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INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA PRÓTESE TOTAL

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INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA PRÓTESE TOTAL
· Efetividade mastigatória em edêntulos com prótese total: 25%
· Objetivos: restaura aspectos funcionais (mastigação, deglutição e fonética) e estéticos (dentes, gengiva, suporte labial e dimensão vertical)
· Mesmo reestabelecendo a função mastigatória, a trituração apresenta limitações, sendo recomendado evitar o corte, mordida ou mastigação com os dentes anteriores para evitar a reabsorção do rebordo anterior e o deslocamento da prótese.
· A correta posição dos dentes artificias vai proporcionar o suporte adequado para que a língua e demais estruturas musculares assumam um posicionamento adequado durante a deglutição
· Há recuperação da pronúncia de fonemas linguodentais T e D e os dentolabiais P e B
· Quando há perda dos dentes e reabsorção do rebordo alveolar, ocorre o perfil côncavo (destaque para o nariz e o mento), acentuação do sulco nasogeniano e evidenciação das rugas labiais verticais
· A ausência de contatos dentais posteriores e o edentulismo total provocam aproximação excessiva entre maxila e mandíbula, com protusão mandibular e proximidade entre o mento e o nariz (estética comprometida) e queilite angular
ÁREA BASAL MAXILA
ÁREA BASAL MANDÍBULA
· Área basal: é a área que suportará a base da prótese
· Zona principal de resistência aos esforços mastigatórios: é a crista do rebordo (local de posicionamento dos dentes e centralização das cargas mastigatórias). Na maxila, vai de túber a túber e na mandíbula da papila piriforme a outra.
· Zon secundária de resistência aos esforços mastigatórios: são os flancos ou vertentes (resistência ao deslocamento da PT no sentido horizontal). Na maxila, vai de túber a túber (V e P) e na mandíbula de papila piriforme a outra papila (V e L)
· Regiões de alívio: Na maxila, é a rafe mediada, as rugas palatinas e os torus palatinos. Na mandíbula, é o forame mentoniano, linha oblíqua interna, torus mandibulares e rebordo lâmina de faca
· Selado periférico: contorna toda área basal (exceto no bordo posterior). Mantém íntimo contato entre a prótese e a mucosa, garantindo um vedamento periférico perfeito, evitando a entrada de ar. Responsável por 80% de retenção da PT
PRINCÍPIOS FÍSICOS
· Retenção: é a capacidade da PT em se manter em posição no sentido gengivo-oclusal (vertical) durante a fisiologia (mastigação, fonação)
· Fatores físicos: adesão (base da prótese e saliva e saliva e mucosa. É diretamente proporcional a área de contato. Depende da fluidez da saliva, pois se for excessivamente viscosa, irá prejudicar a adesão), coesão (força de atração entre partículas próximas. Mantém a integridade dos corpos até que uma força mais intensa rompa a adesão, ex.: quando a prótese é removida da boca), tensão superficial (ocorre no filme salivar nas bordas da prótese formando um menisco que impede, até certo ponto, a entrada de ar, quando ocorre força de deslocamento) e pressão atmosférica (em selado periférico correto, ocorre diferença entre a pressão do filme salivar e a pressão atmosférica externa, que pode ser maior, ajudando a pressionar a prótese, mantendo-a em posição. A sua relevância vem sendo questionada)
· Estabilidade: é a propriedade da PT de manter-se sem deslocamentos no sentido horizontal durante a fisiologia. 
· Fatores físicos: cobertura correta da área basal, condição dos rebordos, forma e tamanho dos flancos, relações maxilomandibulares, oclusão
REQUISITOS FÍSICOS
· Extensão máxima dentro dos limites, selado periférico, compressão (deve ser adequada na região de travamento posterior), alívios e máximo contato da prótese com a mucosa
EXAME CLÍNICO INTRAORAL
· Lábios e bochechas: são fundamentais para promover o selamento periférico das PT (retenção). Auxiliam na manutenção da estabilidade das próteses (paciente adquire domínio muscular com o passar do tempo)
· Rebordos residuais:
· Constituição: crista do rebordo e flancos ou vertentes
· Forma: U (mais paralelos e a crista mais larga, sendo mais favorável com área de maior adesão e suporte) e V (flancos convergentes para uma crista fina. É mais desfavorável e com menor área de adesão)
· É importante analisar o espaço inter-rebordo, altura e espessura, grau de reabsorção, tecidos flácidos e retenções mecânicas. Rebordo maxilar muito reabsorvido torna o palato quase plano
· Grau de reabsorção do osso alveolar depende: do tempo de edentulismo, arcada antagonista, o grau de adaptação das próteses, força mastigatória, hábitos parafuncionais, extensão dos bordos da prótese e doenças sistêmicas. Na maxila, a reabsorção ocorre em altura e espessura (perda de suporte labial) e na mandíbula somente em altura
· Formato da arcada: pode ter as formas quadrangular (associada a perda dos caninos), triangular e ovoide
· Abóbada palatina: pode ter o formato de U (melhor estabilidade porque tem flancos palatinos mais verticais) e em V (mais desfavorável porque cria vácuo inadequado)
· Freios e bridas: examinar com lábios e bochechas tracionados. Freios e bridas próximos à crista do rebordo podem necessitar de frenectomia
· Língua: em relação ao tamanho, línguas estreitas facilitam a moldagem, mas tem menor vedamento nas margens linguais da PT inferior. Avaliar, também, mobilidade e posicionamento. 
