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DERMATOLOGIA EM TÓPICOS

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TÓPICOS EM DERMATOLOGIA
01 Princípio Diagnóstico
● Abordagem ao paciente com lesão de pele
○ Anamnese
○ Exame Físico
● Lesões Elementares
○ Lesões Primárias
○ Lesões Secundárias
● Técnicas semióticas
ABORDAGEM AO PACIENTE
ANAMNESE
● ID do Paciente
○ Idade
○ Procedência
○ Ocupação laboral do paciente
■ Pois muitas dermatites são oriundas do contato da pele do paciente
com materiais laborais.
● HDA
○ Duração dos Sintomas
■ 3 anos
○ Velocidade de início dos sintomas
■ “Iniciaram poucas lesões e houve aumento gradual?”
○ Sintomas associados:
■ Prurido
● Intensidade e duração
■ Ardência
■ Dor
■ Parestesia
● Antecedentes Prévios
○ Tratamentos prévios
○ Comorbidades associadas
○ Uso de Medicações
● História familiar
○ Câncer de Pele
○ Alergias
1
TÓPICOS EM DERMATOLOGIA
EXAME FÍSICO
● Examinar toda a superfície da pele e mucosas
○ Cabelos, unhas e pelos
● Inspeção visual
○ Analisar a distribuição da lesão para identificar a lesão primária
○ Identificar as lesões secundárias se houver
● Palpação da lesão
○ Relevos
○ Temperatura
○ Volume
○ Consistência da lesão
● Vitropressão
○ Para diferenciar lesões vasculares dado vasoconstrição da lesão
● Compressão
○ Para análise de edema e dermatografia.
LESÕES ELEMENTARES
● Lesões Primárias
○ Identificar as características de superfície de cada lesão
○ Examinar cuidadosamente
○ Utilizar lupa e dermatoscópio
● Lesões secundárias
○ Desenvolvem-se durante o processo evolutivo da doença
○ Podem ser criadas pelo ato de coçar ou infecção associada
○ Podem ser o único tipo de lesão presente
■ Neste caso, o processo primário da doença deve ser inferido.
CLASSIFICAÇÃO DAS LESÕES
○ Alterações de cor
■ mácula ou mancha
■ pigmentares ou vásculo-sanguínea
○ Lesões sólidas
■ pápula, placa, nódulo, tumor, vegetação, verrucosidade e urtica
○ Lesões de conteúdo líquido
■ Vesícula, bolha, pústula, abscesso ou hematoma
2
TÓPICOS EM DERMATOLOGIA
ALTERAÇÃO DE COR
● Alterações de cor
○ mácula ou mancha
○ pigmentares ou vásculo-sanguínea
MÁCULA
● “É uma mancha pequena”
● Lesão primária
● Alteração da cor circunscrita e plana
○ de até 0,5 cm
○ sem relevo
● Pode ser marrom, azul, vermelho, hipopigmentada
ou acrômica
● Exemplo:
○ Efélides (sardas)
○ Nevo melanocítico
■ Excesso de melanócitos em
determinada região.
○ Hipomelanose gutata
■ Destruição dos melanócitos pelo sol, causando máculas acrômicas
MANCHA
● Alteração da cor
● Lesão sem relevo
○ Maior que 0,5 cm de diâmetro
● Exemplos:
○ Melasma
○ Tinea Inguinal
■ Na virilha
○ Hanseníase
■ Mancha com parestesia
● Perde primeiro a sensação de calor, depois tátil e por último a
dolorosa.
○ Nevo Fibromatoso
■ Mancha café com leite, paciente com convulsões dada doença
genética autossômica dominante.
○ Fitofotodermatose
■ “queimadura” por limão
○ Vitiligo
■ Mancha acrômica, onde o sistema imune destroem os melanócitos.
○ Nevo Acrômico
■ Ausência de Melanócitos
○ Rubéola
■ Mancha vascular eritematosa
3
TÓPICOS EM DERMATOLOGIA
LESÕES SÓLIDAS
Pápula, nódulo, tumor, vegetação, verrucosidade e urtica.
PÁPULAS
● Lesão sólida
● Elevada
● Com até 0,5 cm de diâmetro
● Exemplo
○ Molusco Contagioso
○ Carcinoma Basocelular
■ Com telangiectasias, com superfície
perolada
PLACAS
● Frequentemente formada pela confluência de pápulas
● Lesão sólida
● Circunscrita
● Com mais de 0,5 cm de diâmetro
● Exemplo
○ Psoríase
○ Tínea
■ “”não pode ser tratado com
corticóide"
○ Linfoma
NÓDULO
● Lesão sólida
● Circunscrita
● Elevada
● Medindo mais que 0,5 cm de diâmetro.
● Exemplo
○ Eritema nodoso
○ Neurofibromas
○ Melanoma Nodular
○ Tumores
○ Vegetação
○ Verrucosidade
■ Crescimento exofítico por hipertrofia das papilas dérmicas
4
TÓPICOS EM DERMATOLOGIA
URTICA
● Placa edematosa firme
● Resulta da infiltração da derme com líquido
● São transitórias e podem durar apenas algumas horas na
pele
● Exemplos
○ Dermografismo
LESÕES DE CONTEÚDO LÍQUIDO
Vesícula, bolha, pústula, abscesso e hematoma
VESÍCULA
○ Coleção circunscrita de líquido seroso
○ Menor que 0,5 cm
○ Exemplo
■ Varicela
BOLHA
○ Coleção de conteúdo líquido
○ Maior que 0,5 cm.
○ Exemplo
■ Traumas
■ Queimaduras
PÚSTULAS
○ Coleção circunscrita
○ Contendo líquido e leucócitos
○ Tamanho variado
○ Exemplos
■ Varicela
5
TÓPICOS EM DERMATOLOGIA
LESÕES CUTÂNEAS SECUNDÁRIAS
● Desenvolvem-se durante o processo evolutivo da doença cutânea ou criadas pelo ato
de coçar ou infecção associada
● Podem ser o único tipo de lesão presente
○ Neste caso, o processo primário da doença deve ser inferido
● Escamas
○ Excesso de células epidérmicas mortas
○ São produzidas pela queratinização e descamação anormal
● Crosta
○ Uma coleção serosa seca
○ Formada por restos celulares
● Erosão
○ Uma perda focal de epiderme
○ As erosões não penetram abaixo da junção dermo-epidérmica
○ Por esse motivo curam sem deixar cicatriz
● Úlcera
○ Perda focal tanto da epiderme como da derme
○ As úlceras curam com formação de cicatriz
● Fissura
○ Uma perda linear da epiderme e derme
○ Apresenta parede bem delimitadas quase verticais
● Atrofia
○ Uma depressão na pele
○ Resulta do adelgaçamento da epiderme ou da derme
● Cicatriz
○ Formação anormal de tecido conjuntivo secundário a lesão dérmica
○ Após ferimentos ou cirurgia
○ Inicialmente são espessas e rosadas
○ Com o tempo tornam-se brancas e atróficas
● Quelóide
○ A cicatrização ultrapassa os limites da lesão inicial
○ Mais comum no tórax e em afrodescendentes.
○ É um tumor hipertrófico
6
TÓPICOS EM DERMATOLOGIA
02 Tumores da Pele
● Estima-se que 50% dos brancos com mais de 60 anos desenvolveram algum tipo de
neoplasia cutânea
● Hipótese para aumento da incidência
○ Aumento da conscientização
○ Maio exposição aos raios UV
○ Aumento da longevidade
FATORES DE RISCO
● Presença de sardas
● Olhos Claros
● Número de queimaduras ao longo da vida
● Exposição solar aguda
“Nunca pega sol e nas férias se joga”
● Radioterapia
● Fototerapia
● Arsênio
● Organofosforados
● Histórico familiar e pessoal de câncer de pele
○ CBC prévio promove um aumento de 10 vezes no risco
LESÕES PRÉ-MALIGNAS
Ceratose Actínica
● É a lesão com potencial maligno mais comum
● Consiste em uma região com placas
eritematosas, descamativas
● Essa região é conhecida como “campo de
cancerização”
● Pode ocorrer no lábio
○ Perda da diferenciação do vermelho do lábio
normal.
