportamentos motores.
Uma vez descritas as três categorias de restrições que condicionam as mudanças 
que ocorrem no desenvolvimento motor do ser, pode-se apresentar mais algumas 
15
UNIDADE Desenvolvimento Motor: conceitos e teorias
características importantes dessas mudanças. Para tanto, utilizaremos como 
exemplo a aquisição do andar, uma habilidade motora que adquirimos no final do 
primeiro ano de vida e que passamos a utilizar ao longo de toda a vida.
Para a aquisição do andar independente, o bebê precisa apresentar, de forma bem 
simplificada, força muscular, controle postural (equilíbrio) e coordenação motora 
para movimentar as pernas alternadamente à frente do corpo. Força muscular é 
uma capacidade que dependente de mudanças relacionadas ao crescimento do bebê 
(fator predominantemente interno, do organismo). Controle postural é construído 
a partir de uma relação do bebê com o ambiente no qual está procurando manter 
uma posição corporal. Por exemplo, ao nascimento não éramos capazes nem 
de manter a cabeça em uma determinada posição (precisávamos ter a mesma 
amparada por alguém). Após alguns meses, desenvolvemos a capacidade de manter 
a cabeça orientada ao tronco e o tronco em relação aos membros inferiores. Para 
tanto, há necessidade de força (fator interno), mas também de experiências no 
ambiente em manter a orientação postural desejada. Finalmente, os primeiros 
passos são fortemente estimulados pelos pais, quando “pedem” e “criam situações” 
para que o bebê tenha “vontade” de se deslocar até um determinado objeto e/ou 
pessoa. Aí está mais uma característica importante a ser destacada: (3) Mudança 
é Direcional. Mudanças são construídas em direção a um objetivo específico do 
aprendiz, vontade e desejo em realizar um determinado movimento, provocam 
mudanças na realização desse movimento. Portanto, a aquisição de uma habilidade 
básica passa pelo processo de aprendizagem que envolve um relacionamento 
complexo entre fatores internos e externos para um final feliz: a realização dos 
primeiros passos, que serão reproduzidos, de forma melhorada, pelo resto da vida.
Como assim de forma melhorada? Já parou para pensar que todas as crianças 
correm, saltam e arremessam uma bola, mas que nem todas realizam os movimentos 
com a mesma qualidade ou proficiência? Aí está mais uma característica importante 
do desenvolvimento: (4) Mudança é Qualitativa. Movimento são qualitativamente 
diferentes ao longo da vida. Crianças de três anos chutam uma bola diferentemente 
de crianças de 10 anos. Crianças de 10 anos chutam uma bola diferentemente de 
adultos. Crianças de 10 anos também chutam uma bola de maneiras diferentes do 
que crianças de também 10 anos. O que se pretende dizer com tais afirmações? 
Implica dizer que habilidades motoras são realizadas de forma diferente por crianças, 
não só de diferentes idades, mas também em idades similares. O que determina 
a forma de realização dos movimentos pelas pessoas são as experiências que a 
mesmas receberam ao longo da vida. Observe a figura a seguir que contextualiza a 
aprendizagem de alguns marcos motores comuns às crianças no primeiro ano de 
vida, os quais antecedem a aquisição do andar.
Figura 2: A Aprendizagem do andar (e alguns marcos motores) pelo bebê.
Fonte: iStock/Getty Images
16
17
Importante!
Partindo de uma visão dinâmica de desenvolvimento, onde múltiplos fatores atuando 
em conjunto são responsáveis por modular o desenvolvimento do ser, assumimos que 
todos os movimentos são aprendidos, até mesmo aqueles considerados fi logenéticos 
(com exceção dos movimentos refl exos dos bebês).
Importante!
Por exemplo, um bebê primeiro aprende a controlar a musculatura da cabeça 
e do pescoço, depois a sentar, engatinhar, ficar em pé, para somente após isso, 
aprender a andar, como também a correr, saltar, chutar, arremessar, e etc. Da 
mesma forma que, posteriormente, a criança aprenderá a chutar no futebol, saltar 
no atletismo, arremessar no basquete, e assim, futuramente, quem sabe praticar 
os esportes que mais lhe agradar. Essa aprendizagem somente ocorrerá a partir 
de uma participação efetiva dessa criança em praticar (repetir) tais movimentos, o 
que envolve motivação em realizá-los repetidamente até que consiga satisfazer a 
meta ou o objetivo de movimento, ou seja, atenda às restrições da tarefa motora. 
