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CARDIOLOGIA - 16 Infarto Agudo do Miocárdio

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Assistência e Patologias 
Cardiológicas 
Disciplina de Cardiologia 
FACULDADE SANTA MARCELINA 
MAYARA SUZANO DOS SANTOS 
TURMA XIV A 
7º Semestre – 2022.1 
CARDIOLOGIA Mayara Suzano dos Santos – T XIV A 
 7º Semestre – 2022.1 
2 
 
INFARTO AGUDO DO MIOCA RDIO (IAM) 
EPIDEMIOLOGIA ETIOLOGIA FATORES DE RISCO FISIOPATOLOGIA 
Principal causa de 
morte no Brasil e 
no mundo 
10% das 
internações 
7,06% dos óbitos 
Tipos: 
1. Obstrução aterosclerótica 
2. Por consumo (demanda > oferta) → 
taquiarritmia 
3. Morte súbita de origem coronariana 
4. Complicações de angioplastia 
a. Durante ou após 
b. Trombose de stent (agudo) 
c. Reestenose de stent (crônico) 
Não modificáveis: 
Idade > 50 anos 
Sexo masculino 
 
Modificáveis: 
HAS 
DM 
Dislipidemia 
Sedentarismo 
Obesidade 
Tabagismo 
Estresse 
Uso de COCs 
Etilismo 
Depressão 
IAMCSST: OBSTRUÇÃO COMPLETA 
▪ ECG: Quando ocorre lesão de determinada área do 
miocárdio, esta área ficará mais positiva em relação às 
áreas saudáveis (diferença de potencial) → a diferença de 
carga causa a formação de vetor em direção à lesão, por 
esta razão a derivação que realiza a leitura daquele local 
irá demonstrar supra de ST 
▪ Tipo 1: Aterosclerose → obstrução total de coronária → 
ausência de fluxo sanguíneo na região por ela irrigada → 
IAMCSST 
IAMSSST: OBSTRUÇÃO PARCIAL 
 
 
CARDIOLOGIA Mayara Suzano dos Santos – T XIV A 
 7º Semestre – 2022.1 
3 
 
INFARTO AGUDO DO MIOCA RDIO COM SUPRA DE ST (IAM) 
QUADRO CLÍNICO DIAGNÓSTICO TRATAMENTO 
Apresentação típica: 
▪ Dor torácica 
típica 
(retroesternal em 
aperto com 
irradiação dorsal, 
cervical ou MSE) 
ou atípica 
▪ Adrenérgicos → 
Náusea, vômitos, 
palidez, sudorese 
▪ Sensação de 
morte iminente 
▪ Mímica → mão 
fechada sobre o 
peito 
 
Equivalentes 
isquêmicos: idosos, 
mulheres, diabéticos 
e IC 
▪ Dor epigástrica 
▪ Síncope 
 
Complicações: 
▪ Dor persistente 
▪ Dispneia 
▪ Palpitações 
▪ Síncope 
ECG: primeira abordagem 
▪ IAMCSST, BRE ou BRD 
novo → fecha 
diagnóstico de IAM 
Supradesnivelamento 
de ST > 1 mm em 2 
derivações contíguas 
▪ IAMSSST → necessário 
dosar marcadores → 
se enzimas alteradas, 
fecha diagnóstico de 
IAM 
 
Exames complementares: 
▪ Imediato → ECG, 
marcadores de 
necrose, TP, TTPA, 
plaquetas, função 
renal, eletrólitos, 
glicemia capilar 
- Marcadores → 
troponina T (2-4h) 
ou I (4-6h) 
▪ Marcadores de 
necrose → dosagem 
seriada para avaliação 
e prognóstico, no caso 
de IAMCSST 
▪ Cateterismo 
 
