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Farmacodermias - SANARFLIX

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SUMÁRIO
1. Introdução ..................................................................... 3
2. Fisiopatologia .............................................................. 3
3. Exantema ...................................................................... 6
4. Urticária e angioedema ........................................... 8
5. Eritema pigmentar fixo ..........................................11
6. Eritema multiforme minor .....................................12
7. Stevens-Johnson e necrólise epidérmica 
tóxica (NET) .....................................................................15
8. Outras farmacodermias (conceito, clínica, 
diagnóstico, tratamento) ............................................20
Referências bibliográficas ........................................27
3FARMACODERMIAS
1. INTRODUÇÃO
As farmacodermias são reações 
cutâneas adversas a medicamen-
tos que representam uma consequ-
ência não terapêutica e não intencio-
nal do uso de uma droga, englobando 
patologias muito comuns na práti-
ca médica, que acometem de 0,1 a 
1% da população geral e cerca de 
2 a 3% dos pacientes hospitaliza-
dos. Aproximadamente 2% das re-
ações cutâneas aos medicamentos 
são consideradas como “sérias” pela 
OMS, significando isso: “resultar em 
morte, necessitar de hospitalização 
ou longa estadia no hospital, resultar 
em incapacidade persistente ou ame-
aça à vida”. Essas reações mais “sé-
rias” são chamadas de Reações Ad-
versas Cutâneas Graves (do inglês, 
SCAR – Several Cutaneous Adverse 
Reactions). 
REAÇÕES ADVERSAS CUTÂNEAS GRAVES 
(SCAR’S)
Anafilaxia
Necrose cutânea induzida por anticoagulantes
Pustulose exantemática generalizada aguda 
(PEGA)
Síndrome DRESS
Eritema pigmentar fixo
Síndrome de Stevens-Johnson e Necrólise epidér-
mica tóxica
Tabela 1. SCAR’s – Reações Adversas Cutâneas Gra-
ves. (Fonte: Dermatologia, 3ª Ed., 2015)
Qualquer fármaco pode gerar rea-
ções cutâneas, porém alguns deles 
possuem uma maior prevalência de 
relação com as farmacodermias. Os 
fármacos mais comumente relaciona-
dos são as penicilinas, as sulfona-
midas (sulfadiazina, sulfametoxazol e 
sulfassalazina), os anticonvulsivan-
tes aromáticos (fenitoína, carbama-
zepina e fenobarbital), antiinfla-
matórios não esteroidais (AINE’s), 
alopurinol e inibidores da enzima 
conversora de angiotensina (IECA).
FÁRMACOS MAIS ASSOCIADOS ÀS 
FOTODERMATOSES
Penicilinas
Sulfonamidas (Sulfadiazina, Sulfametoxazol e 
Sulfassalazina)
Anticonvulsivantes aromáticos (Fenitoína, Car-
bamazepina e Fenobarbital)
Antiinflamatórios não esteroidais (AINE’s)
Alopurinol
Inibidores da enzima conversora de angiotensina 
(IECA)
Tabela 2. Fármacos mais relacionados às fotodermato-
ses. (Fonte: Aula Sanarflix)
SE LIGA! As farmacodermias podem 
mimetizar qualquer quadro clínico, 
demonstrando uma ampla variedade de 
apresentações. Se houver história posi-
tiva de uso de medicamentos, sempre 
pensar em farmacodermia como uma 
hipótese diagnóstica!
2. FISIOPATOLOGIA
As farmacodermias ocorrem por dois 
mecanismos principais: o mecanismo 
alérgico e o não alérgico. 
4FARMACODERMIAS
O mecanismo alérgico segue a clas-
sificação de Gell-Coombs, pela qual 
se divide o mecanismo em 4 catego-
rias, sendo elas: imediata (anafilática) 
– Tipo I, citotóxica – Tipo II, por imu-
nocomplexos – Tipo III, e por hiper-
sensibilidade tardia – Tipo IV. Cabe 
ressaltar que o mecanismo alérgico 
é dose independente, e acomete 
apenas os indivíduos susceptíveis, 
que podem cursar com farmacoder-
mias graves mesmo com doses bem 
pequenas. 
CLASSIFICAÇÃO DE GELL-COOMBS
CATEGORIA MECANISMO EXEMPLOS
Tipo I
Imediata ou Anafilática
IgE circulante, estímulo à degranu-
lação de mastócitos, liberação de 
histamina
Urticária
Angioedema
Choque anafilático
Tipo II
Citotóxica
Anticorpos citotóxicos, lesão celu-
lar direta
Penfigóide bolhoso 
farmacoinduzido
Plaquetopenia induzida por drogas
Tipo III Imunocomplexos
Doenças autoimunes
Vasculites farmacoinduzidas
Tipo IV
Hipersensibilidade tardia
Imunidade celular, mediado por 
linfócitos T
Síndrome de Stevens-Johnson 
(SSJ)
Necrólise epidérmica tóxica (NET)
Tabela 3. Classificação de Gell and Coombs. (Fonte: Aula Sanarflix)
O tipo I ocorre por estímulo à degra-
nulação dos mastócitos elaborada 
pela presença de IgE circulante, cul-
minando com a liberação de histami-
na. É representada pela urticária, an-
gioedema e choque anafilático.