○ Queilite Actínica (foto)
Corno Cutâneo
● Hiperceratose localizada
● Usualmente no dorso da mão, couro cabeludo, face e
hélice da orelha.
● A base da lesão geralmente é um CEC.
7
TÓPICOS EM DERMATOLOGIA
CARCINOMA BASOCELULAR
● É a neoplasia cutânea mais frequente
○ 5 CBC para cada CEC
○ 10 CBC para cada melanoma
○ 70 a 80% dos carcinomas de pele
● Como necessitam de estroma para seu desenvolvimento, raramente metastatizam.
CBC NODULAR
● Tipo mais comum
● Ocorre geralmente de forma isolada
● Usualmente na cabeça e pescoço
● Com característica de ser uma pápula perolada com
telangiectasias
CBC NÓDULO ULCERADO
● Nódulo perolado com úlcera central
CBC SUPERFICIAL
● Segundo tipo mais frequente
○ 15 a 20% dos CBC
● Placa rósea ou eritematosa descamativa bem
delimitada
● Tipo menos agressivo
○ Crescimento lento podendo permanecer
inalterado por diversos meses ou anos
CBC PIGMENTADO
● Diagnóstico diferencial de melanoma
○ Parece com melanoma pois usualmente
encontra-se em peles com maior produção
de melanina
● Evolução semelhante ao nódulo ulcerado
8
TÓPICOS EM DERMATOLOGIA
CBC ESCLERODERMIFORME
● Forma de pior prognóstico
○ Pois costuma ter crescimento subclínico
○ Usualmente de diagnóstico tardio com
margens difíceis de distinguir.
● Usualmente na face
● Placas escleróticas (semelhante a cicatriz), brancas,
rosa ou amareladas.
● Esclerose:
○ Células induzem a proliferação fibroblástica de deposição de colágeno.
TRATAMENTO DO CBC
● Cirúrgico
○ índice de cura de 90%
○ Recidiva de tumores remanescentes da exérese.○ Raramente metastatizam
■ 0,5% dos casos
● Via linfática mais comum
● Linfonodo regional em 68% dos casos
○ Margem da exérese ampla de no mínimo 0,5 cm
“Prognóstico melhor quanto mais cedo”
SÍNDROME DO NEVO BASOCELULAR
● Pacientes com múltiplos carcinomas basocelular
● Presente em 2% dos pacientes com CBC antes dos 45 anos
● Defeito genético autossômico dominante
9
TÓPICOS EM DERMATOLOGIA
CARCINOMA ESPINOCELULAR
● Segundo câncer de pele mais comum
○ Representa 20% das neoplasias cutâneas
● Maioria surge de lesão pré maligna
○ Ceratose Actínica
● É capaz de produzir metástases em linfonodos locais
● A maioria das lesões ocorrem na região da cabeça e
pescoço.
● Lesão Clássica
○ Placa eritematosa, descamativa que pode
apresentar úlceras, crostas ou uma
hiperceratose localizada
"Usualmente no lábio é um CEC”
○ Pode ocorrer invasão neural.
■ 14% dos casos
■ Envolvimento usual em n. trigêmio e n. facial.
■ Sinais
● dor local; amortecimento; espasmos; fraqueza muscular;
alterações visuais
● Doença de Bowen
○ Nome para CEC in situ
○ Placa eritematosa ou rósea, bem delimitada e pouco descamativa.
○ Placa hiperceratótica fina semelhante a ceratose actínica.
● Eritroplasia de Queyrat
○ Nome para CEC in situ em mucosa do pênis
○ Apresenta-se como uma placa eritematosa brilhante, aveludada com
granulação fina e pouco infiltrada.
● Úlcera de Marjolin
○ Nome para CEC que se desenvolve em área de cicatriz de queimadura
○ Comportamento agressivo.
○ Usualmente necessita de cirurgia mutilante
TRATAMENTO DO CEC
● Cirurgia
○ Exérese com margem de 0,5 cm
● Crioterapia
○ CEC superficial de até 2cm
● Curetagem + eletrocoagulação
○ Bons resultados para tumores menores que 2 cm, localizado em área plana do
corpo.
10
TÓPICOS EM DERMATOLOGIA
MELANOMA
FATORES DE RISCO
● Exposição solar
● Lesão pré-Maligna - Nevo atípico (displásico)
● Fototipos I e II
○ Pele clara
● Alterações actínicas
○ Ceratose Actínicas; CBC
● Melanoses Solares
● História familiar de melanoma
“A lesão pré maligna do melanoma é o nevo displásico”
PROGNÓSTICO
● Pior prognóstico no Melanoma Nodular
○ Dado crescimento vertical desde o início com invasão dérmica
● Melanoma Acral usualmente diagnóstico tardio por estar na sola dos pés
● Ulceração indica crescimento rápido
● Satelitose é a presença de mais lesões em torno.
○ Metástase local
TRATAMENTO
● Exérese cirúrgica com retirada de toda a lesão.
○ Primeiramente margens mínimas, ad posteriori faz-se ampliação de margens.
● Pesquisa de linfonodos sentinela
○ Linfadenectomia se comprometimento linfonodal.
● Quimioterapia
NEVO DISPLÁSICO ATÍPICO
● A - Assimetria
● B - Bordas irregulares
● C - Múltiplas Cores
● D - Diâmetro maior que 0,6 cm
● E - Espessura, lesão elevada.
MELANOMA EXTENSIVO SUPERFICIAL
● Tipo mais frequente em pacientes de pele clara
● Crescimento radial lento
○ “cresce primeiro para os lados”
○ Risco de metástase é menor
○ Pode durar anos
● Mais comum no dorso do homem
● Em mulheres é mais comum nos membros
inferiores.
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TÓPICOS EM DERMATOLOGIA
MELANOMA NODULAR
● Segundo tipo mais frequente em brancos
● Locais mais frequentes
○ Tronco
○ Cabeça
○ Região cervical
● Maior agressividade
○ Pois é nodular desde o início
○ Maior chance de metástase dado invasão dérmica
MELANOMA AMELANÓTICO
● Lesão rósea ou vermelha
● Forma muito agressiva
● Muitas vezes de diagnóstico difícil
● Pode simular um granuloma piogênico ou CEC
MELANOMA LENTIGINOSO ACRAL
● Tipo de melanoma mais comum em negros.
● Acral pois acomete regiões de palma e planta
● Pode acometer a unha e entornos.
LENTIGO MALIGNO MELANOMA
● Ocorre em pessoas de mais idade que tomaram muito
sol ao longo da vida
● Lesão precursora o lentigo maligno
○ Melanoma in situ com crescimento radial e lento
● Ocorre em áreas mais fotoexpostas principalmente a
face.
● Crescimento vertical (para dentro) é associado com
metástases.
● Radioterapia
○ Em tumores inoperáveis ou pacientes sem condições cirúrgicas.