Classificação Killip: 
I. Sem dispneia, B3 ou 
creptações 
II. Dispneia, creptações 
em base ou B3 
III. EAP 
IV. Choque cardiogênico 
Tempo porta (entrada do hospital): o pct que refere dor torácica é potencialmente grave e deve ser imediatamente conduzido 
ao leito de emergência, realizando em até 10 minutos um ECG e sendo avaliado pelo médico plantonista 
▪ Fechado diagnóstico de IAMCSST → reperfusão química ou mecânica imediata 
▪ Após 12h, a partir do início dos sintomas, ocorre a necrose irreversível do miocárdio 
Não farmacológico: 
▪ Conduta imediata → MOVE, coleta de exames laboratoriais 
▪ Angioplastia primária (reperfusão mecânica) → indicado principalmente após 3h do início dos sintomas ou IAM de alto 
risco (IC, Killip III ou IV) 
- Indicar procedimento dentro do tempo porta-balão < 60’ (aceita-se < 90’ ou < 120’ se transferência hospitalar) 
▪ Angioplastia de resgate (realizada caso pct não apresente critérios de sucesso de reperfusão) 
Farmacológico: 
▪ Reperfusão química → indicado para manifestações até 12h e IAMCSST → iniciar em até 30’ da chegada do pct ao 
hospital (tempo porta-agulha) 
- Tenecteplase (+ usado, dose única em bolus), Estreptoquinase (não repetir em intervalo de 5 dias a 10 anos) ou 
Alteplase 
- Contraindicação absoluta → AVCh, AVCi < 3 meses, neoplasia intracraniana, MAV central, TCE fechado ou trauma de 
face < 3 meses, hemorragia interna ativa (exceto menstruação), suspeita de dissecção de aorta 
- Contraindicação relativa → AVCi > 3 meses, gestação, antagonista de vit K, hemorragia recente < 2-4 semanas, RCP 
traumática e prolongada ou cx grande porte, HAS não controlada com PAS > 180 ou PAD > 110, punção não 
compressível, úlcera péptica ativa, exposição prévia a Estreptoquinase, choque cardiogênico 
- Critérios de sucesso (avaliação feita 90’ após) → melhora da dor, do supradesnivelamento de ST em pelo menos 50%, 
antecipação do pico de marcadores de necrose (pode ser avaliado apenas 12h após) ou arritmias de reperfusão 
▪ Protocolo MONA → deve ser iniciado após reperfusão 
- M – Morfina EV 2-8 mg (máxima 25 mg) → contraindicado em infarto de VD e hipotensão (realizar expansão volêmica 
até estabilização da PA) 
- O – Oxigênio → se apresentar cianose, desconforto respiratório, SpO2 < 90% ou congestão pulmonar 
- N – Nitrato → Isordil SL 5 mg ou Tridil EV (oferecer antes da Morfina) → contraindicado em IAM de VD, uso de Viagra 
nas últimas 24h, hipotensão (PAS < 90), FC < 50 ou > 100 bpm 
- A – AAS 160-325 mg VO MASTIGADO (↓ mortalidade) + manutenção 81-125 mg/dia por tempo indefinido 
- β-bloqueadores → Metoprolol VO iniciando após manejo inicial nas primeiras 24h da admissão ou após 24h, se IC; 
necessário estar estável, Killip I 
- H – Heparina não fracionada bolus 60 U/kg (máximo 4000 UI) + manutenção 12 UI/kg por 48h OU Enoxaparina 
bolus 0,5 mg/kg + manutenção se necessário SC 1 mg/kg 12/12h 
- C – Clopidogrel VO 300-600 mg (4-8 cp; mastigado, se fez Morfina) de ataque + manutenção 75 mg/dia por 1 ano 
▪ Após a fase aguda → AAS + Clopidroguel + Enoxaparina + beta + IECA/BRA + Estatina (Atorvastatina) 
Cirúrgico: 
▪ Revascularização do miocárdio 
CARDIOLOGIA Mayara Suzano dos Santos – T XIV A 
 7º Semestre – 2022.1 
4 
 