O tipo II ocorre através de anticor-
pos citotóxicos, com lesão direta das 
células. Esse grupo tem como exem-
plo o penfigóide bolhoso fármaco-in-
duzido e a plaquetopenia induzida 
por drogas, como a trombocitopenia 
induzida por heparina (HIT).
O tipo III ocorre por formação de 
imunocomplexos, ou seja, comple-
xos contendo antígeno e anticorpo, 
gerando doenças autoimunes e vas-
culites fármaco-induzidas. 
Por fim, o tipo IV é o único na classifi-
cação que é mediado pela imunida-
de celular, não pela humoral, sendo 
efetivado pela ação de Linfócitos T. 
Como exemplo, temos a síndrome de 
Steven-Johnson e a necrólise epidér-
mica tóxica (NET). 
5FARMACODERMIAS
SE LIGA! É importante ressaltar que os 
tipos I e II são mediados por anticorpos 
(Tipo I = IgE e tipo II = IgM e IgG), en-
quanto o tipo III é mediado por imuno-
complexos e o tipo IV por células (Linfó-
citos T, imunidade celular).
O mecanismo não alérgico é mais 
comum que o mecanismo alérgi-
co. Ocorre por alguns fatores, como 
a superdosagem de medicamentos 
(o organismo não consegue meta-
bolizar nem excretar, gerando efei-
tos adversos), fatores individuais 
(principalmente patologias hepáticas 
e/ou renais, cursando com alteração 
na metabolização e excreção dos me-
dicamentos), efeitos colaterais já co-
nhecidos dos medicamentos e a tera-
togênese por uso de medicamentos. 
Cabe aqui ressaltar que o mecanismo 
não alérgico é dose-dependente, e 
pode atingir qualquer indivíduo. 
Como exemplos de farmacodermias 
por mecanismos não alérgico temos: 
necrose cutânea por cumarínicos 
(pelo efeito inicial pró-trombótico dos 
cumarínicos, levando à trombose de 
vasos cutâneos superficiais), reação 
Tipo I Tipo II
Tipo III Tipo IV
Figura 1. Patogênese nas categorias de mecanismo alérgico, segundo a Classificação de Gel-Coombs. (Fonte: Adap-
tado de Kennedy K e Dixit T, 2016) 
6FARMACODERMIAS
de Jarish-Herxheimer (no tratamen-
to da sífilis com Penicilina Benzatina, 
pode cursar com liberação de subs-
tâncias tóxicas pelo Treponema Palli-
dum morto, piorando as lesões de 
pele) e a urticária não alérgica (a 
própria medicação leva a degranula-
ção dos mastócitos, com liberação de 
histamina; exemplos: contraste ioda-
do e morfina).
C
Figura 2. A e B – Trombocitopenia induzida por heparina (HIT). Pode-se observar isquemia e necrose do pé (A), com 
petéquias devido a trombocitopenia em uma área irregular de necrose cutânea. C – Vasculite e necrose associadas ao 
uso de cumarínicos (Varfarina). (Fonte: Adaptado de Dermatologia, 3ª Ed., 2015)
3. EXANTEMA
A farmacodermia mais comum é o 
exantema, presente em até 75% 
dos casos. Ocorre principalmente 
associado ao uso de antibióticos e 
anticonvulsivantes. 
O exantema pode ocorrer até duas 
semanas após o uso da medica-
ção, se caracterizando por um rash 
7FARMACODERMIAS
maculopapular eritematoso pru-
riginoso simétrico, geralmente 
morbiliforme e que desaparece à 
dígito-pressão. 
C
Figura 3. Erupções exantemáticas a fármacos. A, B e C - Pode-se observar máculas e pápulas intensamente eritema-
tosas, simétricas, isoladas em algumas áreas e confluentes em outras. (Fonte: Adaptado de Dermatologia, 3ª Ed., 2015 
e Dermatologia de Fitzpatrick, 7ª Ed., 2014)
O curso dessa farmacodermia é be-
nigno, cujo tratamento é feito ape-
nas com a suspensão da medicação 
que estava em uso, com regressão 
das lesões em uma a duas sema-
nas. Em situações mais graves, po-
de-se utilizar anti-histamínicos e 
corticosteroides. 
8FARMACODERMIAS
4. URTICÁRIA E 
ANGIOEDEMA
A urticária e o angioedema estão pre-
sentes em até 25% dos casosde 
farmacodermias, também ocorrendo 
principalmente em associação ao uso 
de antibióticos, AINE’s e anestésicos. 
Geralmente surgem de forma ime-
diata, ou seja, nos primeiros 30 mi-
nutos após a exposição à medicação. 
A urticária se apresenta através de le-
sões elementares chamadas de urti-
cas ou ponfos, caracterizadas como 
placas eritematosas e edematosas, 
com centro pálido e pruriginosas, 
que predominam no tronco e em ex-
tremidades proximais. Em 50 % dos 
casos a urticária evolui para um an-
gioedema, caracterizado com edema 
de mucosa labial, língua e região 
periocular, podendo progredir até 
o edema de glote, culminando em 
insuficiência respiratória e choque 
anafilático. 