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TÓPICOS EM DERMATOLOGIA
03 Eczema
● Sinônimo de Eczema são as dermatites
● Definição
○ Doença cutânea inflamatória com característica de uma queimadura (eckzem)
● Características
○ Eritema
○ Descamação
○ Vesículas
○ Edema e infiltração
○ Secreção, escamas e crostas
○ Liquenificação
■ Liquenificação por coçadura (lesão secundária)
○ Muito Prurido
■ Sintoma constante
■ Causada pela liberação de substâncias que excitam as terminações
nervosas cutâneas
○ Inflamação Secundária
■ Se inflamação presença de Crostas Melicéricas
TIPOS
○ Eczema de contato
○ Eczema atópico
○ Eczema numular
○ Eczema de estase
■ Insuficiência venosa e estase sanguínea com depósito de
hemossiderina
○ Eczema disidrótico
○ Eczema por farmacodermia
○ Eczema seborreico
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TÓPICOS EM DERMATOLOGIA
ECZEMA AGUDO
● Características
○ Múltiplas vesículas
○ Bolhas
○ Eritema intenso
○ Prurido intenso
● Em casos de alergias, o eczema é
diretamente proporcional à quantidade
de antígeno depositado na pele.
● Na foto, presença de crostas melicéricas dado infecção secundária
○ Usualmente Staphylo e Strepto
● Pode ser causado por alergia ao brinco ou ao calçado
● As lesões podem começar dentro de horas ou dias
○ Lesões tardias confundem o paciente, que não se lembra da exposição
● A inflamação eczematosa aguda evolui para um quadro subagudo antes de
ceder.
TRATAMENTO DO ECZEMA AGUDO
● Compressas úmidas
○ Resfriamento por evaporação causa vasoconstrição diminuindo a
inflamação, prurido e produção de soro.
○ Produz desbridamento mecânico prevenindo acúmulo de soro e formação
de crostas
○ Devem ser removidas após 30 minutos e substituídas por um pano
recèm-embebido
● Corticóide
○ Tópico
■ Lembrando que creme não penetra através das vesículas (bolhas
pequenas)
○ Sistêmico
■ Prednisona 40 mg por 7 a 14 dias após café da manhã
■ Lembrar da retirada gradual para cursos maiores que 5 dias.
● Antihistamínicos
○ Hidroxizina
○ Não alteram o curso da doença
○ Aliviam muito o prurido
○ Induzem o sono
● Antibióticos
○ Em caso de infecção secundária
■ Presença de pústulas e crostas melicéricas.
○ Eritromicina, Cefalexina ou Doxiciclina
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TÓPICOS EM DERMATOLOGIA
ECZEMA SUBAGUDO
● Características
○ Eritema mais brando que na fase aguda
com bordas indistintas
○ Escamas podem recobrir a região
○ Fase sem bolhas.
● Diagnóstico Diferencial
○ Psoríase
■ Se localiza em regiões de trauma
■ Sinal do orvalho sangrante
○ Infecção fúngica
■ Bordas possuem maior atividade
infecciosa.
● Se as fontes de irritação forem retiradas ocorre melhora espontânea sem formação de
cicatriz.
○ Dermatite de contato
● Pode virar crônico se não for tratado.
TRATAMENTO DO ECZEMA SUBAGUDO
● Suspender as compressas úmidas
○ Nesta fase não tem mais bolhas
● Corticóide tópico
○ Aplicado 2 a 4 vezes ao dia
○ Com ou sem oclusão.
● Hidratação tópica
○ para manter a pele saudável.
○ Emolientes e cremes hidratantes
● Imunossupressores tópicos podem ser usados no lugar do corticoide.
15
TÓPICOS EM DERMATOLOGIA
ECZEMA CRÔNICO
● Dado a coçadura, a área acometida fica espessa e as linhas da superfície da pele
podem se tornar proeminentes
○ Líquen Plano (foto)
● Podem ser causadas pela irritação da inflamação subaguda ou surgir como um líquen
simples plano crônico dado atrito constante por longo período de tempo.
● Locais mais acometidos
■ Regiões de coçadura habitual
○ Face dorsal do pé
○ Parte lateral dos antebraços
○ Perianal
○ Parte occipital do couro cabeludo
○ Parte inferior das pernas
■ Eczema de estase
○ Área de pregas
■ Dermatite atópica
● Sintomas
○ Prurido intenso
○ A coçadura leva ao espessamento da pele
■ E o espessamento da pele aumenta o prurido.
“Alguns paciente apreciam tanto a coçadura que desejam que ela volte”
TRATAMENTO DO ECZEMA CRÔNICO
● Corticoide tópico
○ De elevada potência e sob oclusão dado resistência ao tratamento
○ Infiltração intra lesional com corticóide
16
TÓPICOS EM DERMATOLOGIA
TIPOSDE DERMATITES
DERMATITE DE CONTATO
● Eczema Agudo (foto)
○ Placa eritematosa
○ Bolhas (maior que 0,5 cm)
○ Vesículas (bolhas menores que 0,5cm)
○ Escoriações
○ Prurido intenso
DERMATITE ATÓPICO
● Distúrbio cutâneo agudo, subagudo ou crônico
● Comum em crianças pequenas a partir de 2 meses de idade
● Características
○ Pele seca
○ Prurido intenso
● Geralmente em áreas de dobras
○ Fossa poplítea
○ Fossa antecubital.
● Tratamento
○ Anti Histamínico para reduzir prurido
○ Corticóide tópico
○ Hidratante tópico
17
TÓPICOS EM DERMATOLOGIA
LÍQUEN PLANO SIMPLES
● Eczema crônico
○ Resultado do atrito da coçadura
○ Placas circunscritas
“se qualquer um resolver começar a coçar um região será
formado uma liquenificação da pele”
DERMATITE SEBORREICA
● “Caspa”
● Rubor e descamação
● Regiões onde as glândulas são muito ativas
● Placa descamativa eritematosa
DERMATITE ASTEATÓTICO
● Ocorre mais em idosos no inverno
● Dermatite da “pele seca”
○ Resultado de banho muito quente e sabonete em excesso na pele
○ Retirada da gordura natural da pele.
● Conhecido como eczema craquelê
○ Pele rachada, pruriginosa com descamação.
● Pode haver infecções secundárias
○ Grande causa de celulite ou erisipela em idosos
● Tratamento
○ Hidratar a pele
○ Não usar sabonete no corpo todo
REAÇÕES DO TIPO IDE
● São reações vesicopustulosas que ocorrem em um local distante do local infectado.
○ Exemplo
■ Alergia a proteína do fungo que permeia uma frieira.
18
TÓPICOS EM DERMATOLOGIA
04 Picadas de Insetos
● Assuntos abordados:
○ Escabiose “Sarna”
○ Pediculose “Piolho”
○ Aranhas
○ Mosquito
○ Pulgas
○ Larva Migrans
ESCABIOSE
● Doença altamente contagiosa
● Causada pelo ácaro Sarcoptes scabiei var. hominis
● O ácaro é um parasita obrigatório de seres humanos
○ Cão e gato não são vetores, pois esta é uma variação diferente onde a higiene
mata essa variação.
● Tem como lesão primária o túnel sub córneo (foto) do Sarcoptes.
○ Ele vai escavando sobre a camada córnea da pele (bem superficial)
○ O ácaro não entra dentro da
epiderme mantendo-se sobre
● Nos casos raros de Sarna Norueguesa
pode ocorrer túneis intra dérmicos
○ Pacientes imunossuprimidos
● O prurido intenso é causado pela
reação de hipersensibilidade
○ Pode ocorrer eczema a distância
● Sintomas ocorrem mais rapidamente nas reinfecções dado hipersensibilidade
pré-formada
INFESTAÇÃO
● A infestação ocorre quando um ácaro fertilizado atinge a superfície da pele
● Dentro de uma hora a fêmea escava um túnel no estrato córneo
● Ciclo vital de 30 dias
● Ácaro coloca 2 3 ovos por dia
● As larvas eclodem deixando cacas de ovos no túneis e atingem a maturidade em 14
dias
● Lesões com prurido intenso e generalizado geralmente após o primeiro mês de
infecção.
○ IgE elevados
● Transmissão ocorre por contato direto da pele com pessoa infectada
19
TÓPICOS EM DERMATOLOGIA
MANIFESTAÇÃO CLÍNICA
● Início insidioso com sintomas inicialmente leves atribuídos mãos a picada do inseto
● A coçadura destroi os túneis e remove os ácaros dando alívio inicial.