INFARTO AGUDO DO MIOCA RDIO SEM SUPRA DE ST (IAMSSST) 
QUADRO CLÍNICO DIAGNÓSTICO PREVENÇÃO TRATAMENTO 
Sinais e sintomas: 
▪ Dor precordial 
▪ Náuseas 
▪ Diaforese 
 
Complicações: 
▪ Dor persistente 
▪ Dispneia 
▪ Palpitações 
▪ Síncope 
Clínico: 
▪ Abordagem rápida e acertiva de 
pct com queixa de “dor no peito” 
 
Exames complementares: 
▪ ECG em 10’ → inversão de onda T 
(padrão de Welix = “teta de vaca”), 
onda Q patológica, 
infradesnivelamento de ST 
▪ Enzimas cardíacas seriadas → 
diferencia IAMSSST de angina 
instável 
▪ RX tórax (ainda na emergência) 
▪ Ecocardiograma (presença de 
sopro, alteração no RX, 
características clínicas 
Estratificação de risco: 
▪ Escala GRACE (risco) 
 
Baixo risco: encaminha após 12h para teste provocativo (ergométrico, 
cintilografia ou ecoestresse) 
▪ Testes negativos → alta da cardio 
▪ Teste positivo → cateterismo 
 
Moderado risco: antecedentes, angina de repouso, inversão de onda T 
e Q patológica 
▪ Encaminhar para cateterismo ou teste provocativo a depender da 
pontuação na estratificação 
 
Alto risco: Exame físico alterado caracteriza, dor precordial > 20’, 
idade > 75, ECG alterado e sem supra, TV sustentada 
▪ Internação 
▪ Encaminhar para cateterismo após 24h (muito alto risco) ou 48h 
MOVE + MONA 
▪ Baixo risco → MONA + Clopidogrel 
▪ Moderado → MONA + BHC 
▪ Alto → MONA + BHCG 
▪ Glicoproteína IIb Iia → Abiciximabe ou 
Tirofiban quando contraindicado 
Clopidogrel ou sinais de complicações 
tromboticas no cate 
▪ Tirofiban → pct de alto risco quando 
não usa Clopidogral 
 
Outros: 
▪ BCC → se contraindicado bbloq 
▪ IECA → risco intermediário a alto 
▪ BRA → se contraindicado IECA 
(angioedema ou tosse) 
▪ Estatinas → estabilização da placa com 
LDL < 50 
 
 
ANGINA DE PRINZMETAL (espasmos) 
Dor precordial isquêmica, desencadeada 
por espasmo coronariano 
Fator de risco: tabagismo 
Tratamento: nitrato e BCC 
CARDIOLOGIA Mayara Suzano dos Santos – T XIV A 
 7º Semestre – 2022.1 
5 
 
INFARTO AGUDO DO MIOCA RDIO (IAM) 
ELETROCARDIOGRAMA: 
 ECG NO IAM 
Fisiopatologia: 
 
 
 
 
 
O ponto J (encontro da onda S com segmento ST)facilita a identificação de desnivelamentos de ST 
▪ Supra de ST = IAM → desnivelamento de ST ≥ 1 mm acima da linha de base em 2 derivações contíguas 
- Mulher → V2 e V3 com SST ≥ 1,5 mm 
- Homem > 40 anos → V2 e V3 ≥ 2 mm 
- Homem < 40 anos → V2 e V3 ≥ 2,5 
- Supradesnivelamento 0,5 mm em V3r, V4r, V7 e V8 
- Supradesnivelamento isolado em AVR com infradesnivelamento em outras derivações 
▪ Infra de ST → desnivelamento de ST > 1 mm abaixo da linha de base 
Paredes: 
 Parede anterior: V1, V2 → obstrução de DA 
 Parede anterolateral: V1 a V6 
 Parede anterior extensa: V1 a V6, DI e AVL → obstrução de ACE 
 Parede inferior: DII, DIII e AVF → obstrução de ACD 
 Parede lateral alta: DI e AVL → obstrução de DA e ACE 
 Parede lateral baixa: V5 e V6 → obstrução de CX 
 Parede posterior: V7, V8 e V9 
 VD: V3r e V4r 
Variações de apresentação: 
 Fase hiperaguda: Onda T apiculada (diagnóstico diferencial com hipercalemia) 
 Fase aguda: Supra ST com convexidade para cima 
 Fase subaguda (12h): onda Q pronunciada, supra com convexidade para cima, onda T negativa 
 Fase crônica: onda Q patológica (crônica), desaparecimento do supra, onda T invertida 
 
