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hipertensão arterial sistemica fisiopatologia da h.a Doença crônica não transmissível definida por níveis pressóricos. Trata-se de uma condição multifatorial, caracterizada por elevação persistente da pressão arterial (PA), (PAS <= 140 mmHg e/ou PAD<= 90 mmHg) medida com a técnica correta, em pelo menos duas ocasiões diferentes, na ausência de medicação anti-hipertensiva. (olhar as técnicas na diretriz, importante pra semiologia e provas) A hipertensão arterial (HA) é geralmente assintomática, a doença evolui por muito tempo sem ser diagnosticada. Níveis tensionais acima de 140/90 mmHg representam hipertensão arterial – risco aumentado de lesões vasculares, cardíacas, renais e cerebrais. Sem controle ou tratamento, o estado hipertensivo atua por vários anos ou décadas e causa sobrecarga ao coração e aos vasos sanguíneos de vários órgãos, o que resulta em doenças de gravidade variada, muitas vezes letais. Medidas que reduzem os níveis tensionais (farmacológicas e outras) diminuem o risco dessas complicações. Os principais desafios impostos pela doença são a prevenção, o diagnóstico precoce e a adoção de medidas que possam controlar os níveis tensionais. Usualmente moléculas orgânicas chamadas vasoconstritoras ou vasodilatadoras, serão afetadas desequilibrando a tensão dos vasos sanguíneos, alterando a RVP (Resistência Vascular Periféricas), sendo assim, com o aumento da tensão dos vasos a irrigação tecidual, desencadeará danos teciduais e orgânicos pela baixa irrigação. classificação SÃO CONSIDERADOS HIPERTENSOS OS INDIVÍDUOS COM PAS ≥ 140 MMHG E/OU PAD ≥ 90 MMHG (reforça, reforça e reforça) quanto ao diagnóstico: • Normotensão verdadeira (NV): as medidas da PA no consultório e fora são normais objetivos: 1 – Compreender a fisiopatologia da HAS 2 – Compreender as classificações e os fatores de risco da HAS 3 – Estudar a regulação da HAS • Pré-hipertensos: PAS entre 130 e 139 e PAD entre 85 e 89 mmHg; • Hipertensão: o diagnóstico de HA é baseado em medições repetidas da PA em consultório em mais de uma consulta, exceto quando é HA estágio 3 e especialmente em pacientes de alto risco. Em cada consulta, três medidas da PA devem ser registradas, com 1 a 2 minutos de intervalo, e medidas adicionais devem ser realizadas se as duas primeiras leituras diferirem em > 10 mmHg. A PA do paciente é a média das duas últimas leituras da PA. • Hipertensão do Jaleco Branco – PA é elevada no consultório, mas é normal fora dele (aferidas pela MAPA ou MRPA); É mais comum nos pacientes com HA estágio 1; • Hipertensão Mascarada - a PA é normal no consultório, mas é elevada fora dele (MAPA ou MRPA). • Hipertensão Sistólica Isolada – PAS aumentada e PAD normal. A HSI e a pressão de pulso são importantes fatores de risco cardiovascular em pacientes de meia idade. quanto às causas HA PRIMÁRIA (ESSENCIAL) – representa a grande maioria dos casos (90 a 95%). Refere-se à presença clínica de hipertensão sem evidências de uma condição clínica causal específica. Tanto os fatores não modificáveis quanto aqueles relacionados ao estilo de vida são implicados, seja isolada ou coletivamente, como fatores de contribuição para o desenvolvimento da hipertensão primária HA SECUNDÁRIA - elevação da pressão arterial em consequência de outra condição patológica. Cocaína, anfetaminas e outras drogas ilícitas podem causar hipertensão significativa, assim como os agentes simpaticomiméticos (descongestionantes, anorexígenos), a eritropoetina e o alcaçuz. • hipertensão renovascular, a estenose da artéria renal causa diminuição do fluxo glomerular e da pressão na arteríola aferente. Isso induz a secreção de renina, que aumenta o tônus vascular e o volume sanguíneo através da via angiotensina-aldosterona; Como consequência da diminuição do fluxo sanguíneo renal observada com a doença renovascular, o rim afetado libera quantidades excessivas de renina, aumentando os níveis circulantes de angiotensina II. A angiotensina II, atua como um vasoconstritor para o aumento da RVP, e como um estímulo para o aumento dos níveis de aldosterona e da