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Doenças Vesicobolhosas São lesões brandas (flácidas) - Classificações para auxiliar diagnóstico: • Tamanho: ➢ Vesícula: menor que 3mm. ➢ Bolha: Maior que 3mm. • Forma: ➢ Irregular: Sistêmico. ➢ Circular: local. • Cor: ➢ Avermelhado/Azulado: Vascular. ➢ Amarelo: Infecção local. ➢ Translúcida: Saliva/ líquido cístico. ➢ Rósea: lesão profunda. • Número: ➢ Única: local. ➢ Múltipla: Sistêmica. Gengivoestomatite herpética aguda ou primária: • É uma doença conhecida como herpes primária causada pelo vírus HSV – 1 (herpes labial) e em adultos, pode ser o vírus HSV –2 (herpes genital) que ficam alojadas no gânglio nervoso trigêmio. • Ela apresenta sinais/sintomas prodrômico como febre, eritema, prurido antes de se manifestar, depois forma vesículas que “estouram” e expõem tecido conjuntivo, formando ulcera e gerando dor e em seguida formam crostas seguida de cicatrização. • Em casos leves em uma semana já há uma melhora e em casos mais severos 2 semanas. • Tratamento: evitar contato com a lesão para não disseminar para outras regiões do corpo e evitar contágio com outras pessoas. Aciclovir tubo 5x ao dia por 5 dias (começar na fase prodrômica). Casos mais severos pode se prescrever o Aciclovir 200mg comprimido 5x ao dia durante 5 dias. Para controle dos sintomas: Anti-inflamatório não esteroidal. Outras opções: fanciclovir/penciclovir. • Gengivoestomatite herpética recorrente: É quando temos a ativação da primária que estava em estado de latência por algum motivo como: idade avançada, exposição aos raios ultravioletas, estresse, doenças sistêmicas, alergias, gravidez, menstruação, problemas respiratórios. ➢ Latência → Ativação → estado gripal (febre) → formação de vesículas → bolhas que se coalescem → formação de úlcera → dor → formação de crosta e cicatrização. Herpes Zoster: • É a reativação do vírus que causa a catapora, esse vírus ele fica em estado de latência nos gânglios espinha da dorsal e por algum motivo como: baixa do sistema imunológico, trauma psicológico (estresse), doenças malignas, abuso de álcool, radiação e etc... ele pode reativar-se. • Apresenta sinais prodrômicos como: muita dor, febre e cefaleia. • Manifesta seguindo o caminho do nervo de forma unilateral, podendo pegar tórax, peito, rosto, formando as vesículas que estouram e transformando-se em úlcera que vão se formar em crostas depois de uma 1 semana. • Tratamento: pode demorar de 2 meses a um ano para regredir. Deve-se tomar medidas para diminuir a dor e fazer uso de aciclovir 800mg 5x ao dia durante 7 dias. Epidermólise bolhosa: • Mucocutânea • Epidermólise bolhosa adquirida: Desenvolve a partir de um fator auto- imune, que é quando as células de defesa atacam os desmossomo (esse é responsável pela junção intercelular). • Epidermólise bolhasa hereditária: É a disfunção dos desmossomo. • Formam bolhas com a mínimo trauma/provações na área de mucosa ou na pele. • Tratamento: Encaminhamento para dermatologista: tem sido sugerido o tratamento com corticosteroides, suplementação de vitamina E, retinóides e imunossupressores. Pênfigo Vulgar: • Doença auto-imune mucocutânea. • Sistema imunológico ataca os hemidesmossomos. • Causa bolha que gera erosões e ulcerações que geram dor. • É característico dessa doença a formação de bolhas quando induzida por raspagem perto da lesão já formada, formando bolha e sangrando. Esse processo é uma semiotecnica chamada de sinal de nikolsky que pode ser positivo quando forma a bolha e negativo quando não forma, sendo o positivo o diagnóstico de pênfigo vulgar. • Tratamento: é usada corticoterapia como a prednisona associada com outros imunossupressores como Azatioprina em dosagem minima para controlar a doença já que uso prolongado pode causar efeitos