ETIOLOGIA: IAM, pericardite, 
aneurisma VE, hipercalemia, 
embolia pulmonar, 
Takotsubo, repolarização 
precoce, BRE 
Quando ocorre lesão de determinada região do miocárdio, esta área ficará mais positiva em relação às áreas saudáveis (diferença de 
potencial) → a diferença de carga causa a formação de vetor em direção à lesão, por esta razão a derivação que realiza a leitura daquele 
local irá demonstrar supra de ST. 
Portanto, o supra de ST demonstra alteração direta da parede, que pode ser confirmado pelo infra de ST demonstra da parede contrária. 
Os protocolos mais atuais 
sugerem que o pct com dor 
torácica deve realizar ECG em 
até 10 minutos da chegada 
do paciente no hospital. 
Para diferenciar um IAMCSST 
de outras etiologias seria a 
observação de imagens em 
espelho (infra em derivação 
de parede contrária), 
concavidade do supra, onda Q 
patológica e/ou SST em 
parede bem delimitada. 
CRITÉRIOS DE SGARBOSA 
Critério para identificação de 
BRE associado a IAM 
✓ SST > 1 mm concordante 
com QRS 
✓ Infradesnivelamento ST > 
1 mm em V1, V2 ou V3 
✓ SST > 5 mm discordante 
com QRS 
Em casos de SST de parede 
inferior, é imprescindível 
realizar ECG nas derivações 
V3r e V4r para avaliar VD. 
CARDIOLOGIA Mayara Suzano dos Santos – T XIV A 
 7º Semestre – 2022.1 
6 
 
SCA
Angina instável
ECG e Troponina 
normal
IAMSSST
ECG norma e ↑ 
troponina
IAMCSST
ECG com SST e ↑ 
troponina
INFARTO AGUDO DO MIOCA RDIO (IAM) 
DETALHES IMPORTANTES: 
 
CARDIOLOGIA Mayara Suzano dos Santos – T XIV A 
 7º Semestre – 2022.1 
7 
 
INFARTO AGUDO DO MIOCA RDIO (IAM) 
DETALHES IMPORTANTES: 
 
COMPLICAÇÕES DO IAMCSST 
MECANICAS 
Ruptura da parede livre (+ grave): geralmente fatal (8-17% das mortes), podendo ocorrer nas 
primeiras 24h ou na 1ª semana 
CIV: relacionado a IAM de parede inferior 
Aneurisma de VE: 
▪ Tratar IC 
Insuficiência mitral aguda: 
▪ Fator de risco → idosos e mulher 
▪ Diagnóstico → ECO 
▪ Tratamento → clinico (estável) ou cirúrgico (choque, instabilidade) 
 
ELÉTRICAS 
Arritmias ventriculares (comum): a maioria não requer tto 
Arritmias supraventriculares: FA é a + prevalente 
Bradicardia: BAV 
CARDIOLOGIA Mayara Suzano dos Santos – T XIV A 
 7º Semestre – 2022.1 
8 
 
REFERÊNCIAS: 
 
 GOLDMAN, Lee. Goldman-Cecil Medicina. [Digite o Local da Editora]: Grupo GEN, 2018.

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