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SÍNDROME NEFRÓTICA AUTOR: PEDRO V.F. MEDRADO - Por definição uma proteinúria > que 3,5g/24h ou 50mg/kg/24h tem síndrome nefrótica - PTN totais na urina o valor normal é de até 150mg, e até 30mg de albumina. - Barreira glomerular · Mecânica (epitélio) – não seletiva segura macromoléculas pelo tamanho · Carga (membrana basal) – seletiva segura moléculas de carga negativa (como albumina) - Hipoalbuminemia e outras proteínas (hipoproteinemia) · Estado de hipercoagulabilidade por perda de antitrombina III – anticoagulante endógeno (cofator para heparina) · Responde mal à heparina se não tem o cofator · Estado de imunossupressão por perda de imunoglobulina – a principal perda é a IgG, a paciente predisposto a infecções por pneumococo (Strep. pneumoniae) · Estado de anemia ferropriva refratária ao sulfato ferroso por perda de transferrina – responsável por carregar o Fe até a medula óssea. - Aumento da alfa-2-globulina – é uma macromolécula que não consegue ser retirada - Edema principalmente periorbitário, maleolar e anasarca – teoria do underfill (queda da pressão oncótica e extravasamento para 3º espaço) - Hiperlipidemia e lipidúria – tentativa compensatória pela hipoalbuminemia · Cilindros graxos Clínica - Proteinúria – Urina espumosa (proteína serve como detergente) - Edema - Complicações · Trombose Venosa Profunda (TVP) – trombose de veia renal · Vasos túrgidos – rompimento de vasos – hematúria · Dor lombar por distensão da cápsula de Glisson · Se trombo da veia renal esquerda – varicocele súbita (a veia gonadal esquerda é tributaria da veia renal esquerda) · Situações que predispõe trombose de veia renal – Nefropatia membranosa, GN Mesangiocapilar e Amiloidose · Infecção – Peritonite Bacteriana Espontânea (PBE) por pneumococo · Aterogênese acelerada – hiperlipidemia por ação hepática (evento isquêmico) Etiologia da síndrome nefrótica - Primárias · Lesão mínima · Glomeruloesclerose focal e segmentar · Glomerulonefrite proliferativa mesangial · Nefropatia membranosa · Glomerulonefrite mesangiocapilar, ou membranoproliferativa - Secundárias - Síndrome nefrótica = biópsia Lesão mínima - É a causa mais comum em crianças de 1-8 anos de síndrome nefrótica. - Lesão – fusão e retração dos processos podocitários (esfacelamento ou destruição) criando poros que começam a vazar proteína de todos os tipos. - Proteinúria seletiva às custas de albuminúria – perde da barreira de carga - Associação – Linfoma de Hodgkin e o uso de AINES - Evolução – proteinúria intermitente (Proteinúria-NADA-Proteinúria-NADA) - Tratamento · Corticoide – é a única forma da síndrome nefrótica que melhora de forma intensa aos corticoides. · Diagnóstico – às vezes feito como prova terapêutica com corticoide sem a necessidade de biópsia, se melhorar não é preciso biopsiar o rim da criança. · Restrição salina · Doses baixas de diurético podem ser usadas - Peritonite primária por pneumococo - Não há consumo de complemento Glomeruloesclerose focal e segmentar (GEFS) - É a causa mais comum de síndrome nefrótica em adultos - Lesão · Analisando vários glomérulos – difuso ou focal (foco) · Analisando um único glomérulo – global ou segmentar (um segmento) · Na biópsia – os glomérulos que não estão envolvidos pela GEFS estão desenvolvendo uma lesão mínima na causa primária ou idiopática. · Causa secundária – sequela de uma condição necrotizante (lúpus), condição de sobrecarga de glomérulos ou hiperfluxo aos glomérulos. - Associação – decorar todas as causas de GEFS · HAS, Obesidade, pré-eclâmpsia - Evolução – HAS - Tratamento · Corticoide · IECA ou BRA – diminui a pressão intraglomerular e poupa a função glomerular - Não há consumo de complemento Glomerulonefrite proliferativa mesangial - Sangra – hematúria Nefropatia membranosa - É a 2ª mais comum nos adultos - Lesão – espessamento da membrana basal (membranona) - Associação – neoplasia (sinal inicial de uma neoplasia oculta), lúpus (pode ser o sinal inicial), hepatite B, captopril, sais de ouro, d-penicilamina. - Deve-se investigar com rastreio de neoplasia oculta - Evolução com prognóstico variável · Metade dos pacientes podem evoluir para TV de veia renal - Tratamento – Corticoide (não responde bem), IECA ou BRA + Profilaxia antitrombótica - Não há consumo de complemento Glomerulonefrite mesangiocapilar ou membranoproliferativa - Clínica de GNPE + Clínica de síndrome nefrótica + complemento baixo por mais de 8 semanas - É um diagnóstico diferencial com GNPE - Lesão – expansão mesangial, como se dissecasse o endotélio da membrana basal · Aspecto de duplo contorno na microscopia óptica - Associação com algumas condições – Hepatite C (tradicional) - Evolução – mistura de Nefrítica + Nefrótica · Complica com TVR - Tratamento – corticoide (não responde bem), IECA ou BRA - É a única que consome complemento
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