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DOENÇA INFECCIOSA NA GESTAÇÃO Infecções perinatais podem ser transmitidas da mãe ao feto. Podem levar a anomalias fetais severas ou perda fetal Vias de transmissão: Intraútero (via hematogênica transplacentária): Estado imunitário maternp, características do agente, idade gestacional de aquisição da infecção materna. Durante o parto: Transfusão materno-fetal; Ascensão de mo para a cavidade amniótica; aspiração do líquido amniótico contaminado; contato de pele e mucosas do RN com sangue e secreções genitais ou fezes maternas. Nas células da placenta pode haver defesas físicas; Citocinas aumentadas ativam a metalaproteinase de matriz para resposta pró inflamatória. Se há essa resposta adequada não haverá entrada de mo indesejados. Infecções congênitas TORCH TORCH é uma série de infeções que podem afetar o decurso da gravidez e provocar malformações fetais, caso a mãe as contraia pela primeira vez durante a gestação. Vacinação Infeccções perinatais Rubéola O vírus é RNA envelopado, disseminação por gotículas respiratórias. Antes da vacinação, 80% das mulheres eram infectadas antes da idade reprodutiva. Preconcepção => risco mínimo 0-12 semanas => 100% de risco do feto ser infectado congenitamente => anomalias severas. Aborto espontâneo ocorre em 20% dos casos 13-16 semanas => Surdez e retinopatia 15% Consequências Síndrome da rubéola congênita Malformações cardíacas Surdez neurossensorial Catarata Microcefalia Purpura Hepatomegalia Pneumonite Miocardite Restrição de crescimento intrauterino Tríade clássica consistindo de cataratas, defeitos cardíacos e surdez sensorineural. Muitas outras anomalias são descritas: temporárias, permanentes e desenvolvimentais. Temporárias: Baixo peso ao nascer, hepatosplenomegalia, púrpura trombocitopenica, lesões ósseas, meningoencefalite, hepatite, anemia hemolítica, pneumonia, linfadenopatia Permanentes: Surdez sensorineural, defeitos cardíacos (estenose pulmonar periférica, estenose valvular pulmonar, duto arterioso patente, defeito no se[to ventricular, defeitos oculares (retinopatia, cataratas, glaucoma, miopia severa); outros defeitos (microcefalia, defeitos da tireóide, anormalidades dermatoglípticas) Desenvolvimento: Surdez sensorineural, retardo mental, diabetes melito, patologias na tireóide Prevenção Triagem pré-natal · Todas gestantes devem ser testadas em seu estado imune para rubéola. · Mulheres não imunes devem receber vacina imediatamente após o parto ou terminação da gestação. · Não se recomenda vacinação durante a gestação pelo risco potencial do vírus causar problemas fetais. Diagnóstico de infecção aguda · Títulos crescentes de anticorpos (principalmente IgG) · Presença deIgM anti-rubéola (ELISA) · IgM anti-rubéola no bebê - infecção intrauterina Citomegalovírus Membro da família Herpesviridae (HHV-5), Infecção primária usualmente assintomática. Vírus se torna latente e é periodicamente reativado de células linfóides. Transmitido por saliva, leite materno, sexualmente e por sangue infectado. É a infecção congênita mais comum, afetando 0.3 a 1% de todos os nascimentos vivos. Em alguns países é a segunda causa mais comum de defeitos mentais; pode ser responsável por mais casos de danos congênitos que a rubéola. Pode ser transmitida ao feto em qualquer estágio da gestação; porém, o risco de danos ao concepto é maior quando a infecção materna se desenvolve no primeiro trimestre ou no início do segundo trimestre Consequências Microcefalia; surdez neurossensorial; calcificações intracranianas; purpura; icterícia; hepatoesplenomegalia; restrição de crescimento intrauterino. Diagnóstico Na gestante: análise do líquido amniótico (LA) => até 6–7 semanas após o início da infecção materna e após 21 semanas de gestação, pois o vírus se torna detectável somente após sete semanas de infecção fetal. Diagnóstico no recém nascido: Isolamento de CMV na urina ou outra amostra clínica até 3 semanas do nascimento ou isolamento de IgM anti-CMV no soro. Herpes simples O bebê é usualmente infectado perinatalmente através da passagem através do canal do parto. Um fator de risco reconhecido é a ruptura prematura de membranas Há um risco sensivelmente menor em infecções recorrentes na mãe, provavelmentre devido a uma menor quantidade de vírus nas lesões e a presença de anticorpos específicos. O bebê pode tambér infectar-se de outras fontes como lesões orais da mãe. O espectro da infecção neonatal por HSV variade infecção leve localizada a infecção disseminada fatal. Infecção é particularmente perigosa em prematuros. Quando ocorre disseminação, comumente envolvidos: fígado, adrenais e cérebro. Quando o cérebro é envolvido, o prognóstico é particularmente grave. A encefalite é de tal severidade que o tecido cerebral pode ser necrosado Uma grande proporção de sobreviventes de encefalite apresentam sequelas. O único meio de prevenção é oferecer cesareana em casos onde há lesões no canal do parto. Acyclovir deve ser administrado prontamente em todos os casos suspeitos. Consequências Vesículas cutâneas; escoriações na pele; meningoencefalite; ceratoconjuntivite; microcefalia; sepse e insuficiência hepática. Toxoplasmose Disseminação via placentária- hematogênica Consequências Hidrocefalia; calcificações intracranianas e lesões na retina. Sífilis Gera lesões palmo-plantares; meningoencefalite; lesões ósseas; secreção nasal purulenta e hepatoesplenomegalia Vírus Zika Consequências Microcefalia; alterações em membros; alterações oculares; hepatoesplenomegalia. A longo prazo= atraso de desenvolvimento neuromotor; deficiência visual e auditiva; sequelas neurológicas crises convulsivas e paralisia cerebral. Listeria monocytogenes A Listeria monocytogenes (alimentos contaminados) causador em gestantes de abortamento séptico possui uma molécula em sua superfície chamada internalina que em contato com caderina de células epiteliais atravessa o epitélio e entra na corrente sanguínea. Dissemina no baço e fígado onde internaliza em macrófagos. O IFN-γ secretado por TH1 estimula a ativação de macrófagos necessários para a eliminação final de Listeria intracelular. SARS CoV-2 Transmissão vertical Proteínas E e S foram detectadas no líquido amniótico. Dibe B. Ayoub
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