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Bom desenvolvimento dos organismos aquáticos; Produção economicamente viável; Controle do meio ambiente; Água dos viveiros onde são cultivados. Características da fonte de água • Variações da vazão ao longo do ano; • Variações da temperatura ao longo do ano; • Presença de vida aquática (peixes, crustáceos, plantas aquáticas); • Analisar os possíveis riscos de contaminação. • Parâmetros fundamentais: FÍSICOS QUÍMICOS Temperatura Cor Turbidez Visibilidade Transparência pH Alcalinidade Dureza Oxigênio dissolvido Amônia Nitrato / Fosfato TEMPERATURA Um dos fatores mais importantes; Todas as atividades fisiológicas dos peixes (respiração, digestão, excreção, alimentação, movimentos; temperatura, atividade dos peixes, consumo de oxigênio; Extremamente prejudicial aos peixes (ovos, larva a alevinos → 3 a 4°C no mesmo dia; Clima subtropical (verão) → consumo exagerado de oxigênio (produção excessiva do gás carbono livre); Controle: medir regularmente a temperatura da água e do ar (medições devem ser feitas à sombra); Viveiros com profundidades → Coleta com garrafa; Temperatura medida em várias profundidades (determinar a diferença entre a superfície e o fundo); Medidas sistemáticas → a cada estação do ano; Caracterizar o comportamento térmico do viveiro. OBS: No inverso, deve colocar menos adubo, pois a temperatura baixa, diminui o metabolismo das bactérias e elas não conseguem degradar (desmanchar) o esterco. Este acaba se acumulando no fundo, trazendo problemas quando a temperatura voltar a subir. Temperatura x Arroçamento TEMPERATURA PERCENTUAL De 18 a 20°C 45% De 20 a 22°C 75% De 24 a 26°C 85% De 26 a 30°C 100% De 30 a 32°C 80% *Acima de 32°C e abaixo de 18°C suspender o arroçamento. Efeitos sobre o metabolismo da amônia nos peixes Alternativas de controle Variável difícil de se controlar; Realizar trocas de água – temperaturas; Utilizar estufas (reprodução) / (aquecedores). COR Coloração esverdeada → mais indicada; • Criação de peixes (carpas, tilápias) Existência de elementos básicos para a vida aquática; As colorações azuladas ou azul-esverdeadas indicam também boa produtividade; Águas cristalinas; • Baixa produtividade do viveiro Devem ser corrigidas para que os peixes encontrem alimento, por meio de adubação ou fertilização. TURBIDEZ Indica a quantidade de partículas sólidas na superfície da água; turva a água, indicada; • Impede a penetração de luz solar e desenvolvimento do fitoplâncton Águas cor de barro são consideradas como águas turvas. Como medir a turbidez? • Medição da transparência da água com disco de Secchi. Leitura do disco de Secchi (cm) Menor que 20 cm Viveiro muito turvo. Se o viveiro está turvo devido ao fitoplâncton, haverá problemas com baixa concentração de oxigênio dissolvido. Quando a turbidez for por partículas de solo em suspensão, a produtividade será baixa. 20-30 cm A turbidez está se tornando excessiva. 30-45 cm Se a turbidez for devido ao fitoplâncton, o viveiro está em boas condições. 