MAPA MENTAL: EXANTEMA 
EXANTEMA
Rash maculopapular 
eritematoso
Pruriginoso e simétrico
Desaparece à dígito-pressão
Benigno
Farmacodermia mais 
comum (75% dos casos)
Aparece até 2 semanas 
após a medicação
Antibióticos e 
anticonvulsivantes
Regressão em 1 a 2 semanas 
Suspensão dos 
medicamentos
Refratários: 
Anti-histamínicos e corticoide
9FARMACODERMIAS
HORA DA REVISÃO!
Quando pensar em choque anafilático? 
Broncoespasmo, náuseas, vômitos e 
hipotensão!
O choque anafilático é uma emergên-
cia clínica, devendo ser imediatamente 
abordado e tratado! Em caso de choque 
anafilático, deve-se utilizar a Adrenalina 
(0,5 ml – ½ ampola – IM/SC), usual-
mente administrada na coxa do paciente 
ou de forma subcutânea.
A B C
Figura 4. Urticária e Angioedema. A – Presença de urticas ou ponfos, placas edematosas e eritematosas característi-
cas da urticária. B e C – Pode-se observar angioedema periorbital, labial e de região sublingual. (Fonte: Adaptado de 
Dermatologia, 3ª Ed., 2015 e Dermatologia de Fitzpatrick, 7ª Ed., 2014)
FLUXOGRAMA: PROGRESSÃO DOS QUADROS DE UR-
TICÁRIA E ANGIOEDEMA 
PARA O CHOQUE ANAFILÁTICO E MANEJO DESSA 
CONDIÇÃO. URTICÁRIA 
Em 50% dos casos 
Angioedema
Choque Anafilático:
Broncoespasmo, náuseas, vômito e hipotensão! 
=
Adrenalina 0,5 mL (1/2 ampola) IM ou SC
Emergência Clínica!
10FARMACODERMIAS
O tratamento da urticária é feito a 
partir da suspensão do medicamen-
to em uso prévio, bem como pela 
administração de anti-histamínicos 
para o prurido. Os anti-histamínicos 
são mantidos por ao menos 14 dias, 
iniciando-se o tratamento com os an-
ti-H1 não sedantes, progredindo 
para os anti-H1 clássicos se não 
houver resposta. Caso haja urticária 
crônica com exacerbações impor-
tantes, pode-se realizar um curso cur-
to (7 a 14 dias) de corticosteroides 
orais. O tratamento do angioedema é 
semelhante ao da urticária, podendo-
-se fazer um uso mais frequente dos 
corticosteroides orais. 
MAPA MENTAL – URTICÁRIA E ANGIOEDEMA
URTICÁRIA E 
ANGIOEDEMA
25% das 
farmacodermias
Reação imediata 
(30 minutos)
Antibióticos, 
AINE’s e anestésicos
Urticas ou Ponfos 
Angioedema
Placas eritemato-edematosas, 
com centro pálido, pruriginosas, 
que predominam em tronco e 
extremidades 
Edema de mucosa labial, 
lingual e periorbital, podendo 
evoluir ao edema de glote 
Insuficiência respiratória 
e Choque Anafilático
Tratamento:
Suspensão do 
medicamento
Anti-histamínicos 
(prurido)
50% dos casos
Legenda: AINE’s = Anti-inflamatórios não esteroidais.
11FARMACODERMIAS
5. ERITEMA PIGMENTAR 
FIXO
O eritema pigmentar fixo está pre-
sente em 10% dos casos de farma-
codermias, surgindo até 24 horas 
após a exposição e persistindo por 
dias a semanas. Associado principal-
mente ao uso de antibióticos, AINE’s, 
analgésicos e anticonvulsivantes.
Se caracteriza por lesões que po-
dem ser únicas ou múltiplas, de base 
eritematosa a violácea que vem a 
evoluir com uma coloração acasta-
nhada e, eventualmente, podem ter 
uma bolha central. Acomete princi-
palmente face, extremidades e mu-
cosa (inclusive a genital). O eritema 
pigmentar fixo pode apresentar uma 
hiperpigmentação residual após o 
quadro. É uma lesão pruriginosa e 
dolorosa, que pode ter uma sensa-
ção de ardência associada. 
Figura 5. Eritema Pigmentar Fixo. A – Placas periorbitárias bem definidas de coloração eritematoviolácea. Segunda 
exposição à tetraciclina, com lesões no mesmo local. B – Lesão violácea com presença de bolhas no centro. (Fonte: 
Dermatologia de Fitzpatrick, 7ª Ed., 2014)
SE LIGA! A cada nova exposição ao 
medicamento, as lesões surgem nos 
mesmos locais que acometeram em 
um quadro de exposição prévio! Ou seja, 
nos locais onde há a hiperpigmentação 
residual. 
O tratamento consiste em afasta-
mento do agente causal e, eventu-
almente, aplicação de corticoides tó-
picos em casos mais graves. 
12FARMACODERMIAS
6. ERITEMA MULTIFORME 
MINOR
Também chamado de eritema poli-
morfo, o eritema multiforme minor 
está presente em cerca de 5% dos 
casos de farmacodermias, sendo que 
em 20% desses casos pode haver 
MAPA MENTAL – ERITEMA PIGMENTAR FIXO
24 horas após a 
exposição
Antibióticos, AINE’s, 
analgésicos e 
anticonvulsivantes
Hiperpigmentação 
residual acastanhada Prurido, dor e ardência 
10% das 
farmacodermias
Persiste por 
dias a semanas
Lesões únicas ou 
múltiplas, de base 
eritematoviolácea
Em reexposição, lesão 
surge no mesmo local
Tratamento: Afastamento do agente causal
Refratários: Corticoides tópicos
ERITEMA 
PIGMENTAR 
FIXO
a evolução para o eritema multifor-
me major, patologia sinonímia à Sín-
drome de Stevens-Johnson (SSJ).