· Mucosa: apalpar para avaliar espessura e flacidez e hiperplasias. O ideal é que ela tenha 2 mm de espessura. Se for muito fina, dificulta a acomodação e o assentamento da prótese. Se for muito espessa, pode haver deslocamento lateral por não distribuir bem os esforços mastigatórios. Se for muito flácida (decorrente de intensa reabsorção óssea), fazer remoção cirúrgica em alguns casos. As patologias mais frequentes é a candidíase, úlceras traumáticas, estomatites protéticas, hiperplasia papilar palatina (câmara de sucção), hiperplasia fibrosa fissurada na região de fundo de sulco
· Saliva: tem um papel decisivo no sucesso das PT. Quando é excessiva, tem dificuldade de moldagem (aparecimento de bolhas). Se for insuficiente, dificulta a adesão, coesão e tensão superficial, não lubrifica, não promove limpeza nem hemostasia da mucosa. A viscosidade excessiva dificulta o assentamento da prótese (deslocamento), diminui o contato entre a prótese e a mucosa e causa náuseas, porém melhora a tensão superficial
· Relação de classe II ou III esquelética: apresenta maior dificuldade para as PT
· PT superior X classe I de Kennedy inferior: paciente morde e mastiga continuamente sobre os dentes anterior, causando reabsorção do rebordo alveolar superior anterior, causando deslocamento da prótese. Sucesso no tratamento se fazer reabilitação inferior
· Opções para pacientes com alguns remanescentes dentais: implantes + próteses fixas, PPR, overdenture, extrações + espera + PT convencional ou extrações + PT imediata + espera + PT convencional ou reembasamento 
· Opções para pacientes sem remanescentes dentais: implantes + prótese fixa, implante + overdenture ou PT convencionais
BORDO POSTERIOR DA MAXILA
· É chamado de travamento posterior e é importante para retenção da PT. Apresenta dois limites, o anterior (palato duro) e posterior (palato mole). Para saber onde está localizado cada estrutura, fazemos a palpação com instrumento rombo (cabo do espelho)
· A primeira coisa a se fazer é avaliar o grau de movimentação do palato mole. Para isso, pedir para o paciente fazer o sopro nasal, pois o palato mole sofre deflexão (abaixa). Quando o paciente pronuncia a letra A, ele se eleva.
· Se o palato mole exerce um movimento intenso e próximo entre o palato duro e mole, a boca é estreita. Se o palato mole exerce um movimento suave e distante do limite entre palato duro e mole, a boca é larga. Se o movimento tem amplitude intermediária, é considerado boca média
· A invasão do palato mole é justificada pelo fato deste possuir capacidade de movimentação, mantendo o íntimo contato mucosa-prótese durante os pequenos movimentos de PT. Além disso, quanto maior a área recoberta, maior a área de adesão e maior a retenção da prótese
· Extensão da PT sobre o palato mole (limite posterior): se for boca estreita,invasão de até 2 mm além do limite entre palato duro e mole. Se for boca média, 2 a 4 mm. Se for boca larga, será de 5 a 12 mm distante do limite entre palato duro e mole 
· Limite anterior do travamento posterior: deve ficar sobre o palato duro e sua localização depende do grau de compressibilidade da mucosa palatina. Quanto maior o grau de compressibilidade, mais largo será o bordo posterior. Na região da rafe mediana onde a mucosa é fina e não permite compressão, o limite anterior vai se aproximar do limite posterior
· Bordo posterior da mandíbula: é dado pela justaposição da prótese à mucosa, recobrindo a papila piriforme (pode ser recobrimento total ou, no mínimo, 2/3 dela)

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