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A StuDocu não é patrocinada ou endossada por nenhuma faculdade ou universidade Projeto TCC Enfermagem Trabalho De Conclusão De Curso (Universidade Federal do Pará) A StuDocu não é patrocinada ou endossada por nenhuma faculdade ou universidade Projeto TCC Enfermagem Trabalho De Conclusão De Curso (Universidade Federal do Pará) Baixado por Juliane Fernando (jbcabreira@hotmail.com) lOMoARcPSD|16057552 https://www.studocu.com/pt-br?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=projeto-tcc-enfermagem https://www.studocu.com/pt-br/document/universidade-federal-do-para/trabalho-de-conclusao-de-curso/projeto-tcc-enfermagem/5141164?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=projeto-tcc-enfermagem https://www.studocu.com/pt-br/course/universidade-federal-do-para/trabalho-de-conclusao-de-curso/3425004?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=projeto-tcc-enfermagem https://www.studocu.com/pt-br?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=projeto-tcc-enfermagem https://www.studocu.com/pt-br/document/universidade-federal-do-para/trabalho-de-conclusao-de-curso/projeto-tcc-enfermagem/5141164?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=projeto-tcc-enfermagem https://www.studocu.com/pt-br/course/universidade-federal-do-para/trabalho-de-conclusao-de-curso/3425004?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=projeto-tcc-enfermagem FACULDADE ESTÁCIO- CASTANHAL CURSO DE BACHARELADO EM ENFERMAGEM ANTONIA LAIS PINHEIRO LELES RAYANNE NAZARÉ SARMENTO FERREIRA THAINÁ CARVALHO RAMOS DESAFIOS DO ENFERMEIRO NA HUMANIZAÇÃO DO PARTO NORMAL EM MULHERES PRIVADAS DE LIBERDADE CASTANHAL –PA 2018 Baixado por Juliane Fernando (jbcabreira@hotmail.com) lOMoARcPSD|16057552 https://www.studocu.com/pt-br?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=projeto-tcc-enfermagem FACULDADE ESTÁCIO- CASTANHAL CURSO DE BACHARELADO EM ENFERMAGEM ANTONIA LAIS PINHEIRO LELES RAYANNE NAZARÉ SARMENTO FERREIRA THAINÁ CARVALHO RAMOS DESAFIOS DO ENFERMEIRO NA HUMANIZAÇÃO DO PARTO NORMAL EM MULHERES PRIVADAS DE LIBERDADE Projeto de pesquisa apresentado a Faculdade Estácio Unidade Castanhal como requisito parcial para obtenção do grau de bacharel em enfermeiro sobre orientação da Prof. Vera Lúcia Cecim dos Santos. CASTANHAL –PA 2018 Baixado por Juliane Fernando (jbcabreira@hotmail.com) lOMoARcPSD|16057552 RESUMO Este trabalho tem como proposta apresentar os desafios do enfermeiro na humanização durante o parto normal em mulheres privadas da liberdade, com a garantia de executar técnicas e condutas voltadas para um atendimento digno e de excelência. Tem por objetivo identificar os desafios enfrentados durante a realização do parto em mulheres privadas de liberdade, a importância para o enfermeiro de desenvolver o parto humanizado com essas mulheres, como são estabelecidas as diretrizes que visam à melhoria do parto humanizado e se os enfermeiros das unidades que fazem o atendimento dessas mulheres reclusas de liberdade já trabalham com o parto humanizado. A metodologia foi aplicada por meio de pesquisa de natureza qualitativa descritiva, com interesse de buscar respostas sobre os desafios do enfermeiro ao parto humanizado em mulheres privada de liberdade no Hospital da Divina Providência, localizado no município de Marituba no estado do Pará, pertencente a região metropolitana de Belém. A realização deste trabalho busca garantir e melhora a assistência ao parto humanizado perante as reclusas de liberdade, qualificando as diretrizes da saúde para um parto de qualidade e assegurar o direito de escolha, conservando o respeito e dignidade para estas mulheres. Unitermos: Parto Humanizado. Desafios do Enfermeiro. Humanização. Assistência do Enfermeiro no parto. Privadas de liberdade. Baixado por Juliane Fernando (jbcabreira@hotmail.com) lOMoARcPSD|16057552 https://www.studocu.com/pt-br?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=projeto-tcc-enfermagem LISTA DE ABREVIATURAS CEP – Código de Endereço Postal CNS - Conselho Nacional de Saúde CRF - Centro de Reeducação Feminina DEPEN- Departamento Penitenciário Nacional OMS- Organização Mundial de Saúde HDP- Hospital Divina Providencia PNSSP- Plano Nacional de Saúde do Sistema Penitenciário PA- Pará PE- Pernambuco RN- Recém-nascido MS- Mistério da Saúde SUS- Sistema único de saúde SUSIPE- Superintendência do Sistema Penitenciário do Estado UMI- Unidade Materna Infantil Baixado por Juliane Fernando (jbcabreira@hotmail.com) lOMoARcPSD|16057552 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO........................................................................................... 1 1.1 Tema em estudo...................................................................................... 1 1.2 Justificativa.............................................................................................. 4 1.3 Situação Problema.................................................................................. 5 2 HIPÓTESE................................................................................................. 6 3 OBJETIVOS............................................................................................... 6 3.1 Geral........................................................................................................ 6 3.2 Específicos.............................................................................................. 7 4 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA....................................................................... 7 4.1 Trabalhos de Parto.................................................................................. 7 4.2 Parto Humanizado................................................................................... 8 4.3 Assistência de enfermagem no parto...................................................... 10 4.4 Violências obstétricas.............................................................................. 12 4.5 Perfil das mulheres privadas de liberdade.............................................. 13 5 METODOLOGIA......................................................................................... 15 5.1 Tipo de estudo........................................................................................ 15 5.2 Local da pesquisa.................................................................................... 15 5.3 Fontes de informação.............................................................................. 16 5.3.1 Critérios de inclusão............................................................................. 16 5.3.2 Critérios pertencentes de exclusão...................................................... 16 5.4 Técnicas de coleta e de dados................................................................ 