Essa patologia se apresenta através 
de lesões herpéticas, semelhante às 
causadas pelo herpes simplex vírus. 
Portanto, pode tanto ser causada 
13FARMACODERMIAS
por uma infecção herpética como 
se apresentar por uma farmaco-
dermia, sendo a primeira etiologia 
a mais comum. As lesões usualmen-
te surgem cerca de uma semana após 
as lesões herpéticas labiais. 
A lesão característica é um eritema 
polimorfo, ou seja, um eritema de 
diversas morfologias, sendo a for-
ma clássica de apresentação a lesão 
em alvo, típica ou atípica. A lesão 
em alvo típica contém pelo menos 
3 anéis concêntricos, de diferentes 
colorações, com as bordas eleva-
das. A lesão em alvo atípica, por ou-
tro lado, normalmente possui 2 anéis 
e são planas. 
F
Figura 6. Eritema multiforme a sua 
variedade de apresentações clínicas. A, 
B e C – Observação do eritema poli-
morfo, com lesões em alvo atípicas na 
figura B, com apenas 2 anéis concên-
tricos. D, E e F – Típicas lesões em alvo 
(clássicas), com 3 zonas de mudança 
de cor e presença de bordas elevadas. 
(Fonte: Adaptado de Dermatologia, 3ª 
Ed., 2015)
A lesão em alvo tipicamente se ini-
cia subitamente em face extenso-
ra de membros, mãos e pés, disse-
minando-se para o tronco, sendo 
caracteristicamente não pruriginosa. 
Há acometimento de mucosas em 
70% dos casos. Possui um curso be-
nigno, que usualmente regride em 
14FARMACODERMIAS
até 2 semanas, exceto nos 20% dos 
casos que evolui para a SSJ!
Figura 7. Presença de envolvimento de mucosas no 
eritema multiforme. Observa-se crostas serosas e erite-
ma em lábios e margem das pálpebras. (Fonte: Derma-
tologia, 3ª Ed., 2015)
MAPA MENTAL – ERITEMA MULTIFORME MINOR
5% das 
farmacodermias
Curso benigno, 
regredindo em até duas 
semanas apenas com a 
suspensão 
do fármaco
Acometimento 
de mucosas em 
70% dos casos 
Pode ser secundário 
a infecção herpética 
(mais comum) ou a 
farmacodermia
Eritema polimorfo, 
com lesão em alvo 
(típica ou atípica), 
sem prurido
Lesão em alvo típica = 
3 anéis concêntricos, 
de cores diferentes e 
bordas elevadas
Em 20% pode 
evoluir ao Eritema 
Multiforme 
Major = SSJ
Início súbito 
em face extensora 
de extremidades, 
com disseminação 
para tronco
ERITEMA 
MULTIFORME 
MAJOR
O tratamento na grande maioria dos 
casos consiste apenas na suspensão 
do fármaco ou resolução da infec-
ção herpética. 
15FARMACODERMIAS
7. STEVENS-JOHNSON E 
NECRÓLISE EPIDÉRMICA 
TÓXICA (NET)
A síndrome de Stevens-Johnson (SSJ) 
e a necrólise epidérmica tóxica (NET) 
são consideradas a mesma doença, 
porém com espectros diferentes. A 
SJJ se apresenta de forma mais leve, 
com desnudamento em< 10% da 
superfície corporal total. A NET, 
por sua vez, se apresenta com des-
nudamento de > 30% da superfície 
corporal. Entre 10 a 30% de desnu-
damento da superfície corporal, con-
sidera-se como um “Overlap” entre 
os dois espectros. 
Figura 8. Diferenciação entre os espectros da doença baseado na porcentagem de superfície corpórea acometida pelo 
desnudamento. A síndrome de Stevens-Johnson (SJJ) é caracterizada por um desnudamento em < 10% da superfície 
corpórea, enquanto a Necrólise Epidérmica Tóxica (NET) é caracterizada pelo desnudamento em > 30% da superfície 
corporal. O desnudamento entre 10 a 30% configura um “Overlap” entre os espectros. (Fonte: Dermatologia, 3ª Ed., 
2015)
16FARMACODERMIAS
Como diferenciar os dois 
espectros?
A SJJ é 2 vezes mais comum que 
a NET, possuindo uma letalidade de 
cerca de 5%, sendo, portanto, uma 
doença mais benigna. A NET possui 
uma letalidade cerca de 10 vezes 
maior que a SJJ, de cerca de 50%, 
se apresentando como uma doença 
grave. 
Ambas se apresentam após 15 dias 
de exposição ao fármaco e a cada 
reexposição esse tempo diminui. 
São geralmente autolimitadas, du-
rando cerca de 1 mês. Evoluem sem 
sequelas cutâneas, porém podem 
apresentar sequelas em mucosas. 
