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CARACTERISTICAS FÍSICO- QUÍMICAS DA CONSERVAÇÃO DE MARACUJÁ COLETADO NO CENTRO DE ABASTECIMENTO DE BARREIRAS-BA UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA - UNEB DCH - Departamento de Ciências Humanas Colegiado de Engenharia Agronômica DISCENTES: Felipe Leite Silva Hyanka Walleska José Lucas Souza Santos Luciana Lima de Sene Corado DOCENTE: DSc. Reginaldo Cerqueira DISCIPLINA: Manejo Pós-colheita OBJETIVO O objetivo deste trabalho foi avaliar a qualidade pós- colheita do maracujá através de análises de parâmetros físico- químicos em temperatura controlada e ambiente. INTRODUÇÃO • Planta de clima tropical com ampla distribuição; • A cultura do maracujá está em franca expansão; • O Brasil é o primeiro produtor mundial de maracujá; • As características externas devem atender a certos padrões; • As característica físico-química e químicas variam de acordo com a variedade, estádio de maturação e as condições edafo-climáticas do local. REVISÃO DE LITERATURA CARACTERIZAÇÃO DO FRUTO • Maracujá pertence à família Passifloraceae; • Planta perene, de crescimento contínuo, podendo atingir de cinco a dez metros de comprimento; • O sistema radicular é do tipo pivotante, pouco profundo; • O caule é lenhoso na base e herbáceo no ápice ; • As flores formadas nas axilas das folhas são hermafroditas; • O fruto é uma baga de forma oval; • A casca coreácea e quebradiça é coberta por uma fina camada de cera. ORIGEM Dados da Embrapa mostram que a produção brasileira em 2010 foi de 920 mil toneladas. A produtividademédia brasileira é estimada em 14 toneladas de hectare por ano. PRODUÇÃO BRASILEIRA POR REGIÃO MAIORES PRODUTORES MATERIAIS E MÉTODOS • Neste trabalho, foram utilizados frutos de maracujazeiro amarelo (Passiflora edulis), obtidos em lavoura localizada no município de Barreiras-BA. • A colheita dos frutos iniciou-se antes do momento em que se observaram as primeiras mudanças de cor da casca de verde para amarela. • Para a análise dos estádios de maturação dos frutos foi utilizado o delineamento inteiramente casualizado (DIC), em arranjo fatorial (3 x 2). EQUIPAMENTOS UTILIZADOS ÁCIDEZ TITULÁVEL • Bureta; • Pipeta volumétrica; • Béquer; • Pêra de sucção; • Fenolftaleína; • Solução padronizada de NaOH; • 10mL de suco de maracujá. SST (BRIX) • Refratômetro digital; • Papel toalha; • Água destilada; • Suco concentrado de maracujá. METODOLOGIA Inicialmente, foram feitas as seguintes medidas: massa do fruto (g), utilizando-se balança semi-analítica. A polpa bruta foi pesada e os resultados de rendimento da polpa foram calculados dividindo-se a massa do suco pela massa total do fruto. Os frutos foram Lavados em água corrente, retirando o pedúnculo e secos com papel toalha. A unidade experimental será constituída por 2 frutos de maracujá. O suco extraído por um espremedor manual e o conteúdo de sólidos solúveis totais (o Brix) foi medido com um refratômetro digital. A acidez titulável foi medida em 10mL de suco diluída em 10 mL de água destilada utilizando-se NaOH 0,1N, expresso em g ácido cítrico 100 mL-1. METODOLOGIA ANALISE ESTATÍSTICA Os dados coletados foram aos 9 dias foram submetidas à análise de variância e comparação de médias pelo teste de Scott- Knott a 5% de significância O rendimento de polpa foi calculada pela fórmula: Massa da polpa/massa do fruto. A acidez titulável foi calculada pela formula: AT= volume de NaOH gasto x N x 100 ÷ g ou ml da amostra x 1000 CARACTERIZAÇÃO DO ESTUDO • Foram analisados neste trabalho a perda de peso do fruto, rendimento de polpa e aspectos químicos (brix, acidez) durante o armazenamento, em duas condições: ambiente e refrigerado. • Os tratamentos foram armazenados em temperatura ambiente que variou de 25 a 35 °C e repetido em ambiente refrigerado de 8 a 10°C. RESULTADOS E DISCUSSÕES PERDA DE PESO Trat/Arm Filme Gelatina Controle Ambiente 23,34 a B 66,14 a A 82,93 a A Refrigerado 33,94 a A 22,44 b A 21,85 b A CVC%: 22,47 *Médias seguidas por letras iguais na coluna (minúscula) e maiuscula (linha) não diferem entre si pelo Teste de Scott & Knott (1974) ao nível de 5% de probabilidade. Tabela 1. Perda de peso de frutos de maracujá submetidos a relação tremperatura /armazenamento • A perda de peso do fruto foi maior quando submetido ao armazenamento controle (sem nada) e com gelatina. • Quanto aos tipos de armazenamento os frutos armazenados em filme não diferiram nas temperaturas ambiente e refrigerado. • Para a gelatina e o controle os frutos perderam mais peso em temperatura ambiente. • A refrigeração é um dos meios mais eficazes de reduzir os processos metabólicos em frutos e, geralmente, é utilizada associada às técnicas tais como atmosfera controlada (Seymour et al., 1987) atmosfera modificada por embalagens plásticas (Tan et al., 1990) e absorvedores de etileno (SATYAN et al., 1992). RENDIMENTO DE POLPA Trat/Arm Filme Gelatina Controle Ambiente 36 a A 49 a A 47 a A Refrigerado 27 a A 39 a A 35 a A CVC%:15.93 *Médias seguidas