16 5.5 Técnicas de análise de dados................................................................. 16 5.6 Aspectos éticos ...................................................................................... 17 5.7 Riscos...................................................................................................... 17 5.8 Benefícios................................................................................................ 17 5 DESFECHO................................................................................................ 18 5.1 Primário................................................................................................... 18 5.2 Secundário.............................................................................................. 18 6 CRONOGRAMA.........................................................................................19 7 ORÇAMENTO............................................................................................ 20 8 REFERÊNCIAS.......................................................................................... 21 APÊNDIES A- Roteiro para entrevista.......................................................... 26 APÊNDIES B- Termo de consentimento livre e esclarecido......................... 27 Baixado por Juliane Fernando (jbcabreira@hotmail.com) lOMoARcPSD|16057552 https://www.studocu.com/pt-br?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=projeto-tcc-enfermagem 1 1 INTRODUÇÃO 1.1 Tema em estudo O tema deste trabalho refere-se aos desafios da humanização do parto em mulheres privadas da liberdade. Sabe-se que o parto humanizado é o processo fisiológico da expulsão do feto, sem nenhuma intervenção, e levando em consideração as decisões da mulher referente ao momento da parturição, deixando a mesma com livre arbítrio de escolher o local desejado, podendo ser no ambiente hospitalar ou domiciliar, não importando que seja em uma cama, banqueta, ou até mesmo na água. De acordo com a Lei 8.080/90 do Sistema Único de Saúde (SUS) Neste processo humanista a gestante também tem a liberdade de escolher um acompanhante para participar de forma benéfica, trazendo ainda mais segurança e apoio. Complementando o exposto acima, a Procuradoria Geral de Pernambuco, destaca: A humanização do parto está focado no respeito às escolhas da mulher, no direito a um atendimento digno, respeitoso e sem qualquer tipo de violência. Os conceitos da humanização no parto devem estar presentes em todos os locais da assistência à gestante: em um hospital público, privado, em uma casa de parto e até numa residência. O que importa é que sejam adotadas práticas que garantam o direito à informação e ás escolhas da mulher. (BRASIL, 2015, p.08) Durante o parto humanizado os profissionais da saúde, entre estes, o enfermeiro deve realizar o mínimo de intervenções possíveis, mais antes disso é levado em consideração que a gestante tenha realizado o processo de pré- natal corretamente, com bom acompanhamento, considerando-se a plena saúde tanto da mãe quanto do feto. Em caso de algum problema durante o nascimento sempre haverá profissionais para intervir de forma correta, deixando assim a parturiente segura e confortável. É relevante ressaltar que: A parturiente deve ser acompanhada por pessoal devidamente capacitado, para que as intervenções ocorram quando necessárias e não como rotinas, privilegiando o bem-estar da parturiente e do concepto, tentando não utilizar métodos invasivos. Este modelo de assistência é mais afeito às enfermeiras que atuam dentro de uma visão mais humanista e holística. (DAVIM E MENEZES, 2001, p.63) Baixado por Juliane Fernando (jbcabreira@hotmail.com) lOMoARcPSD|16057552 2 Segundo o Manual Técnico de Assistência Pré-Natal do Ministério da Saúde do Brasil (2000) O conceito de humanização da assistência ao parto pressupõem a relação de respeito que os profissionais de saúde estabelecem com as mulheres durante o processo de parturição e, compreendem alguns aspectos tais como: Parto como um processo natural e fisiológico que, normalmente, quando bem conduzido, não precisa de condutas intervencionistas; Respeito aos sentimentos, emoções, necessidades e valores culturais; Disposição dos profissionais para ajudar a mulher a diminuir a ansiedade e a insegurança, assim como o medo do parto, da solidão, da dor, do ambiente hospitalar, de o bebê nascer com problemas e outros temores; Promoção e manutenção do bem-estar físico e emocional ao longo do processo da gestação, parto e nascimento; Informação e orientação permanente à parturiente sobre a evolução do trabalho de parto, reconhecendo o papel principal da mulher nesse processo, até mesmo aceitando a sua recusa a condutas que lhe causem constrangimento ou dor; Espaço e apoio para presença de um(a) acompanhante que a parturiente deseja; Direito da mulher na escolha do local de nascimento e com responsabilidade dos profissionais para garantir o acesso e a qualidade dos cuidados de saúde. Durante o parto é proibido o uso de algemas nas mulheres carcerárias, como está descrito na Lei nº 13.434/2017, que foi aprovado no congresso nacional brasileiro, lei essa que contribuí para a humanização, tendo em vista a diminuição do desconforto durante o parto. (BRASIL, 2017) De acordo com a Cartilha do (PNSSP) Plano Nacional de Saúde do Sistema Penitenciário (2004) é previsto a inclusão da população penitenciaria no SUS, garantindo que o direito à cidadania se efetive na perspectivas dos Baixado por Juliane Fernando (jbcabreira@hotmail.com) lOMoARcPSD|16057552 https://www.studocu.com/pt-br?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=projeto-tcc-enfermagem 3 direitos humanos. Reforça-se a premissa de que as pessoas presas, qualquer seja a natureza de sua transgressão, mantem todos os direitos fundamentais a que tem direito todas as pessoas humanas, principalmente o direito de gozar dos mais elevados padrões de saúde física e mental. As pessoas estão privadas de liberdade e não dos direitos humanos inerentes à cidadania. (BRASIL, 2004) A Constituição Federal de 1988 e a Lei de Execução Penal de 1984 reconheceram que as pessoas privadas de liberdade têm direito à educação e saúde. Porém só em 2003 os Ministérios da Justiça e da Saúde firmaram parceria para integrar essas ações em um Plano Nacional de Saúde no Sistema Penitenciaria (PNSSP). (GALVÃO e DAVIM, 2013, p.453) VASONE e SANTANA (2015) afirmam que, a população carcerária feminina se apresenta como um grande problema social e a gestação na penitenciaria agrava ainda mais a situação feminina. A gestação prova-se o momento de maior fragilidade dessas mulheres, sendo que as encarceradas passam estes momentos tão delicados, em penitenciarias, locais longe de ser ideais para garantir os direitos das mulheres e de seus filhos. Compreende-se que durante o período de gestação das mulheres reclusas de liberdade é encontrado