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P. da Liberdade Sindical – é a base do direito coletivo do trabalho, e veda a intervenção do estado em um sindicato. Podendo ser essa liberdade: Coletiva – Permite que um grupo ou empresa, construa o sindicato com estrutura e funcionamento de sua escolha. Individual – é dividida de 2 formas A) Positiva – Inclui nela os direitos dos trabalhadores e empregadores, se reunirem em uma profissão ou empresas com atividades iguais crie um sindicato ou organizações. B) Negativa – Inclui o direito de se retirar de uma organização sindical, quando quiser e o direito de não se filiar a nenhum sindicato ou organização. P. da Preponderância do Interesse Coletivo sobre o Individual – Observa a melhor condição social para o trabalhador P. da Autonomia Sindical – É a garantia de auto composição dos sindicatos, pois os mesmos não necessitam de interferência estatal ou empresarial. P. da adequação – adequa a negociação coletiva aos direitos trabalhistas de acordo com a sua época, território, situação econômica da empresa, as condições de trabalho, entre outras... P. da paz social – Procura manter a paz entre as partes durante a negociação P. da boa-fé – Deverá haver boa-fé e transparência entre as partes. A OIT foi criada pelo Tratado de Versalhes, e é um organismo tripartite pois é divindade e organizada pelos trabalhadores, empregadores e o governo. Esse organismo fica responsável pelo controle e emissão de normas referentes ao trabalho no âmbito internacional, e através de convenções e acordos coletivos, tem objetivo de proteger as relações de trabalho. A CLT foi criada por meio do decreto-lei 5.452 de 1° de maio de 1943, e entrou em vigor apenas em setembro do mesmo ano. A CLT é um decreto-lei que possui caráter geral e serve para todos os empregados sem distinções. A Revolução Industrial foi um marco para o Direito Coletivo do Trabalho, com a revolução nascia a Sociedade Industrial e o trabalho assalariado. Nessa época foi iniciada a criação de máquinas, a qual trouxe diversas mudanças tecnológicas, econômicas, política e trabalhistas. As máquinas passaram a ser utilizadas na produção, e com essas máquinas vieram desempregos e uma grande desigualdade social, isto porque, o empregador que possuía o maquinário, passava a ter poder sobre o empregado (Mão-de-obra), o que trouxe péssimas condições de trabalho, exploração de menores e jornadas exaustivas A partir disso, surgiram então os primeiros movimentos sindicalistas, os quais tentavam conter o abuso da burguesia, a qual crescia economicamente da mão de obra proletária. Foi a transformação do Estado Liberal em Estado Neoliberal, o que fez com que o Estado intervisse nas relações privadas e na ordem econômica com objetivo de limitar a liberdade plena das partes. Houve então a Reinvindicação Dos Trabalhadores, um sistema de direito que era destinado à proteção do trabalhador, que trouxe consigo o surgimento do Sindicalismo, isto é, a união dos trabalhadores para conseguirem salários iguais e justos, e melhores condições de trabalho. O objetivo do sindicalismo, é dito como a melhora das condições de vida da classe operário. Os sindicalistas, tem papéis diferentes dos operários, pois os Sindicalistas estão ali apenas para defender os interesses dos trabalhadores, e não para trabalhar e operar as maquinas. Os sindicatos podem ser ditos como pessoas jurídicas de direito privado, as quais adquirem personalidade jurídica com o registro de um estatuto feito no Registro Púbico de Pessoas Jurídicas. Os sindicatos são criados por: Formação Simples – é quando não há nenhum sindicato na base territorial Desmembramento – Ocorre quando um sindicato se divide em mais de um. Dissociação – Quando o ramo da profissão deixa de existir e não é mais necessário haver sindicato. Sumula 667, STF - Incumbe ao sindicato comprovar que possui registro sindical junto ao Ministério do Trabalho e Emprego, instrumento indispensável para a fiscalização do postulado da unicidade sindical. Sindicatos horizontais: categorias profissionais diferenciadas Sindicatos verticais: todos os em pregados da empresa Sindicatos abertos e fechados Sindicatos puros e mistos (empregados e empregadores) Sindicatos de fato e de direito Sindicatos espúrios ou pelegos (influência do empregador) Assembleia Geral – É o órgão máximo do sindicato e tem objetivo deliberar sobre diversos assuntos, composto pelos associados e responsável pela criação dos estatutos e diretrizes do sindicato. Diretoria – É responsável pela administração e organização do sindicato. Conselho Fiscal – Fica responsável pela