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A CHEGADA DA CRIANÇA A FAMILIA

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A CHEGADA DA CRIANÇA A FAMILIA 
→ Ao atender uma criança, o 
profissional de saúde não pode vê-
la como um ser isolado, mas como 
parte de seu contexto familiar, 
com características e 
funcionamento próprios. 
→ É importante prestar atenção na 
relação que os membros da 
família estabelecem com a 
criança, na maneira como se 
dispõem a cuidar dela, em seu 
percurso escolar desde os 
primeiros anos, enfim, na forma 
como ela é recebida e 
“endereçada” ao mundo. 
→ A equipe de saúde deve ainda 
compreender e orientar os pais 
sobre a formação de vínculos e o 
fortalecimento da parentalidade 
→ O profissional precisa estar atento 
às possíveis e frequentes 
dificuldades que se apresentam e 
precisa estimular a construção de 
uma rede, inclusive na equipe de 
saúde, que sirva de apoio à 
família. 
→ Os fatores encontrados como 
determinantes da saúde mental 
de crianças referem-se, em sua 
maioria, a fatores familiares: 
história de doença mental 
materna, níveis elevados de 
ansiedade materna, perspectivas 
parentais limitadas, interação 
limitada entre a criança e a mãe, 
chefe de família sem ocupação 
qualificada, baixa escolaridade 
materna, famílias de grupos 
étnicos minoritários, famílias 
monoparentais, presença de 
eventos estressantes e famílias 
com quatro ou mais filhos. 
A FAMILIA DE UMA CRIANÇA RECEM- 
NASCIDA 
→ O profissional de saúde, desde o 
pré-natal, deve estar atento às 
mudanças e às necessidades de 
adaptação que ocorrem nas 
famílias diante do nascimento de 
um novo ser. 
→ Adaptação de uma nova realidade, 
ajuste no sistema conjugal, 
espaço para os filhos, adaptação 
financeira e domestica com a 
educação dos filhos. 
→ Cabe ressaltar que a mudança 
com o nascimento da criança 
ocorre não apenas na família 
nuclear,1 mas também na família 
ampliada,2 que passa por uma 
alteração importante em seus 
papéis, avançando um grau em 
seu sistema de relacionamentos: 
irmãos tornam-se tios, sobrinhos 
tornamse primos, pais tornam-se 
avós, entre outros exemplos de 
alterações na configuração 
familiar. 
A FORMAÇÃO DO VINCULO/ APEGO 
→ É importante observar se a rede de 
apoio, em especial a mae, oferece 
afeto, aconchego, como reage diante 
ao choro. Por vezes, os modos como 
se dão as reações aos 
comportamentos do bebê podem ser 
indicativos de que sua família precisa 
de auxílio para superar o momento 
de crise. 
O DESENVOLVIMENTO DA FUNÇÃO 
PARENTAL 
→ definida como o conjunto de 
remanejamentos psíquicos e afetivos 
que permitem ao adulto tornar-se 
pai ou mãe. 
→ O termo parentalizar designa a 
influência positiva que uma pessoa 
exerce sobre o sentimento que um 
adulto tem de ser pai e mãe e refere-
se à vivência da identidade parental 
e aos sentimentos de competência 
dos pais com relação aos cuidados 
que eles dispensam ao seu bebê. 
→ Quem pode exercer a parentalização? 
O bebê (durante suas interações com 
os pais), os cônjuges (que podem 
parentalizar um ao outro), a família 
ampliada e os profissionais que 
trabalham com pais e bebês (idem). 
→ Os profissionais de saúde podem 
auxiliar a formação da parentalidade 
oferecendo espaço para a 
manifestação de sentimentos 
comuns durante o referido processo, 
sentimentos como o medo de não 
conseguir manter a vida e o 
crescimento de seu bebê, o medo de 
não conseguir envolver-se 
emocionalmente com o seu bebê de 
modo autêntico e pessoal (e de que 
ele não se desenvolva 
emocionalmente), a preocupação em 
como criar o bebê (se irá ou não 
permitir sistemas de apoio 
necessários) e o medo de não 
conseguir modificar-se ou 
reorganizar sua identidade. 
→ Conhecendo e identificando a 
presença desses sentimentos, o 
profissional de saúde pode estimular 
o pai, a mãe ou outros responsáveis, 
evitando julgamentos e valorizando 
sempre as boas práticas de atender 
as necessidades da criança. 
→ Sempre que os pais desejarem, os 
profissionais de saúde devem lhes 
disponibilizar grupos de apoio que 
promovam a aquisição de habilidades 
na formação da parentalidade 
PARTICIPAÇÃO PATERNA 
→ nos serviços de saúde da Rede SUS, 
observa-se ainda um baixo 
engajamento dos pais nas decisões e 
ações relacionadas à saúde infantil. 
→ os profissionais da Rede SUS devem 
estar atentos para o acesso e o 
acolhimento de qualidade desses 
pais, incluindo-os como sujeitos na 
lógica das consultas realizadas em 
conjunto com as mães e as crianças. 
→ o pai/cuidador seja visto também 
como um indivíduo responsável pelo 
bem-estar da criança nas diversas 
fases da sua vida, devendo ser 
incorporado às atividades rotineiras 
realizadas pelas equipes de saúde, 
para que, por exemplo, tenha direito 
a uma voz ativa nas consultas 
realizadas pelos profissionais de 
saúde. 
DIFICULDADE COMUNS DA FASE 
→ Os episódios de melancolia pós-parto 
denominados “baby blues” referem-
se a uma manifestação transitória e 
frequente do humor que aparece no 
decorrer dos primeiros dias pós-parto 
(com intensidade maior em torno do 
3º ao 6º dia após o parto). 
→ A puérpera apresenta um estado de 
fragilidade e hiperemotividade 
transitória (choro fácil, irritabilidade, 
tristeza ou hipersensibilidade) que 
não é considerado depressão pós-
parto. 
→ Um estudo evidencia que a 
amamentação feita por mães com 
depressão puerperal corre maior 
risco de ser interrompida 
precocemente nos primeiros dois 
meses (evento conhecido como 
desmame precoce) 
NASCIMENTO DO SEGUNDO FILHO 
→ Impacto no primogênito: divisão de 
afeto e atenção. 
→ É comum o aparecimento de 
sintomas físicos no primogênito, tais 
como febre e alergia, além de 
retrocessos na linguagem e na 
alimentação, propensão ao choro, 
aumento de birra e manifestações de 
agressividade. 
→ . Desde a gestação do segundo filho, 
os pais devem conversar com o 
primogênito sobre o irmãozinho, 
estimulando-o a compartilhar 
pequenas responsabilidades e a 
participar da preparação para a 
chegada do novo bebê, além de 
dialogar com ele sobre os pontos 
positivos de ter irmãos. 
→ , é importante que os pais consigam 
organizar um tempo especial para 
passar com cada um dos filhos, 
dando-lhes atenção exclusiva e 
propondo atividades do seu interesse 
ESTIMULO A FORMAÇAO DE UMA REDE 
DE APOIO MAIS AMPLA 
→ as mães devem ser estimuladas a 
ampliar as redes sociais de apoio, 
uma vez que isso resulta em 
interação positiva na relação mãe-
bebê. 
→ Em alguns casos, o papel 
desempenhado pelas avós ultrapassa 
o de apoiadoras no cuidado, pois 
muitas delas são as responsáveis 
pelos cuidados físicos e afetivos das 
crianças

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