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Direito e Ciencia Qual o objeto de estudo do Direito Sofia Duarte Machado


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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ
SOFIA DUARTE MACHADO (RA:129833)
DIREITO COMO CIÊNCIA E SEU OBJETO DE ESTUDO
MARINGÁ – PR
2022
SOFIA DUARTE MACHADO (RA:129833)
DIREITO COMO CIÊNCIA E SEU OBJETO DE ESTUDO
Dissertação apresentada à disciplina de Pesquisa Jurídica, o qual tem por objetivo abordar sobre o tema “Direito como ciência e seu objeto de estudo”
Orientadora: Valéria Silva Galdino Cardin
MARINGÁ – PR
2022
Originária do latim, directus directum, a palavra direito traz consigo a perspectiva de seguir uma conduta invariável, um comportamento predeterminado, retilíneo, conforme uma norma, uma regra. Desta forma se traz a prerrogativa que Direito é lei e ordem, permitindo a conivência social ordenada, a qual é o estudo do Direito. 
Partido de relações subjetivas, pressuposto em cada ação do homem que se relacione com outro homem, compreende-se o Direito, a partir do latim, ubi societas, ibi jus (onde está a sociedade está o Direito). Baseado no ser social e da metodização do processo social, salienta-se a correlação entre o Direito como fato social e Direito como ciência. Segundo Miguel Reale, a Ciência Jurídica obedece ao tipo de unidade finalística ou teleológica, partido do sentido de uma unidade de fins.
Advindo de uma perspectiva positivista, a concepção de produção de um saber científico, através do método, gere a própria lei. Segundo Patrick Gardiner, “a característica positivista nas ciências sociais é a pesquisa, através da observação de dados da experiência, das leis gerais que regem os fenômenos sociais. A constância ou a regularidade dos fenômenos constatados leva a generalizar a partir deles, isto é, a formular leis positivistas”.
Atrelado a isso, vê-se o Direito como um fenômeno histórico social constantemente propício a variações e intercorrências, fluxos e refluxos no espaço e no tempo. Gere-se, desta forma, leis positivas vigentes em determinadas sociedades em um período, as quais estão em constantes adaptações para o mantimento da ordem. Sob essa ótica, deve-se subtrair o ideal de que ciência e exatidão são sinônimas. Segundo o filósofo pré-socrático Heráclito de Éfeso, “o mesmo homem nunca se banha no mesmo rio, pois outras são as águas, e outro é o homem “, tal premissa traz a mutabilidade do ser humano equalitária a natureza, fundamentando a necessidade de atualizações em todos meios, na qual não está ausente o cenário jurídico.
Em síntese, é válida a compreensão do Direito como uma ciência, suprindo o senso comum, de que, ciências se tratam de verdades imutáveis, as quais, de fato, não são encontradas em nenhuma área de conhecimento. Com isso, o Direito se traz como vertente abrangida por várias disciplinas, na qual o objeto de estudo, o ser pertencente ao meio interpessoal, a partir da observação, questionamento, hipótese, experimentação, análise dos resultados e conclusão, visando o equilíbrio da convivência social.
REFERÊNCIAS
REALE, Miguel. “Lições Preliminares do Direito”. 27ª ed. Ajustada ao novo Código Civil -- São Paulo: Saraiva, 2002. p. 2.
PENNA, Lincoln de Abreu. “Positivismo”.
https://cpdoc.fgv.br/sites/default/files/verbetes/primeira-republica/POSITIVISMO.pdf