Sendo assim, com a repetição dos movimentos essa criança explora quais são 
as possibilidades de realização e suas consequências sensoriais, e após descobrir 
aqueles que atendam aos requisitos da tarefa, selecione os mesmos passando a 
praticá-los, ou seja, ocorre a escolha das ações mais efetivas e eficientes para 
realização da habilidade motora.
Após essas explicações, as duas últimas características importantes de 
desenvolvimento a serem destacadas podem ser apresentadas: (5) Mudança é 
Sequencial e (6) Mudança é Cumulativa. Sequencial porque existe uma ordem 
com que as crianças (quase sempre) adquirem os principais movimentos: um 
bebê primeiro aprende a sentar, engatinhar, ficar em pé, para só então poder 
andar. Cumulativo porque aprendizagens prévias servem de base para novas 
aprendizagens, ou seja, o desenvolvimento atual depende de desenvolvimento 
anterior. Isso pode ser observado também na aprendizagem dos movimentos que 
fazem parte dos esportes, por exemplo: primeiro uma criança aprende a andar, 
correr, saltar, quicar uma bola parado, arremessar, todas essas habilidades básicas 
ou fundamentais sendo realizadas de forma isolada; num segundo momento elas 
aprendem a combinar essas habilidades, e a partir de certa prática, conseguem 
chegar a realizar gestos desportivos do basquete, como correr quicando uma 
bola, seguido de dois passos e salto arremessando a bola em uma cesta, no caso, 
fundamento do basquete chamado “bandeja”.
Para aprendizagem então, a prática é importante. E não qualquer prática, mas 
a repetição dos movimentos que atendam aos requisitos da tarefa. Dessa forma, 
para aprendizagem, é preciso oportunidade para realização dos movimentos. Por 
exemplo, um bebê precisa explorar as possibilidades dos movimentos por si só 
para aprender, como ao tentar alcançar um brinquedo qualquer ou algum objeto 
colorido, com formatos atrativos e que emitam algum tipo de som, como simples 
balançar das chaves pelo pai, isso já é uma oportunidade de prática com estímulo 
17
UNIDADE Desenvolvimento Motor: conceitos e teorias
para esse bebê se movimentar da forma que conseguir até seu objetivo (o pai 
com as chaves), seja tentando alcançar, engatinhando ou, quem sabe, dando seus 
primeiros passinhos. Em alguns casos, não basta oportunidade de prática, faz-se 
necessário instrução apropriada acerca dos movimentos,como na aprendizagem 
dos gestos desportivos. Tais discussões sobre oportunidade de prática e de instrução 
serão abordadas sucintamente no próximo tópico e, enfatizadas outras vezes ao 
longo das próximas unidades.
Oportunidade de prática estruturada 
e instrução apropriada
A aquisição e/ou aprendizagem de uma habilidade motora envolve que o 
executante, inicialmente, descubra como realizá-la. Dado os muitos segmentos 
corporais e músculos envolvidos na realização de uma habilidade motora, selecionar os 
movimentos que atendam aos objetivos da tarefa motora com proficiência (qualidade 
de execução) nem sempre se mostra uma tarefa fácil, em alguns casos, não sendo 
possível de ser alcançado sozinho. Por exemplo, as crianças até conseguem por si 
mesmas (praticando sozinhas) adquirir habilidades motoras, como espalmar ou cortar 
(rebater) uma bola, mas dificilmente conseguirão realizar com proficiência o saque ou 
a cortada no vôlei, simplesmente praticando sozinhas, em alguns casos a intervenção 
de um professor nesse processo de aprendizagem é essencial. Essa intervenção inclui 
não somente informações verbais ou gestuais que podem ser transmitidas, mas 
advém também da organização de uma prática específica que por meio de desafios 
de complexidade a criança consiga superar suas limitações e adquirir a movimentação 
que cumpra as exigências do contexto de realização.
Importante!
