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Projeto TCC Enfermagem
Trabalho De Conclusão De Curso (Universidade Federal do Pará)
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Projeto TCC Enfermagem
Trabalho De Conclusão De Curso (Universidade Federal do Pará)
Baixado por Juliane Fernando (jbcabreira@hotmail.com)
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FACULDADE ESTÁCIO- CASTANHAL
CURSO DE BACHARELADO EM ENFERMAGEM
ANTONIA LAIS PINHEIRO LELES
RAYANNE NAZARÉ SARMENTO FERREIRA
THAINÁ CARVALHO RAMOS
DESAFIOS DO ENFERMEIRO NA HUMANIZAÇÃO DO PARTO
NORMAL EM MULHERES PRIVADAS DE LIBERDADE
CASTANHAL –PA
2018
Baixado por Juliane Fernando (jbcabreira@hotmail.com)
lOMoARcPSD|16057552
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FACULDADE ESTÁCIO- CASTANHAL
CURSO DE BACHARELADO EM ENFERMAGEM
ANTONIA LAIS PINHEIRO LELES
RAYANNE NAZARÉ SARMENTO FERREIRA
THAINÁ CARVALHO RAMOS
DESAFIOS DO ENFERMEIRO NA HUMANIZAÇÃO DO PARTO
NORMAL EM MULHERES PRIVADAS DE LIBERDADE
Projeto de pesquisa apresentado a
Faculdade Estácio Unidade
Castanhal como requisito parcial
para obtenção do grau de bacharel
em enfermeiro sobre orientação da
Prof. Vera Lúcia Cecim dos Santos.
CASTANHAL –PA
2018
Baixado por Juliane Fernando (jbcabreira@hotmail.com)
lOMoARcPSD|16057552
RESUMO
Este trabalho tem como proposta apresentar os desafios do enfermeiro
na humanização durante o parto normal em mulheres privadas da liberdade,
com a garantia de executar técnicas e condutas voltadas para um atendimento
digno e de excelência. Tem por objetivo identificar os desafios enfrentados
durante a realização do parto em mulheres privadas de liberdade, a
importância para o enfermeiro de desenvolver o parto humanizado com essas
mulheres, como são estabelecidas as diretrizes que visam à melhoria do parto
humanizado e se os enfermeiros das unidades que fazem o atendimento
dessas mulheres reclusas de liberdade já trabalham com o parto humanizado.
A metodologia foi aplicada por meio de pesquisa de natureza qualitativa
descritiva, com interesse de buscar respostas sobre os desafios do enfermeiro
ao parto humanizado em mulheres privada de liberdade no Hospital da Divina
Providência, localizado no município de Marituba no estado do Pará,
pertencente a região metropolitana de Belém. A realização deste trabalho
busca garantir e melhora a assistência ao parto humanizado perante as
reclusas de liberdade, qualificando as diretrizes da saúde para um parto de
qualidade e assegurar o direito de escolha, conservando o respeito e dignidade
para estas mulheres.
Unitermos: Parto Humanizado. Desafios do Enfermeiro. Humanização.
Assistência do Enfermeiro no parto. Privadas de liberdade. 
Baixado por Juliane Fernando (jbcabreira@hotmail.com)
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LISTA DE ABREVIATURAS
CEP – Código de Endereço Postal
CNS - Conselho Nacional de Saúde
CRF - Centro de Reeducação Feminina 
DEPEN- Departamento Penitenciário Nacional 
OMS- Organização Mundial de Saúde 
HDP- Hospital Divina Providencia 
PNSSP- Plano Nacional de Saúde do Sistema Penitenciário
PA- Pará
PE- Pernambuco
RN- Recém-nascido
MS- Mistério da Saúde 
SUS- Sistema único de saúde 
SUSIPE- Superintendência do Sistema Penitenciário do Estado
UMI- Unidade Materna Infantil
Baixado por Juliane Fernando (jbcabreira@hotmail.com)
lOMoARcPSD|16057552
SUMÁRIO 
1 INTRODUÇÃO........................................................................................... 1
1.1 Tema em estudo...................................................................................... 1
1.2 Justificativa.............................................................................................. 4
1.3 Situação Problema.................................................................................. 5
2 HIPÓTESE................................................................................................. 6
3 OBJETIVOS............................................................................................... 6
3.1 Geral........................................................................................................ 6
3.2 Específicos.............................................................................................. 7
4 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA....................................................................... 7
4.1 Trabalhos de Parto.................................................................................. 7
4.2 Parto Humanizado................................................................................... 8
4.3 Assistência de enfermagem no parto...................................................... 10
4.4 Violências obstétricas.............................................................................. 12
4.5 Perfil das mulheres privadas de liberdade.............................................. 13
5 METODOLOGIA......................................................................................... 15
5.1 Tipo de estudo........................................................................................ 15
5.2 Local da pesquisa.................................................................................... 15
5.3 Fontes de informação.............................................................................. 16
5.3.1 Critérios de inclusão............................................................................. 16
5.3.2 Critérios pertencentes de exclusão...................................................... 16
5.4 Técnicas de coleta e de dados................................................................ 16
5.5 Técnicas de análise de dados................................................................. 16
5.6 Aspectos éticos ...................................................................................... 17
5.7 Riscos...................................................................................................... 17
5.8 Benefícios................................................................................................ 17
5 DESFECHO................................................................................................ 18
5.1 Primário................................................................................................... 18
5.2 Secundário.............................................................................................. 18
6 CRONOGRAMA.........................................................................................19
7 ORÇAMENTO............................................................................................ 20
8 REFERÊNCIAS.......................................................................................... 21
APÊNDIES A- Roteiro para entrevista.......................................................... 26
APÊNDIES B- Termo de consentimento livre e esclarecido......................... 27
Baixado por Juliane Fernando (jbcabreira@hotmail.com)
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1
1 INTRODUÇÃO
1.1 Tema em estudo
O tema deste trabalho refere-se aos desafios da humanização do parto
em mulheres privadas da liberdade. Sabe-se que o parto humanizado é o
processo fisiológico da expulsão do feto, sem nenhuma intervenção, e levando
em consideração as decisões da mulher referente ao momento da parturição,
deixando a mesma com livre arbítrio de escolher o local desejado, podendo ser
no ambiente hospitalar ou domiciliar, não importando que seja em uma cama,
banqueta, ou até mesmo na água. De acordo com a Lei 8.080/90 do Sistema
Único de Saúde (SUS) Neste processo humanista a gestante também tem a
liberdade de escolher um acompanhante para participar de forma benéfica,
trazendo ainda mais segurança e apoio. 