● Prurido mais intenso durante a noite
○ Hora que a fêmea sai do túnel para se alimentar.
○ Sintoma altamente sugestivo de Escabiose
● Vesículas e Pápulas isoladas e cheias de material seroso
● Presença do túnel:
TRATAMENTO
● Permetrina 5%
○ Escolhas em Crianças
○ Reaplicar em uma semana
○ Aplicado em toda a superfície da pele abaixo do pescoço
■ Em idosos recorrentes faz-se da cabeça aos pés
○ Lavar após
■ Crianças em 8h
■ Adultos em 12h
○ Cortar as unhas e aplicar a permetrina nas unhas com escova de dentes.
○ Passar as roupas com ferro quente.
○ Prurido pode se manter mesmo após aplicação
■ Antihistamínico e hidratante tópico.
● Ivermectina 1 cp de 6 mg / 30 kg
○ Antiparasitário de escolha em adultos
○ Tratar no 1º dia e no 8º dia
○ Não pode ser usado em gestantes ou em crianças.
○ Resolução do prurido em 48h
● Enxofre Precipitado a 6%
○ Causa mau odor
○ Opção no caso de grávidas ou crianças dado impossibilidade da ivermectina.
20
TÓPICOS EM DERMATOLOGIA
PEDICULOSE
● “Piolho” - Pediculus humanus
● Transmissão
○ Contato direto pessoal
○ Objetos íntimos
● Os animais de estimação não são vetores
○ É um ectoparasitas humano obrigatório
■ Não adentram a pele, vivem sobre o corpo
● Sobrevivem fora do hospedeiro por até 10 dias
● Ovos sobrevivem por até 3 semanas
● Podem ocorrer reações de hipersensibilidade
● São três tipos
○ Piolho da Cabeça
■ Variação capitis
■ Coçadura causa inflamação e infecção bacteriana secundária com
pústulas, crostas melicéricas e adenopatia cervical
■ O piolho da cabeça não transmite outras doenças humanas.
○ Piolho do Corpo
■ Variação corporis
■ Causado pela falta de higiene
○ Piolho Púbico
■ Espécie Phthirus pubis
■ É a DST mais prevalente
■ Risco de 90% de infestação em um único contato
■ Até 30% dos pacientes possuem outra DST.
TRATAMENTO
● Permetrina Xampu
○ Deixar 10 min no 1º dia e no 8º dia
○ Não usar creme hidratante para cabelos por até duas semanas.
● Ivermectina
○ Tomar 1cp para cada 30kg no 1º e no 10º dia.
● Sulfametoxazol-Trimetropin
○ Se infestação grave e sem resposta aos outros tratamentos
○ Tomar 1 cp de 12/12h por 3 dias
● Remoção de lêndeas
○ Remoção mecânica com pente fino por duas semanas após ter achado o
último piolho.
21
TÓPICOS EM DERMATOLOGIA
ARANHAS
● A picada pode não ser sentida no momento
● Podem ocorrer dor localizada, edema, prurido, eritema, bolhas e necrose.
● A toxina da Loxosceles causa necrose
● A toxina da Latrodectus causa anormalidade neuromuscular.
MANEJO DA PICADA
● Aranha Marrom (Loxosceles)
○ A maioria é leve e deve ser tratada de modo conservador
■ Bolsa de gelo, repouso e elevação do membro afetado
○ Anti Histamínicos, Analgésicos e Antibióticos (cefalosporina)
○ Loxoscelismo sistêmico
■ Prednisona 1mg/kg/dia
■ Cirurgia para desbridamento das lesões necróticas
PICADAS DE INSETO
● Úrticária Papulosa
● Reação de hipersensibilidade em crianças a
picadas de insetos.
○ Picadas antigas podem reaparecer
dado hipersensibilidade (foto)
○ Após sensibilizadas, as picadas
subsequentes mostram pápulas
urticariformes que coçam intensamente.
MANEJO DA PICADA
● Anti Histamínico
● Corticóides
LARVA MIGRANS
● Aparecem dado deslocamento das larvas de ancilóstomos através da pele
● Os ancilóstomos vivem em intestinos de cães e gatos sem causar sintomas a estes
(aparentam saudáveis)
● Em 95% dos casos pacientes apresentam
histórico de exposição em praias
● Sintomas de Prurido intenso
● TRATAMENTO
○ Tiabendazol 1,5g
○ Albendazol 400mg
22
TÓPICOS EM DERMATOLOGIA
05 Exantemas
● Sinônimo de exantemas são os Rash Cutâneos
● Conhecidas como doenças maculopapulosas.
○ Pequenas manchas (mácula) com pápulas confluentes.
● Usualmente vinculadas a viroses.
ANAMNESE
● Morfologia
● Duração
○ Aguda: menor que 4 semanas
○ Subaguda: entre 4 e 8 semanas
○ Crônica: maior que 8 semanas
● Distribuição
○ Localizada
○ Generalizada
● Idade, gênero, história familiar, medicamentos, alergias e exposições ambientais
○ Usualmente exantemas em adultos provavelmente se relaciona a
medicamentos
○ Usualmente exantemas em crianças se relaciona com vírus
○ Na pandemia deve ser considerado covid.
● Febre
● Cefaleia
“Sempre o Exantema é considerado uma urgência”
Exantemas Virais
● Varicela
● Mononucleose
● Citomegalovírus
● Sarampo
● Rubéola
● Escarlatina
● Enterovirose
Exantemas por Farmacodermia
● Eritema multiforme
● Síndrome de Stevens-Johnson
● Síndrome DRESS
● Pustulose Exantemática Aguda Generalizada.
23
TÓPICOS EM DERMATOLOGIA
VARICELA
● É a primo-infecção pelo HSV-3
● Infecção Viral primária, aguda, altamente
contagiosa, caracterizado por surgimento de
exantema de aspecto máculo-papular e
distribuição centrípeta que, após algumas horas
torna-se vesicular e evolui rapidamente para
pústulas, podendo formar crostas em 3 a 4 dias
● Se arrancar as crostas acaba deixando cicatriz.
●Caracterizada pelo aparecimento de vesículas em
base eritematosa na pele e mucosas.
○ Principal característica é a presença das três fases ao mesmo tempo
(polimorfismo das lesões)
■ Vesícula
■ Pústulas
■ Crostas
● Contágio por contato direto ou secreções respiratórias e raramente por contato com
lesões de pele
● Enquanto houver vesículas há possibilidade de contágio.
● Quadro Clínico
○ Mal-estar
○ Febre moderada
○ Anorexia
○ Cefaleia
○ Dor abdominal
○ Rash cutâneo após 24 a 48 horas
■ distribuição centrípeta
■ Inicia no couro cabeludo para o tronco e extremidades
■ Em 1 semana a febre desaparece e deixam de aparecer novas lesões.
● Tratamento
○ Repouso e afastamento das atividades
○ Paracetamol ou dipirona para controle da febre
○ anti histamínicos para prurido
○ Nunca utilizar salicilatos pelo risco de síndrome de Reye
○ Antibióticos somente se infecção secundária
○ Aciclovir
○ Tópico:
■ limpeza das lesões no banho ou com água boricada e
■ antisséptico e
■ antibacteriana.
24
TÓPICOS EM DERMATOLOGIA
HERPES ZOSTER
● Paciente na infância teve varicela, e o vírus se aloja no nervo sensitivo periférico,
podendo ter o recrudescimento do vírus quando sistema imune fica deficitário.
● Muitas vezes a dor no dermátomo antecede as vesículas.
● Pode acometer qualquer parte do corpo.
● O mais comum são as lesões torácicas em dermátomo unilateral.