As principais drogas associadas são 
antibióticos (principalmente as sul-
fas), anticonvulsivantes, AINE’s e 
alopurinol. 
CARACTERÍSTICAS DA SÍNDROME DE STEVENS-JOHNSON EDA NECRÓLISE EPIDÉRMICA TÓXICA
Síndrome de Stevens-Johnson (SSJ) Necrólise Epidérmica Tóxica (NET)
Mais comum - 2 vezes Menos comum
Menor letalidade - 5% Maior letalidade – 50%
Desnudamento em < 10% da superfície corporal Desnudamento em > 30% da superfície corporal
*Overlap: Desnudamento entre 10 a 30% da superfície corporal.
Tabela 4. Comparação entre as características da Síndrome de Stevens-Johnson (SSJ) e a Necrólise Epidérmica Tóxica 
(NET), que correspondem a espectros diferentes da mesma patologia. (Fonte: Aula SanarFlix)
SAIBA MAIS!
O Micoplasma pneumoniae está presente como agente etiológico em 15% dos casos de 
SJJ, sem a associação com a utilização de fármacos. Caso um paciente se apresente com 
pneumonia por germes atípicos, associada a lesões de pele, deve-se pensar em SSJ e NET!
O curso da doença usualmente se ini-
cia através de um pródromo gripal 
que dura até 15 dias (coriza, febre, 
mal estar geral, mialgia, vômitos, diar-
reia), em seguida evoluindo com um 
rash maculopapular eritematoso 
e doloroso. A disseminação desse 
rash é centrífuga, ou seja, do centro 
para as extremidades, se apresentan-
do com lesões em alvo atípicas e do-
lorosas, evoluindo finalmente com 
bolhas hemorrágicas. 
17FARMACODERMIAS
Existe um sinal importante chamado 
Sinal de Nikolsky, que é positivo 
caso haja desnudamento da pele 
em regiões próximas à bolha após 
estímulo de tração manual. O sinal 
de Nikolsky é positivo também em 
A B
Figura 9. Lesões características da Síndrome de Stevens-Johnson e da Necrólise Epidérmica Tóxica. A – Pode-se 
observar um rash maculopapular eritematoso, com lesões que evoluem a bolhas hemorrágicas, como a observada 
no centro do rash. B – Pode-se observar o rompimento das bolhas hemorrágicas com descolamento da epiderme em 
diversos locais. (Fonte: Adaptado de Dermatologia de Fitzpatrick, 7ª Ed., 2014)
outras patologias, como o pênfigo, 
com a diferença que nessa patologia 
o sinal é positivo em toda superfí-
cie corpórea, enquanto na SJJ e NET 
é positivo apenas onde há lesões 
bolhosas. 
Figura 10. Sinal de Nikolsky + - Desnudamento da pele em regiões próximas a bolhas após o estímulo de tração ma-
nual. (Fonte: Dermatologia, 3ª Ed., 2015)
18FARMACODERMIAS
As lesões mucosas são obrigató-
rias para o diagnóstico dessa do-
ença. Ao menos 2 mucosas devem 
estar acometidas, entre mucosas 
oral, ocular e genital. As lesões mu-
cosas cursam com queimação, ede-
ma, eritema e bolhas que rompem, 
formando erosões com pseudomem-
branas branco-acinzentadas e cros-
tas hemorrágicas. Como dito anterior-
mente, o acometimento das mucosas 
usualmente leva a sequelas, sendo 
a cegueira uma sequela importante 
caso ocorra acometimento ocular. 
C
Figura 11. Envolvimento de mucosas na Síndrome de Stevens-Johnson. A – Eritema e erosões conjuntivais. B – Ero-
sões da mucosa genital. C – Pseudomembranas branco-acinzentadas em língua. (Fonte: Adaptado de Dermatologia, 
3ª Ed., 2015)
O acometimento orgânico é raro na 
SSJ e comum na NET, principalmente 
em trato respiratório, gastrointestinal 
e hepático, podendo cursar com qua-
dros clínicos de tosse, dispneia, diar-
reia, hemorragia digestiva e hepatite. 
O tratamento é pautado inicialmen-
te no internamento, pois se tratam 
de pacientes graves! Deve ser feito a 
reposição hidroeletrolítica para hi-
dratação, nutrição enteral caso haja 
acometimento importante que impe-
ça a alimentação via oral, e aplicação 
de lubrificante ocular, buscando 
evitar as sequelas muco-cutâneas 
oculares. 
Existem contradições na literatu-
ra sobre a utilização de corticoste-
roides sistêmicos, imunoglobulina 
intravenosa e imunossupressores 
para o tratamento, sendo a efetivida-
de desses fármacos ainda pouco es-
tabelecida. Nessa patologia, utiliza-se 
a Ciclosporina (Inibidor da produção 
de IL-2), 3mg/kg/dia, por 7 a 10 dias; 
a Dexametasona (Corticosteroide 
sistêmico), pulsoterapia com 1,5mg/
kg/dia, por 3 dias e a Imunoglobulina 
Humana (Anticorpo), 2g/kg dividido 
em 3 a 4 dias. 