Complementando o exposto acima, a Procuradoria Geral de
Pernambuco, destaca:
A humanização do parto está focado no respeito às escolhas da
mulher, no direito a um atendimento digno, respeitoso e sem qualquer
tipo de violência. Os conceitos da humanização no parto devem estar
presentes em todos os locais da assistência à gestante: em um
hospital público, privado, em uma casa de parto e até numa
residência. O que importa é que sejam adotadas práticas que
garantam o direito à informação e ás escolhas da mulher. (BRASIL,
2015, p.08)
 Durante o parto humanizado os profissionais da saúde, entre estes, o
enfermeiro deve realizar o mínimo de intervenções possíveis, mais antes disso
é levado em consideração que a gestante tenha realizado o processo de pré-
natal corretamente, com bom acompanhamento, considerando-se a plena
saúde tanto da mãe quanto do feto. Em caso de algum problema durante o
nascimento sempre haverá profissionais para intervir de forma correta,
deixando assim a parturiente segura e confortável.
É relevante ressaltar que:
A parturiente deve ser acompanhada por pessoal devidamente
capacitado, para que as intervenções ocorram quando necessárias e
não como rotinas, privilegiando o bem-estar da parturiente e do
concepto, tentando não utilizar métodos invasivos. Este modelo de
assistência é mais afeito às enfermeiras que atuam dentro de uma
visão mais humanista e holística. (DAVIM E MENEZES, 2001, p.63)
Baixado por Juliane Fernando (jbcabreira@hotmail.com)
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2
Segundo o Manual Técnico de Assistência Pré-Natal do Ministério da
Saúde do Brasil (2000) O conceito de humanização da assistência ao parto
pressupõem a relação de respeito que os profissionais de saúde estabelecem
com as mulheres durante o processo de parturição e, compreendem alguns
aspectos tais como: 
Parto como um processo natural e fisiológico que, normalmente, quando
bem conduzido, não precisa de condutas intervencionistas;
Respeito aos sentimentos, emoções, necessidades e valores culturais;
Disposição dos profissionais para ajudar a mulher a diminuir a ansiedade
e a insegurança, assim como o medo do parto, da solidão, da dor, do ambiente
hospitalar, de o bebê nascer com problemas e outros temores;
Promoção e manutenção do bem-estar físico e emocional ao longo do
processo da gestação, parto e nascimento; 
Informação e orientação permanente à parturiente sobre a evolução do
trabalho de parto, reconhecendo o papel principal da mulher nesse processo,
até mesmo aceitando a sua recusa a condutas que lhe causem
constrangimento ou dor;
Espaço e apoio para presença de um(a) acompanhante que a
parturiente deseja;
Direito da mulher na escolha do local de nascimento e com
responsabilidade dos profissionais para garantir o acesso e a qualidade dos
cuidados de saúde.
Durante o parto é proibido o uso de algemas nas mulheres carcerárias,
como está descrito na Lei nº 13.434/2017, que foi aprovado no congresso
nacional brasileiro, lei essa que contribuí para a humanização, tendo em vista a
diminuição do desconforto durante o parto. (BRASIL, 2017)
De acordo com a Cartilha do (PNSSP) Plano Nacional de Saúde do
Sistema Penitenciário (2004) é previsto a inclusão da população penitenciaria
no SUS, garantindo que o direito à cidadania se efetive na perspectivas dos
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direitos humanos. Reforça-se a premissa de que as pessoas presas, qualquer
seja a natureza de sua transgressão, mantem todos os direitos fundamentais a
que tem direito todas as pessoas humanas, principalmente o direito de gozar
dos mais elevados padrões de saúde física e mental. As pessoas estão
privadas de liberdade e não dos direitos humanos inerentes à cidadania.
(BRASIL, 2004)
A Constituição Federal de 1988 e a Lei de Execução Penal de 1984
reconheceram que as pessoas privadas de liberdade têm direito à
educação e saúde. Porém só em 2003 os Ministérios da Justiça e da
Saúde firmaram parceria para integrar essas ações em um Plano
Nacional de Saúde no Sistema Penitenciaria (PNSSP). (GALVÃO e
DAVIM, 2013, p.453)
 VASONE e SANTANA (2015) afirmam que, a população carcerária
feminina se apresenta como um grande problema social e a gestação na
penitenciaria agrava ainda mais a situação feminina. A gestação prova-se o
momento de maior fragilidade dessas mulheres, sendo que as encarceradas
passam estes momentos tão delicados, em penitenciarias, locais longe de ser
ideais para garantir os direitos das mulheres e de seus filhos. 
Compreende-se que durante o período de gestação das mulheres
reclusas de liberdade é encontrado vários aspectos de precariedades, visto que
elas não possuem vida digna e existe uma relevante carência de humanização.
Vale salientar que o déficit na assistência à saúde da população
privada de liberdade permanece assombroso. Em se tratando de
grupos vulneráveis socialmente, a exclusão se torna ainda maior em
relação a população feminina. Afinal, a sociedade brasileira tem
conceitos arraigados no modelo patriarcal, aquele que se inscreve o
“ser mulher” em uma condição de subordinação e desvalorização.
(MOREIRA E SOUZA, 2014, p. 02)
Com base nas pesquisas feitas pelo DEPEN (Departamento
Penitenciário Nacional), a cada ano vem aumentando o número de mulheres
privadas de liberdade no sistema prisional brasileiro, segundos os dados
levantados no ano de 2016 houve um aumento de 698% em 16 anos. O
Ministério da Justiça aponta que a maioria dessas mulheres são presas por
envolvimentos em drogas. (BRASIL 2016)
A humanização é um processo que vem evoluindo em várias áreas.
Humanização é a pratica do cuidar, exercer a função de humanizar, buscando
olhares holísticos sobre a vida humana, é tornar humano. É a evolução do
Baixado por Juliane Fernando (jbcabreira@hotmail.com)
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homem quanto a complacência, o ato de solidariedade, fraternidade,
respeitando a ética social, não existindo preconceitos entre classes, ter como
motivação o ato de se doar e passar a entender a vida do outro, desenvolver
habilidades humanistas, fazer com que a essência do ser humano seja
desenvolvida de forma cuidadosa e responsável sobre a vida de cada ser.