● Lesão elementar
○ Vesículas Eritematosas em dermátomo unilateral sem ultrapassar a linha
mediana.
● Complicação
○ Nevralgia pós herpética
○ Crônica e posterior a infecção viral.
● Tratamento
○ Doses altas de Aciclovir
■ 800mg 5 x ao dia por 7 dias
○ Fanciclovir 1g
■ 12/12h por 7 dias
○ Valaciclovir
○ Analgésicos
○ Limpeza e antibióticos tópicos se infecção secundária
○ Formas Graves
■ Aciclovir EV 10mg/kg de 8/8h
○ Corticoide sistêmico parece reduzir possibilidade de nevralgias posteriores.
SARAMPO
● Rash maculo papular, morbiliforme que desaparece com leve
descamação.
● Começa em região frontal seguindo a linha de implantação do
cabelo, disseminando após para o dorso, extremidades, palmas e
solas, com distribuição centrífuga.
RUBÉOLA
● Exantema maculopapular róseo, irregular e que se inicia
na face e que dissemina nos troncos e na face.
● Tem tendência a confluir
● Dura 3 dias e desaparece sem descamar.
● Sinal de Forchheimer petéquias no palato mole e
úvula
25
TÓPICOS EM DERMATOLOGIA
ERITEMA INFECCIOSO
● Causado pelo Parvovírus B19
○ É o único capaz de infectar humanos
● Distribuição em todo mundo
● Frequente
● Usualmente entre 5 e 15 anos
● Caracterizado pela palidez perioral e eritema
nas bochechas
● Exantema com aspecto rendilhado
ESCARLATINA
● Faringite por Streptococcus progenies (faringite
setreptocócica)
● Característica língua em framboesa.
● Tratamento com Penicilina Benzatina
FARMACODERMIA
● Pustulose Exantemática Aguda Generalizada
○ Alergia a Vancomicina
○ Caracterizado por vesículas pustulosas
● Síndrome de DRESS (FOTO)
○ Edema de face
○ Conjuntiva amarelada por
hepatotoxicidade
■ Icterícia
26
TÓPICOS EM DERMATOLOGIA
06 Doenças Bolhosas
As doenças bolhosas são classificadas pelo nível de separação da epiderme.
● Essas doenças são frequentemente originadas pela presença de autoanticorpos
específicos contra proteínas da membrana basal ou epiteliais que levam a uma
separação dos queratinócitos (acantólise).
● O pênfigo está associado a autoanticorpos lgG contra várias desmogleínas
intercelulares, resultando na formação de bolhas que são subcórneas (pênfigo foliáceo)
ou suprabasais (pênfigo vulgar).
● O penfigoide bolhoso está associado com autoanticorpos IgG contra as proteínas da
membrana basal e produz uma bolha subepidérmica.
● A dermatite herpetiforme está associada com autoanticorpos IgA contra as fibrilas
que ligam a membrana basal da epiderme à derme, sendo também caracterizada por
bolhas subepidérmicas.
CONTEÚDOS ABORDADOS
● Pênfigo (Intraepidérmicos)
○ Foliáceo
○ Vulgar
○ Paraneoplásico
● Penfigóides (Subepidérmicos)
○ Bolhoso
○ Cicatricial
○ Herpes gestacional
○ Dermatite herpetiforme
● Epidermólise bolhosa adquirida
DIAGNÓSTICO
● Clínica
● Histopatológico (biópsia)
○ Área de clivagem (localização da vesicobolhosa)
■ Intraepidérmica
■ Subcórnea
■ Suprabasal
■ Subepidérmica
○ Imunofluorescência é utilizada para analisar os anticorpos que estão
promovendo a clivagem.
27
TÓPICOS EM DERMATOLOGIA
PÊNFIGO
● Grupo de doenças com comprometimento cutâneo, algumas vezes na mucosa, que
têm como característica a presença de Bolhas Intra-Epidérmicas.
○ Bolhas flácidas (não tensas) que podem estourar mais facilmente.
● Ocorrem por Acantólise
○ Perda da adesão entre as células epiteliais da camada de Malpighi
● Anticorpos dirigidos contra os Desmossomos
○ Antígenos contra a desmogleína
● Exemplos
○ Pênfigo Vulgar
○ Pênfigo Foliáceo
○ Raros
■ Herpetiforme
■ Por Drogas
■ por IgA
■ Paraneoplásico
● Sinal de Nikolsky
○ Caracteriza-se pelo deslizamento da pele aparentemente normal próxima a
área comprometida quando se faz fricção, indicando a existência de acantólise.
○ É um excelente recurso para o diagnóstico dos pênfigos, embora não seja
patognomônico.
PÊNFIGO FOLIÁCEO
● Conhecido como fogo selvagem
● Desencadeado por um agente ambiental
○ A produção de auto-anticorpos anti desmogleína é desencadeada por fatores
ligados ao ambiente
○ IgG1 e IgG4
● Tem ocorrência em vários familiares ao mesmo tempo
● Há a produção de auto-anticorpos anti desmogleína-1
28
TÓPICOS EM DERMATOLOGIA
CLÍNICA
● Bolhas superficiais que se rompem com
facilidade deixando áreas erosadas
● Não há acometimento mucoso
● Há a sensação de ardor ou queimação
○ Fogo Selvagem
● Encontra-se nos pacientes apenas erosões, dada
flacidez e superficialidade das bolhas.
TRATAMENTO
● Corticóide altas doses: 1 mg/kg com Retirada gradual lenta
● Pacientes respondem rapidamente ao corticoide oral
PÊNFIGO VULGAR
● Forma mais grave de pênfigo, crônico e com períodos de exacerbação podendo evoluir
para óbito.
● Mais frequente entre a 4 e 6 década de vida
● Autoanticorpos IgG4 contra
a desmogleína 3 (mucosas)
e desmogleína 1 e 3
(epiderme)
● Bolhas frágeis e dolorosas.
● Sinal de Nikolsky positivo
● Acomete mucosa oral
○ 50% dos casos iniciam
com lesão na mucosa
oral
○ Lembram aftas e são
dolorosas
○ 90% apresentam
lesões em mucosas
durante o curso da
doença.
PÊNFIGO PARANEOPLÁSICO
● Usualmente em pacientes idosos e que
estão vinculados na sua grande
maioria com linfomas.
● Característica Clínica de estomatite
severa e intratável que se estende
sobre o vermelho do lábio.
29
TÓPICOS EM DERMATOLOGIA
PENFIGÓIDES
PENFIGÓIDE BOLHOSO
● Doença bolhosa auto imune
● É uma bolha subepidérmica
○ Bolhas tensas e grandes
○ Com conteúdo claro ou hemorrágico
● Acomete idosos acima dos 60 anos de
idade
● Causada por auto-anticorpos IgG contra
glicoproteínas transmembrânica de ancoragem entre epiderme e derme
○ Imunofluorescência cora a região da membrana basal.
CLÍNICA
● Prurido intenso
○ Pode até mesmo anteceder às bolhas
● Usualmente em áreas flexurais podendo acometer todo o corpo
● Pode acometer genitália
DIAGNÓSTICO
○ Histopatológicos.
PENFIGÓIDE CICATRICIAL
● Penfigóide com erosões das margens com cicatrização e atrofia resultante em alopecia
(cabelo e cílios)
EPIDERMÓLISE BOLHOSA ADQUIRIDA
● A epidermólise bolhosa adquirida acomete as regiões de contato e trauma como nas
articulações metacarpofalangianas.
DERMATITE HERPETIFORME
● Dermatite da doença celíaca, placas eritematosas com bolhas tensas com posterior
erosão extremamente pruriginosa.
● A estreita associação entre a dermatite herpetiforme e a doença celíaca fornece um
indício sobre sua patogenia.
○ Em até 80% dos casos, ocorre em associação à doença celíaca.