19FARMACODERMIAS
É importante ressaltar que mesmo 
a principal causa de morte sendo a 
septicemia secundária não é indica-
da a utilização de antibióticos sis-
têmicos ou tópicos de forma pro-
filática, inclusive a sulfadiazina de 
prata. Essa contraindicação leva em 
consideração que existe uma alta 
chance de intensificação ou nova 
farmacodermia aos antibióticos, se 
utilizados, principalmente em se tra-
tando de sulfas. Entretanto, se houver 
uma infecção ativa no momento, é in-
dicado o tratamento da mesma. 
Para avaliação prognóstica, utiliza-
-se o Escore Prognóstico SCOR-
TEN, que deve ser aplicado no 1° e 
3° dia de hospitalização. Esse esco-
re avalia alguns itens, como a idade 
(>40 anos), presença de neoplasia, 
frequência cardíaca (>120 bpm), por-
centagem da superfície corporal afe-
tada (>10%), ureia (>28mg/dL), glice-
mia (>252 mg/dL), HCO3- (< 20mg/
dL), pontuando 1 ponto a cada item 
positivo. Pontuação entre 0 a 1, impli-
ca um risco de mortalidade de 3,2%. 
Pontuação 2 implica um risco de mor-
te de 12,1%. Pontuação 3 implica um 
risco de morte de 35,3%. Pontua-
ção 4 implica um risco de morte de 
58,3%. Pontuação >5 implica um ris-
co de morte de 90%.
ESCORE SCORTEN
Idade (>40 anos)
Neoplasia
Frequência Cardíaca (>120 bpm)
Porcentagem da superfície corporal afetada 
(>10%)
Ureia (>28mg/dL)
Glicemia (>252mg/dL)
HCO3- (<20mg/dL)
Pontuação: 01 ponto a cada item. 
0-1: 3,2%
2: 12,1%
3: 35,3%
4: 58,3%
>5: 90%
Tabela 6. Escore prognóstico SCORTEN. (Fonte: 
Yellowbook, 2ª Ed., 2019)
FÁRMACOS UTILIZADOS NA SÍNDROME DE STEVENS-JOHNSON (SSJ) E NECRÓLISE EPIDÉRMICA 
TÓXICA (NET)
Ciclosporina 
(Inibidor da Produção de IL-2)
Apresentação: Ampola (50mg/mL)
Via: IV
Posologia: 3 mg/kg/dia, por 7 a 10 dias
Dexametasona 
(Corticoesteroide)
Apresentação: Ampola 1 mL (2mg/mL); 2,5mL (4mg/mL)
Via: IV
Posologia: Pulsoterapia com 1,5mg/kg/dia, por 3 dias.
Imunoglobulina Humana 
(Anticorpo)
Apresentação: Pó para diluição injetável 
(0,5g;0,8g;1g;2,5g;3g;5g;6g;9g;10g;20g)
Via: IV
Posologia: 2g/kg, dividido em 3 a 4 dias
Tabela 5. Fármacos utilizados no tratamento da SSJ e da NET. (Fonte: Yellowbook, 2ª Ed, 2019)
20FARMACODERMIAS
8. OUTRAS 
FARMACODERMIAS 
(CONCEITO, CLÍNICA, 
DIAGNÓSTICO, 
TRATAMENTO)
Síndrome DRESS
A Síndrome DRESS (do inglês: Drug 
Reaction with Eosinophilia and Sys-
temic Symptoms) é rara, porém po-
tencialmente fatal. Pode ser desen-
cadeada por um medicamento ou por 
MAPA MENTAL – STEVENS-JOHNSON X NECRÓLISE EPIDÉRMICA TÓXICA
Após 15 dias de 
exposição
Síndrome de 
Stevens-Johnson (SSJ)
Desnudamentode < 10%
Necrólise 
Epidérmica Tóxica (NET) 
2x mais comum
Desnudamento de > 30%
10 vezes mais grave
Autolimitadas Sequelas em mucosas
Pródromo gripal Rash maculopapular eritematoso e doloroso
Disseminação 
centrífuga
Bolhas hemorrágicas Sinal de Nikolsky + >= 2 mucosas afetadas 
Internamento e 
suporte 
Corticoide, 
Imunoglobulina IV e 
imunossupressores?
Contraindicado 
antibioticoprofilaxia
reativação viral (herpes vírus humano 
– EBV e CMV). Acontece mais tar-
diamente, em até 1 mês após o uso 
da medicação, sendo caracterizada 
por um rash morbiliforme que pode 
evoluir para dermatite esfoliativa, 
associado a sintomas sistêmicos, 
como mal estar geral, febre, linfa-
denopatia generalizada dolorosa 
(em até 75% dos casos), eosinofilia 
e presença de linfócitos atípicos 
ao hemograma. O fígado é o órgão 
21FARMACODERMIAS
mais acometido (70% dos casos), 
seguido dos rins e do pulmão, porém 
qualquer órgão do corpo pode ser 
acometido!
Figura 12. Síndrome DRESS (Drug Reaction with Eosi-
nophi and Sistemic Symptons). Presença de rash mor-
biliforme em face. (Fonte: Dermatologia, 3ª Ed., 2015)
O tratamento consiste na suspensão 
da medicação e utilização de cor-
ticoide sistêmico. A regressão das 
lesões ocorre em cerca de 2 meses. 
