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SUSPENSÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO

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SUSPENSÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO
André Rodrigues[2: Professor do Curso de Direito da Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões URI, Câmpus de Frederico Westphalen, RS]
Cristiane Tonello[3: Acadêmica do Curso de Direito da Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões URI, Câmpus de Frederico Westphalen, RS.]
INTRODUÇÃO
O Código Tributário brasileiro enumera em seu art. 151 os seguintes casos de suspensão da exigibilidade do crédito tributário:
I – Moratória;
II – Depósito do montante integral;
III – Reclamações e recursos administrativos;
IV – Concessão de liminar em mandado de segurança ou em cautelar;
V – Concessão de tutela antecipada em outras ações;
VI – Parcelamento.
Através do presente, estudaremos o parcelamento enquanto caso de suspensão da exigibilidade do crédito tributário.
 PARCELAMENTO
O parcelamento é um instituto utilizado pelo contribuinte de forma que este possa pagar seus tributos de forma parcelada e por se tratar de causa de suspensão da exigibilidade, o contribuinte que aderir a uma espécie de parcelamento, em caso de inadimplência, poderá conseguir uma Certidão Positiva de Débitos com efeitos de Negativa.
Há uma semelhança entre o parcelamento e a moratória, devido ao fato dos pagamentos se darem após o vencimento dos créditos tributários, em geral de forma mensal durante longo período de tempo.
O instituto do parcelamento encontra-se regulamentado no art. 155 -A do CTN, com sua redação dada pela LC n.º 104/2001. [4: Art. 155-A. O parcelamento será concedido na forma e condição estabelecidas em lei específica. § 1o Salvo disposição de lei em contrário, o parcelamento do crédito tributário não exclui a incidência de juros e multas. § 2o Aplicam-se, subsidiariamente, ao parcelamento as disposições desta Lei, relativas à moratória. § 3o Lei específica disporá sobre as condições de parcelamento dos créditos tributários do devedor em recuperação judicial. § 4o A inexistência da lei específica a que se refere o § 3o deste artigo importa na aplicação das leis gerais de parcelamento do ente da Federação ao devedor em recuperação judicial, não podendo, neste caso, ser o prazo de parcelamento inferior ao concedido pela lei federal específica.]
Existem dois tipos de parcelamento: 
Ordinários: É a modalidade de parcelamento que a qualquer momento o contribuinte poderá aderir, ou seja, não existe limite temporal. 
Extraordinários ou especiais: É a modalidade de parcelamento que possui prazo, e nem sempre está disponível.
Nas palavras de Eduardo Sabbag, o entendimento do STF é de que o parcelamento é constituído por ato discricionário da esfera administrativa, e, após sua concessão, se torna direito líquido e certo para o contribuinte. 
Após requerimento à autoridade administrativa, de conduzir recursos de forma não integral ao Fisco, a providência gera a suspensão da exigibilidade do crédito tributário.
O deferimento de seu pedido apresenta­-se, segundo a jurisprudência do STJ:
 “Com características de ato discricionário da atividade administrativa e subordinado a exame de matéria fática. (...) O direito ao parcelamento só ocorre após ser concedido pela autoridade administrativa que a lei fixa como competente para apreciá­-lo (...). Só surge direito líquido e certo para o contribuinte quando, após ser concedido, houver resistência na instância inferior”. 
(MS 4.435­-DF, 1ª T., rel. Min. José Delgado, j. 10­-11­-1997)
Visando facilitar a recuperação de empresas que estejam passando por dificuldades financeiras o § 3º art. 155-A do CTN dispõe que “lei específica disporá sobre as condições de parcelamento para o devedor em recuperação judicial”. Caso não haja lei específica, a lei geral da entidade da Federação será utilizada, porém o prazo não poderá ser inferior ao que seria concedido pela lei específica. 
O acordo para efetivação do parcelamento é o reconhecimento tácito da dívida, ou seja, uma concordância no valor dessa dívida, porque, quando o contribuinte realiza o requerimento do parcelamento, conseqüentemente realiza uma confissão dessa dívida, assim considerando-a legítima, líquida e certa.
CONCLUSÃO
O parcelamento, portanto, gera a possibilidade de o contribuinte sair do estado de inadimplência, podendo obter uma certidão positiva com efeitos negativos. Uma vez que esse parcelamento venha a ser deferido, a data do pagamento do tributo é alterada, e passa a ser a do pagamento das parcelas.
BIBLIOGRAFIA:
SABBAG, Eduardo. Direito Tributário Essencial. 14ª. E.d. Editora Método, São Paulo – SP. 2014.

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