A organização da prática por um profissional específico deve propiciar condições 
para que o aprendiz explore as suas potencialidades motoras de maneira específica e 
orientada para uma determinada gama de possibilidades. Esses profissionais assumem 
um papel crucial no processo de exploração por parte das crianças, no caso, manipulando 
as restrições ambientais e da tarefa, fornecendo oportunidade de prática estruturada e 
instrução apropriada, para que seja possível não somente a aquisição, mas também o 
refinamento de habilidades motoras.
Importante!
Esse ambiente propício e estruturado vai além de, por exemplo, instalações 
físicas de uma quadra de esportes, diversidades de materiais ou disponibilidade de 
tempo para prática. Oportunidade de prática estruturada envolve a participação 
de quem está aprendendo em atividades devidamente organizadas através de 
objetivos previamente definidos, papel que costuma ser atribuído ao profissional 
18
19
responsável como, por exemplo, o professor de educação física. Além de planejar a 
prática, esse profissional é responsável por fornecer informações específicas sobre 
a execução da habilidade motora, verificar a execução de seu aluno, identificar 
possíveis erros, corrigir, fornecer o feedback (quando necessário), ou seja, garantir 
instrução adequada a cerca dos movimentos a serem realizados.
Prática estruturada e/ou organizada é a prática propiciada às crianças e aos 
adolescentes com objetivos definidos e compatíveis com o nível desenvolvimental 
esperado para a respectiva idade das crianças e dos adolescentes. As atividades 
propiciadas pelo professor devem ser organizadas de forma a garantir que 
habilidades motoras sejam adquiridas e refinadas de acordo com o esperado para 
a idade da criança. Além de atividades estruturadas e organizadas às idades das 
crianças, o ser em desenvolvimento também deve receber instrução apropriada 
para que os objetivos pretendidos sejam alcançados. Após a realização de um 
dado movimento, o ser em desenvolvimento deve receber informação sobre sua 
realização, seguido de instrução sobre o que corrigir ou alterar no movimento 
realizado e como alterar o movimento realizado. Tais informações são cruciais para 
que mudanças na realização de uma dada ação motora venham a ocorrer e cabe ao 
professor desempenhar esse papel tão importante.
Como exemplificado na figura sobre a aquisição do andar (figura 3), a inter-
relação entre fatores do organismo e fatores do ambiente é determinante para 
promover e nortear mudanças no repertório motor. Apesar da facilidade em 
abordar esse relacionamento entre os diversos fatores internos e externos, em 
tão poucas palavras, tal processo não é trivial. A combinação entre os fatores 
internos e externos deve ocorrer de forma que o bebê, a criança e qualquer outra 
pessoa tenham condições para usufruir dessa situação. Por exemplo, não adianta 
alguém incentivar (propiciar estímulos) para um bebê aprender andar por volta do 
sexto mês de idade. Ele não terá os requisitos do organismo para responder a tais 
estímulos e, consequentemente, adquirir o andar.
Importante!
Portanto, há períodos e idades mais propícias para que bebês e crianças respondam mais 
adequadamente aos estímulos provenientes do ambiente. Tais períodos e idades foram 
denominados de períodos sensíveis ou então “janelas de oportunidade”, signifi cando 
que o organismo estaria mais suscetível a responder estímulos ambientais de forma 
mais pronunciada, fazendo com que a aquisição e a aprendizagem de alguma habilidade 
ocorressem de forma mais fácil.
Importante!
Isso não quer dizer que após essa “janela” não ocorra mais aprendizagem de 
uma determinada habilidade, porém essa aprendizagem é mais difícil e a dificuldade 
se agrava, à medida que nos afastemos temporalmente dessa “janela”.
19
UNIDADE Desenvolvimento Motor: conceitos e teorias
Importante!
Vamos trazer um exemplo para a aprendizagem da leitura e da escrita. A janela ideal 
é por volta dos seis/sete anos de idade. Podemos aprender mais tarde? Sim, porém 
com maior dificuldade. Podemos aprender quando adulto? Sim, porém necessitando 
colocar muito mais esforço. Similarmente, o mesmo acontece com a aprendizagem das 
habilidades motoras básicas, que são também denominadas como fundamentais, elas 
possuem um período sensível por volta dos seis/sete anos para aquisição de competência 
na realização das mesmas.