vários aspectos de precariedades, visto que elas não possuem vida digna e existe uma relevante carência de humanização. Vale salientar que o déficit na assistência à saúde da população privada de liberdade permanece assombroso. Em se tratando de grupos vulneráveis socialmente, a exclusão se torna ainda maior em relação a população feminina. Afinal, a sociedade brasileira tem conceitos arraigados no modelo patriarcal, aquele que se inscreve o “ser mulher” em uma condição de subordinação e desvalorização. (MOREIRA E SOUZA, 2014, p. 02) Com base nas pesquisas feitas pelo DEPEN (Departamento Penitenciário Nacional), a cada ano vem aumentando o número de mulheres privadas de liberdade no sistema prisional brasileiro, segundos os dados levantados no ano de 2016 houve um aumento de 698% em 16 anos. O Ministério da Justiça aponta que a maioria dessas mulheres são presas por envolvimentos em drogas. (BRASIL 2016) A humanização é um processo que vem evoluindo em várias áreas. Humanização é a pratica do cuidar, exercer a função de humanizar, buscando olhares holísticos sobre a vida humana, é tornar humano. É a evolução do Baixado por Juliane Fernando (jbcabreira@hotmail.com) lOMoARcPSD|16057552 4 homem quanto a complacência, o ato de solidariedade, fraternidade, respeitando a ética social, não existindo preconceitos entre classes, ter como motivação o ato de se doar e passar a entender a vida do outro, desenvolver habilidades humanistas, fazer com que a essência do ser humano seja desenvolvida de forma cuidadosa e responsável sobre a vida de cada ser. Humanizar é afirmaro humano na ação e isso significa cuidado porque só o ser humano é capaz de cuidar no sentido integral, ou seja, de forma natural e, ao mesmo tempo, consciente, conjugando desta forma os componentes racionais e sensíveis. (WALDOW e BORGES, 2011, p.03) Conforme ANDRADE, FELIX e SOLZA (2017) todos os profissionais de saúde, bem como outros profissionais que atuam na área de saúde, possuem a responsabilidade e aptidão para atuarem com parto humanizado. Uma parte desses profissionais destacam-se os enfermeiros que são reconhecidos pelos gestores públicos como profissionais autorizados para implementar ações de políticas de humanização. Sendo assim, os enfermeiros são considerados locutores autorizados, dotados de competência necessária para produzir discursos legítimos capazes de serem reconhecidos por ter uma eficácia simbólica diante da estrutura do campo obstétrico humanizado. Cabe ao enfermeiro a conscientização e sensibilização sobre a sua importância na prática assistencial, como membro da equipe de saúde, prestando os devidos cuidados, de forma humanizada, à parturiente e o neonato, promovendo a saúde e prevenindo possíveis intercorrências que possam estar envolvidos nesse processo. Somente unindo o conhecimento técnico cientifico com os preceitos éticos relacionados à profissão, é possível proporcionar uma assistência digna e qualificada ao binômio mãe e filho (TAKEMOTO e CORSO 2013). 1.2 Justificativa Com a realização deste trabalho de pesquisa poderemos refletir aspectos voltados para a melhoria do parto em mulheres privadas de liberdade, destacando o contexto de humanização, mostrando como esse conceito pode trazer grandes benefícios, onde as vontades, desejos, necessidades e os Baixado por Juliane Fernando (jbcabreira@hotmail.com) lOMoARcPSD|16057552 https://www.studocu.com/pt-br?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=projeto-tcc-enfermagem 5 medos sejam respeitados, trazendo consequências positivas tanto na saúde biopsicossocial da mãe e do recém-nascido (RN). Atualmente, sabe-se que as intervenções e condutas dos profissionais de saúde têm o potencial de desqualificar os cuidados fornecidos as mulheres durante o parto, desconsiderando até mesmo os seus direitos e de sua família nesse processo. Diante disse, mudanças têm sido propostas pela Organização Mundial de Saúde (OMS), bem como pelo Ministério da Saúde e alguns órgão não governamentais. Essas mudanças enfatizam os devidos cuidados prestados às mulheres, incluindo o resgate do parto natural. Isto também tem provocado a estimulação dos enfermeiros obstetras e equipes qualificadas na assistência à gestação e ao parto, além da promoção de ações de incentivos para que o parto seja tratado como um processo fisiológico, conduzido a partir da perspectiva da humanização (POSSATI et al. 2017). O momento do parto gera a qualquer gestante bastante expectativas e não é diferente quando se trata de mulheres privadas de liberdade. É de fundamental importância e segurado por lei a presença de um acompanhante na sala de parto, com objetivo de passar confiança à parturiente, no entanto, isso não é assegurado às mulheres presas, pois quando entram em trabalho de parto não conseguem fazer comunicação com seus familiares, além disso não ficam esclarecidas sobre o local do parto e qual medico fará o mesmo, e nos casos da falta de pré-natal, se o seu filho nascerá saudável (CARNEIRO e VERÍSSIMO, 2016). O desenvolvimento deste trabalho contribuirá para o aperfeiçoamento dos nossos conhecimentos acadêmicos e servirá para comunidade acadêmica em geral, portanto, poderá auxiliar na concretização de novos estudos relacionados ao tema abordado, contribuindo também para os contextos sociais e culturais, trazendo conceitos que poderão ser relevantes aos profissionais da área de saúde que atuam em sistemas prisionais. E ainda conscientizando os leitores para a importância do parto humanizado em parturientes privadas de liberdade. 1.3 Situação Problema Baixado por Juliane Fernando (jbcabreira@hotmail.com) lOMoARcPSD|16057552 6 A grande motivação para realização desse estudo se deu pelo fato de ser um assunto pouco abordado na área da saúde, quando se trata de gestantes em situação de cárcere privado, sabendo que estas mulheres possuem os mesmos direitos que qualquer outro cidadão onde se refere a saúde pública, como está descrito no art.196 da Constituição Federal de 1988 “a saúde é direito de todos e dever do estado”. Durante a graduação passamos a ter mais interesse pela área de obstetrícia voltada para a importância do parto humanizado, assim ganhando fascínio de compreender o assunto. Nos últimos tempos vem sendo abordado nos jornais e nas redes sociais sobre o tema “dignidade e cidadania das mulheres gravidas privadas de liberdade”, e isso fez com que despertássemos interesse de estudar mais sobre o assunto, com isso resolvemos aprofundar nossos conhecimentos em relação a humanização no sistema prisional, visto que para se gozar de um parto bem sucedido tem que ter um acompanhamento durante a gestação que é o pré-natal, com a equipe de enfermagem; assim trazendo-nos diversos questionamentos: Quais os desafios para realizar o atendimento de assistência pelos enfermeiros na implementação do parto humanizado no Hospital da Divina Providência E? No Hospital da Divina Providência, Marituba – PA, os enfermeiros já trabalham com parto humanizado? Qual a importância para o enfermeiro de desenvolver o parto humanizado? Os enfermeiros incentivam o parto humanizado? 