retenção de sódio pelo rim. Com o envolvimento da artéria renal de um dos rins, o rim não afetado fica sujeito aos efeitos deletérios da elevação da pressão arterial. Dois tipos principais: aterosclerose da artéria renal proximal e displasia fibromuscular, uma doença vascular não inflamatória que afeta as artérias renais e os vasos da sua ramificação. • Mutações afetando proteínas que influenciam a reabsorção de sódio: Por exemplo, a forma moderadamente grave de hipertensão sensível ao sal, chamada síndrome de Liddle, é causada por mutações tipo “ganho de função” numa proteína do canal epitelial de Na+ que aumenta a reabsorção tubular distal de sódio induzida pela aldosterona. • Distúrbios dos hormônios adrenocorticais: aumento dos níveis de hormônios adrenocorticais também pode ocasionar a hipertensão (retenção renal de sal e água induzida por hormônios). O hiperaldosteronismo primário (produção excessiva de aldosterona resultante de hiperplasia adrenocortical ou adenoma) e níveis excessivos de glicocorticoides (doença ou síndrome de Cushing) tendem a elevar a pressão arterial. Defeitos genéticos afetando enzimas envolvidas no metabolismo da aldosterona (p. ex., aldosterona sintase, 11β-hidroxilase, 17α-hidroxilase). Eles levam a um aumento na secreção de aldosterona, aumento da reabsorção de sal e água, expansão do volume plasmático e, finalmente, hipertensão. O hiperaldosteronismo primário é uma das causas mais comuns de hipertensão secundária; • Feocromocitoma: tumor do tecido cromafínico, o qual contém células nervosas simpáticas e liberam catecolaminas. O tumor está mais comumente localizado na medula da suprarrenal, mas pode surgir em outros locais, como os gânglios simpáticos, onde existe tecido cromafínico. • Coarctação da aorta: condição congênita envolvendo um estreitamento na área do arco aórtico. O estreitamento aórtico aumenta a resistência ao fluxo sanguíneo e isso eleva a pressão no ventrículo esquerdo, em uma tentativa de superar a resistência. Como as artérias subclávias tipicamente têm origem acima do ponto de estreitamento, o resultado é o desenvolvimento de hipertensão nos membros superiores e uma pressão arterial normal ou baixa nos membros inferiores. • Anticoncepcionais orais – causa comum de hipertensão secundária em mulheres jovens. Há indícios de que a causa provável seja a expansão do volume, uma vez que tanto os estrogênios quanto as progesteronas sintéticas contidas nas pílulas anticoncepcionais orais causam retenção de sódio. DECORA ESSA TABELA, MEO FIIII! fatores de risco não modificáveis • Genética e etnia • Idade: resultante do enrijecimento progressivo e da perda de complacência das grandes artérias. Em torno de 65% dos indivíduos acima dos 60 anos apresentam HÁ. Além de que, a capacidade renal de excreção do sódio diminui com a idade, e a retenção de sódio também contribui para a hipertensão. • Sexo – Em faixas etárias mais jovens, a PA é mais elevada entre homens, mas a elevação pressórica por década se apresenta maior nas mulheres. Assim, na sexta década de vida, a PA entre as mulheres costuma ser mais elevada e a prevalência de HA, maior. modificáveis • Sobrepeso/Obesidade: comumente associado à hipertensão. O padrão de distribuição da gordura foi sugerido como um possível indicador do risco de hipertensão. A proporção cintura-quadril é comumente utilizada para diferenciar entre obesidade central ou na parte superior do corpo (em que as células adiposas estão localizadas no abdome e nas vísceras) e obesidade periférica ou na parte inferior do corpo (com depósitos de células adiposas nas nádegas e pernas). Estudos observaram uma associação entre a hipertensão e o aumento da proporção cintura-quadril (i.e., obesidade central), até mesmo quando o índice de massa corporal e a espessura das dobras cutâneas são levados em consideração. A gordura abdominal ou visceral aparenta causar mais resistência à insulina, intolerância à glicose, dislipidemia, hipertensão e doença renal crônica do que a gordura subcutânea. Evidências recentes indicam que a leptina, um hormônio derivado dos adipócitos, pode representar