Humanizar é afirmaro humano na ação e isso significa cuidado
porque só o ser humano é capaz de cuidar no sentido integral, ou
seja, de forma natural e, ao mesmo tempo, consciente, conjugando
desta forma os componentes racionais e sensíveis. (WALDOW e
BORGES, 2011, p.03)
Conforme ANDRADE, FELIX e SOLZA (2017) todos os profissionais de
saúde, bem como outros profissionais que atuam na área de saúde, possuem a
responsabilidade e aptidão para atuarem com parto humanizado. Uma parte
desses profissionais destacam-se os enfermeiros que são reconhecidos pelos
gestores públicos como profissionais autorizados para implementar ações de
políticas de humanização. Sendo assim, os enfermeiros são considerados
locutores autorizados, dotados de competência necessária para produzir
discursos legítimos capazes de serem reconhecidos por ter uma eficácia
simbólica diante da estrutura do campo obstétrico humanizado.
Cabe ao enfermeiro a conscientização e sensibilização sobre a sua
importância na prática assistencial, como membro da equipe de saúde,
prestando os devidos cuidados, de forma humanizada, à parturiente e o
neonato, promovendo a saúde e prevenindo possíveis intercorrências que
possam estar envolvidos nesse processo. Somente unindo o conhecimento
técnico cientifico com os preceitos éticos relacionados à profissão, é possível
proporcionar uma assistência digna e qualificada ao binômio mãe e filho
(TAKEMOTO e CORSO 2013).
1.2 Justificativa 
Com a realização deste trabalho de pesquisa poderemos refletir
aspectos voltados para a melhoria do parto em mulheres privadas de liberdade,
destacando o contexto de humanização, mostrando como esse conceito pode
trazer grandes benefícios, onde as vontades, desejos, necessidades e os
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5
medos sejam respeitados, trazendo consequências positivas tanto na saúde
biopsicossocial da mãe e do recém-nascido (RN).
Atualmente, sabe-se que as intervenções e condutas dos profissionais
de saúde têm o potencial de desqualificar os cuidados fornecidos as mulheres
durante o parto, desconsiderando até mesmo os seus direitos e de sua família
nesse processo. Diante disse, mudanças têm sido propostas pela Organização
Mundial de Saúde (OMS), bem como pelo Ministério da Saúde e alguns órgão
não governamentais. Essas mudanças enfatizam os devidos cuidados
prestados às mulheres, incluindo o resgate do parto natural. Isto também tem
provocado a estimulação dos enfermeiros obstetras e equipes qualificadas na
assistência à gestação e ao parto, além da promoção de ações de incentivos
para que o parto seja tratado como um processo fisiológico, conduzido a partir
da perspectiva da humanização (POSSATI et al. 2017).
O momento do parto gera a qualquer gestante bastante expectativas e
não é diferente quando se trata de mulheres privadas de liberdade. É de
fundamental importância e segurado por lei a presença de um acompanhante
na sala de parto, com objetivo de passar confiança à parturiente, no entanto,
isso não é assegurado às mulheres presas, pois quando entram em trabalho de
parto não conseguem fazer comunicação com seus familiares, além disso não
ficam esclarecidas sobre o local do parto e qual medico fará o mesmo, e nos
casos da falta de pré-natal, se o seu filho nascerá saudável (CARNEIRO e
VERÍSSIMO, 2016).
O desenvolvimento deste trabalho contribuirá para o aperfeiçoamento
dos nossos conhecimentos acadêmicos e servirá para comunidade acadêmica
em geral, portanto, poderá auxiliar na concretização de novos estudos
relacionados ao tema abordado, contribuindo também para os contextos
sociais e culturais, trazendo conceitos que poderão ser relevantes aos
profissionais da área de saúde que atuam em sistemas prisionais. E ainda
conscientizando os leitores para a importância do parto humanizado em
parturientes privadas de liberdade.
1.3 Situação Problema
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6
A grande motivação para realização desse estudo se deu pelo fato de
ser um assunto pouco abordado na área da saúde, quando se trata de
gestantes em situação de cárcere privado, sabendo que estas mulheres
possuem os mesmos direitos que qualquer outro cidadão onde se refere a
saúde pública, como está descrito no art.196 da Constituição Federal de 1988
“a saúde é direito de todos e dever do estado”. 
Durante a graduação passamos a ter mais interesse pela área de
obstetrícia voltada para a importância do parto humanizado, assim ganhando
fascínio de compreender o assunto. 
Nos últimos tempos vem sendo abordado nos jornais e nas redes sociais
sobre o tema “dignidade e cidadania das mulheres gravidas privadas de
liberdade”, e isso fez com que despertássemos interesse de estudar mais
sobre o assunto, com isso resolvemos aprofundar nossos conhecimentos em
relação a humanização no sistema prisional, visto que para se gozar de um
parto bem sucedido tem que ter um acompanhamento durante a gestação que
é o pré-natal, com a equipe de enfermagem; assim trazendo-nos diversos
questionamentos: Quais os desafios para realizar o atendimento de assistência
pelos enfermeiros na implementação do parto humanizado no Hospital da
Divina Providência E? No Hospital da Divina Providência, Marituba – PA, os
enfermeiros já trabalham com parto humanizado? Qual a importância para o
enfermeiro de desenvolver o parto humanizado? Os enfermeiros incentivam o
parto humanizado? 
2 HIPÓTESE
A enfermagem que atende no pré, trans e pós parto das mulheres
privadas de liberdade realizam todas as boas práticas para o exercício do parto
humanizado. 
3 OBJETIVOS
3.1 Geral
Identificar quais os desafios enfrentados pelos enfermeiros durante a
realização do atendimento do parto nas mulheres privadas de liberdade no
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7
Hospital da Divina Providência, considerando os direitos de humanização sobre
as gestantes com ênfase na garantia do parto humanizado.
3.2 Específicos
Investigar se os enfermeiros do Hospital da Divina Providência, Marituba
– PA já trabalham com o parto humanizado;
Analisar a importância para o enfermeiro de desenvolver o parto
humanizado;
Descrever se os enfermeiros promovem o incentivo ao parto
humanizado;
Recomendar aos enfermeiros o estabelecimento de diretrizes que visam
a melhoria do parto humanizado.