45-60 cm O fitoplâncton está se tornando escasso. Mais de 60 cm Água está muito clara. Produtividade inadequada e perigo de problemas com plantas daninhas aquáticas. *Em viveiros de tilápia, leituras do disco de Secchi menores são admissíveis, mas menores que 10-15 cm podem resultar em estresse relacionados a oxigênio e morte. Correção Aplicação de gesso agrícola • Dosagem: 200 a 500 g/m² PH Interação entre substâncias → água ácida, neutra ou alcalina; Elevada Acidez da água ou elevada Alcalinidade; • Exigem controle cuidadoso do pH Alteração do pH = adubação, calagem, fotossíntese, respiração, poluição; Flutuações bruscas de pH causam mortalidade; Medir uma vez por semana. • pHmetro digital • Kit colorimétrico *Valores de 7,0 a 8,3 são considerados ótimos *Valores de 6,5 a 9,0 são corpos hídricos. Calagem Calcário agrícola – calcário apenas moído; • Não aumenta muito o pH e não é tóxico Cal virgem ou hidratada – calcário vai ao forno em altas temperaturas. • Aumenta o pH significativamente, pode ser cáustica e causar danos na pele e nos olhos do aplicador Eutrofização é um processo natural decorrente da acumulação excessiva de matéria orgânica devido ao desenvolvimento de algas. Sendo um aumento da concentração de nutrientes num ecossistema aquático, levando ao aumento da produtividade e, consequentemente, alterações em todo esse ecossistema. Em consequência, impedem a fotossíntese e oxigenação (morte de peixes) e aumento de decompositores (doenças). Quando fazer a calagem? • Quando a alcalinidade da água for inferior a 20mg/L de CaCo3; • pH for inferior a 6,5; • Mesmo com fertilizações não formam fitoplâncton; • Solos ricos em alumínio. Qual a finalidade de aplicar calcário? • Corrigir o pH; • Aumentar a dureza e alcalinidade da água; • Elimina parasitas e propiciar a desinfecção dos viveiros. *Realizar a calagem 10 dias antes da adubação. OBS: pH acima de 7,0, recomenda-se utilizar de 50 a 100kg/há quinzenalmente. ALCALINIDADE Indica a presença de sais minerais dissolvidos na água – Carbono (CaCO) e Bicarbonatos (HCO); Ao analisar a água, foram encontrados valores entre 20 e 300mg/L. • Indica boas quantidades de sais minerais DUREZA Refere-se a presença de sais de Cálcio (Ca) e Magnésio (Mg) na água. Água boa Entre 55 e 200 mg de Ca e Mg /L (tem a quantidade adequada de sais minerais) Água dura Entre 200 e 500 mg de Ca e Mg /L (tem sais demais) Água mole Menos de 20 mg de Ca e Mg /L (tem poucos sais) OXIGÊNIO DISSOLVIDO Peixes não possuem a capacidade de regular a respiração em função do oxigênio presente na água; É o fator mais limitante da psicultura; Produção – absorção do ar atmosférico (difusão) pela fotossíntese; Concentração de O2 varia devido a processos físicos (temperatura e transparência), químicos e biológicos. A temperatura da água tem grande influência na quantidade de O2 temperatura + rico de oxigênio é o meio aquático temperatura - quantidade de oxigênio na água Alguns peixes precisam de mais e outros menos oxigênio. Peixes de águas quentes sobrevivem com - oxigênio Peixes de águas frias + exigentes ao teor de oxigênio dissolvido Ar atmosférico − O2 penetra na superfície líquida dependendo da intensidade do vento; − Difusão do ar atmosférico será maior quanto mais intenso for o vento; − Posicionar o maior comprimento do viveiro na direção dos ventos; − Usar aeradores. Fotossíntese Dia As algas fabricam oxigênio, havendo quantidades de gás suficiente para a respiração de todos os peixes. Noite As algas não produzem oxigênio, mas consomem, juntamente com os outros seres vivos. − Quando os peixes procuram a superfície nas primeiras horas da manhã, é sinal de que a água do viveiro está com pouco oxigênio dissolvido; − Neste caso, deve-se deixar o fluxo de água durante a noite para garantir a areação da água de todo o viveiro. Como medir? • Oxímetro • Kit colorimétrico Tabela do Oxigênio Dissolvido Níveis de Oxigênio que a água deve conter para a sobrevivência