2 HIPÓTESE A enfermagem que atende no pré, trans e pós parto das mulheres privadas de liberdade realizam todas as boas práticas para o exercício do parto humanizado. 3 OBJETIVOS 3.1 Geral Identificar quais os desafios enfrentados pelos enfermeiros durante a realização do atendimento do parto nas mulheres privadas de liberdade no Baixado por Juliane Fernando (jbcabreira@hotmail.com) lOMoARcPSD|16057552 https://www.studocu.com/pt-br?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=projeto-tcc-enfermagem 7 Hospital da Divina Providência, considerando os direitos de humanização sobre as gestantes com ênfase na garantia do parto humanizado. 3.2 Específicos Investigar se os enfermeiros do Hospital da Divina Providência, Marituba – PA já trabalham com o parto humanizado; Analisar a importância para o enfermeiro de desenvolver o parto humanizado; Descrever se os enfermeiros promovem o incentivo ao parto humanizado; Recomendar aos enfermeiros o estabelecimento de diretrizes que visam a melhoria do parto humanizado. 4 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 4.1 Trabalhos de Parto No final do século XIX, a maioria dos partos eram realizados em ambientes domiciliares, especificamente por parteiras ou aparadeiras. Dar à luz fora de casa era algo anormal naquela época, um parto fora do domicílio acontecia apenas em situações extremas. O médico era chamado somente em casos de complicações, ou seja não havia o acompanhamento profissional que existe de forma normal nos dias de hoje. Além das parteiras serem economicamente mais acessíveis, tinham a vantagem de ajudar com as tarefas domesticas, substituindo ou auxiliando a mulher por algum tempo após o parto (LEITER e RIESCO, 2013). Durante o século XX, mais expressivamente depois da Segunda Guerra Mundial, em nome da redução das elevadas taxas de mortalidade materna infantil ocorre a institucionalização do parto, passando do âmbito domiciliar para o hospitalar e consequentemente surgido os procedimentos de medicalização. A institucionalização do partofoi um fator determinante para afastar a família e a rede social do processo do nascimento, uma vez que a estrutura física e as rotinas hospitalares foram planejadas para atender as Baixado por Juliane Fernando (jbcabreira@hotmail.com) lOMoARcPSD|16057552 8 necessidades dos profissionais de saúde, e não das parturientes. Assim, a maioria das mulheres passaram a permanecer internadas em salas de pré- parto coletivo, com pouca ou nenhuma privacidade, assistidas com práticas baseadas em normas e rotinas que as tornavam passivas e impossibilitadas de receber a presença de uma pessoa de seu convívio social para apoiá-las (BRUGGEMANN, PARPINELLI e OSIS, 2005). O parto é um dos fenômenos naturais que muitas mulheres irão vivenciar no decorrer da vida. Tal fenômeno, caracterizado como essencial para manutenção da vida, é influenciado pelo meio sociocultural, onde preceitos culturais constroem a visão e forma com que a mulher irá vivenciar o seu processo de parir. O ato de dar à luz a uma criança, portanto, nunca será simplesmente um processo fisiológico, mas sim um evento que se desenvolve em um ambiente cultural, e o profissional que a assiste nesse momento precisa compreendê-lo dessa forma. (GOMES, FARIA E SOUZA, 2011, p. 16) O parto realizado no ambiente hospitalar é permeado de aparatos tecnológicos e rotinas que conduzem a parturiente, sem que a mesma possa optar pela posição que deseja parir. Percebe-se que as mulheres desconhecem as posições para parir e aceitam a posição convencional, pré-determinada e imposta pelos profissionais de saúde (SILVEIRA e CARVALHO, 2003). Durante o parto normal não deve haver interferência medica, é recomendado ser um processo espontâneo, qualquer intervenção antes, durante e após a realização do parto deve ser executada com cuidado e profissionalismo por parte da equipe de saúde, evitando a violência obstétrica (SANTOS, VITAL e MAGALHÃES, 2016). Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o pato normal é um processo fisiológico, natural e, consequentemente, não deve sofrer interferência no seu curso. Tem início espontâneo, baixo risco no início do trabalho de parto, permanecendo assim durante todo o processo, até o nascimento. (BARROS, 2006, p. 176) Para ARAÚJO e OLIVEIRA (2006) o parto é considerado um dos momentos críticos para cada uma das que fazem parte da população feminina, devido ao medo e a ansiedade que nessa fase estão ainda mais evidentes, além do próprio processo fisiológico do trabalho de parto e dos fatores exógenos que estarão atuando conjuntamente. 4.2 Parto Humanizado Baixado por Juliane Fernando (jbcabreira@hotmail.com) lOMoARcPSD|16057552 https://www.studocu.com/pt-br?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=projeto-tcc-enfermagem 9 Segundo MALIK (2000), o parto humanizado não é um tipo de parto e sim um processo de respeito, caracterizado pela alternativa de escolha da gestante, sem haver ingerência baseado em olhares holísticos, com a decisão de como e onde ela terá o seu bebê, com atendimento digno e de qualidade, durante a gestação, parto e puerpério, desta forma focar toda atenção, cuidado e necessidades para com elas de acordo que se torne cada vez mais humanizado em busca de deixá-la segura. De acordo com LARGURA (1998) o parto humanizado abrange várias características que devem ser respeitadas e entendida dentro dos aspectos; psicológicos, biológicos, espirituais e sociais. A definição da humanização do parto é ampla, envolvendo diversos aspectos. Entretanto, pode-se considerar parto humanizado, aqueles que possuem características em comum, a saber: aqueles que não possuam intervenções desnecessárias, onde a atuação do profissional respeite a fisiologia da mulher/paciente, que se respeitem aspectos sociais e culturais acerca do parto e nascimento, bem como ofereça suporte emocional para suscitar os vínculos familiares principalmente no que concerne à díade mãe/bebê. (DIAS, 2005) A OMS (2000) relata que, para ter um parto humanizado é preciso favorecer medidas saudáveis durante a chegada do bebê, evitando técnicas de irrelevantes que traz riscos para mãe e a criança. Para que o parto seja de fato humanizado o enfermeiro, junto com sua equipe, deve atendê-las com respeito e eficiência de acordo com suas culturas, crenças e seus medos assim dando suporte e apoio a elas (PASCHOAL; ROGENSKI, 2001 apud MACHADO; PRAÇA, 2006). Conforme preconiza a Lei Nº. 11.108 (2005) Art. 1º para que a paciente sinta confortável e segura, antes e durante o trabalho de parto, tenha o direito de ter um acompanhante, diminuindo nervosismo, medo e aflição, essa