Trocando ideias...
Essas habilidades são assim denominadas justamente por serem fundamentais 
de serem adquiridas para que seja possível a construção de um repertório motor 
amplo e proficiente, composto por habilidades mais específicas, como aquelas 
utilizadas nos esportes. Isso expressa a característica de desenvolvimento já citada 
anteriormente e tida, se não como a principal, mas como uma das mais importantes 
no processo de desenvolvimento: a característica “Cumulativa”. Baseado nesses 
períodos sensíveis, diversos modelos de representação do desenvolvimento motor 
foram criados, e alguns deles serão destacados a partir de então.
Desenvolvimento motor: modelos 
e períodos sensíveis
Importante!
O estudo do desenvolvimento motor refere-se às mudanças que ocorrem no 
comportamento motor ao longo da vida, bem como os processos que estão por detrás 
dessas mudanças e, entender como muitos fatores atuam dinamicamente sobre esses 
processos é considerado algo muito complexo. Na tentativa de ilustrar as muitas 
mudanças que ocorrem no curso da vida, modelos desenvolvimentais que viessem 
representar esse fenômeno foram propostos pelos estudiosos da área. O principal objetivo 
desses modelos é justamente fornecer uma maneira para visualização e representação 
das inúmeras e complexas mudanças que ocorrem ao longo do desenvolvimento motor 
e que seriam difíceis de serem compreendidas de forma isolada.
Importante!
Entender como ocorre o processo de aquisição das habilidades motoras e como 
as mesmas mudam, ao longo do tempo, no processo de refinamento e adaptação 
dessas habilidades no contexto da vida parece ser o principal foco dos modelos 
de desenvolvimento motor. Para isso, o curso desenvolvimental é representado 
nesses modelos por meio de divisões denominadas de fases ou de períodos de 
desenvolvimento. Essas fases estão relacionadas, porém não dependentes, à idade 
cronológica e são indicativos das mudanças qualitativas e quantitativas que ocorrem 
ao longo de determinado período de tempo. Cada fase de desenvolvimento reflete 
20
21
um período crítico ou sensível, denominado no tópico anterior como sendo uma 
“janela de oportunidade” para que determinadasalterações aconteçam. Como já 
previamente apontado, essa “janela” é considerada como um intervalo de tempo o 
qual o indivíduo está mais susceptível a certas mudanças e que as mesmas ocorrem 
com maior rapidez e facilidade.
Diversos modelos de desenvolvimento motor foram propostos ao longo 
das últimas décadas e os mesmos se mostraram muito importantes, dentre os 
inúmeros aspectos relevantes, para um entendimento mais facilitado e a explicação 
simplificada das mudanças desse fenômeno dinâmico, permitindo serem 
visualizadas em um contexto mais prático. Dentre os modelos, cabe o destaque 
para o modelo de Ampulheta proposto por Gallahue e Ozmum em 2002, e o 
modelo de Torre proposto em 2015 por Avigo e Barela. Ambos os modelos 
são versões modificadas e atualizadas de antigas representações em formato de 
pirâmide. De forma geral, procurou-se representar e ilustrar a influência das 
condições orgânicas e ambientais vivenciadas pelo ser em desenvolvimento na 
aquisição e no refinamento das habilidades motoras, bem como sua utilização ao 
longo da vida.
Modelo de Ampulheta
Esse modelo de desenvolvimento foi proposto a partir de outro modelo, 
proposto inicialmente por David Gallahue em 1982, em um formato de pirâmide. 
A ideia de pirâmide advinha, dentre outros motivos relevantes, da tentativa de 
ilustrar a característica cumulativa de desenvolvimento, onde cada bloco da 
pirâmide (fase desenvolvimental) se formava com base no período anterior. A ideia 
de pirâmide também denota que, à medida que se avança na idade cronológica, 
novas aprendizagens mais específicas são adquiridas, o que justifica a diminuição 
do tamanho dos blocos, conforme se aproxima do topo da pirâmide (ponta da 
pirâmide). Um exemplo dessa representação, com os períodos e as idades de 
ocorrência (aproximadas) das mudanças no desenvolvimento motor para cada 
desses períodos é apresentado a seguir.
