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DIREITO DO TRABALHO CONCEITO É o ramo do direito privado responsável por regular a relação jurídica entre os trabalhadores e empregadores, bem como outras relações semelhantes, baseado nos princípios e leis trabalhistas. DIVISÃO DO DIREITO DO TRABALHO a) Direito Individual do Trabalho: estuda as relações estabelecidas diretamente entre empregador e empregados. b) Direito Coletivo do Trabalho: estuda as relações entre sindicatos e empresas e entre sindicatos. FONTES I. Constituição Federal; II. A CLT e as leis em geral (incluindo decretos, portarias, regulamentos, instrução) III. Sentenças normativas; IV. Sentenças arbitrais; V. Acordos e convenções coletivas; VI. Regulamentos de empresa; VII. Os contratos de trabalho; VIII. Jurisprudência; IX. Doutrinas; X. Princípios gerais do direito e específicos do direito do trabalho; XI. Os usos e costumes. PRINCÍPIOS Os princípios possuem função inspiradora para a criação das leis, bem como função integradora e para interpretação das normas. a. Princípio da proteção: engloba três vertentes: in dubio pro operario: na interpretação de uma norma jurídica que pode ser entendida de diversos modos, ou seja, havendo dúvida sobre o seu efetivo alcance, deve-se interpretá-la em favor do empregado. Ex.: clausulas divergentes na norma coletiva, aplica-se a cláusula mais favorável ao trabalhador. aplicação da norma mais favorável: havendo diversas normas válidas incidentes sobre a relação de emprego, deve-se aplicar aquela mais benéfica ao trabalhador. Isso significa que, existindo mais de uma norma jurídica válida e vigente, aplicável a determinada situação, prevalece a mais favorável ao empregado, ainda que esta norma esteja em posição hierárquica formalmente inferior no sistema jurídico. Ex.: acordo coletivo confere ao empregado direito trabalhista superior àquele previsto na CF, o acordo coletivo que deverá ser aplicado. condição mais benéfica: assegura ao emprego a manutenção, durante o contrato de trabalho, de direitos mais vantajosos, de forma que as vantagens adquiridas não podem ser retiradas nem modificadas para pior. Ex.: se o empregador convencionar o pagamento de comissão a média salaria, não pode posteriormente estabelecer o pagamento da comissão seja realizado conforme tabela de preços de venda, que fique mais prejudicial ao trabalhador. b. Princípio da irrenunciabilidade: não se admite, em tese, que o empregado renuncie aos direitos assegurados pelo sistema jurídico trabalhista. Entretanto, tal princípio pode ser flexibilizado. c. Princípio da primazia da realidade: na relação de emprego, deve prevalecer a efetiva realidade dos fatos (documento), e não eventual forma constituída em desacordo com a verdade. No processo do trabalho, é o princípio da verdade real. Se na carteira de trabalho há anotação de uma função, e o empregado exerce outa, sempre irá valer a função exercida efetivamente. O documento real tem que corresponder com a realidade fática. d. Princípio da continuidade da relação de emprego: é a regra. Preserva o contrato de trabalho, no sentido de que a relação de emprego seja duradoura, ou seja, não determinando lapso temporal. Sempre que trouxer especificamente um prazo no contrato de trabalho, se presume que se deu de forma indeterminada, o que traz segurança ao empregador. e. Princípio da não discriminação: a palavra discriminação entende-se a partir de dois vieses: Toda distinção, exclusão ou preferência fundada na raça, cor, sexo, religião, opinião política, ascendência nacional ou origem social que tenha por efeito destruir ou alterar a igualdade de oportunidade ou de tratamento em matéria de emprego ou profissão; e Qualquer outra distinção, exclusão ou preferência que tenha por efeito destruir ou alterar a igualdade de oportunidades ou tratamento em matéria de emprego ou profissão.
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