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Patologia- M5 Ana Laura Coradi T.XXII 1 Aneurismas São dilatações localizadas, permanentes de vasos sanguíneos, causadas por enfraquecimento congênita ou adquirido da túnica média. Apresenta um diâmetro aumentado em mais de 50% do que era considerado normal. Ele é classificado de acordo com a etiologia, localização e configuração. Etiologia: É a perda intrínseca do tecido conjuntivo da parede vascular. Há um aumento na degradação de colágeno, por inflamação e a ação de proteases associadas. Também há perda de células musculares lisas ou a perda da síntese da MEC não colagenosa/não elástica. Aneurisma moruliforme: lembra uma amora, é esférico de 1-1.5cm de diâmetro. Aneurisma fusiforme: tumefação ovóide paralela ao eixo longo do vaso, tem mais de 20cm de diâmetro. Aneurisma Sacular: é um abaulamento em forma de bolha que surge a partir da parede vascular. Aneurisma arteriovenoso: comunicação congêntita direta entre artéria e a veia. Pacientes com realização de hemodiálise podem ter esse tipo de aneurisma. Aneurisma dissecante: termo está em desuso, de causa de base a hipertensão atterial por exemplo, ou Síndrome de Marfan, rompe o endotélio e temos sangramento entre ele e a muscular. Dilatação fusiforme de vaso na qual seu diâmetro aumenta em 50%. É uma complicação da arterosclerose, mais predominante no sexo masculino, mais comum em maiores de 50 anos. As complicações aumentam com o diâmetro: hemorragia intramural, dissecação e ruptura. Paciente vai a óbito pelas complicações e não pelo aneurisma em si. Fatores de risco: aterosclerose, hipertensão, história prévia de aneurismas, tabagismo, obseidade, idade, hipercolesterolemia, dislipidemia. A placa aterosclerótica na camada intima acaba comprimindo a camada média, comprometendo a difusão de nutrientes da luz do vaso para a parede. Então a camada média acaba sofrendo uma necrose (células musculares lisas, colágeno e elastina), resultando em fraqueza na parede do vaso e consequentemente diminuindo a espessura. A túnica adventicia fica muito inflamada, contribuindo ainda mais para a fragilidade e rompimento do vaso. Fisiopatogenia: consiste na degeneração e ou apoptose das células musculares lisas, colágeno e elastina na lâmina elástica. A maioria dos aneurismas estão ocupados por trombos murais ou lesões ateroscleróticas complicadas, pode ocorrer fibrose da parede e espessamento da mesma ou túnica adventícia espessada e inflamada. Relação de sobrevida - ruptura com diametro do aneurisma: • 20% de sobrevida = 5cm • 40% de sobrevida = 6cm • 50% de sobrevida = 7cm • É uma condição dramática, fatal cujo risco de vida é de 35% nos primeiros 15min após o inpicio dos sintomas. E 75% na primeira semana após os primeiros sintomas. Geralmente de 40-60 anos, no sexo amsculino e está diretamente ralacionada a hipertensão arterial. Morfologia macroscópica Aneurisma de aorta abdominal Dissecção aórtica, hematoma dissecante e aneurisma dissecante Patologia- M5 Ana Laura Coradi T.XXII 2 Etipatogenia: degeneração mucóide da camada média, necrose medial cistica. Ocorre perda de células musculares lisas, depósito de material mucóide, fragmentação da elastina e enfraquecimento da parede vascular. Ocorre uma laceração transversa e oblíquoa de 4-5cm de extensão da camada íntima. A dissecação da camada média leva a criação de um novo canal na parede aórtica. A camada adventícia e túnica média ficam intactas. Se associam comumente à hipertensão, mas também pode aparecer na síndrome de Marfan de Loeys-Dietz. Eles originam sinais e sintomas referíveis a: • Invasão de estruturas do mediastino • Dificuldade respiratória por invasão pulmonar ou de vias aéreas • Dificuldade de deglutição por compressão do esôfago • Tosse persistente por irritação dos nervos laríngeos recorrentes • Dor causada por erosão óssea (costelas e vertebras) • Doença cardíaca (dilatação valvar aórtica) • Ruptura Classificação do paciente: 1- Stanford: tipo A e tipo B. Tipo A: o aneurisma está relacionado a área da aorta ascendente. Tipo B: aneurisma está relacionada a áreas diversas da aorta menos na aorta ascendente. 2- DeBakey: Tipo 1: o aneurisma se origina na aorta ascendente e se propaga em todo o trajeto da aorta. Tipo 2: corresponde ao acometimento da aorta ascendente, corresponde a Stanford tipo a. Tipo 3: corrsponde a dissecção da aorta em qualquer lugar menos na aorta ascendente, corresponde a Stanford tipo b. Classificação quanto ao tempo de duração - cronicidade: • Hiperaguda: clínica se identifica em menos de 24h. • Aguda: clínica diagnosticado entre 1-14 dias. • Subaguda: clínica diagnosticado de 15-90 dias. • Crônico: mais de 90 dias de história clínica. Geralmente é uma dor constritiva, opressiva, em aperto. É dilacerante que rasga. Pode ou não estar acompanhada de : síncope, ICC, AVC esquêmico. Podem não vir acompanhados de dor. Podem ocorrer diminuição da pressão arterial e perda de pulsos – ficam assimétricos. Quadro clínico: • Dor torácica aguda, forte intensidade, persistente e dilacerante. • A extensão abrange a região dorsal e interescapular. • A dor acompanha o trajeto da dissecção ao longo da aorta • Choque hipovolêmico, devido a redução da circulação sanguínea • Assimetria de pulsos e PA nas extremidades. Macroscopia: Se é comprometida a aorta ascendente pode levar ao tamponamento cardíaco, regurgitação arterial que leva a um hemopericárdio. dissecção da aorta e diagnósticos diferenciais: Pericardites, aneurisma da aorta sem dissecção, pleurite, dor musculo esqueleticas, embolismo Aneurisma de aorta torácica Patologia- M5 Ana Laura Coradi T.XXII 3 pulmonar, tumor mediastinal, arterosclerose com embolia, regurgitação aortica sem dissecação ou com dissecação, colescistite . ANEURISMA SIFILÍTICO Enfraquecimento de camada média por reação inflamatória provocada por T. pallidum, e por endarterite produtiva dos vasa vasorum. ANEURISMA MICÓTICO São lesões com infecção pelo alojamento de mgs circulantes. Particularmente, em bacteremias por gastroenterite primária por Salmonella. A supuração nesses casos destrói a camada média e potencializa a dilatação rápida e ruptura
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