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MELISSA XAVIER – 6° TERMO CLINICA MÉDICA 3 Corresponde a uma pandemia, sendo um grave problema de saúde publica, cuja os custos de apoio as complicações são caras, além de ser a principal causa de amputação não traumática de membros e cegueira. No brasil a população acometida corresponde a aproximadamente 10%, tendo como previsão de triplicar o numero de pessoas até 2050. Ademais 90% dos casos de DM, 90% são obesos e 90% DM tipo 2, se trata de uma patologia que é um importante fator de risco para doenças cardiovasculares e é de grande morbidade e mortalidade. Mas vamos definir a diabetes: É uma Doença crônica do metabolismo resultado do defeito na produção, secreção e ou ação da insulina, caracterizada por hiperglicemia em jejum ou pós prandial, que pode ser acompanhada de dislipidemia, hipertensão arterial e disfunção endotelial. A hiperglicemia crônica, em longo prazo, leva a lesões, disfunções e falência de vários órgãos principalmente olhos, rins, nervos, coração e vasos sanguíneos. vale ressaltar que a glicemia tem atividade na osmolaridade plasmática, em uma pessoa com pâncreas competente há o consumo da glicose, logo se a pessoa tem algum problema no pâncreas aumenta a osmolaridade. A diabetes é dividida da seguinte forma: ♥ Tipo 1. – prevalência de 5% da população – doença auto imune eles fazem um ataque nas células beta, mais prevalentes em crianças, mas pode ter diabete auto imune dos adultos acima de 35 anos com falência abrupta pancreática. ♥ Tipo 1A – mais comum tem deficiência na produção de insulina mediada por anticorpos no sangue. ♥ Tipo 1B – idiopática, não tem como detectar no soro, ou seja o pcte tem os sitomas mas não consigo detectar no soro. ♥ Tipo2 – maior parte da população, o principal fenótipo é a obesidade, vai evoluindo com perda progressiva dessa produção de insulina, escalonamento da insulina com a glicemia. ♥ Diabetes gestacional – diagnosticada entre o 2° e o 3° trimeste ♥ Outros tipos (D. neonatal/ secundaria a medicamentos/infecção) MELISSA XAVIER – 3° TERMO A não utilização da glicose, ou seja, quadro de hiperglicemia, há um aumento da lipólise para suprir a falta de glicose na célula, o rim entende que há pouca energia então ele aumenta a absorção de glicose, há disfunção de neurotransmissores, aumenta a secreção de glucagon, diminui a secreção de insulina, aumento da produção hepática de glicose já que tem pouca energia na circulação. O pâncreas é composto por acinos e Ilhotas de Langerhans, sendo dividido em parte exócrina e endócrina. (vamos focar na Ilhotas de Langerhans). ♥ Função endócrina e exócrina (insulina – células betas 60% e glucagon- célula alfa 25%), um contra balança o outro; ♥ A insulina (anabolica) diminui a glicemia o glucagon (catabolico) aumenta; ♥ A insulina tem efeito no metabolismo dos carboidratos, gorduras, proteínas e crescimento; ♥ A somastatina (célula delta – 10%) realiza o controle entre a insulina e o glucagon Naturalmente, ao se alimentar há um pico de insulina, seguido de uma queda de aproximadamente de 50% e passa a ter um declínio hormonal mais lento ate que atinja a insulinemia basal (20 a 40) novamente. Já quando se trata de um paciente com diabetes não há mais um pico insulínico e sim uma pequena libração de insulina, seguida de um declínio, e de um aumento com o passar do tempo(linha vermelha). Já em fases tardias há apenas um aumento simbólico da insulina(linha azul) Sindrome do ovário policístico; Pré diabetes ; Etinia (negros, indigenas); HDL <35 E Trigliceres >200; >45 anos; Histórico familiar; Sedentarismo / obesidade; HAS, Uso de hiperglicemiantes (corticoides, TDZ, beta bloqueadores). MELISSA XAVIER – 3° TERMO O diagnostico se dá por duas vertentes, clinico e laboratorial. Os sinais clínicos clássicos são: Cansaço, poliuria, perda de peso, polifagia, polipepsia, má cicatrização, visão turva, formigamento distal em membro inferior, aumento de gordura visceral (pode ser um fator de risco), acantose nigricans (sinal de resistência insulínica, assim como a gordura visceral). Já o laboratorial conta com glicose em jejum, curva glicêmica, glicose ao acaso e hemoglobina glicada. Condições que diminuem o valor real da hemoglobina glicada: ♥ Hipertireoidismo, ♥ queimadura grave e ♥ Intoxicação por chumbo. O parâmetro laboratorial mais utilizado para a avaliação do controle da glicemia é a hemoglobina glicada, que estimula a glicemia média no período de 3 a 4 meses anterior a coleta. De uma forma geral o objetivo laboratorial é : Deve se adequar para um perda de 7% do peso inicial ao longo de 6 meses, ao ritimo de 0,5 e 1kg/mês. Deve-se lembrar que os açucares simples, de absorção rápida devem ser evitados. A estimativa da porcentagem de cada nutriente frente a totalidade calórica deve ser de: MELISSA XAVIER – 