colaterais negativos. Penfigóide Cicatricial: • Também conhecido como penfigóide das membranas mucosas. • É uma doença auto-imune mucocutânea. • Atingem de forma difusa a mucosa oral. • Semelhante ao Pênfigo Vulgar e 2x mais comum. • Pode se não tratado levar a cegueira quando é afetado mucosa conjuntiva. • Quando ocorre na gengiva aparece como gengiva descamativa (aparece dessa forma em líquen plano tbm). • Tratamento: oftalmologista trata as lesões oculares e as buscais podem ser usados corticoides tópicos ou sistêmicos depende da gravidade associado com imunossupressores. Corticoide com efeitos colaterais menos grave é Dapsona. Penfigóide Bolhoso: • Mucocutânea. • Doença auto-imune. • Semelhante ao penfigóide das membranas mucosas, no entanto, sua progressão é limitada diferente do penfigóide cicatricial que é progressivo. • Sintoma prodrômico é o prurido. • Forma-se múltiplas bolhas bem delimitada e com textura normal que demora alguns dias para romper. • Tratamento: corticosteroides sistêmicos como a prednisona e caso seja necessário pode associar com outro agente supressor como a azatioprina. Como tratamento alternativo pode-se usar a dapsona. Há regressão espontânea com 2 a 3 anos. Varicela: • Mucocutânea. • Causada pela infecção primária do vírus varicela-zoster (VZV, HHV-3). Incubação do vírus é de um período de 15 dias. • Sintomas: faringite, rinite, mal-estar, febre e como sinal característicos são exantema pruriginoso. • É contagiosa. • É mais grave em adultos. • Lesões orais são comuns e podem procedem às cutâneas: aparecem como vesículas de 3 a 4 mm branco-opacas e se rompem formando ulcerações que podem ser indolor (diferenciando do herpes simples). • Tratamento: sintomático: banhos com bicarbonato de sódio. Aciclovir/valaciclovir são reservados para casos mais graves. Herpangina: • Vírus: coxsackie. • Mucocutêna. • Todas idades, no entanto, mais comum em bebe e crianças. • Dor de garganta, febre, disfagia. • 2 a 6 lesões orais, principalmente em palato e pilares amigdalianos. • Igual Varicela contagiosa 2 dias antes do exantema. • Tratamento: apenas o sintomático: corticosteroide não esteroidais para aliviar a dor e anestésico tópico para aliviar a dor oral. Doença dos pés mãos e boca: • Vírus: coxsackie. • A lesões orais surgem sem sinal prodrômico e antes das lesões cutâneas. • Aparecem nos pés e mãos lesões com máculas eritematosas que cicatrizam sem formar crostas. • Semelhante as lesões orais com herpangina, podendo ser mais numerosas. • Tratamento: quando é sintomático o mesmo de herpangina. Sarampo: • Paramixovírus. • Sintomas prodrômicos: febre, tosse, conjuntivite, coriza. • Sinas clínicos: erupção eritematosas que começam na face e disseminam pelas extremidades. • Característico da doença: Manchas de KopliK que são diversos pontos brancos no lábio e mucosa jugal. • O sarampo grave na infância pode causar a concrescência das raízes dos dentes permanentes em desenvolvimento, por afetar a odontogênese. • Tratamento: vacina é o mais eficaz, usa-se medicamento apenas para controle de dor (analgésico) ou suplementação com vitaminas A (para diminuir a gravidade do sarampo) e antibiótico (apenas quando tem infecção bacteriana). O sarampo até 3 semanas tende a regredir. Eritema Multiforme: • É mucocutânea • Medicamentos e drogas ou doenças como a herpes simples pode ser o fator que causa esse eritema multiforme. Ou seja, na consulta o paciente vai relatar que teve herpes simples ou usou algum analgésico ou antibiótico ou algum outro tipo de substância. Esses fatores desencadeiam um desequilíbrio do sistema imune. • Apresenta sinal prodrômico: febre, tosse, dor de cabeça e de garganta. • Dura de 2 a 6 semanas. No final da doença, normalmente, gera ulcerações que afetam principalmente a