Vasculite fármaco-induzida 
É uma farmacodermia que se apre-
senta em média uma semana após a 
exposição, sendo caracterizada como 
uma reação de hipersensibilida-
de do tipo III, ou seja, mediada por 
imunocomplexos. Apresenta um rash 
purpúrico palpável e simétrico em 
membros inferiores, sem plaqueto-
penia. Ao teste da vitropressão esse 
rash desaparece, sendo esse um im-
portante instrumento para diagnósti-
co diferencial. 
Pode estar associado à febre, mialgia, 
artralgia e linfadenopatia, constituin-
do a doença do soro. 
22FARMACODERMIAS
SAIBA MAIS!
A doença do soro é uma reação sistêmica que ocorre após a administração de soro he-
terólogo, normalmente de origem animal. Consiste numa reação de hipersensibilidade do 
tipo III, mediada por imunocomplexos que se depositam na parede de pequenos vasos, le-
vando à ativação do sistema do complemento, com a consequente libertação de mediadores 
inflamatórios e lesão tecidual. Seu quadro clínico é caracterizado por febre, lesões cutâneas, 
artralgias/artrite, linfadenopatia, especialmente em local de drenagem da injeção, nefrite com 
albuminúria e hematúria e, mais raramente, hepatoesplenomegalia. O prognóstico é favorá-
vel, com evolução para a cura, sem sequelas, em dias a semanas. 
Figura 13. Doença do soro. Observa-se na pele, com frequência: erupção urticariforme ou exantema morbili-
forme fixo, ou seja, não migratório e erupção cutânea serpiginosa nas bordas laterais das mãos e dos pés, um 
achado clássico! Fonte: https://dermatopatologia.com/doenca/doenca-do-soro/ e https://mymedfarma.com/pt/
galeria-da-saude/16-outras-condicoes/260-doenca-do-soro
O tratamento é pautado na suspen-
são do medicamento!
PEGA
A pustulose exantematosa genera-
lizada aguda (PEGA) surge de forma 
rápida, usualmente até 24 horas após 
a exposição, durando cerca de 10 
dias. Está principalmente associada a 
utilização de antibióticos (penicilinas 
e macrolídeos), sendo caracterizada 
por múltiplas pústulas estéreis não 
foliculares, que são pruriginosas ou 
dolorosas, associadas a febre e leu-
cocitose ao hemograma. Acomete 
principalmente a face e áreas intertri-
ginosas, ou seja, região de dobras. 
23FARMACODERMIAS
SE LIGA! Possui diagnóstico diferen-
cial importante com infecção e psoríase 
pustulosa, sendo de extrema importân-
cia a anamnese e exame físico comple-
tos, bem como avaliação minuciosa de 
exames complementares.
O tratamento consiste apenas na sus-
pensão do fármaco em utilização. 
Fotodermatoses 
Constitui 8% das farmacodermias, 
sendo usualmente causadas por AI-
NE’s, amiodarona e psoraleno, entre 
outros fármacos. As fotodermatoses 
ocorrem quando o paciente está em 
uso de uma medicação e cursa com 
uma lesão de pele caso ocorra ex-
posição solar. 
Podem ser do tipo fototóxica ou foto-
alérgica. No tipo fototóxico, o mais 
comum, a medicação deixa a pele 
mais sensível à radiação solar, cul-
minando em queimaduras nas áre-
as fotoexpostas, mesmo com pouco 
tempo de exposição. Por outro lado, 
no tipo fotoalérgico, quando há ex-
posição ao sol o medicamento é 
convertido em um composto imu-
nogênico, cursando com ativação de 
linfócitos e formação de uma derma-
tite alérgica ou eczema.
A B
Figura 14. Pustulose Exantematosa generalizada aguda (PEGA). Múltiplas pústulas estéreis não foliculares (A) sob 
uma base de eritema difuso (B). (Fonte: Adaptado de Dermatologia, 3ª Ed., 2015 e Dermatologia de Fitzpatrick, 7ª Ed., 
2014)
24FARMACODERMIAS
Figura 15. Diferenciação entre Fotodermatoses do tipo fototóxica (A) ou fotoalérgica (B). A – Exantema e bolhas em 
região de exposição solar. B – Erupção fotolinquenoide em áreas de exposição solar. (Fonte: Dermatologia, 3ª Ed., 
2015)
Figura 16. Lesões Acneiformes induzidas por cortico-
esteroides. Pode-se observar a presença de lesões pa-
pulopustulosas, sem a presença de comedões, uma das 
características que as difere da acne. (Fonte: DermAtlas, 
disponível em -http://dermatlas.med.jhmi.edu/derm/In-
dexDisplay.cfm?ImageID=-315577184)
Lesões acneiformes
Ocorrem principalmente devido 
ao uso de corticoides, anaboli-
zantes, lítio, tuberculostáticos e 
anticoncepcionais. 
Essas lesões simulam as lesões de 
acne, sendo, portanto, caracterizadas 
por pápulas eritematosas e pústu-
las, porém sem comedões (presente 
apenas na acne vulgar) e com lesões 
monomórficas. Além disso, difere da 
acne também por estar presente tan-
to em áreas seborreicas como em 
áreas não seborreicas.
As lesões regridem sozinhas após a 
interrupção do medicamento, ou po-
dem necessitar de tratamento se-
melhante ao da acne vulgar, como 
a tretinoína tópica. 