4 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
4.1 Trabalhos de Parto
No final do século XIX, a maioria dos partos eram realizados em
ambientes domiciliares, especificamente por parteiras ou aparadeiras. Dar à luz
fora de casa era algo anormal naquela época, um parto fora do domicílio
acontecia apenas em situações extremas. O médico era chamado somente em
casos de complicações, ou seja não havia o acompanhamento profissional que
existe de forma normal nos dias de hoje. Além das parteiras serem
economicamente mais acessíveis, tinham a vantagem de ajudar com as tarefas
domesticas, substituindo ou auxiliando a mulher por algum tempo após o parto
(LEITER e RIESCO, 2013).
Durante o século XX, mais expressivamente depois da Segunda Guerra
Mundial, em nome da redução das elevadas taxas de mortalidade materna
infantil ocorre a institucionalização do parto, passando do âmbito domiciliar
para o hospitalar e consequentemente surgido os procedimentos de
medicalização. A institucionalização do partofoi um fator determinante para
afastar a família e a rede social do processo do nascimento, uma vez que a
estrutura física e as rotinas hospitalares foram planejadas para atender as
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necessidades dos profissionais de saúde, e não das parturientes. Assim, a
maioria das mulheres passaram a permanecer internadas em salas de pré-
parto coletivo, com pouca ou nenhuma privacidade, assistidas com práticas
baseadas em normas e rotinas que as tornavam passivas e impossibilitadas de
receber a presença de uma pessoa de seu convívio social para apoiá-las
(BRUGGEMANN, PARPINELLI e OSIS, 2005).
O parto é um dos fenômenos naturais que muitas mulheres irão
vivenciar no decorrer da vida. Tal fenômeno, caracterizado como
essencial para manutenção da vida, é influenciado pelo meio
sociocultural, onde preceitos culturais constroem a visão e forma com
que a mulher irá vivenciar o seu processo de parir. O ato de dar à luz
a uma criança, portanto, nunca será simplesmente um processo
fisiológico, mas sim um evento que se desenvolve em um ambiente
cultural, e o profissional que a assiste nesse momento precisa
compreendê-lo dessa forma. (GOMES, FARIA E SOUZA, 2011, p. 16)
O parto realizado no ambiente hospitalar é permeado de aparatos
tecnológicos e rotinas que conduzem a parturiente, sem que a mesma possa
optar pela posição que deseja parir. Percebe-se que as mulheres desconhecem
as posições para parir e aceitam a posição convencional, pré-determinada e
imposta pelos profissionais de saúde (SILVEIRA e CARVALHO, 2003).
Durante o parto normal não deve haver interferência medica, é
recomendado ser um processo espontâneo, qualquer intervenção antes,
durante e após a realização do parto deve ser executada com cuidado e
profissionalismo por parte da equipe de saúde, evitando a violência obstétrica
(SANTOS, VITAL e MAGALHÃES, 2016).
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o pato normal é
um processo fisiológico, natural e, consequentemente, não deve
sofrer interferência no seu curso. Tem início espontâneo, baixo risco
no início do trabalho de parto, permanecendo assim durante todo o
processo, até o nascimento. (BARROS, 2006, p. 176)
Para ARAÚJO e OLIVEIRA (2006) o parto é considerado um dos
momentos críticos para cada uma das que fazem parte da população feminina,
devido ao medo e a ansiedade que nessa fase estão ainda mais evidentes,
além do próprio processo fisiológico do trabalho de parto e dos fatores
exógenos que estarão atuando conjuntamente.
4.2 Parto Humanizado
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9
 Segundo MALIK (2000), o parto humanizado não é um tipo de parto e
sim um processo de respeito, caracterizado pela alternativa de escolha da
gestante, sem haver ingerência baseado em olhares holísticos, com a decisão
de como e onde ela terá o seu bebê, com atendimento digno e de qualidade,
durante a gestação, parto e puerpério, desta forma focar toda atenção, cuidado
e necessidades para com elas de acordo que se torne cada vez mais
humanizado em busca de deixá-la segura.
 De acordo com LARGURA (1998) o parto humanizado abrange várias
características que devem ser respeitadas e entendida dentro dos aspectos;
psicológicos, biológicos, espirituais e sociais.
A definição da humanização do parto é ampla, envolvendo diversos
aspectos. Entretanto, pode-se considerar parto humanizado, aqueles
que possuem características em comum, a saber: aqueles que não
possuam intervenções desnecessárias, onde a atuação do
profissional respeite a fisiologia da mulher/paciente, que se respeitem
aspectos sociais e culturais acerca do parto e nascimento, bem como
ofereça suporte emocional para suscitar os vínculos familiares
principalmente no que concerne à díade mãe/bebê. (DIAS, 2005)
 A OMS (2000) relata que, para ter um parto humanizado é preciso
favorecer medidas saudáveis durante a chegada do bebê, evitando técnicas de
irrelevantes que traz riscos para mãe e a criança.
 Para que o parto seja de fato humanizado o enfermeiro, junto com sua
equipe, deve atendê-las com respeito e eficiência de acordo com suas culturas,
crenças e seus medos assim dando suporte e apoio a elas (PASCHOAL;
ROGENSKI, 2001 apud MACHADO; PRAÇA, 2006).
 Conforme preconiza a Lei Nº. 11.108 (2005) Art. 1º para que a
paciente sinta confortável e segura, antes e durante o trabalho de parto, tenha
o direito de ter um acompanhante, diminuindo nervosismo, medo e aflição,
essa lei abrange todas as classes femininas, independente das privadas de
liberdade, é um direto de todas, mas que é negado em gestantes reclusas de
liberdade (LIMA, 2015).
 As várias condutas que são utilizadas durante o trabalho de parto de
forma eficiente e humanizada, com uso de práticas exercidas como: bolas em
movimentos circulares, deambulação para ajudar na dilatação, massagens
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relaxantes, banho para favorecer uma boa circulação, dieta livre e espontânea
para hidratação da mãe e do feto, micção natural evitando a retenção urinária,
musicoterapia que promove o relaxamento e bem estar da paciente, respiração
profunda após as contrações, levando um fluxo de oxigenação até a placenta.
Essas práticas promovem uma boa qualidade para obter um bom trabalho de
parto, tornando as medidas não invasivas, totalmente naturais e humanizadas
(BASILE, 2004).