3° TERMO ♥ 5% de sacarose ♥ 20% de proteína - a redução se dá pela não adequação a proteína podendo ocasionar uma proteinúria evoluindo a uma Insuficiência renal. ♥ 20% de gorduras ♥ Fibra alimentar – 14g a cada 1.000 kcal Diet – para algum motivo (objetivo) Light = redução de ate 20% de algum macronutriente Aeróbica (caminhada/corrida/natação/bicicleta) moderada por 150 min/semana, divididas em 5 cessões, somado a exercício resistido (musculação/ elásticos/peso corporal), sendo no mínimo 5 exercícios com 10-15 repetições 3x na semana. Deve ser individualizado, levando em consideração o estado geral, obesidade, DC renal, interação medicamentosa, custo, preferencia do paciente, comorbidades presentes, eficácia do medicamento, entre outros... ♥ METFORMINA – provem da classe biguanida, Toda diretriz determina que inicia-se Metformina para todo o paciente no momento do diagnóstico. A metformina age na via de produção hepática de glicose, diminuindo a gliconeogênse. Assim, diminui também a produção de insulina pelo pâncreas. O maior efeito colateral de qualquer medicamento do DM é a hipoglicemia. A hipoglicemia acontece quando há um excesso de insulina, portanto a Metformina não tem risco de de hipoglicemia, já que ela também reduz a produção da mesma pelo pâncreas. O principal risco é Acidose Lática, devendo ser reduzida em 50% sua dose caso a taxa de filtração glomerular esteja entre 30 e 45 ml/min, além do mais deve averiguar os níveis de vitamina B12 frente a possível deficiência. • INIBIDORES DA ALFA-GLICOSIDADE = Acarbose MELISSA XAVIER – 3° TERMO ♥ SULFONILURÉIAS As células beta pancreáticas funcionam da seguinte maneira: Nós comemos, e com isso a glicose sobe e entra na célula beta, onde ela é convertida em ATP fecha canal de potássio e abre canal de cálcio, com isso o cálcio entra dentro da célula e libera insulina. A liberação de insulina pelas células beta é proporcional à glicose que tem no sangue. Come, glicose sobre e libera insulina, quando se está em jejum, não tem glicose e não tem insulina. ♥ GLINDAS Atenção a exaustão precoce das células beta ♥ TIAZOLINEDIONAS A Tiazolidinedionas vão ser três, mas na verdade só tem uma. A Troglitazona foi retirada do mercado por causa de sua hepatotoxicidade . A Rosiglitazona saiu do mercado por risco de infarto Hoje no mercado tem apenas a Pioglitazona, chamada de Tiazolidinediona ou Glitazona. A vantagem dela é a posologia (1 cp/dia de 15, 30 ou 45mg). Porém um dos grandes efeitos colaterais dela é que ela engorda. A Pioglitazona é um agonista do receptor PPAR- GAMA que está presente no pré-adipócito. ♥ ISGLT2 - Elimina glicose pela urina, reduz 14%, Infarto, morte e AVC; estes fármacos inibem seletivamente o SGLT2 no túbulo renal proximal, inibindo a absorção de glicose e sódiono túbulo proximal. ♥ INCRETINPMIMÉTICOS – Podem ser análogos a GLP-1 (sintetizado e secretado pelo intestino em resposta a alimentação, promovendo a MELISSA XAVIER – 3° TERMO saciedade, intensifica a secreção insulínica e reduz a secreção de glucagon), inibidores de DDP4 - Inibidores de DDP4 Caracterizada por obesidade, , intolerância a glicose, HAS, HDL baico, trigliceres alto que podem levar a quadros de AVC, doenças coronarianas, aneurismas, insuficiencia vascular periférica, entre outros. O critério diagnostico laboratorial corresponde há: MELISSA XAVIER – 3° TERMO Elas podem ser agudas sendo elas a hipoglicemia ou hiperglicemia (que podem levar a cetoacidose diabética e estado hiperosmolar), ou crônicas como as macro vasculares (DC coronariana, AVC, DC vascular periférica) ou microvasculares (retinopatia diabética, nefropadia diabética e neuropatia diabética). - Estado hiperglicêmico hiperosmolar = paciente apresenta-se hipotenso, taquicardíaco com a glicemia >600. - Complicações agudas = no qual o paciente apresenta-se alerta, com hálito cetônico, taqpneico, e com respiração de kussmaul. Solicita-se exames complementares gerais como (glicemia, glicose, sódio, potássio, ureia, creatina, urina 1, gasometria, hemograma, ecg, e outros exames frente ao quadro clinico.) O TRATAMENTO VISA CORRIGIR A DESIDRATAÇÃO/ HIPEROSMOLARIDADE, MANTER O EQUILÍBRIO ELETROLÍTICO, PRINCIPALMENTE SÓDIO E POTÁSSIO, CORRIGIR A GLICEMIA E IMPEDIR DANOS NEUROLÓGICOS. - HIPOGLICEMIA - glicemia abaixo de 70mg/dl Possui como fator de risco o excesso de insulina, ou hipoglicemiantes, menor produção de glicose, maior utilização da mesma, menor depuração de insulina. A sintomatologia varia entre tontura, náusea, taquicardia, fome, visão turva, cefaleia, parestesia, inconsciência. Nível 1: valores entre 69 – 54 mg/dL Nível 2: valores < 54 mg/dl Nível 3: hipoglicemia severa DM é uma doença multifatorial e, por isso, desafiadora; Independente da área médica, todos deverão ter conhecimento da importância do diagnóstico e do tratamento precoce da DM.