lei abrange todas as classes femininas, independente das privadas de liberdade, é um direto de todas, mas que é negado em gestantes reclusas de liberdade (LIMA, 2015). As várias condutas que são utilizadas durante o trabalho de parto de forma eficiente e humanizada, com uso de práticas exercidas como: bolas em movimentos circulares, deambulação para ajudar na dilatação, massagens Baixado por Juliane Fernando (jbcabreira@hotmail.com) lOMoARcPSD|16057552 10 relaxantes, banho para favorecer uma boa circulação, dieta livre e espontânea para hidratação da mãe e do feto, micção natural evitando a retenção urinária, musicoterapia que promove o relaxamento e bem estar da paciente, respiração profunda após as contrações, levando um fluxo de oxigenação até a placenta. Essas práticas promovem uma boa qualidade para obter um bom trabalho de parto, tornando as medidas não invasivas, totalmente naturais e humanizadas (BASILE, 2004). Segundo MARTINS (2005) a parturição é um momento delicado na vida da mulher, envolvendo a separação de dois seres, mãe e filho, tendo o esvaziamento que carregava em si é o primeiro contato pele a pele entre eles, nesta hora cabe a equipe de enfermagem entender e manter o equilíbrio harmônico que se faz presente neste momento. A Rede Cegonha é uma política pública e universal de atenção integral à gestante, parturiente, puérpera e ao bebê. A proposta é proporcionar à mulher e à criança o acesso a um cuidado humanizado, a testes e informações que lhe esclareçam sobre sua situação de saúde, planejamento familiar, doenças sexualmente transmissíveis, promovam saúde e previnam doenças e agravos. Não há outra restrição de direitos às pessoas privadas de liberdade, (exceto seu direito de ir e vir), ou seja: seu direito à saúde, à dignidade e à vida, previstos constitucionalmente, devem ser resguardados e assegurados pelo Estado. Por fim, as crianças nascidas de mães presas devem ter acesso à mesma atenção pública à saúde que as outras crianças brasileiras (BRASIL, 2014). 4.3 Assistência de enfermagem no parto De acordo com MOURA et al. (2007), antigamente a assistência do parto era realizado exclusivamente por parteiras, e ficaram vista na sociedade por ter experiência em ajudar as parturientes no momento da parturição, entretanto elas não possuíam conhecimento científico, porém tinham vasta experiências e sabiam lidar com a situação, cuidavam das puérperas, onde as mesmas trocavam conhecimentos e assim ficando íntimas uma das outras, as mulheres se sentiam incomodadas com a presença dos seus companheiros, e eles não podiam participar desse momento com elas. Nessa inclusão do enfermeiro obstetra como profissional habilitado para a realização de parto normal sem distorcia, entende-se que em sua atuação profissional seja capaz de desenvolver habilidades e competências com segurança técnica, compreender múltiplas e complexasdimensões que envolvem o processo de parir e que este processo deve ser visto como um Baixado por Juliane Fernando (jbcabreira@hotmail.com) lOMoARcPSD|16057552 https://www.studocu.com/pt-br?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=projeto-tcc-enfermagem 11 evento social com grande influência cultural. Esse profissional deve ter uma formação ético-humanística e científica para prestar cuidados à parturiente, de forma segura, com uma postura diferenciada, menos tecnicista e mais humana, tendo como foco de seu trabalho o cuidado. (OLIVEIRA, 2015) Segundo SANTOS (2012) o enfermeiro deve proporcionar na sala de parto um ambiente de conforto, na qual seja capaz de reduzir a ansiedade e o medo, com finalidade de auxiliar na evolução do parto, havendo as técnicas de alívio da dor que é a massagem lombar, banho de imersão e a musicoterapia, indicando a deambulação para ajudar na descida do RN, as posições que ela poderá dar luz, oferecendo a gestante uma satisfação quando for parir. Conforme ROCHA (2016) quem tem o papel decisório na sala de parto é o enfermeiro, já que eles acompanham a gestante desde seu primeiro dia na consulta do pré-natal até o momento do parto, e eles quem mais conhecem a mulher e sabe suas crenças e culturas. A enfermagem atua proporcionando a mulher, no decorrer do parto, melhora na segurança e comodidade, a todo momento com uma escuta ativa e gentil. A formação de vínculo com a paciente é importante para compreender as suas dificuldades, portanto sabendo quais as ações a serem executadas (ALMEIDA, GAMA e BAHIANA, 2015). A partir da atenção no pré-natal, as avaliações de necessidades e riscos de cada usuária determinarão as condutas a serem seguidas, sendo necessária a garantia do acesso aos serviços de maior complexidade, conforme a organização da região de saúde. (DELZIOLO et al. 2015, p. 25) O enfermeiro não deve intervir no desempenho do parto, deixando ele se desenvolver naturalmente entendendo sua fisiologia, respeitando os aspectos do parto, e prestando suporte emocional para e gestante e sua família (PERREIRA et al., 2016). COLARES e CHIES (2010), resultar que a atenção a gestante privada de liberdade requer um desafio maior pois o enfermeiro trabalha em um lugar que o sistema há inúmeras discriminações, sendo da sociedade ou dos funcionários do presídio. De acordo com DELZIOLO et al. 2015 os enfermeiros que lidam com as mulheres privadas de liberdade deveram ser profissionais com a escuta aberta, Baixado por Juliane Fernando (jbcabreira@hotmail.com) lOMoARcPSD|16057552 12 sem julgamento e preconceito, assim passando confiança à mulher, fazendo com que elas se sintam confortáveis, podendo colher as informações necessárias, assim prevenindo intercorrências durante o parto, sempre lembrando que as presas não tem a atenção adequada, pois estão em sistema prisional. 4.4 Violência obstétrica Violência obstétrica é um assunto que a maioria das gestantes não possuem conhecimento, e muitas já sofreram esse tipo de violência, ocorrendo durante o pré-natal e o parto, através de acometimentos verbais como: xingamentos, realização de procedimentos sem comunicar a gestante e desleixo no atendimento; físicas: realização de procedimentos desnecessários, excesso de toque vaginal, episiotomia, enema, cesárea eletiva, deixar a gestante em jejum e a separação da mãe do RN saudável; psicológica: é a consequência de todas as agressões sofridas. A gestação é um momento único na vida de uma mulher, devido a isso o período de pré-natal e parto deveria ser realizado pelos enfermeiros de forma humanizada, visando sempre a saúde e o bem estar de ambos. Para o Ministério de Saúde realizar alguns tipos de técnicas durante o trabalho de parto, veta o ato de Humanização do parto, como: Tricotomia, punção venosa com o objetivo de administrar ocitocina induzindo o trabalho de parto de forma acelerada, toque vaginal, por vários profissionais da saúde por várias vezes, lavagem gástrica, manobra de kristeller e episiotomia. Essas técnicas faz com que a indução do trabalho de parto seja de forma rápida, inibindo as condutas humanistas e deixando a gestante insegura (SILVANE, 2010). A Organização Mundial de Saúde (OMS) define violência como a imposição de um grau significativo de dor e sofrimento evitáveis. Por sua vez, a violência contra a mulher é definida pela Convenção Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência contra a Mulher, também conhecida como “Convenção de Belém do Pará”, no seu art. 1º como: “qualquer ato ou conduta baseada no gênero, que cause morte, dano ou sofrimento físico, sexual ou psicológico à mulher, tanto na esfera pública como na esfera privada”. E no art. 6º determina que o direito de toda mulher a ser livre de violência, abrange, entre outros, o direito a ser livre de todas as formas de discriminação, além do Baixado por Juliane Fernando (jbcabreira@hotmail.com) lOMoARcPSD|16057552 https://www.studocu.com/pt-br?