 Segundo MARTINS (2005) a parturição é um momento delicado na
vida da mulher, envolvendo a separação de dois seres, mãe e filho, tendo o
esvaziamento que carregava em si é o primeiro contato pele a pele entre eles,
nesta hora cabe a equipe de enfermagem entender e manter o equilíbrio
harmônico que se faz presente neste momento. 
A Rede Cegonha é uma política pública e universal de atenção
integral à gestante, parturiente, puérpera e ao bebê. A proposta é
proporcionar à mulher e à criança o acesso a um cuidado
humanizado, a testes e informações que lhe esclareçam sobre sua
situação de saúde, planejamento familiar, doenças sexualmente
transmissíveis, promovam saúde e previnam doenças e agravos. Não
há outra restrição de direitos às pessoas privadas de liberdade,
(exceto seu direito de ir e vir), ou seja: seu direito à saúde, à
dignidade e à vida, previstos constitucionalmente, devem ser
resguardados e assegurados pelo Estado. Por fim, as crianças
nascidas de mães presas devem ter acesso à mesma atenção pública
à saúde que as outras crianças brasileiras (BRASIL, 2014).
4.3 Assistência de enfermagem no parto
De acordo com MOURA et al. (2007), antigamente a assistência
do parto era realizado exclusivamente por parteiras, e ficaram vista na
sociedade por ter experiência em ajudar as parturientes no momento da
parturição, entretanto elas não possuíam conhecimento científico, porém
tinham vasta experiências e sabiam lidar com a situação, cuidavam das
puérperas, onde as mesmas trocavam conhecimentos e assim ficando íntimas
uma das outras, as mulheres se sentiam incomodadas com a presença dos
seus companheiros, e eles não podiam participar desse momento com elas.
Nessa inclusão do enfermeiro obstetra como profissional habilitado para a
realização de parto normal sem distorcia, entende-se que em sua atuação
profissional seja capaz de desenvolver habilidades e competências com
segurança técnica, compreender múltiplas e complexasdimensões que
envolvem o processo de parir e que este processo deve ser visto como um
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evento social com grande influência cultural. Esse profissional deve ter uma
formação ético-humanística e científica para prestar cuidados à parturiente, de
forma segura, com uma postura diferenciada, menos tecnicista e mais humana,
tendo como foco de seu trabalho o cuidado. (OLIVEIRA, 2015)
 
Segundo SANTOS (2012) o enfermeiro deve proporcionar na sala de
parto um ambiente de conforto, na qual seja capaz de reduzir a ansiedade e o
medo, com finalidade de auxiliar na evolução do parto, havendo as técnicas de
alívio da dor que é a massagem lombar, banho de imersão e a musicoterapia,
indicando a deambulação para ajudar na descida do RN, as posições que ela
poderá dar luz, oferecendo a gestante uma satisfação quando for parir.
Conforme ROCHA (2016) quem tem o papel decisório na sala de parto é
o enfermeiro, já que eles acompanham a gestante desde seu primeiro dia na
consulta do pré-natal até o momento do parto, e eles quem mais conhecem a
mulher e sabe suas crenças e culturas.
A enfermagem atua proporcionando a mulher, no decorrer do parto,
melhora na segurança e comodidade, a todo momento com uma escuta ativa e
gentil. A formação de vínculo com a paciente é importante para compreender
as suas dificuldades, portanto sabendo quais as ações a serem executadas
(ALMEIDA, GAMA e BAHIANA, 2015).
A partir da atenção no pré-natal, as avaliações de necessidades e
riscos de cada usuária determinarão as condutas a serem seguidas,
sendo necessária a garantia do acesso aos serviços de maior
complexidade, conforme a organização da região de saúde.
(DELZIOLO et al. 2015, p. 25) 
 O enfermeiro não deve intervir no desempenho do parto, deixando ele
se desenvolver naturalmente entendendo sua fisiologia, respeitando os
aspectos do parto, e prestando suporte emocional para e gestante e sua família
(PERREIRA et al., 2016).
 COLARES e CHIES (2010), resultar que a atenção a gestante privada
de liberdade requer um desafio maior pois o enfermeiro trabalha em um lugar
que o sistema há inúmeras discriminações, sendo da sociedade ou dos
funcionários do presídio. 
 De acordo com DELZIOLO et al. 2015 os enfermeiros que lidam com as
mulheres privadas de liberdade deveram ser profissionais com a escuta aberta,
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sem julgamento e preconceito, assim passando confiança à mulher, fazendo
com que elas se sintam confortáveis, podendo colher as informações
necessárias, assim prevenindo intercorrências durante o parto, sempre
lembrando que as presas não tem a atenção adequada, pois estão em sistema
prisional.
4.4 Violência obstétrica 
Violência obstétrica é um assunto que a maioria das gestantes não
possuem conhecimento, e muitas já sofreram esse tipo de violência, ocorrendo
durante o pré-natal e o parto, através de acometimentos verbais como:
xingamentos, realização de procedimentos sem comunicar a gestante e
desleixo no atendimento; físicas: realização de procedimentos desnecessários,
excesso de toque vaginal, episiotomia, enema, cesárea eletiva, deixar a
gestante em jejum e a separação da mãe do RN saudável; psicológica: é a
consequência de todas as agressões sofridas. A gestação é um momento único
na vida de uma mulher, devido a isso o período de pré-natal e parto deveria ser
realizado pelos enfermeiros de forma humanizada, visando sempre a saúde e o
bem estar de ambos.
Para o Ministério de Saúde realizar alguns tipos de técnicas durante o
trabalho de parto, veta o ato de Humanização do parto, como: Tricotomia,
punção venosa com o objetivo de administrar ocitocina induzindo o trabalho de
parto de forma acelerada, toque vaginal, por vários profissionais da saúde por
várias vezes, lavagem gástrica, manobra de kristeller e episiotomia. Essas
técnicas faz com que a indução do trabalho de parto seja de forma rápida,
inibindo as condutas humanistas e deixando a gestante insegura (SILVANE,
2010).