Id
ad
e a
pr
ox
im
ad
a d
os
 pe
río
do
s
de
 de
se
nv
ol
vim
en
to
Estágios de desenvolvim
ento
Fase dos Movimentos
Re�exivos
Fase dos Movimentos
Rudimentares
Fase dos Movimentos
Fundamentais
Fase dos
Movimentos
Relacionados ao Esporte
14 anos e acima
11 aos 13 anos
7 aos 10 anos
6 aos 7 anos
4 os 5 anos
2 aos 3 anos
1 aos 2 anos
nascimento até 1 ano
4 meses até 1 ano
Útero até 4 meses
Estágio especializado
Estágio especí co
Estágio inicial
Estágio maduro
Estágio elementar
Estágio inicial
Estágio de pré controle
Estágio de inibição de re�exos
Estágio de decodi cação de informações
Estágio de codi cação de informação
Figura 3: Modelo de desenvolvimento motor de Gallahue (1982).
Fonte: Gallahue, 1982
A partir desse modelo de pirâmide representado na figura, o modelo de 
ampulheta foi desenvolvido. Sucintamente, os avanços e as modificações em 
21
UNIDADE Desenvolvimento Motor: conceitos e teorias
relação à proposta inicial se dão pela tentativa de representação em espelho, onde 
toda a história de desenvolvimento ao longo das duas primeiras décadas de vida 
(especificamente, até por volta dos 14 anos de idade), refletirá em como poderá 
ser o desenvolvimento do ser ao longo de toda a vida. A partir dessa concepção, 
o repertório construído ao longo dos primeiros anos de vida refletiria em uma 
utilização vitalícia do mesmo, seja para realização dos movimentos necessários para 
vida diária, seja para recreação, seja para competição, por exemplo, em práticas 
esportivas. A seguir uma representação desse modelo de ampulheta é apresentada.
Utilização
Recreacional
ao Longo da Vida
Utilização
Diária
ao Longo da Vida
Utilização
Competitiva
ao Longo da Vida
Movimentos
Especializados
14 anos acima
11 a 13 anos
7 a 10 anos
6 a 7 anos
4 a 5 anos
2 a 3 anos
1 a 2 anos
Nasc. - 1 ano
4 meses - 1 ano
0 a 4 meses
Decodi�cação/Codi�cação
de informações
Pré-Controle
Inibição
Maduro
Elementar
Inicial
Utilização p/ vida
Aplicação
Transição
Movimentos
Fundamentais
Movimentos
Rudimentares
Movimentos
Re�exos
Figura 4: Modelo de desenvolvimento motor de Gallahue e Ozmun (2002)
Fonte: Gallahue e Ozmun, 2002
A ampulheta oferece uma visão descritiva do desenvolvimento humano por 
meio de fases e de estágios de desenvolvimento. Para os criadores desse modelo, 
conceitos como continuidade, especificidade e individualidade no desenvolvimento 
são tidos como peças-chave em suas explicações. Para eles as idades apresentadas 
entre as fases desenvolvimentais são apenas referência do desenvolvimento típico 
para cada idade, não sendo necessariamente o ideal esperado para cada idade, 
mas apenas algo considerado normal para pessoas neurologicamente saudáveis. 
A hereditariedade (fatores individuais) e o meio ambiente (fatores externos) são 
tidos como “alimentadores” nessa ampulheta, em que ambos são tidos como 
importantes, em pé de igualdade, para o desenvolvimento do ser ao longo da 
vida. Talvez um dos aspectos que não tenha ficado tão claro nessa proposta de 
representação, é o quanto fatores internos ou externos podem sobressair um ao 
outro ao longo dos períodos desenvolvimentais. Afinal, tanto os fatores individuais 
como os fatores ambientais possuem maior predominância em algumas idades 
específicas, algo que foi demonstrado por outros pesquisadores no modelo que 
será apresentado a seguir.