○ Em contrapartida, apenas uma pequena minoria dos pacientes com a doença
celíaca desenvolve dermatite herpetiforme.
● Os indivíduos com predisposição genética desenvolvem anticorpos IgA na presença dedieta rica em glúten (derivado da proteína gliadina do trigo).
● Pela imunofluorescência direta, a pele exibe depósitos granulares de IgA descontínuos
localizados seletivamente nas pontas das papilas dérmicas.
● A inflamação e a lesão resultante produzem uma bolha subepidérmica.
30
TÓPICOS EM DERMATOLOGIA
07 Urticária e Angioedema
URTICÁRIA
● É uma dermatose reacional da pele e mucosas
● Caracterizada pelo aparecimento súbito de placas eritemato-edematosas
circunscritas.
● Com característica usualmente numular às vezes
confluentes. (forma de moeda)
○ Bordas circinadas (forma de círculo)
● De tamanho e localizações variadas
● Associada a prurido intenso
● Placas de urticária são consequentes
○ Vasodilatação
○ Aumento da permeabilidade capilar
○ Edema da derme
● A lesão individualizada costuma ser fugaz, esmaecendo
sem deixar cicatriz em 24 a 48h
● Pode ser acompanhado de
○ Edema de partes moles (Angioedema)
■ Edema de mucosas e partes moles com
resolução lenta podendo durar até 72h.
■ Somem sem deixar cicatriz
■ Urticária sozinha 50%
■ Urticária + Angioedema 40%
■ Apenas Angioedema 10%
○ Sintomas Sistêmicos
■ Chiado no peito
■ Espirro
■ Tosse
CLASSIFICAÇÃO
● Espontânea
○ Aguda - até 6 semanas
○ Crônica
● Física
○ Dermografismo
○ De pressão tardia
○ Por frio
○ Por calor
○ Solar
○ Vibratória
31
TÓPICOS EM DERMATOLOGIA
● Especiais
○ Colinérgica
■ Adrenalina
○ de contato
○ aquagênica
○ induzida pelo exercício
FISIOPATOLOGIA
● Mastócitos liberam mediadores pré formados
○ Histaminas
■ Vasodilatação e extravasamento do plasma
■ Síntese de citocinas IL 4, 5 e 6, TNF
ETIOPATOGENIA
● Não Imunológica
○ Degranulação direta dos mastócitos
■ opiáceos, antibióticos, venenos e contrastes
■ AINE, Aspirina, alérgenos alimentares
● Imunológicas
○ Dependente de IgE
■ Urticárias Físicas
○ Dependente complemento
■ Angioedema hereditário, adquirido e urticária vascular
○ Por anticorpos
■ Anticorpo anti-IgE
URTICÁRIA AGUDA
● De início súbito
● Duração menor de 6 semanas
● Formação de grandes placas eritêmato-edematosas pruriginosas e polimórficas
● Se as placas durarem mais de 48h deve-se pensar no diagnóstico de eritema poliforme
ou urticária vascular.
● Em Crianças
○ Infecções 48%
○ Medicamentos 5%
○ Alimentos 3%
○ Causas desconhecidas 50%
● Em Adultos
○ Medicamentos 48%
○ Infecções 5%
32
TÓPICOS EM DERMATOLOGIA
URTICÁRIA CRÔNICA
● Duração maior de 6 semanas
● Recorrente, podendo prolongar-se por anos
● Tendência à involução espontânea
● Causas possíveis (7IP)
○ Ingestão de alimentos
○ Inalação
○ Injeção (penicilina)
○ Infecções
○ Infestações
○ Interna (tireoideopatias, colagenases
○ Idiopática (75% dos pacientes)
○ Psíquica - estresses psicológicos
● Investigação
○ Anamnese
○ Hemograma e PCR
○ Doenças infecciosas
■ H pylori
■ Hepatites
○ Anticorpos antitireoidianos
○ Prova de funcao tireoidiana
○ Proteinograma
○ Prova de sensibilização alimentar
○ Pesquisa de parasitoses intestinais.
URTICÁRIA FÍSICA
● Dermografismo
○ Urticária localizada linear
○ Aparece em 6 a 7 minutos após o estímulo e começam a desaparecer em 10 a
15 min.
○ Pode ser secundário a
■ Endocrinopatia
■ Infecções
■ Medicamentos ou
■ Fisiológico
● durante a gestação
● início da menopausa
■ Rara em crianças
○ Prova Diagnóstica
■ Pressão com elemento rombo e aparecimento da urtica em menos de
10 minutos
33
TÓPICOS EM DERMATOLOGIA
URTICÁRIA POR PRESSÃO TARDIA
● As placas de urticária iniciam após 2h da aplicação da pressão
● Pruriginosas ou dolorosas
● Local da pressão em palmas, plantas, glúteos e cintura
● Duram de 8 a 24h
● Pode estar associado a mal estar geral, com dores difusas e cefaleia.
● Prova diagnóstica
○ Aplicar um peso de 2,5 a 4,5 kg de i,5 cm de diâmetro no antebraço com
aparecimento da urticária em até 3h.
URTICÁRIA COLINÉRGICA
● Rara em crianças mas comum em adolescentes
● Adolescentes com dermatite atópica são mais acometidos
● Surto de erupção papular pruriginosa desencadeada por exercício físico ou estresse
emocional.
● A erupção dura entre 30 min a 4h.
● Prova Diagnóstica
○ Elevação da temperatura corporal com exercício ou água quente durante
10min, aparecimento da lesão em 2 a 30 min.
URTICÁRIA AO FRIO
● Eritema, edema e prurido cutâneo poucos minutos após exposição ao frio.
● Pode ter sintomas sistêmicos
○ Fadiga
○ Dispnéia
○ Vômitos
○ Síncope
○ Diarréia
URTICÁRIA SOLAR
● Muito raro em crianças
● Prurido, eritema e edema seguido por placas de urticária após minutos de exposição a
luz solar que persistem por 15min a 3h
URTICÁRIA AQUAGÊNICA
● Erupção pruriginosa, disseminada de pequenas pápulas perifoliculares
● Aparecem depois de contato com água de qualquer temperatura
● Duram 15 a 90 min.
URTICÁRIA IDIOPÁTICA
Sem etiologia diagnosticada.
34
TÓPICOS EM DERMATOLOGIA
MANEJO DA URTICÁRIA
● Identificar e remover o agente causador
● Reduzir os fatores inespecíficos que podem contribuir para a urticária ou prurido
● Anti-histamínicos bloqueadores de HI de segunda geração
○ Primeira Linha no tratamento
■ Hidroxizine (causa sonolência)
■ Loratadina
■ Fexofenadina (allegra)
● Corticóides
● Bloqueadores H2 podem ser utilizados como sinergistas.
○ Ranitidina
● Evitar AINE
● Omalizumabe
○ urticária crônica espontânea.
35
TÓPICOS EM DERMATOLOGIA
08 Sarcoidose
● Doença inflamatória
● Multissistêmica
● Etiologia desconhecida
● Apresentam quadro histopatológico específico:
○ Granulomas de células epitelióides não caseosos predominantemente
nos pulmões e nódulos linfáticos
● Picos de incidência
○ 25 e 35 anos
○ 45 e 65 anos
● É a afecção sistêmica que atinge a pele e outros órgãos como pulmões, linfonodos,
olhos, baço, fígado e ossos.
● Sarcoidose é uma doenças granulomatosa não infecciosa
○ Compreende um grupo de afecções representadas, ao exame histopatológico,
por granuloma sem a participação etiopatogênica dos agentes infecciosos
como na tuberculose ou hanseníase.
PATOGÊNESE
● Embora a etiologia permaneça desconhecida, admite-se que vários antígenos possam
provocar a doença em indivíduos geneticamente susceptíveis.