A Organização Mundial de Saúde (OMS) define violência como a
imposição de um grau significativo de dor e sofrimento evitáveis. Por
sua vez, a violência contra a mulher é definida pela Convenção
Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência contra a
Mulher, também conhecida como “Convenção de Belém do Pará”, no
seu art. 1º como: “qualquer ato ou conduta baseada no gênero, que
cause morte, dano ou sofrimento físico, sexual ou psicológico à mulher,
tanto na esfera pública como na esfera privada”. E no art. 6º determina
que o direito de toda mulher a ser livre de violência, abrange, entre
outros, o direito a ser livre de todas as formas de discriminação, além do
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direito de ser valorizada e educada livre de padrões estereotipados de
comportamento e costumes sociais e culturais baseados em conceitos
de inferioridade ou subordinação. (Sauaia e Serra, 2016)
A violência obstétrica está ganhando visibilidade nos recentes anos, por
ser uma violência que as mulheres não veem isso como uma violação, e sim
como um procedimento comum de rotina que é realizado durante o parto, os
maus tratos ao longo do parto e através de violência física e psicológica,
provocando nas gestantes um sofrimento psíquico, no momento em que a
mesma espera ser acolhida e cuidada pela equipe do hospital, no qual está
sendo atendida por uma equipe de assistência violenta e sem humanização.
(Barboza e Mota, 2016)
 É importante ressaltar que:
Condutas agressivas, como uso de palavras de baixo calão, gritos,
opressão, procedimentos desnecessários, como episiotomia, uso de
fórceps e outras manobras não recomendadas pelo manual de boas
práticas, são frequentes, principalmente no cenário brasileiro onde a
violência obstétrica é bastante expressiva, contudo esse tema ainda é
pouco abordado na produção científica. Ressalta - se, de acordo com
informações do Ministério Público de São Paulo, que a obstetrícia é
mundialmente a área médica com maior número de infrações.
(Nascimento, Santos, Andrade, Costa e Brito, 2017)
ANDRADE e AGGIO (2014) O corpo da mulher vem sendo visto como
uma máquina, onde o condutor é o profissional que tem o poder sobre ela,
esquecendo as informações, sentimentos e emoções que é direito da gestante,
sendo impedida de decidir qual posição quer parir e expressar seus
sentimentos, e deixando a puérpera com trauma porta fora da instituição, assim
contrariando à Política Nacional da Humanização, deixando a gestante
vulneráreis à violência obstétrica, e sendo silenciada pelos profissionais. 
VIEIRA (2016) A violência obstétrica vem se tornando constante na vida
das gestantes Brasileiras, onde as mulheres sofrem desrespeito, discriminação,
humilhação, essa violência deve ser enfrentada pelas mulheres, em prol de
assegurar seus direitos reprodutivos, humanos e sexuais.
4.5 Perfil das mulheres privadas de liberdade
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Com o passar do tempo as mulheres tiveram as conquistas de diversos
direitos e passam a cumprir obrigações oriundas desses direitos. Ao passar
que determinadas obrigações não eram cumpridas, tiveram que superar as
penas impostas para tais condutas delinquentes. É sábio, no entanto que o
comprimento das penas geram muitas adversidadesna vida de qualquer
cidadão, em especial das mulheres privadas de liberdade, marcadas com sexo
frágil e que agora passam a sofrer as penas atribuídas aos agentes delituosos
de uma forma genérica, visto que não há diferenças entre os crimes praticados
por homens ou mulheres (PIZOLOTTO 2014).
Conforme, FONSECA et al. (2017) o aprisionamento das mulheres
surgem consequências prejudiciais que trazem ainda mais danos para a vida,
tendo em vista esse contexto: Ele incide sobre que já vem de experiências de
vulnerabilidade e condições de sustento precário, e consequentemente amplia
a esfera de influência do cárcere até a família, que sofre consequências de
diversas formas em sua estrutura.
De modo geral, a maioria das mulheres submetidas ao cárcere privado
são jovens, têm filhos, são responsáveis pela provisão do sustento familiar,
possuem baixo nível de escolaridade, são oriundas de estratos sociais
desfavoráveis quando se trata da área econômica e exerciam atividades de
trabalho voltado para o setor informal em período anterior ao aprisionamento
(SANTOS e VITTO 2014).
É evidente que a estrutura precária nos ambientes prisionais torna ainda
mais difícil e desconfortável o cotidiano da mulher em período de gestação.
Mais do que a restrição do direito de ir e vim, o confinamento dessas mulheres
em espaços pequenos, insalubres, sem sol, com controle da circulação e dos
comportamentos, também provocam uma grande repercussão nas suas
condições físicas e psicológicas (FONSECA et al. 2017).
NASCIMENTO (2017) diz que, apesar do número de mulheres privadas
de liberdade ser relativamente bem menor em relação a quantidade de presos
do sexo masculino, as unidades prisionais femininas não são estruturadas
pensando nas especificidades das mulheres, especialmente quando se trata da
estrutura para grávidas no período de pós parto. 
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5 METODOLOGIA
5.1 Tipo de estudo
Trata-se de uma pesquisa de natureza qualitativa descritiva, tem como
dimensão os desafios do enfermeiro na humanização do parto normal em
mulheres privadas de liberdade. A pesquisa permite explorar mais sobre o tema
com interesse de buscar respostas sobre o estudo apresentado, com intuito de
obtermos informações necessária para a conclusão da pesquisa, explorando o
desempenho da equipe de enfermagem frete os desafios enfrentados em sua
assistência, analisar como é prestado a assistência humanizada ao parto,
dentro do Hospital da Divina Providência com as mulheres privadas de
liberdade.
Resolvemos estudar sobre o assunto motivados pelo interesse em saber
quais os desafios para a realização do procedimento nas mulheres restritivas
de liberdade, no momento em que é chegada a hora do parto, como são
exercidas as técnicas e o comportamento do enfermeiro em relação a
humanização. 
5.2 Local da pesquisa 
O estudo será realizado no Hospital da Divina Providência, localizado no
município de Marituba no estado do Pará, pertencente a região metropolitana
de Belém. Marituba é o menor município do estado em território, com apenas
103,279 km² de área, porém possui a terceira maior taxa de densidade
demográfica do Pará, com 443,24 habitantes. 
O Hospital Divina Providência - HDP está localizado no endereço: Av.
João Paulo II, Número 71, Bairro Centro, CEP: 67200-000, Marituba PA.