22
23
Modelo de Torre
Assim como o modelo de ampulheta, o modelo de torre também foi desenvolvido, 
baseado em propostas anteriores e representava as mudanças desenvolvimentais 
a partir de uma pirâmide. Esse modelo de pirâmide foi proposto por Pelegrini e 
Barela em 1998, possuindo algumas peculiaridades, por exemplo, o entendimento 
que os movimentos realizados no primeiro ano de vida eram pré-adaptativos, e 
não necessariamente rudimentares, algo que denota falta de desenvolvimento ou 
de ineficiência. Pré-adaptativos porque, apesar de os marcos motores, tais como 
alcançar, sentar, engatinhar, ficar em pé, etc., serem compostos de movimentos 
relativamente mais fáceis, quando comparados às habilidades a serem adquiridas após 
o primeiro ano de vida (que é marcado pela aprendizagem do andar independente), 
tais movimentos não podem ser considerados rudimentares, pois dentro da estrutura 
física (maturação dos diversos sistemas) dos bebês tais movimentos podem ser tidos 
como refinados, pois refletem o máximo que os bebês conseguem realizar de acordo 
com seu potencial de desenvolvimento (sua faixa de idade).
O modelo de pirâmide de Pellegrini e Barela também apresenta outra importante 
particularidade: o período compensatório. Segundo os criadores desse modelo, esse 
período reflete da tentativa do ser, agora já mais próximo do processo natural de 
envelhecimento e da perda funcional decorrente desse processo, tente compensar 
para as mudanças biológicas que voltam a ser predominantes, de forma parecida 
como era nos anos iniciais de vida. Sendo assim, o adulto jovem pode se utilizar 
de seu repertório motor adquirido ao longo dos primeiros anos de vida para uma 
utilização vitalícia ao longo de toda a vida, e conforme avança na idade, tentar 
se manter habilidoso a partir da prática, e por consequente, como adulto idoso 
minimizar os efeitos deletérios do processo natural de envelhecimento, buscando 
compensar essas mudanças a partir de um hábito de vida ativo. A seguir, uma 
representação desse modelo é apresentada.
Período
Re�exivos
Período
Compensátório
Período pré-
adaptativo
Período Habilidades
Motoras Fundamentais
Período
Habilidade
Especí�cas ao Contexto
Período
Habilidoso
7 anos
13/14 anos
1 ano
2 Semanas
Nascimento
Figura 5: Modelo de desenvolvimento motor de Pelegrini e Barela (1998)
Fonte: Pelegrini e Barela, 1998
23
UNIDADE Desenvolvimento Motor: conceitos e teorias
Com base nesse modelo de pirâmide, Avigo e Barela (2015) elaboraram uma 
nova representação para continuidade das ideias de participação do ambiente 
e do organismo ao longo dos períodos desenvolvimentais. Nesse modelo, algo 
semelhante à ideia da ampulheta é apontado, no caso, a torre construída nos 
primeirosanos de vida refletirá em uma nova torre, espelhada (de cabeça para 
baixo), onde as oportunidades de prática são proporcionais ao repertório motor já 
adquirido. A seguir uma representação do modelo de torre é apresentada.
Figura 7: Modelo de desenvolvimento motor de Avigo e Barela (2015)
Fonte: Avigo e Barela, 2015
24
25
O modelo de desenvolvimento motor apresentado divide o ciclo desenvolvimental 
em sete períodos distintos: (1) Período pré-natal, (2) Período reflexivo, (3) Período 
pré-adaptativo, (4) Período das habilidades motoras fundamentais, (5) Período das 
habilidades motoras específicas ao contexto, (6) Período habilidoso e (7) Período 
compensatório. Em cada um desses períodos são representadas como as influências 
dos fatores ambientais e do próprio organismo do ser interferem e, em alguns 
momentos predominam, umas em relação às outras. Por exemplo, pode-se sugerir 
que até por volta dos quatro anos de idade os fatores relacionados ao organismo 
predominam sobre os fatores ambientais, e que após isso esse quadro começa a 
se inverter.
Outra particularidade desse modelo é que, por seu formato de torre, observa-se 
que sua base possui, em alguns momentos, laterais retas e em alguns momentos 
as mesmas são direcionadas ao centro, diminuindo relativamente sua largura, 
possuindo assim uma base bem maior que seu ápice – lembrando o formato de 
pirâmide proposto por Pellegrini e Barela (1998). A questão por trás disso é 
justamente que restrições orgânicas delimitam o curso desenvolvimental até certo 
ponto em que as influências do ambiente passam a interferir no curso natural de 
desenvolvimento. Ainda, a partir de certa idade (por volta dos sete anos), observa-se 
que o organismo já não delimita predominantemente esse curso desenvolvimental, 
mas sim o ambiente, sendo dessa forma sua representação em formato de pirâmide.