○ Fatores genéticos
○ Fogão a lenha
○ pólen de árvore
○ partículas inorgânicas
○ Inseticida
○ Mofo
SINAIS E SINTOMAS
○ Apresentação depende da extensão
■ 5% assintomáticos
■ 45% comprometimento sistêmico
■ 50% componente pulmonar
■ Ocular
● dor ocular
● distúrbios de visão
■ Músculo esquelético
● Dores articulares
● Mialgias
■ Manifestações cutâneas e linfonodais
36
TÓPICOS EM DERMATOLOGIA
EXAME FÍSICO
● Pode ser normal
● Podem se ouvir crepitantes pulmonares
● Diminuição da saturação ao exercício
● Linfadenomegalia intratorácica
○ Achado radiológico
■ Raio X
● A adenopatia hilar bilateral é o mais frequente.
■ TC de tórax
● Nódulos intraparenquimatosos bilaterais
ACHADOS DERMATOLÓGICOS
● Sinais
○ A pele é acometida em cerca de 20 a 35% dos casos
○ Eritema Nodoso
○ Paniculite dolorosa nos membros inferiores
○ Lúpus pérnio
■ Lesão cutânea mais específica da sarcoidose
○ Rash violáceo malar ou nasal
○ Infiltração (reativação) das cicatrizes e tatuagens antigas por granulomas
epitelióides
■ Pode ocorrer como manifestação inicial ou
associada a doença sistêmica pré-existente
■ Achado muito sugestivo de sarcoidose
■ Uma das manifestações clínicas mais
específicas, porém pouco prevalente.
■ Foto: Reativação de cicatrizes de 10 anos.
● Foto 1:
○ Nódulo eritêmato-violáceas no braço com
leve prurido
○ Pequenas e difusas
○ Com a vitropressão fica cor de geléia de
maçã
37
TÓPICOS EM DERMATOLOGIA
● Foto 2:
○ Placa eritemato-acastanhada,
descamativa na região
lombossacra
○ Associada à sarcoidose
pulmonar
● Foto 3: Lúpus Pérnio
○ Lesão cutânea mais específica da
sarcoidose.
● Foto 4:
○ Eritema Nodoso
■ É a única lesão que se
correlaciona com o
prognóstico
■ Ocorre na fase Aguda
■ Está associado a sarcoidose
de resolução espontânea
■ Possui relevo
TRATAMENTO
● Corticóide:Prednisona
● Metotrexato
● Sarcoidose pulmonar com fibrose avançada
○ Transplante de pulmão
PROGNÓSTICO
● Evolução varia de acordo com a duração da
doença, sua gravidade e os órgãos envolvidos
● Mais frequentemente é uma doença autolimitada
que dura de 12 a 36 meses em metade dos casos
e menos de 5 anos em muitos casos
● Minoria dos pacientes terão doença prolongada
● Mortalidade em torno de 5%
38
TÓPICOS EM DERMATOLOGIA
09 Hipersensibilidade a Drogas
● A reação cutânea mais comum ao uso de drogas
○ Exantema: 45%
○ Erupções urticariformes: 27%
○ Eritema fixo: 9%
○ Eritema multiforme: 5%
FARMACODERMIAS
● Principais causas dermatológicas na emergência
● Principais medicamentos
○ Sulfas
○ Antibióticos
○ Analgésicos
○ Tranquilizantes
● 80% das reações são previsíveis e geralmente dose-dependentes
○ Ação farmacológica conhecida da droga em uso
● Reações não previsíveis independem da dose
○ Usualmente não são relacionadas a ação farmacológica e sim a
hipersensibilidade do sistema imune.
■ Como estão vinculadas ao sistema imune, não são dose dependente.
● Mínima dose pode desencadear a farmacodermia.
REAÇÕES NÃO IMUNOLÓGICAS
● Previsíveis
○ Superdosagem
○ Efeitos Colaterais
○ Distúrbios ecológicos
○ Teratogenia
● Não Previsíveis
○ Intolerância
■ Toxicidade em doses habitualmente não tóxicas
● Derivados da quinina
○ Ex: Zumbidos em alguns indivíduos e em doses muito
altas na população em geral.
○ Idiossincrasias
■ Quadro diferente da ação esperada
● Ex: Prometazina (sedativa) mas que causa agitação em alguns
pacientes
39
TÓPICOS EM DERMATOLOGIA
REAÇÕES IMUNOLÓGICAS
● Reações tipo I - Dependente da IgE
○ Reações a penicilina
■ Urticária, exantemas e anafilaxia
● Reações tipo II - Mecanismo citotóxico
○ Formação de complexos droga-anticorpo complemento
■ Anemia hemolítica e plaquetopenias
● Reações tipo III - Imunocomplexos
○ Consumo de complemento
■ Vasculites
● Reações tipo IV - Imunidade Celular
■ Dermatite de contato
EXANTEMA AGUDO
● Reação imunológica do tipo I dependente de IgE
● Aparecimento súbito geralmente 8 dias após o início do uso da droga
● Morbiliforme ou escarlatiniforme
● Forma mais comum de farmacodermia
○ Causada geralmente por penicilina
● Quadro clínico
○ Febre, cefaléia e artralgias
○ Reexposição pode causar aparecimento do exantema igual ou de maior
intensidade dado hipersensibilidade
ERITEMA PIGMENTADO FIXO
● Mácula ou mancha redonda ou oval (numular)
○ Vermelho Azulado de limites nítidos
○ Prurido e queimação
● Mais comum em membros, tronco, mãos, pés e
genitália
● Esmaecimento gradual desaparecendo em
semanas
● Na reexposição ocorre recidiva sempre no
mesmo local
○ Se reexposição sucessiva pode ocorrer pigmentação permanente
● Analgésicos e antitérmicos são os fármacos que mais causam eritema
pigmentado fixo.
"mancha numular que vai e volta no mesmo local é
quase patognomônico de eritema pigmentado fixo”
40
TÓPICOS EM DERMATOLOGIA
ERITEMA NODOSO
● Lesão é elevada
● Fármacos
○ Anticoncepcionais orais
○ Codeína
ERITEMA MULTIFORME
● Se caracteriza por lesões em alvo geralmente em palmas e plantas.
● Fármacos
○ Barbitúricos
○ Sulfonamidas
○ Penicilina
○ Antineoplásicos
■ Metotrexato
■ Busulfan
■ Bleomicina
SÍNDROME DE STEVENS-JOHNSON
● Confluência de eritemas multiformes por farmacodermia
● Geralmente em crianças e adultos jovens
● É a forma maior do eritema multiforme
● Causado por
○ Drogas
■ Sulfas
■ Anticonvulsivantes
■ AINE
■ Dipirona
■ Penicilina
■ Alopurinol
○ Vírus
○ Bactérias
● Quadro clínico
○ Pródromos de infecção: febre, cefaléia, coriza, mialgias, artralgias
○ Complicação durante a síndrome é infecção secundária
○ Mortalidade de 5 a 15%
○ Lesão orais
■ Bolhas hemorrágicas que se rompem
41
TÓPICOS EM DERMATOLOGIA
○ Lesões oculares
■ Conjuntivite serosa catarral ou purulenta, uveite anterior, panoftalmia
podendo causar amaurose (cegueira)
○ Lesões cutâneas
■ tipo eritema multiforme máculo-pápulas e púrpuras sero-hemorrágicas
TRATAMENTO
○ Hospitalização com isolamento
■ Para evitar infecção secundária que pode agravar o quadro.
○ Limpeza e assepsia das lesões
○ Vigilância contínua
○ Manutenção do equilíbrio hidroeletrolítico
○ Corticóide
○ Principalmente retirar o agente causador primário
NECRÓLISE EPIDÉRMICA TÓXICA (NET)
● Causado por drogas independente da dose.