Atende: tratamentos, medicações, internações, cirurgias e intervenções
médicas. O Hospital Divina Providência, surgiu do empenho do saudoso Dom
Aristides Pirovano, logo após a visita do Papa à Marituba em 08 de junho de
1980. O hospital Divina Providência, é uma instituição filantrópica que se
mantém pelo instituto dos Pobres Servos da Divina Providencia e Secretaria de
Saúde do município de Marituba, tem como especialidades de traumatologia,
neurocirurgia, ginecologia e obstetrícia, pediatria/neonatologia,
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otorrinolaringologia, clínica médica, cirurgia geral, atualmente disponível de 146
leitos de média e alta complexidade, e realizando 250 partos por mês. Hoje
com e 23 especialidades, além do atendimento à população do município de
Marituba, o hospital, por força da pactuação firmada entre a Secretaria de
Saúde de Marituba e os municípios de Ananindeua, Benevides, Santa Bárbara,
Santa Izabel, Acará e outros, atende pacientes desses municípios, que são
enviados por suas Secretarias de Saúde, para serem atendidos através do
SUS. 
5.3 Fontes de informação
Participarão como sujeito da pesquisa os enfermeiros pertencentes ao
quadro dos profissionais obstetras no Hospital da Divina Providência de
Marituba. Tais profissionais possuem as características fundamentais para
coleta de informações necessárias, pois os mesmos participam diretamente do
processo de parturição das mulheres reclusas de liberdade, atendendo assim
os critérios de inclusão e exclusão.
5.3.1 Critérios de inclusão
Na pesquisa será apresentado como critério de inclusão, os enfermeiros
que atuam diretamente com a enfermagem obstétrica no Hospital da Divina
Providência de Marituba.
5.3.2 Critérios pertencentes de exclusão
Na pesquisa será apresentado como critério de exclusão os enfermeiros
que não atuam diretamente na enfermagem obstétrica no Hospital da Divina
Providência de Marituba, e os que não aceitarem participar do estudo.
5.4 Técnicas de coleta e de dados
A coleta de dados será realizada através da entrevista gravada que
iremos realizar junto aos enfermeiros que atuam na obstetrícia, tendo assim um
contato direto com os mesmo para haver uma troca de conhecimentos, com a
finalidade de coletar informações para pesquisa. 
5.5 Técnicas de análise de dados
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A análise dos dados que será realizada por meio da análise de
conteúdo, utilizando a técnica de análise temática, primeiro: na transcrição da
entrevista gravada; segundo: análise detalhada das respostas dos sujeitos
pesquisados; terceiro: elaboração de categorias de análise; quarto:
interpretação dos dados; e a discussão dos resultados frente aos estudos
relacionados ao assunto na literatura. 
Segundo MINAYO, (2014) consiste:
A expressão mais comumente usada para representar o tratamento
dos dados de uma pesquisa qualitativa é analise de conteúdo. No
entanto, a expressão significa mais do que um procedimento técnico.
Faz parte de uma histórica busca teórica e prática no campo das
investigações sociais. (MINAYO, 2014, p. 303)
5.6 Aspectos éticos 
Para o avanço dessa pesquisa com seriedade e responsabilidade e de
acordo com as diretrizes estabelecidas na resolução 466/12 do Conselho
Nacional de Saúde (CNS) assegurando a vida do indivíduo e congregações, os
direitos implementados através dos parâmetros básicos da bioética: autonomia,
não maleficência, beneficência e justiça, cumprindo com dignidade e respeito
pela vida humana, referindo aos participantes deste trabalho, que ajudará no
desenvolvimento desta pesquisa, mantendo o sigilo e ética sobre as
informações colhidas.
Um dos conceitos que definem Bioética (“ética da vida”) é que esta é
a ciência “que tem como objetivo indicar os limites e as finalidades da
intervenção do homem sobre a vida, identificar os valores de
referência racionalmente proponíveis, denunciar os riscos das
possíveis aplicações”. (LEONE, PRIVITERA e CUNHA, 2001, p.8)
5.7 Riscos 
Evitar o desrespeitoquanto a privacidade pessoal, está sempre atentos
as linguagem verbais e não verbais para que não haja desconforto ao sujeito,
prevenir violações sobre aspectos éticos, manter autocontrole perante
pensamentos e atos irrelevantes, atentar sobre divulgações de fontes
confidenciais, observar o uso do tempo de entrevista ou resposta de
questionários para que não seja ultrapassados. É considerado riscos de
divulgação de imagens e filmagens não autorizado pelo sujeito ou pela
instituição.
5.8 Benefícios
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 A realização desse projeto tem garantia de buscar melhoria ao
processo do parto, levando mais um avanço aos profissionais enfermeiros, e a
população que envolve a pesquisa, trazendo benefícios ao parto humanizado
em mulheres privadas de liberdade, na conquista de evitar danos e mortalidade
materno infantil dentro do Hospital. Esses benefícios vem contribuir para o
desenvolvimento do enfermeiro, com condutas que visão os atos humanista e
saúde de qualidade.
5 DESFECHO
5.1 Primário
 Esperar que os profissionais enfermeiros estejam capacitados para
lidar com todos os tipos de situações que surgirem dentro do Hospital, ir além
das técnicas exigidas, com expectativa de oferecer parto humanizado, na
garantia de obter saúde e bem estar perante as gestantes que se encontram
privadas de sua liberdade. Pretende-se que o enfermeiro, desenvolva técnicas
e condutas humanistas, que venham impedir agravos em decorrência à
gestação e durante o parto.
5.2 Secundário
 Com os resultados obtidos pela pesquisa, fazer com que a classe de
enfermeiros que trabalham na obstetrícia dentro do Hospital da Divina
Providência, tenham olhar holístico, nas práticas humanizadas durante a
gestação, parto e pós-parto.
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6 CRONOGRAMA
2018
ATIVIDADES
JA
N
 
F
E
V
M
A
R
A
B
R
M
A
I
J
U
N
JU
L
A
G
O
S
E
T
O
U
T
N
O
V
Escolha do tema e do
orientador
Encontros com o
orientador
Pesquisa bibliográfica
preliminar
Elaboração do projeto
Qualificação do
Projeto de Pesquisa
Submissão à
Plataforma Brasil
Coleta de dados
Análise dos Dados
Revisão e entrega do
Relatório Final
Apresentação do
trabalho em banca
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7 ORÇAMENTO
Nº ORDEM DESCRIÇÃO QUANT. R$ UNIT. R$ TOTAL
1 Resma de
papel A4
2 15,00 30,00
2 Pen drive 3 30,00 90,00
3 Caneta
esferográfica
3 1,50 4,50
4 Passagens 37 8,00 296,00
5 Alimentação 8 12,00 96,00
6 Impressão 210 0,50 105,00
7 Encadernaçã
o
6 5,00 30,00
8 Pastas 3 2,50 7,50
9 CD 2 1,80 3,60
10 Notebook 1 2.200 2.200
TOTAL 2.862,60
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APÊNDIES A- Roteiro para entrevista
A. IDENTIFICAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DOS PARTICIPANTES 
1. Nome__________________________________________________
2. Idade ____ anos
3. Sexo: ( ) M ( ) F ( ) Outros_______________
4. Quanto tempo de formado ______________
5. Qual sua especialização________________
6. Quanto tempo que trabalha no Hospital da Divina
Providência__________
B. CONCEITO 
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1. Quais os desafios enfrentados para a realização do parto
humanizado em mulheres privadas de liberdade? 