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=projeto-tcc-enfermagem 13 direito de ser valorizada e educada livre de padrões estereotipados de comportamento e costumes sociais e culturais baseados em conceitos de inferioridade ou subordinação. (Sauaia e Serra, 2016) A violência obstétrica está ganhando visibilidade nos recentes anos, por ser uma violência que as mulheres não veem isso como uma violação, e sim como um procedimento comum de rotina que é realizado durante o parto, os maus tratos ao longo do parto e através de violência física e psicológica, provocando nas gestantes um sofrimento psíquico, no momento em que a mesma espera ser acolhida e cuidada pela equipe do hospital, no qual está sendo atendida por uma equipe de assistência violenta e sem humanização. (Barboza e Mota, 2016) É importante ressaltar que: Condutas agressivas, como uso de palavras de baixo calão, gritos, opressão, procedimentos desnecessários, como episiotomia, uso de fórceps e outras manobras não recomendadas pelo manual de boas práticas, são frequentes, principalmente no cenário brasileiro onde a violência obstétrica é bastante expressiva, contudo esse tema ainda é pouco abordado na produção científica. Ressalta - se, de acordo com informações do Ministério Público de São Paulo, que a obstetrícia é mundialmente a área médica com maior número de infrações. (Nascimento, Santos, Andrade, Costa e Brito, 2017) ANDRADE e AGGIO (2014) O corpo da mulher vem sendo visto como uma máquina, onde o condutor é o profissional que tem o poder sobre ela, esquecendo as informações, sentimentos e emoções que é direito da gestante, sendo impedida de decidir qual posição quer parir e expressar seus sentimentos, e deixando a puérpera com trauma porta fora da instituição, assim contrariando à Política Nacional da Humanização, deixando a gestante vulneráreis à violência obstétrica, e sendo silenciada pelos profissionais. VIEIRA (2016) A violência obstétrica vem se tornando constante na vida das gestantes Brasileiras, onde as mulheres sofrem desrespeito, discriminação, humilhação, essa violência deve ser enfrentada pelas mulheres, em prol de assegurar seus direitos reprodutivos, humanos e sexuais. 4.5 Perfil das mulheres privadas de liberdade Baixado por Juliane Fernando (jbcabreira@hotmail.com) lOMoARcPSD|16057552 14 Com o passar do tempo as mulheres tiveram as conquistas de diversos direitos e passam a cumprir obrigações oriundas desses direitos. Ao passar que determinadas obrigações não eram cumpridas, tiveram que superar as penas impostas para tais condutas delinquentes. É sábio, no entanto que o comprimento das penas geram muitas adversidadesna vida de qualquer cidadão, em especial das mulheres privadas de liberdade, marcadas com sexo frágil e que agora passam a sofrer as penas atribuídas aos agentes delituosos de uma forma genérica, visto que não há diferenças entre os crimes praticados por homens ou mulheres (PIZOLOTTO 2014). Conforme, FONSECA et al. (2017) o aprisionamento das mulheres surgem consequências prejudiciais que trazem ainda mais danos para a vida, tendo em vista esse contexto: Ele incide sobre que já vem de experiências de vulnerabilidade e condições de sustento precário, e consequentemente amplia a esfera de influência do cárcere até a família, que sofre consequências de diversas formas em sua estrutura. De modo geral, a maioria das mulheres submetidas ao cárcere privado são jovens, têm filhos, são responsáveis pela provisão do sustento familiar, possuem baixo nível de escolaridade, são oriundas de estratos sociais desfavoráveis quando se trata da área econômica e exerciam atividades de trabalho voltado para o setor informal em período anterior ao aprisionamento (SANTOS e VITTO 2014). É evidente que a estrutura precária nos ambientes prisionais torna ainda mais difícil e desconfortável o cotidiano da mulher em período de gestação. Mais do que a restrição do direito de ir e vim, o confinamento dessas mulheres em espaços pequenos, insalubres, sem sol, com controle da circulação e dos comportamentos, também provocam uma grande repercussão nas suas condições físicas e psicológicas (FONSECA et al. 2017). NASCIMENTO (2017) diz que, apesar do número de mulheres privadas de liberdade ser relativamente bem menor em relação a quantidade de presos do sexo masculino, as unidades prisionais femininas não são estruturadas pensando nas especificidades das mulheres, especialmente quando se trata da estrutura para grávidas no período de pós parto. Baixado por Juliane Fernando (jbcabreira@hotmail.com) lOMoARcPSD|16057552 https://www.studocu.com/pt-br?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=projeto-tcc-enfermagem 15 5 METODOLOGIA 5.1 Tipo de estudo Trata-se de uma pesquisa de natureza qualitativa descritiva, tem como dimensão os desafios do enfermeiro na humanização do parto normal em mulheres privadas de liberdade. A pesquisa permite explorar mais sobre o tema com interesse de buscar respostas sobre o estudo apresentado, com intuito de obtermos informações necessária para a conclusão da pesquisa, explorando o desempenho da equipe de enfermagem frete os desafios enfrentados em sua assistência, analisar como é prestado a assistência humanizada ao parto, dentro do Hospital da Divina Providência com as mulheres privadas de liberdade. Resolvemos estudar sobre o assunto motivados pelo interesse em saber quais os desafios para a realização do procedimento nas mulheres restritivas de liberdade, no momento em que é chegada a hora do parto, como são exercidas as técnicas e o comportamento do enfermeiro em relação a humanização. 