uma ligação entre a adiposidade e o aumento da atividade simpática cardiovascular. Além do seu efeito sobre o apetite e o metabolismo, a leptina atua sobre o hipotálamo e aumenta a pressão arterial por meio da ativação do SNS. Níveis altos de ácidos graxos livres circulantes em pessoas obesas aparentemente também participam na ativação do SNS. Pesquisas apoiam a ativação do sistema renina-angiotensina-aldosterona pelo angiotensinogênio derivado de adipócitos, bem como a capacidade do tecido adiposo de aumentar os níveis de aldosterona por meio da produção de fatores indutores da produção de aldosterona. • Dislipidemia – associado à concentração de lipídios no sangue e a aterosclerose. As placas ateroscleróticas no interior das artérias aumentam a resistência ao fluxo sanguíneo por esses vasos, o que contribui para a elevação da pressão arterial para superar o aumento da resistência. • Ingestão de Sódio e Potássio – Um traço fisiológico da sensibilidade ao sal no que se refere à regulação da pressão arterial parece estar distribuído normalmente em toda a população humana, com algumas pessoas demonstrando sensibilidade ao sal para o controle da pressão arterial, enquanto outras exibem resistência. Pesquisas indicam que as pessoas sensíveis ao sal podem apresentar comprometimento de diversos mecanismos fisiológicos da regulação da pressão arterial, incluindo o mecanismo da renina- angiotensina-aldosterona, mecanismos reguladores do SNS e diversos mecanismos químicos envolvendo o endotélio. Com o objetivo de manter a adequada eliminação renal do sal, ocorre adaptação do sistema de natriurese por pressão, de modo que a pressão arterial é elevada para manter níveis adequados de eliminação renal do sal. • Sedentarismo – Níveis mais altos de condicionamento físico e exercícios estão associados a pressões arteriais mais baixas e níveis séricos de lipídios mais favoráveis. • Álcool - consumo excessivo de álcool pode ser responsável por 10% dos casos de hipertensão na população. O etanol aumenta os níveis tensionais, possivelmente por estimulação simpática ou do sistema reninaangiotensina-aldosterona. • Fatores Socioeconômicos – menor escolaridade e condições de habitação inadequadas, além da baixa renda familiar. • Medicações e drogas – algumas medicações e drogas ilícitas têm potencial de promover elevação da PA ou dificultar seu controle. Entre eles, estão: os inibidores da monoaminaoxidase e os simpatomiméticos, como descongestionantes nasais (fenilefrina), antidepressivos tricíclicos (imipramina e outros), hormônios tireoidianos, contraceptivos orais, anti-inflamatórios não esteroides, carbexonolona e liquorice, glicocorticoides, ciclosporina, eritropoietina, drogas ilícitas (cocaína, cannabis sativa, anfetamina e 3,4- metilenodioximetanfetamina (MDMA). • Apneia Obstrutiva do Sono (AOS) – Acredita-se que o mecanismo causal envolva, em parte, a perturbação do sono, a qual interfere na “queda” circadiana noturna normal da pressão arterial. Essa “queda” noturna está associada a níveis de pressão arterial mais baixos. Interrupções repetitivas do sono e diminuição da duração ou da qualidade do sono estão associadas a uma menor “queda” noturna da pressão arterial. • Tabaco – O mecanismo causal pode envolver alterações inflamatórias relacionadas às toxinas químicas do tabaco que contribuem para o desenvolvimento da aterosclerose subclínica • Cafeína – é capaz de aumentar a resistência vascular periférica e a pressão arterial. • Resistência à insulina e anormalidades metabólicas regulação da h.a. A hipertensão é diagnosticada por meio de aferições sequenciais da pressão arterial indicando uma elevação consistente da pressão nos vasos arteriais sistêmicos. • O tratamento clínico da hipertensão primária enfoca a redução dos efeitos dos fatores modificáveis, por meio de alterações no estilo de vida e no comportamento, e da instituição de terapia medicamentosa. • O tratamento clínico da hipertensão secundária é direcionado à doença primária. Por se tratar de uma doença silenciosa, seu controle é fraco, o que dificulta a adesão aos cuidados. A prevenção