25FARMACODERMIAS
MAPA MENTAL – OUTRAS FARMACODERMIAS. 
Raro, porém potencialmente 
fatal
Fígado é o órgão mais 
acometido (70%)
Rash morbiliforme, sintomas 
sistêmicos, eosinofilia e 
linfócitos atípicos
Reação de hipersensibilidade do tipo III
Desaparece à vitropressão
Rash purpúrico palpável, sem 
plaquetopenia
Pústulas estéreis não foliculares, 
pruriginosas e dolorosas 
Febre e leucocitose
Em face e regiões de dobras
8% das farmacodermias
Fototóxica ou fotoalérgica
Reação ao sol, durante uso de 
medicação
Corticoides, lítio, anabolizantes, 
tuberculostáticos e anticoncepcionais
Presentes também em áreas não 
seborreicas
Pápulas eritematosas e pústulas, sem 
comedões
SÍNDROME DRESS VASCULITE FÁRMACO-INDUZIDA PEGA FOTODERMATOSES LESÕES ACNEIFORMES 
Legenda: dress = drug reaction eosinophilia and Systemic symp-
tons; pega = pustulose exantemática generalizada aguda.
26FARMACODERMIAS
MAPA MENTAL GERAL: FARMACODERMIAS
Rash maculopapular 
eritematoso pruriginoso
0,1 a 1% da pop. geral
2 a 3% dos pacientes 
hospitalizados
O que é?
Stevens-Johnson e 
Necrólise epidérmica 
tóxica
Urticária e 
angioedema
Fármacos mais 
relacionados
Outras 
farmacodermias
Epidemiologia
Exantema Eritema pigmentar fixo
Penicilinas
Sulfonamidas 
Anticonv-
ulsivantes 
aromáticos
AINES
Alopurinol
IECA
DRESS
Vasculite 
Farmaco-
induzida
Fotoder-
matoses
PEGA
Lesões 
Acnei-
formes
“Drug Reaction 
with Eosinophilia 
and Systemic 
Symptoms”
Rash purpúrico 
palpável simétrico 
em MMII’s
Lesões à 
exposição solar. 
Fototóxico ou 
Fotoalérgico
Múltiplas 
pústulas estéreis 
não foliculares, 
pruriginosas e 
dolorosas
Pápulas 
eritematosas e 
pústulas, sem 
comedões
Rash morbili-
forme e mal 
estar, febre, 
linfadenopatia 
dolorosa, 
eosinofilia 
e linfócitos 
atípicos
Sem plaquetopenia
Febre e leucocitose
Áreas seborreicas e 
não seborreicas
Lesões herpéticas 
em alvo: 
extremidades 
para tronco
Eritema 
multiforme minor
Lesões 
eritematovioláceas a 
acastanhadas
A cada exposição: 
lesão nos mesmos locais 
(hiperpigmentação 
residual)
Reação cutânea 
adversaa 
medicamentos
Não - AlérgicoNecrose por cumarínico
Urticária não-alérgica
Necrose por cumarínico
Tipo I - Anafilática
Tipo II - Citotóxica
Tipo III - Imunocomplexos
Tipo IV – Hipersen-
sibilidade tardia
Alérgico
Urticária, 
angioedema
Plaquetopenia 
por drogas 
(Ex: HIT)
Vasculites
SSJ e NET
Curso benigno
TTO: suspensão 
da medicação
Urtica ou ponfo
TTO: suspensão da 
droga + anti-histamínicos
Forma imediata (30min)
Pode evoluir com edema de 
glote e choque anafilático
Síndrome 
de Stevens 
Johnson
Necrólise 
Epidérmica 
Tóxica
2x mais comum que a NET
Espectro menos grave 
(5% de letalidade)
Desnudamento: < 10% da 
superfície corpórea
10x mais letal que SSJ
Espectro mais grave da SSJ
Desnudamento: >30% da 
superfície corpórea
Mesma doença 
em 2 espectros
Rash maculopapular 
eritematoso doloroso com 
evolução para 
bolhas hemorrágicas
Sinal de Nikolski +
≥2 mucosas afetadas
Pródromos gripais
Internamento + Suporte
Corticoide, 
Imunoglobulina e 
imunossupressores?
Antibioticoprofilaxia: 
Contraindicada!
Podem ocorrer 
sequelas mucosas
Autolimitada (1 mês)
27FARMACODERMIAS
REFERÊNCIAS 
BIBLIOGRÁFICAS 
Clístenes Q. Oliveira, Marconi M. C. Souza, Carlos G. G. de Moura. YellowBook. Fluxos e con-
dutas: Emergência. 2ª Edição. 2019. Editora Sanar.
Jean L. Bolognia, Joseph L. Jorizzo, Julie V. Scharffer. Dermatology. 3º Edição. 2012. Editora 
Elsevier.
Katharine Kennedy e Tushar Dixit. Imunologia para anestesistas – Parte 2: Reações de hi-
persensibilidade. 2016. Anaesthesia: Tutorial of the week. 
Rubem David Azulay. Dermatologia. 6ª Edição. 2013. Editora Guanabara Koogan.
Thomas B. Fitzpatrick. Tratado de Dermatologia. 7ª Edição. 2010. Editora Revinter.
28FARMACODERMIAS

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