○ AINDA, dipirona, salicilatos; Anticonvulsivantes, carbamazepina
○ Penicilina, Cefalosporinas; Corticóides
○ Vírus; Vacinas
○ Linfomas
QUADRO CLÍNICO
○ Mal estar, febre baixa, hipersensibilidade cutânea, inflamação conjuntival
○ Eritema nas grandes pregas cutâneas
○ Sinal de Nikolsky positivo na pele lesada
○ Lesões em mucosas
○ Febre alta
○ Ocorre desprendimento extenso de retalhos da pele
■ Aspecto de grande queimado
○ É a farmacodermia com pior prognóstico
■ Idade mais avançado
■ Extensão da NET
■ Morte por insuficiência respiratória ou septicemia geralmente por S.
aureus ou P. aeruginosa.
TRATAMENTO
○ Hospitalização com isolamento
○ Suspensão precoce da droga causadora melhora o prognóstico
○ Medicamentos com meia vida maior aumentam risco de óbito
○ Mesmos cuidados que pacientes grandes queimados
■ Grande risco de sepse
○ Imunoglobulina endovenosa
○ Ciclofosfamida, ciclosporina e plasmaférese.
42
TÓPICOS EM DERMATOLOGIA
PUSTULOSE EXANTEMÁTICA AGUDA GENERALIZADA
● Usualmente em pacientes que receberam
Vancomicina
● Percebe-se pequenas pústulas.
SÍNDROME DA HIPERSENSIBILIDADE INDUZIDA POR DROGAS
(DRESS)
● DRESS - Drug rash with eosinophilia
● Mais comum em negros
● Predisposição Genética somado a exposição a drogas
○ 3 a 6 semanas da introdução da droga
● Clínica
○ Febre e lesões cutâneas
○ Exantema morbiliforme
○ Edema facial importante
○ Linfadenomegalia
○ Hepatite
■ Pode ser fulminante
○ Eosinofilia
■ 90% dos casos
○ Reativação do HSV 6
● Tratamento
○ Corticóide Sistêmico
○ Resolução Lenta
43
TÓPICOS EM DERMATOLOGIA
10 Dermatite Atópica
● Doença inflamatória Crônica da Pele
● Caracterizado por lesões de eczema (parece queimaduras) recorrentes
● Na maioria das vezes inicia na infância acometendo 2 em cada 10 crianças
● Distúrbios mediados por um desequilíbrio em
relação a uma resposta T-helper e respostas
exageradas de IgE e alérgenos
● Predisposição vitalícia
● Manifestações clínicas e expressividade variáveis
○ Causadas por defeitos da barreira
epidérmica
● O paciente com dermatite atópica tem um risco
maior de doenças inflamatórias mediadas pelo sistema imune
○ Asma brônquica
○ Rinite
○ Conjuntivite
○ Alergia alimentar
MARCHA ATÓPICA
● O eczema atópico é, na maioria dos casos, a primeira manifestação de atopia.
● Posteriormente há uma elevada chance (40%) de apresentar asma brônquica e 25%
de evoluir para rinite alérgica
PREVALÊNCIA
● 20% das crianças podem apresentar eczema atópico
● 80% dos casos serão de doença leve
● 60% dos casos terão início precoce no primeiro ano de vida
● Um pior prognóstico está vinculado:
○ História familiar de DA
○ Início precoce
○ Gravidade da apresentação inicial
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TÓPICOS EM DERMATOLOGIA
CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS
● Pele Atópica
○ Pele seca (xerose) descamativa com características de barreira ineficiente
○ Pode acometer toda a pele da criança
○ Possui colonização bacteriana diferente da pele saudável.
○ Linha de Dennie-Morgan
■ Dobras duplas sob a pálpebra inferior
○ Hiperlinearidade palmar
○ Sinal de Hertoghe
■ Afinamento ou ausência da porção lateral das sobrancelhas.
● Eczema Agudo
○ Eritematodescamativa
● Eczema Agudo
○ Pele eritematosa
● Eczema Crônico
○ Liquenificação por coceira
○ Linhas proeminentes
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TÓPICOS EM DERMATOLOGIA
DERMATITE ATÓPICA NO LACTENTE
● Quadro agudo
● Lesões na face e superfície extensora dos membros
● O tronco pode ser acometido
● Geralmente a área das fraldas é poupada.
DERMATITE ATÓPICA ENTRE 1 E 2 ANOS DE IDADE
● Lesões mais polimórficas
● Particularmente acomete as pregas flexoras.
DERMATITE ATÓPICAEM ADOLESCENTES E ADULTOS
Placas liquenificadas e escoriadas nas flexuras, punhos, tornozelos e pálpebras
Adultos podem apresentar eczema crônico da mão ou lesões semelhantes a prurigo.
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TÓPICOS EM DERMATOLOGIA
SINTOMAS
● Prurido crônico é sintoma constante na DA
“Se não coçar, não é Dermatite Atópica”
● A coçadura ocasiona lesões cutâneas, piora da inflamação e aumento do risco de
infecção bacteriana/viral.
● Prurido crônico tem enorme impacto na qualidade de vida dos pacientes e familiares.
COMPLICAÇÕES DA DERMATITE ATÓPICA
Infecções Bacterianas
● Prurido intenso, febre e mal estar.
● Eritema intenso, exsudato, erosões, crostas melicéricas, pústulas e foliculite
● O fármaco escolhido deverá ser efetivo no combate
ao S. aureus
Infecções Virais
Molusco Contagioso
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TÓPICOS EM DERMATOLOGIA
TRATAMENTO
● Restabelecimento da barreira cutânea
○ Limpeza
○ Hidratação
○ Interromper o ciclo prurido-coçadura.
○ Suporte Emocional
■ Informação sobre a doença para o paciente
● Restabelecimento do sistema imune comprometido
○ Tratamento com antiinflamatório apropriado
○ Identificação dos gatilhos e consequentemente afastamento dos mesmos.
● Durante a Crise
○ Controle dos fatores desencadeantes e agravantes
○ Hidratação Cutânea com banhos, emolientes e umectantes
○ Alívio do prurido com anti histamínicos
○ Controle da inflamação (Eczema)
■ Corticoesteróides
● Usados em ciclos com pausas dado taquifilaxia (perda da
função dose dependente)
● Usualmente de média a alta potência
○ Melhor usar corticóide de potência elevada por menos
tempo para reduzir a possibilidade de taquifilaxia.
○ Elevada potência não se usa em áreas de dobras e
nem em áreas sensíveis como face e genitálias.
■ Inibidores tópicos da calcineurina
● tacrolimo e pimecrolimo
○ Controle da infecção bacteriana
■ Antibióticos tópicos (lesões localizadas) ou sistêmicos (lesões
extensas)
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TÓPICOS EM DERMATOLOGIA
● Durante a Remissão
○ Evitar fatores desencadeantes
○ Manutenção da hidratação cutânea
■ Reduzem o uso de corticoide
■ Restaura a função de barreira
○ Prevenção das crises
■ Inibidor tópico da calcineurina
● São agentes poupadores de corticóide, usados em áreas da
pele sensível como face, pescoço e anogenital.
● tacrolimo e pimecrolimo
Na falha de tratamento tópico
● Fototerapia de curta duração (4 a 8 semanas)
● Não associar inibidores de calcineurina e ciclosporina devido ao potencial aumento de
câncer de pele.
● Tratamento Sistêmico
○ Ciclosporina
■ Imunossuprimido
○ Metotrexato
○ Dupilumab
○ Omalizumab
■ Anticorpo IgG1 monoclonal
■ Doenças graves.
○ Ustekinumab
FATORES DE RISCO
● História Familiar
● Fator de risco genético
○ Mutação na filagrina que codifica uma proteína estrutural epidérmica
● Fatores genéticos e ambientais
○ Dieta ocidental
■ Açúcar e ácidos graxos polinsaturados
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