Buscar

APG PUBERDADE PRECOCE

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 3 páginas

Prévia do material em texto

Brisa Pires 
 
 
 
 
 
 
Fisiologicamente, o início da puberdade é 
marcado pelo aumento de amplitude e 
frequência dos pulsos do hormônio secretor 
de gonadotrofinas (GnRH) após um 
período de relativa supressão hormonal 
durante a infância. Consiste em um período 
de intensas modificações, marcado 
principalmente por alterações biológicas da 
puberdade e à maturidade biopsicossocial do 
indivíduo. 
 
 
O aumento na secreção de GnRH e liberação 
de gonadotrofinas são os precursores do 
inicio da puberdade. No hipotálamo, a 
secreção de GnRH é regulada por interações 
excitatórias e inibitórias nos neurônios e 
células da glia. No início da puberdade ocorre 
um aumento no estímulo do 
neurotransmissor excitatório glutamato e 
diminuição da liberação de GABA, um 
neurotransmissor inibitório. 
Estudos apontam que neurotransmissores 
GABAérgicos são fundamentais no bloqueio 
da puberdade, pois possuem papéis na 
inibição da secreção de GnRH 
Há uma ligação entre a secreção pulsátil de 
GnRH e a elevação dos níveis de leptina, um 
hormônio indicador do estado metabólico, 
levou ao encontro do neuropeptídeo 
kisspeptina ou KISS1. 
O KISS1 é um potente estimulador na 
liberação de gonadotrofinas e atualmente é 
considerado um fator estimulador do eixo 
gonadotrófico. Assim, mutações no KISS1 
resultam em PP. 
 
Considera-se precoce em meninas antes dos 
8 anos e em meninos antes dos 9 anos. 
 
 
 
 
 
 
Pode ocorrer como resultado da secreção de 
esteroides sexuais independente da ativação 
do eixo gonadotrófico. 
 
PUBERDADE PRECOCE CENTRAL 
• Ativacao prematura do eixo 
hipotálamo-hipófise-gonadal 
• Fazendo com que esses 
hormônios sejam produzidos antes 
do período natural, provocando o 
desenvolvimento puberal 
 
PUBERDADE PRECOCE PERIFÉRICA: 
• Não está ligada ao eixo HHG e surge 
independente da sua maturação, 
sendo que as características sexuais 
secundárias aparecem devido à 
maturação precoce das células 
secretoras de esteroides, gônadas 
ou córtico-suprarrenais 
 
 
 
PUBERDADE PRECOCE CENTRAL 
-Fatores de risco: 
• Hamartomas hipotalâmicos 
• Gliomas, astrocitomas, e 
germinomas 
• Também pode ocorrer em crianças 
com hidrocefalia ou outras lesões do 
sistema nervoso central, após um 
episódio de meningite, decorrente de 
lesões cerebrais traumáticas 
• Exposição à radioterapia prévia da 
cabeça 
• Fatores genéticos 
 
PUBERDADE PRECOCE PERIFÉRICA: 
-Fatores de risco: 
• Ingestão terapêutica ou acidental de 
estrogênios ou androgênios 
 
Puberdade Precoce 
APG 
Revisar a fisiologia da puberdade 
Estudar a fisiopatologia da puberdade 
precoce 
Descrever as complicações, fatores de 
risco e manifestações clinicas da 
puberdade precoce 
Brisa Pires 
 Brisa Pires 
• Tumores 
• Distúrbios da síntese de esteroides 
adrenais 
• Síndrome de McCune-Albright 
• Testotoxicose familiar 
 
Manifestações clinicas gerais: 
• Crescimento precoce de pelos 
pubianos 
• Reducao de estatura 
• Desenvolvimento prematuro das 
mamas 
• Estresse psicológico 
• Em meninos ocorre o aumento do 
pênis e do escroto 
• Aumento da libido 
Complicações: 
• Transtornos emocionais 
• Obesidade 
• Baixa estatura 
• AVC 
• Doenças cardiovasculares 
• Hipertensão 
• Diabetes tipo 2 
• Alguns tipos de câncer devido a alta 
exposição ao estrogênio 
 
 
Diagnostico: 
• Avaliar sinais e sintomas 
apresentados nas crianças 
• Dosagem das gonadotrofinas, do 
hormônio luteinizante (LH) e do 
hormônio folículo-estimulante (FSH) 
• Teste de estimulo do hormônio 
iberador de gonadotrofinas (GnRH) 
• Em caso de suspeita de alteração 
grave ou síndrome, recomenda-se 
exames complementares, como 
raio-X, ultrassom da pelve e 
suprarrenais, tomografia 
computadorizada ou ressonância 
magnética 
• Estadiamento puberal permite 
compreender o momento 
maturacional do paciente 
 
Tratamento: 
• Levar em consideração a idade de 
inicio dos sintomas e a velocidade de 
progressão 
• O TTO na puberdade precoce 
central tem como objetivo diminuir o 
processo de amadurecimento 
prematuro até que a criança já tenha 
a condição adequada para a 
puberdade espontânea 
• Pode-se usar drogas supressoras do 
eixo HHG, inibindo a secreção de 
hormônios que estimulam essa 
puberdade precoce. 
• Na puberdade precoce periférica o 
TTO farmacológico não é 
necessário 
 
 
-Medicamentos de inibem a liberação de 
hormônios precocemente 
-Atividade física 
-Atentar-se caso haja algum caso de PP na 
família. 
 
 
Apesar da etiologia multifatorial, acredita-se que exista 
uma forte associação entre a obesidade infantil e o 
desenvolvimento puberal antecipado, uma vez que os 
maiores níveis de leptina na obesidade têm papel 
permissivo sobre a secreção de GnRH em nível 
hipotalâmico. 
Estadiamento de Tanner: 
-Através da avaliação das mamas (M) dos 
pelos pubianos (P) nas meninas. 
-Dos genitais (G) e pelos pubianos (P) 
nos meninos 
Pode-se classificar os estágios de 
Tanner em cinco: 
O estágio 1 corresponde à fase infantil 
(impúbere) 
 O estágio 5 à fase pós-puberal (adulta). 
Portanto, são os estágios 2, 3 e 4 que 
caracterizam o período puberal 
Entender o diagnostico e o tratamento da 
puberdade precoce 
Discutir a prevenção da puberdade 
precoce 
 Brisa Pires 
 
 
 
REFERÊNCIAS: 
DE SOUZA MEDEIROS, Paola Cristine et al. 
Puberdade precoce e as consequências 
emocionais no desenvolvimento 
infantil.	Revista Eletrônica Acervo Saúde, v. 13, 
n. 4, 2021. 
 
TRISOTTO, Agnes Louyse Alves Trisotto et 
al. Puberdade precoce: avaliação do 
desenvolvimento de crianças tratadas com 
análagos de GnRH. 2020. 
 
RAMOS, Carolina de Oliveira.	Avaliação de 
pacientes com puberdade precoce central 
após o tratamento com análogos de GnRH: 
aspectos antropométricos, metabólicos, 
reprodutivos e psicossociais. 2019. Tese de 
Doutorado. Universidade de São Paulo.

Continue navegando