continua a ser a melhor opção em termos de custo-benefício. Controle do Peso: A diminuição do peso promove a diminuição da PA tanto em indivíduos normotensos quanto em hipertensos. Dieta Saudável e Padrão Alimentar: Os padrões alimentares considerados saudáveis têm sido associados à redução da PA. A dieta DASH (Dietary Approaches to Stop Hypertension) foi capaz de reduzir a PA, sendo o efeito atribuído ao maior consumo de frutas, hortaliças, laticínios com baixo teor de gordura e cereais integrais, além de consumo moderado de oleaginosas e redução no consumo de gorduras, doces e bebidas com açúcar e carnes vermelhas. O efeito hipotensor decorre do padrão de dieta, mais do que de seus componentes individuais. A associação da dieta DASH com restrição de sódio resultou em redução na PA sistólica (PAS) de 11,5 mmHg nos indivíduos hipertensos e 7,1 mmHg nos normotensos, em comparação com a dieta com alto teor de sódio. Sódio: A restrição de sódio mostrou ter um efeito redutor da PA em muitos estudos. O efeito redutor na PA com a restrição de sódio é maior em negros, idosos, diabéticos, naqueles que apresentam síndrome metabólica (SM) e na DRC. Potássio: A suplementação de potássio constitui-se em uma alternativa segura, sem importantes efeitos adversos, com impacto modesto, mas significativo, na PA e pode ser recomendada para a prevenção do aparecimento da HA. Uma ingestão adequada de potássio, na ordem de 90 a 120 mEq/dia, pode acarretar uma diminuição de 5,3 mmHg na PAS e 3,1 mmHg na PAD. São alimentos ricos em potássio: damasco, abacate, melão, leite desnatado, iogurte desnatado, folhas verdes, peixes (linguado e atum), feijão, laranja, ervilha, ameixa, espinafre, tomate e uva- passa. Laticínios: Apesar de serem ricos em ácidos graxos saturados (na versão integral), podem conter constituintes com potencial efeito benéfico, como a proteína do soro do leite (whey protein), os fosfolipídios da membrana dos glóbulos de gordura, o cálcio, o magnésio, o potássio, os probióticos e as vitaminas K1 e K2. Perda de Peso: A perda ponderal reduz a PA, mesmo sem alcançar o peso corporal desejável. Em uma metanálise incluindo 25 estudos, a perda ponderal de 5,1 kg reduziu, em média, a PAS em 4,4 mmHg e a PAD em 3,6 mmHg. Para indivíduos com sobrepeso ou obesidade, a perda ponderal é uma recomendação essencial no tratamento da HA. A avaliação da adiposidade corporal não deve ser limitada à análise do índice de massa corporal (IMC), mas, sim, incluir parâmetros de adiposidade corporal central, como a circunferência da cintura (CC). Atividade Física: Uma metanálise com 93 artigos e 5.223 indivíduos indicou que o treinamento aeróbico, resistido dinâmico e resistido isométrico reduz a PAS/PAD em repouso em 3,5/2,5, 1,8/3,2 e 10,9/6,2 mmHg, respectivamente, em populações gerais. Todos os adultos devem ser aconselhados a praticar pelo menos 150 min/semana de atividades físicas moderadas ou 75 min/semana de vigorosas. Os exercícios aeróbicos (caminhada, corrida, ciclismo ou natação) podem ser praticados por 30 minutos em 5 a 7 dias por semana. A realização de exercícios resistidos em 2 a 3 dias por semana também pode ser recomendada. Para um benefício adicional, em adultos saudáveis, recomenda-se um aumento gradual da atividade física para 300 minutos por semana de intensidademoderada ou 150 minutos por semana de atividade física vigorosa, ou uma combinação equivalente de ambos, idealmente com exercício diário supervisionado. A atividade física (AF) refere-se a qualquer movimento corporal que aumente o gasto energético acima daquele em repouso, como locomoção e atividades laborais, domésticas e de lazer. A prática regular de AF diminui a incidência de HA. Além disso, os hipertensos que alcançam as recomendações de prática de AF para a saúde apresentam uma redução de 27 a 50% no risco de mortalidade, mas níveis menores também apresentam efeito benéfico. Respiração Lenta: A respiração lenta ou guiada requer redução da frequência respiratória para menos de 6 a 10 respirações/minuto durante 15-20 minutos/dia para promover a redução na PA casual. Uma metanálise