dos peixes. Como saber se vai faltar oxigênio à noite? Queda de 02/ hora = oxigênio medida 1 – oxigênio medida Tempo até o limite crítico = Medida 2 − limite crítico Queda por hora Horário do limite crítico = Horário da medida 2 + tempo até o limite crítico – 24 Exemplo: Calcule a queda na concentração de O2 AMÔNIA (NITROGÊNIO AMONICAL) Proveniente da decomposição da matéria orgânica, ração, excrementos; Gás extremamentesolúvel que ocorre de 2 formas: • Amônia não ionizada (NH3) • Íon amônio (NH4) Tóxico e deve ser medido com frequência; Causa grande mortalidade em viveiros; Problemas de toxidez de amônia são comuns em cultivos de alta densidade – altas taxas de excreção e alto fornecimento de ração. Como medir? • Kit colorimétrico • Medidor multiparâmetro NITRATO Um dos elementos que constituem as proteínas – nitrogênio; Quando se apresenta em forma de nitratos, estes são facilmente assimilados pelas plantas, tanto terrestres como aquáticas; Importantes para o desenvolvimento do fitoplâncton. FOSFATO Elemento indispensável à formação de proteínas de animais e vegetais; Fitoplâncton absorve intensamente o fósforo apresentado em forma de Fosfato que se encontra dissolvido na água. Adubação Prática que visa aumentar a produtividade natural dos viveiros. Os nutrientes mais importantes na adubação dos tanques são Nitrogênio (N), Fósforo (P) e Carbono (C). Calcule a queda na concentração de oxigênio em uma hora 1 - 18h ━ 8 mg/L 2 - 21 h ━ 6 mg/L 8 - 6 = 2 mg 2 mg ━ 3h X ━ 1h 3x = 2 ⇨ 0,65 mg/h Tc = 6 − 2 0,65 ≈ 6h M2 = 6h e a Tc é até 3:00h O tipo de fertilizante, a dose e o intervalo de aplicação irão depender do tipo de solo, do clima e da necessidade da rapidez da resposta. Adubação Orgânica TIPO DE ESTERCO DOSAGEM Aves 1.000kg/ha Bovinos / Caprinos 3.000 e 5.000 kg/ha Adubação Química TIPO PRODUTO QUANTIDADE em g/m² Química Nitrogenada Ureia 6,5 Química Fosfatada Superfosfato simples 7,5 Química Fosfatada Superfosfato triplo 2,5 Química Nitrogenada Sulfato de amônia 13 Métodos de aplicação: • Fundo de tanque: decorridos 7 dias de calagem, é feita a adubação, espalhando- se o adubo no fundo do viveiro e enchendo até 40 cm de água. Esperar 3 a 5 dias (água bem verde) e encher até o final. Esperar por 2 dias para realizar o povoamento. • Corpos d’água: o adubo orgânico deve ser espalhado por todo o viveiro. No caso do adubo químico, dissolver o fertilizante (1/10) e deixar descansar por 1 a 2 horas, aplicando uniformemente na superfície. Medidas de controle imediatas ✓ Trocar a água imediatamente; ✓ Suspender a ração; ✓ Fazer uso de aeradores. Cuidados para evitar a proliferação de algas Construir viveiros com profundidade mínima de 80 cm na parte mais rasa; Fazer renovação da água para manter a transparência entre 30-50 cm; Fertilizar o viveiro com a dosagem correta; Colocar telas de proteção na entrada da água no viveiro para evitar o acesso de algas e plantas. PARÂMETRO UNIDADE VALORES RECOMENDADOS Temperatura °C 25 a 28 Turbidez g/m² 200 a 500 Cor Visual Esverdeada Visibilidade cm 30 a 40 Alcalinidade mg/L 20 a 300 Dureza mg/L 55 a 200 pH - 6,5 a 8,3 Oxigênio mg/L 4 a 8 Amônia mg/L < 0,6 Controle da Qualidade da Água Desempenho: crescimento e conversão alimentar; Bem estar: saúde e resistência à doenças; Condições menos favoráveis aos patógenos; Maior tolerância ao manuseio e transporte; Maior sobrevivência; Otimização da produtividade; Minimiza os custos de produção.
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