5.2 Local da pesquisa O estudo será realizado no Hospital da Divina Providência, localizado no município de Marituba no estado do Pará, pertencente a região metropolitana de Belém. Marituba é o menor município do estado em território, com apenas 103,279 km² de área, porém possui a terceira maior taxa de densidade demográfica do Pará, com 443,24 habitantes. O Hospital Divina Providência - HDP está localizado no endereço: Av. João Paulo II, Número 71, Bairro Centro, CEP: 67200-000, Marituba PA. Atende: tratamentos, medicações, internações, cirurgias e intervenções médicas. O Hospital Divina Providência, surgiu do empenho do saudoso Dom Aristides Pirovano, logo após a visita do Papa à Marituba em 08 de junho de 1980. O hospital Divina Providência, é uma instituição filantrópica que se mantém pelo instituto dos Pobres Servos da Divina Providencia e Secretaria de Saúde do município de Marituba, tem como especialidades de traumatologia, neurocirurgia, ginecologia e obstetrícia, pediatria/neonatologia, Baixado por Juliane Fernando (jbcabreira@hotmail.com) lOMoARcPSD|16057552 16 otorrinolaringologia, clínica médica, cirurgia geral, atualmente disponível de 146 leitos de média e alta complexidade, e realizando 250 partos por mês. Hoje com e 23 especialidades, além do atendimento à população do município de Marituba, o hospital, por força da pactuação firmada entre a Secretaria de Saúde de Marituba e os municípios de Ananindeua, Benevides, Santa Bárbara, Santa Izabel, Acará e outros, atende pacientes desses municípios, que são enviados por suas Secretarias de Saúde, para serem atendidos através do SUS. 5.3 Fontes de informação Participarão como sujeito da pesquisa os enfermeiros pertencentes ao quadro dos profissionais obstetras no Hospital da Divina Providência de Marituba. Tais profissionais possuem as características fundamentais para coleta de informações necessárias, pois os mesmos participam diretamente do processo de parturição das mulheres reclusas de liberdade, atendendo assim os critérios de inclusão e exclusão. 5.3.1 Critérios de inclusão Na pesquisa será apresentado como critério de inclusão, os enfermeiros que atuam diretamente com a enfermagem obstétrica no Hospital da Divina Providência de Marituba. 5.3.2 Critérios pertencentes de exclusão Na pesquisa será apresentado como critério de exclusão os enfermeiros que não atuam diretamente na enfermagem obstétrica no Hospital da Divina Providência de Marituba, e os que não aceitarem participar do estudo. 5.4 Técnicas de coleta e de dados A coleta de dados será realizada através da entrevista gravada que iremos realizar junto aos enfermeiros que atuam na obstetrícia, tendo assim um contato direto com os mesmo para haver uma troca de conhecimentos, com a finalidade de coletar informações para pesquisa. 5.5 Técnicas de análise de dados Baixado por Juliane Fernando (jbcabreira@hotmail.com) lOMoARcPSD|16057552 https://www.studocu.com/pt-br?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=projeto-tcc-enfermagem 17 A análise dos dados que será realizada por meio da análise de conteúdo, utilizando a técnica de análise temática, primeiro: na transcrição da entrevista gravada; segundo: análise detalhada das respostas dos sujeitos pesquisados; terceiro: elaboração de categorias de análise; quarto: interpretação dos dados; e a discussão dos resultados frente aos estudos relacionados ao assunto na literatura. Segundo MINAYO, (2014) consiste: A expressão mais comumente usada para representar o tratamento dos dados de uma pesquisa qualitativa é analise de conteúdo. No entanto, a expressão significa mais do que um procedimento técnico. Faz parte de uma histórica busca teórica e prática no campo das investigações sociais. (MINAYO, 2014, p. 303) 5.6 Aspectos éticos Para o avanço dessa pesquisa com seriedade e responsabilidade e de acordo com as diretrizes estabelecidas na resolução 466/12 do Conselho Nacional de Saúde (CNS) assegurando a vida do indivíduo e congregações, os direitos implementados através dos parâmetros básicos da bioética: autonomia, não maleficência, beneficência e justiça, cumprindo com dignidade e respeito pela vida humana, referindo aos participantes deste trabalho, que ajudará no desenvolvimento desta pesquisa, mantendo o sigilo e ética sobre as informações colhidas. Um dos conceitos que definem Bioética (“ética da vida”) é que esta é a ciência “que tem como objetivo indicar os limites e as finalidades da intervenção do homem sobre a vida, identificar os valores de referência racionalmente proponíveis, denunciar os riscos das possíveis aplicações”. (LEONE, PRIVITERA e CUNHA, 2001, p.8) 5.7 Riscos Evitar o desrespeitoquanto a privacidade pessoal, está sempre atentos as linguagem verbais e não verbais para que não haja desconforto ao sujeito, prevenir violações sobre aspectos éticos, manter autocontrole perante pensamentos e atos irrelevantes, atentar sobre divulgações de fontes confidenciais, observar o uso do tempo de entrevista ou resposta de questionários para que não seja ultrapassados. É considerado riscos de divulgação de imagens e filmagens não autorizado pelo sujeito ou pela instituição. 5.8 Benefícios Baixado por Juliane Fernando (jbcabreira@hotmail.com) lOMoARcPSD|16057552 18 A realização desse projeto tem garantia de buscar melhoria ao processo do parto, levando mais um avanço aos profissionais enfermeiros, e a população que envolve a pesquisa, trazendo benefícios ao parto humanizado em mulheres privadas de liberdade, na conquista de evitar danos e mortalidade materno infantil dentro do Hospital. Esses benefícios vem contribuir para o desenvolvimento do enfermeiro, com condutas que visão os atos humanista e saúde de qualidade. 5 DESFECHO 5.1 Primário Esperar que os profissionais enfermeiros estejam capacitados para lidar com todos os tipos de situações que surgirem dentro do Hospital, ir além das técnicas exigidas, com expectativa de oferecer parto humanizado, na garantia de obter saúde e bem estar perante as gestantes que se encontram privadas de sua liberdade. Pretende-se que o enfermeiro, desenvolva técnicas e condutas humanistas, que venham impedir agravos em decorrência à gestação e durante o parto. 5.2 Secundário Com os resultados obtidos pela pesquisa, fazer com que a classe de enfermeiros que trabalham na obstetrícia dentro do Hospital da Divina Providência, tenham olhar holístico, nas práticas humanizadas durante a gestação, parto e pós-parto. Baixado por Juliane Fernando (jbcabreira@hotmail.com) lOMoARcPSD|16057552 https://www.studocu.com/pt-br?