recente, agregando seis trials de exercícios de respiração lenta voluntária em comparação com a respiração natural, detectou uma redução de 6,36 mmHg (IC95%: 10,32 a 2,39) na PAS e 6,39 mmHg (IC95%: 7,30 a 5,49) na PAD, em comparação aos controles. As evidências existentes demonstram que, a curto prazo, exercícios voluntários de respiração lenta podem reduzir a PAS e a PAD de pacientes com HA portadores de doença CV. Álcool: Em indivíduos que bebiam mais do que dois drinques por dia, a redução no consumo de bebidas alcoólicas associou-se à maior redução da PA, cerca de 5,5 mmHg (6,70 a 4,30) na PAS e 3,97 (4,70 a 3,25) na PAD. Essa redução foi mais pronunciada naqueles que bebiam seis drinques ou mais por dia e reduziram a ingestão em cerca de 50%. Fatores Psicossociais: O controle do estresse emocional, por diversas técnicas existentes, pode contribuir para a prevenção da HA. O treino desse controle resulta em: redução da reatividade CV e redução da PA e de sua variabilidade. Suplementos Alimentares: Os efeitos de redução da PA de suplementos alimentares são, em geral, discretos e heterogêneos.58-68 As substâncias cuja suplementação tem alguma evidência de discreta redução da PA são: vitamina C, peptídeos bioativos derivados de alimentos, alho, fibras dietéticas, linhaça, chocolate amargo (cacau), soja, nitratos orgânicos e ômega. As suplementações de magnésio, vitaminas combinadas, chá e coenzima Q10 não demonstraram redução significativa da PA. Tabagismo: O tabagismo persiste como um dos principais FRCV, e o consumo não apenas de cigarro, mas também de charuto, cigarrilha, cachimbo, narguilé e cigarro eletrônico, permanece particularmente elevado em alguns países e associado a risco CV aumentado. O tabagismo apresenta potencial considerável de causar dano, como aceleração de processos aterotrombóticos e elevação temporária da PA. O uso de tabaco eleva a PA cerca de 5 a 10 mmHg, em média. mas não há estudos mostrando o efeito benéfico da cessação do tabagismo sobre o controle da HA Espiritualidade: situações de R/E contribuem com uma modulação mais suave de situações da vida cotidiana e trazem benefícios no controle da PA. Tratamento Medicamentoso: A proteção cardiovascular (CV) consiste no objetivo primordial do tratamento anti-hipertensivo. A redução da pressão arterial (PA) é a primeira meta, com o objetivo maior de reduzir desfechos CV e mortalidade associados à hipertensão arterial (HA). A redução de PA sistólica de 10 mmHg e diastólica de 5 mmHg com fármacos se acompanha de diminuição significativa do risco relativo de desfechos maiores: 37% para acidente vascular encefálico (AVE), 22% para doença arterial coronariana (DAC), 46% para insuficiência cardíaca (IC), 20% para mortalidade CV e 12% para mortalidade total. Observa-se que os benefícios são maiores quanto maior o risco CV, mas ocorrem mesmo em pacientes com pequenas elevações da PA com risco CV baixo a moderado. Princípios Gerais do Tratamento Medicamentoso A maioria dos pacientes hipertensos necessitará de fármacos em adição às modificações do estilo de vida para alcançar a meta pressórica. As cinco principais classes de fármacos anti-hipertensivos – diuréticos (DIU), bloqueadores dos canais de cálcio (BCC), inibidores da enzima conversora de angiotensina (IECA), bloqueadores dos receptores da angiotensina II (BRA) e betabloqueadores (BB) demonstraram reduções significativas da PA comparadas com placebo, acompanhadas de diminuições consideráveis dos desfechos CV fatais e não fatais, benefício relacionado fundamentalmente com a redução da PA. referências Porth, Bogliolo, Robbins Barroso WKS, Rodrigues CIS, Bortolotto LA, Mota-Gomes MA, Brandão AA, Feitosa ADM et al. Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial – 2020. Arq Bras Cardiol. 2021; 116(3):516-658. doi: 10.36660/abc.20201238 Oliveira, Isabela Martins et al. Fatores associados à hipertensão não diagnosticada entre adultos mais velhos no Brasil - ELSI-Brasil. Ciência & Saúde Coletiva [online]. 2022, v. 27, n. 05 [Acessado 5 Agosto 2022] , pp. 2001- 2010. 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