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Vias de manutenção da homeostase glicêmica - glicólise, gliconeogênese e glicogenólise 1 Vias de manutenção da homeostase glicêmica - glicólise, gliconeogênese e glicogenólise Introdução As vias de manutenção da homeostase glicêmica vivem em equilíbrio, com consumo pelas mitocôndrias (respiração celuar) para aporte energético e estoque (coração, m. esquelético, tecidos etc), e produção pelo fígado. Estoques corporais de combustíveis e energia Homeostase da glicose Elementos regulatórios neurais e hormonais (IP3/Akt - ação da insulina; proteína G - glucagon) que controlam especificamente a produção e utilização da glicose. Mecanismos de controle da hemeostase glicêmica CONTROLE PERIFÉRICO → TGI, células beta-pancreáticas (insulina inibe a HGP, estimula a captação de glicose pelos tecidos e inibe a secreção de glucagon pelas células alfa-pancreáticas) PROCESSOS METABÓLICOS → glicogenólise e gliconeogênese (jejum) SNC → sistema melanocortina (controle da saciedade) obs.: insulina e glucagon = hormônios contra-regulatórios (ações opostas inibitórias) Nos hepatócitos, há moléculas e enzimas digestivas no lúmen. Na membrana apical, há um translocador de glicose dependente de Na+ (SGLT1) que absorve glicose do lúmen para célula. Glicose é internalizada, formando um pool de glicose dentro da célula, o que promove a migração de GLUT2 para membrana apical, pois há saturação de glicose no SGLT1 e GLUT2 não satura. Vias de manutenção da homeostase glicêmica - glicólise, gliconeogênese e glicogenólise 2 GLUT2 também está presente na membrana basolateral, que permite a saída de glicose para a corrente sanguínea. obs.: florizidina → inibe SGLT1 (e não promove a migração de GLUT2 para membrana apical); diminuição do apetite e controle de DM descompensado obs.: GLUT2 → fígado, pâncreas e enterócitos A glicose, na corrente sanguínea, dirige-se ao miócito para internalização e consumo (glicólise) ou estoque (síntese de glicogênio = gliconeogênese). Em situações de jejum, há quebra do estoque de glicogênio hepático (glicogenólise), sendo uma fonte endógena de energia (adulto fica até 24h e crianças 8-12h quebrando glicogênio) e, com o tempo e o consumo de glicogênio, há síntese de glicogênio (gliconeogênese). Com a queda do glicogênio hepático, na glicogenólise, já começa a gliconeogênese. No entanto, se o jejum for muito prolongado (1,5 dia), a gliconeogênese diminui, até ficar baixo e constante (>2 dias). Após 2 dias, a homeostase glicêmica pela gliconeogênese reduz (pela redução dos substratos da via = lactato, aa, piruvato, glicerol = substrato não-carboidratos) obs.: exames em jejum, com glicemia até 99 = quebra de glicogênio hepático FASES DE HOMEOSTASE GLICÊMICA: obs.: restauração de níveis glicêmicos = glicogenólise; necessidade cerebral de glicose = gliconeogênese (mais contínua do que glicogenólise) Jejum REPERCUSSÃO METABÓLICA DO JEJUM PROLONGADO (>48h) → lipólise (formar glicerol para ser substrato da gliconeogênese; pode haver hiperlipidemia), formação de corpos cetônicos (fígado), aumento do ácido láctico na circulação = acidose metabólica, proteólise GLICOGENÓLISE: 💡 GLICOGÊNIO —glicogênio fosforilase + Pi → GLICOSE-1-P → GLICOSE-6-P (G6P) obs.: tal mecanismo ocorre no citoplasma da célula e serve para manter a glicose na célula (não sai quando está fosforilada). No músculo, G6P vai para glicólise (aporte energético). Vias de manutenção da homeostase glicêmica - glicólise, gliconeogênese e glicogenólise 3 obs.: no mm. e coração, em jejum, o principal aporte energético vai ser ácido graxo - mas evita para evitar proteólise No fígado: 💡 G6P —glicose-6-fosfatase→ GLICOSE (gliconeogênese para corrente sanguínea) Além disso, no fígado, após formação de lactato no músculo (resultante da glicólise e fermentação): 💡 2 LACTATO → PIRUVATO → GLICOSE (gliconeogênese) ❗A glicogenólise e gliconeogênese hepáticas, acionadas no jejum curto ou prolongado, garantem a produção de glicose livre para manutenção dos níveis normoglicêmicos e atividade metabólica energética de tecidos nobres. Fases de manutenção de homeostasia glicêmica 1. FASE 1 → exógena (alimentação); todos os tecidos usam glicose; glicose é o maior combustível para o cérebro 2. FASE 2 → gliconeogênese hepática; todos os tecidos usam glicose, mas m. e tecido adiposo em taxas reduzidas; glicose é o maior combustível para o cérebro 3. FASE 3 → gliconeogênese hepática; todos os tecidos usam glicose, mas m. e tecido adiposo em taxas intermediárias entre III e IV; glicose é o maior combustível para o cérebro 4. FASE 4 → gliconeogênese hepática; cérebro, medula renal e poucos músculos usam glicose; glicose e corpos cetônicos são combustíveis para o cérebro 5. FASE 5 → gliconeogênese hepática; cérebro em taxas reduzidas e medula renal utilizam glicose; corpos cetônicos e glicose são combustíveis para o cérebro As fases IV e V são mais críticas, considerando a baixa disponibilidade de nutrientes e ocorrência de cetogênese (produção de corpos cetônicos), concomitante à gliconeogênese. Nessas fases, não há mais estoque de glicogênio para manutenção dos níveis glicêmicos desejáveis. Vias de manutenção da homeostase glicêmica - glicólise, gliconeogênese e glicogenólise 4 Glucagon e adrenalina GLUCAGON → ativa a cascata de proteína G no fígado, culminando na glicogenólise, para repor glicemia pra hemácias e SN ADRENALINA → promove a glicogenólise no fígado e mm. e formação de lactato, CO2 e ATP; estimula glicólise; utiliza glicose para gerar ATP Hipoglicemias pediátricas ❗EIM - glicogenose tipo 1A (doença de von Gierke) → persistente tipo 4; mais prevalente em crianças (3%); acúmulo de glicogênio hepático, pois não possuem a enzima glicose-6-fosfatase; sintomas = hepatomegalia, hipoglicemia hipocetótica persistente, dislipidemia (hiperlipidemia - fígado com funcionamento inadequado). Vias de manutenção da homeostase glicêmica - glicólise, gliconeogênese e glicogenólise 5
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