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=projeto-tcc-enfermagem 19 6 CRONOGRAMA 2018 ATIVIDADES JA N F E V M A R A B R M A I J U N JU L A G O S E T O U T N O V Escolha do tema e do orientador Encontros com o orientador Pesquisa bibliográfica preliminar Elaboração do projeto Qualificação do Projeto de Pesquisa Submissão à Plataforma Brasil Coleta de dados Análise dos Dados Revisão e entrega do Relatório Final Apresentação do trabalho em banca Baixado por Juliane Fernando (jbcabreira@hotmail.com) lOMoARcPSD|16057552 20 7 ORÇAMENTO Nº ORDEM DESCRIÇÃO QUANT. R$ UNIT. R$ TOTAL 1 Resma de papel A4 2 15,00 30,00 2 Pen drive 3 30,00 90,00 3 Caneta esferográfica 3 1,50 4,50 4 Passagens 37 8,00 296,00 5 Alimentação 8 12,00 96,00 6 Impressão 210 0,50 105,00 7 Encadernaçã o 6 5,00 30,00 8 Pastas 3 2,50 7,50 9 CD 2 1,80 3,60 10 Notebook 1 2.200 2.200 TOTAL 2.862,60 8 REFERÊNCIAS Almeida OSC, Gama ER, Bahiana PM. Humanização do parto atuação dos enfermeiros. Salvador, 2015. Andrade BP, Aggio CM, Violência obstétrica: a dor que cala. Universidade Estadual de Londrina, 2014. Disponível: http://www.uel.br/eventos/gpp/pages/arquivos/GT3_Briena%20Padilha %20Andrade.pdf [Acesso em: 19 de jun. 2018] Andrade LO, Felix ESP, Souza FS et al. Práticas dos Profissionais de Enfermagem Diante do Parto Humanizado. Revista de Enfermagem UFPE, Recife, 2017. 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Quanto tempo que trabalha no Hospital da Divina Providência__________ B. CONCEITO Baixado por Juliane Fernando (jbcabreira@hotmail.com) lOMoARcPSD|16057552 26 1. Quais os desafios enfrentados para a realização do parto humanizado em mulheres privadas de liberdade? 2. Os enfermeiros do Hospital da Divina Providência já trabalham com o parto humanizado? Desde quando? 3. Como os enfermeiros do Hospital trabalham o parto humanizado? 4. Que importância tem para o enfermeiro o atendimento do parto humanizado? 5. Os enfermeiros promovem o incentivo do parto humanizado para as mulheres privadas de liberdade? 6. É oferecido a permissão para essas mulheres de escolher o seu acompanhante durante o parto? 7. As mulheres privativas tem livre arbítrio de escolher como quer parir? 8. Qual a média da permanência dessas mulheres no puerpério. APÊNDIES B- Termo de consentimento livre e esclarecido Convidamos o (a) Sr (a) enfermeiros obstetra para participar da Pesquisa: Desafios do enfermeiro na humanização do parto normal em mulheres privadas de liberdade, sob a responsabilidade do pesquisador Vera Lucia Cecim dos Santos (COREN 284.008), e pelos discentes Antonia Lais Pinheiro Leles, Rayanne Nazaré Sarmento Ferreira, Thainá Carvalho Ramos, para elaborar seu projeto de Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) em enfermagem da Faculdade Estácio-Castanhal, sob a orientação da docente Vera Lucia Cecim dos Santos, a qual pretende alcançar os objetivos, tendo como objetivo geral: Baixado por Juliane Fernando (jbcabreira@hotmail.com) lOMoARcPSD|16057552 https://www.studocu.com/pt-br?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=projeto-tcc-enfermagem 27 Identificar quais os desafios enfrentados pelos enfermeiros durante a realização do atendimento do parto nas mulheres privadas de liberdade no Hospital da Divina Providência, considerando os direitos de humanização sobre as gestantes com ênfase na garantia do parto humanizado. Objetivo específicos: Investigar se os enfermeiros do Hospitalda Divina Providência, Marituba – PA já trabalham com o parto humanizado; Analisar a importância para o enfermeiro de desenvolver o parto humanizado; descrever se os enfermeiros promovem o incentivo ao parto humanizado; recomendar aos enfermeiros o estabelecimento de diretrizes que visam a melhoria do parto humanizado. Sua participação é voluntária e se dará por meio da pesquisa de natureza qualitativa descritiva com coletas de dados que será realizada através da entrevista gravada que iremos realizar junto aos enfermeiros que atuam na obstetrícia da unidade. Os riscos decorrentes de sua participação na pesquisa são o desrespeito quanto a privacidade pessoal, linguagem verbais e não verbais para que não haja desconforto, violações sobre aspectos éticos, pensamentos e atos irrelevantes, divulgações de fontes confidenciais, o uso do tempo de entrevista ou resposta de questionários para que não seja ultrapassados. É considerado riscos de divulgação de imagens e filmagens não autorizado pelo sujeito ou pela instituição. Se você aceitar participar, estará contribuindo para a realização desse projeto com garantia de buscar melhoria ao processo do parto humanizados em mulheres privadas de liberdade, levando mais um avanço aos profissionais enfermeiros, e a população que envolve a pesquisa, na conquista de evitar danos e mortalidade materno infantil dentro do Hospital da Divina Providência. Esses benefícios vem contribuir para o desenvolvimento do enfermeiro, com condutas que visão os atos humanista e saúde de qualidade. Se depois de consentir em sua participação o (a) Sr (a) enfermeiro obstetra desistir de continuar participando, tem o direito e a liberdade de retirar seu consentimento em qualquer fase da pesquisa, seja antes ou depois da coleta dos dados, independente do motivo e sem nenhum prejuízo a sua pessoa. O (a) Sr (a) não terá nenhuma despesa e também não receberá nenhuma remuneração. Os resultados da pesquisa serão analisados e publicados, mas sua identidade não será divulgada, sendo guardada em sigilo. Para qualquer outra informação, o (a) Sr (a) poderá entrar em contato com o pesquisador responsável, Horácio Pires Medeiro, no endereço Baixado por Juliane Fernando (jbcabreira@hotmail.com) lOMoARcPSD|16057552 28 profissional BR 316, fone: 3301-3400 na Faculdade Estácio-Castanhal; e os discentes: Antonia Lais Pinheiro Leles, (91) 99212-5956, e e-mail: 091992125956f@gmail.com, Rayanne Nazaré Sarmento Ferreira, (91) 98106- 3615, e-mail: nanny_ferreira22@hotmail.com, Thainá Carvalho Ramos, (91) 98076-3434, e-mail: thainacr144@gmail.com, e a docente: Vera Lucia Cecim dos Santos, (91) 980146443, e-mail: veracecim@yahoo.com.br, ou poderá entrar em contato com o Comitê de Ética em Pesquisa. Consentimento Pós Informação Eu, _______________________________________________________, fui informado sobre o que o pesquisador quer fazer e porque precisa da minha colaboração, e entendi a explicação. Por isso, eu concordo em participar do projeto, sabendo que não vou ganhar nada e que posso sair quando quiser. Este documento é emitido em duas vias que serão ambas assinadas por mim e pelo pesquisador, ficando uma via com cada um de nós. ______________________ Assinatura do participante Data: ___/ ____/ _____ ____________________________ Vera Lucia Cecim dos Santos COREN 284.008 Assinatura do Pesquisador Responsável ____________________________ Antonia Lais Pinheiro Leles Baixado por Juliane Fernando (jbcabreira@hotmail.com) lOMoARcPSD|16057552 https://www.studocu.com/pt-br?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=projeto-tcc-enfermagem 29 ____________________________ Rayanne Nazáre Sarmento Ferreira ____________________________ Thainá Carvalho Ramos Baixado por Juliane Fernando (jbcabreira@hotmail.com) lOMoARcPSD|16057552 Silvana Santiago da Rocha SS. A humanização e a assistência de enfermagem ao parto normal. Brasília, 2007. Silvane CMB. Parto humanizado – Uma revisão bibliográfica. UFRS, Rio Grande do Sul, 2010.
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