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Davy lima Colheita, conservação e mercado da Banana. Introdução: • Família Musaceae; • Originou-se no continente asiático; • Afruta mais consumida no Brasil. • O fruto Constitui importante alimento, pois contém vitaminas (A, B e C), minerais, carboidratos, proteínas, gordura, tem baixo teor calórico e compostos antioxidantes. • A bananicultura nacional ainda padece de sérios problemas nas fases de produção e pós-colheita. Somente na fase de pós-colheita, as perdas podem chegar a 40% da produção. • torna-se necessário que o Brasil avance, pois dispõe de um acervo de tecnologias e conhecimentos capaz de dar suporte a um salto qualitativo na produção de banana, passando a competir em qualidade com outros países exportadores. • A colheita é uma das operações mais importantes do cultivo da banana. colheita • Desbastar os filhos; • Eliminar o coração; • Eliminar a falsa e a ultima penca; • Ensacar o cacho. Quando colher: • No caso das cultivares Prata e Maçã, um dos principais indicadores de que os frutos atingiram o pleno desenvolvimento fisiológico é o desaparecimento das quinas ou angulosidades da sua superfície • Esse indicador não é válido para as cultivares Terra, Figo- cinza, Figo-vermelho ou Marmelo, uma vez que quando maduros, as angulosidades permanecem salientes. • Algumas pesquisas indicam, ainda, que o grau ótimo de corte é o estado de maturação fisiológica da fruta que permite um máximo de aproveitamento do cacho. • Segundo Soto Ballestero,1992, os critérios de medição do grau de corte fundamentam-se no seguinte: 1. O grau fisiológico de maturidade do fruto ( destina-se ao mercado interno e pode ocasionar em perdas na colheita por corte antecipado ou maturação avançada). 2. Diâmetro do fruto por idade (correlação linear evidente entre o diâmetro do fruto do dedo central da segunda penca e o grau de corte). Como colher: • Nas cultivares de porte médio-alto e alto a colheita deve ser efetuada por dois operários; • Nas cultivares de porte baixo a médio a colheita é de execução mais fácil, podendo ficar a cargo de um único operário. • Após a colheita os frutos devem apresentar boa coloração (clara)e ausência de danos para diminuir ao máximo as perdas no período pós- colheita. Transporte: Para manter esse aspecto devem-se utilizar métodos para de diminuir o atrito no transporte dos frutos: • Cabo aéreo • Carreta cegonha Procedimentos pós-colheita: • Seleção inicial de cachos e pencas, para a eliminação de frutos sem qualidade (queimados pelo sol, atacados por pragas e etc.). • Despencamento dos cachos e lavagem. • Classificação (separam-se frutas maiores das menores comforme a comercialização). • Confecção de buquês para facilitar a acomodação no momento da embalagem e comercialização Embalagem: • Para exportação usa-se caixas de papelão; • As caixas para embalar banana devem ser de madeira leve e com seção retangular, usando-se em geral o pinho na sua confecção. • Por ser uma fruta de padrão respiratório climatérico, a banana pode ser colhida antes do completo amadurecimento. O etileno é o fito hormônio responsável pelo aumento das taxas respiratórias, assim, pode-se aumentar a vida útil do fruto ao se reduzir as taxas de respiração e de produção de etileno endógeno e absorção de etileno exógeno. Conservação dos frutos: • Amarelecimento devido a degradação da clorofila. • Hidrólise do amido e acúmulo de açúcares solúveis. Armazenamento refrigerado • A temperatura de armazenamento é o fator ambiental mais importante no prolongamento da vida útil do fruto, já que regula as taxas de todos os processos fisiológicos, otimizando o tempo para comercialização. • TMS entre 10ºC e 14ºC; • Danos causados pelo frio (chilling) • caracteriza-se por escurecimento da polpa e da casca, coloração pálida e não-amadurecimento