por letras iguais na coluna (minúscula) e maiuscula (linha) não diferem entre si pelo Teste de Scott & Knott (1974) ao nível de 5% de probabilidade. Tabela 2. Rendimento de frutos de maracujá submetidos a relação temperatura /armazenamento • Houve diferença quando analisado o tratamento individualmente. Tratamento Ambiente 44,00 a Refrigerado 33,83 b CVC%: 15.93 *Médias seguidas por letras iguais na coluna (minúscula) e maiuscula (linha) não diferem entre si pelo Teste de Scott & Knott (1974) ao nível de 5% de probabilidade. Tabela 3. Rendimento de frutos de maracujá analisado individualmente quanto aos tratamentos utilizados • De acordo com a análise individual para o rendimento de poupa houve diferença significativa quando armazenado em temperatura ambiente. SÓLIDOS SOLÚVEIS Trat/Arm Filme Gelatina Controle Ambiente 11,8 a A 10,55 a A 10,55 a A Refrigerado 12,7 a A 11,35 a A 11,60 a A CVC%: 11,87 *Médias seguidas por letras iguais na coluna (minúscula) e maiuscula (linha) não diferem entre si pelo Teste de Scott & Knott (1974) ao nível de 5% de probabilidade. Tabela 4. Conteúdo de sólidos solúveis de frutos de maracujá submetidos a relação temperatura /armazenamento • Não houve diferença significativa na relação temperatura-armazenamento, e quando analisado o tratamento e o armazenamento individualmente também não houve significância. • Levando em conta o que é reportado por Meletti et al., 2000, isto é, 13° Brix é o mínimo exigido pela indústria. • Já Nagato et al., 2003, colocam que, para a indústria, os sólidos solúveis devem estar entre 11,4 e 15,3 °Brix. Levando em conta esta última referência o tratamento realizado com filme em ambas as temperaturas estariam aptos aos comercio aos 9 dias de armazenamento. ACIDEZ TITULÁVEL Trat./Arm. Filme Gelatina Controle Ambiente 1,84 a A 3,16 a A 2,35 a A Refrigerado 2,89 a A 4,28 a A 3,07 a A CVC%: 11,87 *Médias seguidas por letras iguais na coluna (minúscula) e maiuscula (linha) não diferem entre si pelo Teste de Scott & Knott (1974) ao nível de 5% de probabilidade. • Houve diferença quando analisado o tratamento e o armazenamento individualmente. Tabela 5. Porcentagem de acido cítrico de frutos de maracujá submetidos a relação temperatura /armazenamento Tratamento Ambiente 2,4483 b Refrigerado 3,4083 a CVC%: 17,77 Tratamento Filme 2,36 b Gelatina 3,72 a Controle 2,71 b CVC%: 17,77 Tabela 6. % de acidocítrico de frutos de maracujá analisado individualmente quanto aos tratamentos utilizados Tabela 7. % de acido cítrico de frutos de maracujá analisado individualmente quanto aos tratamentos utilizados • O tratamento em ambiente refrigerado teve maior porcentagem de ácido cítrico. • O tratamento com aplicação de gelatina teve maior média de % de ácido cítrico dentre os tipos de armazenamento analisados. • Sendo que os maracujás- amarelos demandados pelo mercado “in natura” e para fins industriais devem apresentar acidez titulável entre 3,2 % e 4,5 %, conforme relatado por Costa et al., 2001. RELAÇÃO AT/SS Trat./Arm. Filme Gelatina Controle Ambiente 6,51 a A 3,36 a A 4,56 a A Refrigerado 4,56 a A 2,67 a A 3,81 a A CVC%: 16,17 Tabela 8. A relação AT/SS de frutos de maracujá submetidos a relação temperatura /armazenamento. • Houve diferença quando analisado o tratamento e o armazenamento individualmente. *Médias seguidas por letras iguais na coluna (minúscula) e maiuscula (linha) não diferem entre si pelo Teste de Scott & Knott (1974) ao nível de 5% de probabilidade. • A relação SS/AT é considerada uma das formas mais práticas de se avaliar o sabor dos frutos (AGUIAR et al., 2015). Em seu trabalho os valores variaram entre de 2,95 a 4,00. • Gamarra Rojas e Medina (1996) afirmam que durante o amadurecimento, a relação SS/AT tende a aumentar, principalmente devido à diminuição da acidez. Tratamento Ambiente 4,81 b Refrigerado 3,68 a CVC%: 16,17 Tratamento Filme 5,53 a Gelatina 3,01 b Controle 4,18 a CVC%: 16,17 Tabela 9. A relação AT/SS de frutos de maracujá analisado individualmente quanto aos tratamentos utilizados Tabela 10. A relação AT/SS de frutos de maracujá analisado individualmente quanto aos tratamentos utilizados • O tratamento em ambiente refrigerado teve maior valor quanto a relação AT/SS . • O tratamento com aplicação de gelatina teve diferença significativa e menor média da relação AT/SS dentre os tipos de armazenamento analisados. CONCLUSÃO 1. Armazenamento controle (sem nada) e com gelatina não diferiram quanto a perda de peso; 2. Os frutos armazenados com filme não diferiram nas temperaturas ambiente e refrigerado ficando com valores baixos em ambas. 3. O Rendimento da poupa foi maior quando armazenado em temperatura ambiente; 4. Os frutos em ambiente refrigerado tiveram maior porcentagem de ácido cítrico; 5. Os frutos com aplicação de gelatina tiveram maior média de % de ácido cítrico CONCLUSÃO 6. Os tratamentos em ambiente refrigerado obtiveram maior valor quanto a relação AT/SS devido a maior acidez. OBRIGADO!
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