2. Os enfermeiros do Hospital da Divina Providência já trabalham com o
parto humanizado? Desde quando? 
3. Como os enfermeiros do Hospital trabalham o parto humanizado?
4. Que importância tem para o enfermeiro o atendimento do parto
humanizado?
5. Os enfermeiros promovem o incentivo do parto humanizado para as
mulheres privadas de liberdade? 
6. É oferecido a permissão para essas mulheres de escolher o seu
acompanhante durante o parto?
7. As mulheres privativas tem livre arbítrio de escolher como quer parir?
8. Qual a média da permanência dessas mulheres no puerpério.
APÊNDIES B- Termo de consentimento livre e esclarecido
Convidamos o (a) Sr (a) enfermeiros obstetra para participar da Pesquisa:
Desafios do enfermeiro na humanização do parto normal em mulheres privadas
de liberdade, sob a responsabilidade do pesquisador Vera Lucia Cecim dos
Santos (COREN 284.008), e pelos discentes Antonia Lais Pinheiro Leles,
Rayanne Nazaré Sarmento Ferreira, Thainá Carvalho Ramos, para elaborar
seu projeto de Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) em enfermagem da
Faculdade Estácio-Castanhal, sob a orientação da docente Vera Lucia Cecim
dos Santos, a qual pretende alcançar os objetivos, tendo como objetivo geral:
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Identificar quais os desafios enfrentados pelos enfermeiros durante a
realização do atendimento do parto nas mulheres privadas de liberdade no
Hospital da Divina Providência, considerando os direitos de humanização sobre
as gestantes com ênfase na garantia do parto humanizado. Objetivo
específicos: Investigar se os enfermeiros do Hospitalda Divina Providência,
Marituba – PA já trabalham com o parto humanizado; Analisar a importância
para o enfermeiro de desenvolver o parto humanizado; descrever se os
enfermeiros promovem o incentivo ao parto humanizado; recomendar aos
enfermeiros o estabelecimento de diretrizes que visam a melhoria do parto
humanizado. Sua participação é voluntária e se dará por meio da pesquisa de
natureza qualitativa descritiva com coletas de dados que será realizada através
da entrevista gravada que iremos realizar junto aos enfermeiros que atuam na
obstetrícia da unidade. Os riscos decorrentes de sua participação na pesquisa
são o desrespeito quanto a privacidade pessoal, linguagem verbais e não
verbais para que não haja desconforto, violações sobre aspectos éticos,
pensamentos e atos irrelevantes, divulgações de fontes confidenciais, o uso do
tempo de entrevista ou resposta de questionários para que não seja
ultrapassados. É considerado riscos de divulgação de imagens e filmagens não
autorizado pelo sujeito ou pela instituição. Se você aceitar participar, estará
contribuindo para a realização desse projeto com garantia de buscar melhoria
ao processo do parto humanizados em mulheres privadas de liberdade,
levando mais um avanço aos profissionais enfermeiros, e a população que
envolve a pesquisa, na conquista de evitar danos e mortalidade materno infantil
dentro do Hospital da Divina Providência. Esses benefícios vem contribuir para
o desenvolvimento do enfermeiro, com condutas que visão os atos humanista e
saúde de qualidade. Se depois de consentir em sua participação o (a) Sr (a)
enfermeiro obstetra desistir de continuar participando, tem o direito e a
liberdade de retirar seu consentimento em qualquer fase da pesquisa, seja
antes ou depois da coleta dos dados, independente do motivo e sem nenhum
prejuízo a sua pessoa. O (a) Sr (a) não terá nenhuma despesa e também não
receberá nenhuma remuneração. Os resultados da pesquisa serão analisados
e publicados, mas sua identidade não será divulgada, sendo guardada em
sigilo. Para qualquer outra informação, o (a) Sr (a) poderá entrar em contato
com o pesquisador responsável, Horácio Pires Medeiro, no endereço
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profissional BR 316, fone: 3301-3400 na Faculdade Estácio-Castanhal; e os
discentes: Antonia Lais Pinheiro Leles, (91) 99212-5956, e e-mail:
091992125956f@gmail.com, Rayanne Nazaré Sarmento Ferreira, (91) 98106-
3615, e-mail: nanny_ferreira22@hotmail.com, Thainá Carvalho Ramos, (91)
98076-3434, e-mail: thainacr144@gmail.com, e a docente: Vera Lucia Cecim
dos Santos, (91) 980146443, e-mail: veracecim@yahoo.com.br, ou poderá
entrar em contato com o Comitê de Ética em Pesquisa. 
Consentimento Pós Informação 
Eu, _______________________________________________________,
fui informado sobre o que o pesquisador quer fazer e porque precisa da minha
colaboração, e entendi a explicação. Por isso, eu concordo em participar do
projeto, sabendo que não vou ganhar nada e que posso sair quando quiser.
Este documento é emitido em duas vias que serão ambas assinadas por mim e
pelo pesquisador, ficando uma via com cada um de nós.
______________________
Assinatura do participante
Data: ___/ ____/ _____
____________________________
Vera Lucia Cecim dos Santos
COREN 284.008
Assinatura do Pesquisador Responsável
____________________________
Antonia Lais Pinheiro Leles
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____________________________
Rayanne Nazáre Sarmento Ferreira
____________________________
Thainá Carvalho Ramos
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	Silvana Santiago da Rocha SS. A humanização e a assistência de enfermagem ao parto normal. Brasília, 2007.
	Silvane CMB. Parto humanizado – Uma revisão bibliográfica. UFRS, Rio Grande do Sul, 2010.

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