e cheiro e odor não característicos. Atmosfera controlada: • A atmosfera é composta de 78% de nitrogênio, 21% de oxigênio, 0,03% de CO2 e outros gases. A modificação dessa composição, com redução do oxigênio e e aumento do CO2, aumentará a vida útil de armazenamento. • Essas modificações podem ser ou não associadas à refrigeração. Em atmosfera controlada com 7 a 10% de CO2 e 1,5 a 2,5% de oxigênio, as bananas podem ser conservadas por até 4 messes a 20ºC. Maturação controlada – climatização: • A faixa ótima de temperatura do ar para climatização é de 13ºC a 23º C. A temperatura afeta a velocidade de maturação, permitindo a obtenção de frutos em variados graus de maturação dentro de um esquema pré- estabelecido. • Temperaturas superiores a 18ºC aceleram o ritmo de maturação reduzindo a vida útil e temperaturas abaixo de 13º causam danos pelo frio. • A comercialização é um processo tão importante quanto a produção, essencial na determinação da margem de lucratividade do produtor. A diferença entre auferir lucro ou prejuízo muitas vezes reside na forma de comercializar o produto. Mercado: Mercado doméstico: • Consumo per capita estimado em 20kg /hab./ano. • A bananicultura nacional, embora expressiva em volume, ainda precisa superar uma fase de baixa eficiência na produção e comercialização, pois apresenta problemas como: • Elevadas perdas na etapa de pós-colheita; • Condições desfavoráveis de transporte; • Grande número de atravessadores; • Baixa qualidade da fruta. • A criação das Ceasas (Centrais de Abastecimento) pelo governo federal, a partir da década de 70, objetivando melhorar a estrutura de comercialização de produtos hortifrutigranjeiros no país e diminuir o número de intermediários não teve sucesso, pois vêm desempenhando ao longo dos anos apenas uma função centralizadora de distribuição da produção, com pouca ênfase na viabilização da participação do produtor no processo de comercialização. Mercado externo: • O Brasil é o terceiro produtor mundial de banana, porém, o país tem exportado apenas 1,5% do que consegue produzir. • O Pacto Andino, que estabelece taxação zero na comercialização entre os países participantes (Argentina, Uruguai e Equador) é um componente de competitividade. • Outras regiões do Brasil poderiam ser incorporadas como zonas de exportação. Ex.: Nordeste. • O Brasil poderia traçar uma estratégia de produção e comercialização com o propósito de minimizar os custos de transporte. • A banana produzida no Sul e no Sudeste teria como destino os mercados de países vizinhos e a banana produzida nas regiões Norte e Nordeste seguiria para os países do Hemisfério Norte. Referências: • MEDINA, V.M.; ALVES, E.J. Colheita e pós-colheita. IN: CORDEIRO, Z.J.M. (org.) Banana produção. Brasília – DF: Embrapa Comunicação para Transferência de Tecnologia, 2000. • ALMEIDA, C.O.; SOUZA, J.S. Comercialização. IN: CORDEIRO, Z.J.M.(org.) Banana produção. Brasília – DF: Embrapa Comunicação para Transferência de Tecnologia, 2000. • BOTREL, N. et al. Procedimentos pós-colheita. IN: MATSSURA, F.C.A.U.; FOLEGATTI, M.I.S. (org.) Banana Pós-colheita. Brasília – DF: Embrapa informação Tecnológica, 2001. • LICHTEMBERG, L.A. et al.. Transporte interno dos cachos de banana. IN: MATSSURA, F.C.A.U.; FOLEGATTI, M.I.S. (org.) Banana Pós-colheita. Brasília – DF: Embrapa informação Tecnológica, 2001. • LIMA, M.B. Manejo do Cacho da Bananeira. Numero 52. Cruz das almas, BA: banana em foco, 2004. • ALVES, É.J. et al. Tratos culturais e colheita. IN: BORGES, A.L.; SOUZA, L.S. (edit.) O cultivo da bananeira. Cruz das almas: Embrapa mandioca e fruticultura, 2004. • MEDINA, V.M.; PEREIRA, M.E.C. Pós-colheita. IN: BORGES, A.L.; SOUZA, L.S. (edit.)O cultivo da bananeira. Cruz das almas: Embrapa mandioca e fruticultura, 2004.
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