O estudo de modelos desenvolvimentais auxiliam profissionais que trabalham com 
crianças e adolescentes (como o professor de educação física) a organizarem suas 
práticas, a partir do que se espera para cada idade, ou seja, adequado ao potencial 
de cada ser em desenvolvimento. A descrição detalhada dos períodos ou das fases 
da torre de desenvolvimento motor, bem como algumas mudanças específicas em 
termos de crescimento e de maturação relacionadas às idades de ocorrência dessas 
fases desenvolvimentais serão retomados ao longo das próximas idades.
25
UNIDADE Desenvolvimento Motor: conceitos e teorias
Importante!
A partir das discussões levantas nessa unidade pode-se concluir com o destaque de 
alguns pontos chaves:
• As explicações da teoria (Neuro)maturacional para as alterações que ocorrem no 
desenvolvimento motor ao longo da vida não propiciam explicações convincente, 
pois subestimam o importante papel do ambiente na aquisição de comportamentos 
no domínio motor;
• A teoria dos Sistemas Dinâmicos traz explicações mais convincentes acerca do 
desenvolvimento motor, pois assume que mudanças ocorrem a partir da relação da 
pessoa com o ambiente, e não somente da maturação do SNC, como assumiam os 
maturacionistas;
• Seis características importantes das mudanças no desenvolvimento motor do ser ao 
longo da vida merecem o destaque: (1) mudança é Multifatorial; (2) Individual; (3) 
Direcional; (4) Qualitativa; (5) Sequencial; e (6) Cumulativa;
• As restrições do organismo, do ambiente e da tarefa delimitam a aquisição de 
comportamentos no domínio motor;
• Oportunidade de prática estruturada e informação apropriada são aspectos muito 
relevantes no processo de aprendizagem de habilidades motoras, característico do 
processo desenvolvimental;
• Modelos de desenvolvimento motor são construídos a partir de períodos críticos e/
ou sensíveis de idade (“janelas de oportunidade”) para a ocorrência de mudanças 
no comportamento motor. Os modelos de Pirâmide, Ampulheta e Torre fornecem 
explicações detalhadas e facilitadas acerca do fenômeno desenvolvimento motor;
Em Síntese
26
27
Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
 Vídeos
Vídeo - Motor Development - Myrtle McGraw’s Twin study of Johnny and Jimmy (1930-42)
http://goo.gl/TuCX5M
Reflexos primitivos
http://goo.gl/55B7Oy
 Livros
O que o professor deve saber sobre o desenvolvimento motor de seus alunos
PELLEGRINI, A. M. & BARELA, J. A. O que o professor deve saber sobre o 
desenvolvimento motor de seus alunos. In: M.C.D.O. Micotti (Ed.). Alfabetiza-
ção: Assunto para pais e mestres. Rio Claro: Instituto de Biociências, 1998, p. 
69-80.
 Leitura
Movimento na infância: combustível para o desenvolvimento. Revista Por Escrito: corpo em movimento
AVIGO, E. L. & BARELA, J. A. Movimento na infância: combustível para o 
desenvolvimento. Revista Por Escrito: corpo em movimento. Fundação Arcor: 
Instituto Arcor Brasil, 2015, v.10, p. 48-53.
http://goo.gl/qWALgF
27
UNIDADE Desenvolvimento Motor: conceitos e teorias
Referências
GALLAHUE, D. L. Compreendendo o Desenvolvimento Motor: Bebês, 
Crianças, Adolescentes e Adultos. 2. ed. São Paulo: Phorte, 2003.
GALLAHUE, D. L & Donnelly, F. Educação Física Desenvolvimentista para 
Todas as Crianças. 4. ed. São Paulo: Phorte, 2008.
MALINA, R. M.; BOUCHARD, C. Growth, Maturation, And Physical Activity. 
2. ed. Champaign: Human Kinetics, 2004.
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