mucosa oral. • Lesões de pele aparece com formado de alvo: são anéis eritematosos. • Lesões orais são eritematosas que sofrem necrose e geram ulcerações grandes difusa/irregulares que gera muita dor. • Paciente pode ficar desidratopor não conseguir ingerir água por causa da dor. • Tratamento: corticosteroides sistêmicos com recomendação de fazer bochecho com clorexidina para evitar infecção secundária, e laserterapia e hidratação do paciente se necessário. Lúpus Eritematoso: • É uma doença auto-imune associada a fatores genéticos e mucocutânea. • Divide-se em dois tipos lúpus eritematoso sistêmico (LES) e lúpus eritematoso cutâneo crônico (LECC). ➢ Lúpus eritematoso sistêmico: → Atinge 8 vezes mais mulheres na faixa de idade 31 anos. → SIntomas: fadiga, perde de peso, mal estar, febre, artrite e mal- estar generalizado. → Sinais: exantema em forma de borboleta no rosto. → Luz solar agrava as lesões. → 50 % dos casos rins são acometidos e como complicação pode gerar insuficiência renal. → Pode ter envolvimento cardíaco e como complicação pode gerar pericardite. → Pode ter envolvimento oral: com grau variáveis de ulcerações, dor e eritema. → Outras queixas podem estar presentes como: xerostomia (sensação de boca seca), estomatodinia (Ardência bucal), candidíase e disgeusia (falta de paladar) ➢ Lúpus Eritematoso Cutâneo Crônico: → Lesões cutâneas: São placas eritematosas descamativa. → Lesões orais: lesões liquenóides (semelhante a líquen plano erosivo) - áreas centrais eritematosa circundada por finas estrias brancas • Tratamento: evitar exposição solar para os dois tipos é fundamental. • Tratamento LES: Doença ativa leve tratada com anti-inflamatório não esteroidal associada com drogas antimaláricas como a hidroxicloroquina. Em casos mais graves, como aqueles que se tem pericardite, usa corticosteroides sistêmicos associados com outros agentes imunossupressores. • Tratamento LECC: Tanto para lesões orais e cutâneas os corticoides tópicos apresentam bons resultados, quando não gera uma boa resposta pode-se usar droga antimaláricas sistêmicas ou baixas doses de talidomida. Ulceração Aftosa Recorrente: • Estomatite Aftosa Recorrente (afta). • Multi-fatorial: Pode ser por trauma físico (como uso de aparelho ortodôntico ou dente ponte-agudo), trauma químico (alimentos cítricos) e baixa do sistema imunológico (doenças sistêmica ou Estresse/ansiedade). • 3 tipos são conhecidos: menor, maior e a herpetiformes e ocorrem, preferencialmente, em mucosa não-queratinizada. ➢ Menor (80% dos casos): → Cura em até 2 semanas e não deixam cicatriz. → 1 a 6 lesões com tamanho de até 10mm. → Tratamento: Não precisa de tratamento, mas pode-se usar Elixir de dexametasona a 0,01% - tomar 5ml. Para lesão localizada pode-se usar gel de dipropionato de betametasona 0.5% (áreas de difícil acesso como os pilares amigdalianos pode-se usar o spray). ➢ Maior: → Cura de 2 a 6 semanas e podem causar cicatriz. → 1 a 3 cm até 10 lesões. → Tratamento: Corticosteroides mais potentes como: Gel de Propionato de clobetasol 0,05% ➢ Herpetiformes (raro): → Igual a menor, no entanto o número de aftas com até 3mm de tamanho que podem chegar a 100 espalhadas na cavidade bucal e podem se juntar formando áreas de ulcerações difusas. → Predominância por mulheres. → Recidiva alta e em pouco espaço de tempo. → Tratamento: Elixir de dexametasona a 0,01% - tomar 5ml. Em casos de resistência qualquer um desses acima: usar xarope de prednisona em bochecho e engolir. Ad-muc muito bom também. OBS: Não está no conteúdo: Mucosite, Mucocele, Queilite Actínia, Hânula, Hemangioma. Gengivoestomatite herpética primária. Gengivoestomatite herpética recorrente. Herpes Zoster. Epidermólise Bolhosa. Pênfigo Vulgar. 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