gestão financeira do sindicato. Base Territorial – Não pode ser inferior a base de um Município. Dividida em 3 categorias: Desmembramento (princípio da especialidade) - As entidades sindicais abrangem categorias similares ou conexas com especialidades diversas. Descentralização – Sindicato com base nacional e Sindicato com base estadual Agrupamento (Sistema Confederativo) – Federações é formada por 5 sindicatos, que exercem mesma função e atividades. Confederações são formadas por no mínimo 3 federações, organizadas em âmbito nacional e por ramo de sua atividade. a) Cooperar com as autoridades públicas para desenvolver a solidariedade social; b) Manter serviços de apoio judiciário aos associados c) Promover a conciliação nos Dissídios Coletivos (acordos de negociação coletiva) A Liberdade Sindical é um direito público subjetivo, a qual veda a intervenção do Estado na livre criação ou funcionamento dos sindicatos, incluindo a criação de mais de um sindicato para a mesma categoria. Essa expressão tem mais de uma acepção: A liberdade de organizar sindicatos para a defesa dos interesses coletivos; (art. 8º, caput, CF) A liberdade que cada pessoa tem de ingressar num sindicato e dele sair = direito de sindicalização; (art. 8º, V, CF) A posição do Estado perante o sindicalismo, respeitando-o, sem interferências na sua atividade = livre exercício dos direitos sindicais. (Art. 8º, I, CF) É quando a lei exige e permite um apenas um sindicato representativo de uma mesma categoria, que esteja na mesma base territorial. Tem a possibilidade de união para realizar uma ação eficaz, para todos os trabalhadores. É adotada pelo sistema Brasileiro, porém, é admitido o desmembramento ou dissociação da categoria e também é considerada como retrocesso. Art. 8º, II, CF: é vedada a criação de mais de uma organização sindical, em qualquer grau, representativa da categoria profissional ou econômica, na mesma base territorial, que será definida pelos trabalhadores e empregadores interessados, não podendo ser inferior à área de um município. É facultada a criação simultânea ou não, na mesma categoria ou mais de um sindicato. Existe a dispersão do sindicato, pois como não é uma vontade conjunta, dificulta a ação eficaz para os trabalhadores. A Organização Sindical pode ser definida como a associação de pessoas físicas ou jurídicas as quais têm atividades econômicas ou profissionais e visam os interesses coletivos ou individuais dos membros de sua categoria A Organização Sindical na CF/88, aumentou a autonomia dos Sindicatos, não exigiu uma organização do Estado para organizar um sindicato, adotou o princípio da Liberdade Sindical (veda a intervenção do Estado), porém, com algumas restrições: Art. 8º, I, CF: veda a interferência e intervenção do Estado na organização sindical. Art. 8º, V, CF: ninguém será obrigado a filiar-se ou manter-se filiado a sindicato. Dentre seus sistemas, s Organização Sindical possui uma estrutura chamada de Sistema Confederativo, o qual deve se ter algumas organizações para seu funcionamento:1. A confederação - deve ter sede no DF e possuir organização de no mínimo 3 federações 2. As federações - deveram ter uma organização de no mínimo 5 sindicatos 3. Os sindicatos - deveram ter uma Associação para Defesa dos Direitos Comuns **CENTRAIS SINDICAIS – São categorias profissionais e econômicas que podem ter diversos sindicatos afiliados, sem hierarquia entre eles (Sindicato, Confederação e Federação), as centrais possuem uma maioridade no governo e suas decisões. As centrais Sindicais, não FEDERAÇÃO CONFEDERAÇÃO SINDICATOS compõe o modelo de organização sindical, porém com o principio da liberdade, poderá ser criadas com base nas organizações, mas ainda assim, não poderá celebrar negociações coletivas, mas poderá “participar” das negociações seguindo alguns requisitos (Lei 11.648/2008) Outros sistemas são: Intervencionista – o Estado quem ordena as relações relativas ao sindicato. Intervencionista socialista – o Estado quem ordena e regula a atividade do sindicato e suas metas estabelecidas pelo Estado. Desregulamentado – o Estado se abstém da regulamentação da atividade sindical. Os sindicatos recebem contribuições advindas dos empregados para entidades sindicais. Essas contribuições são fontes de custeio e podem ser dividas como: Contribuição Sindical – É prevista na CLT e CF, pode ser dita como a renda arrecadada dos empregados, antes da reforma era obrigatória e era recolhida diretamente da folha de pagamento e descontada no mês de abril, pois, se referia ao pagamento do mês anterior. É necessário que o trabalhador faça uma autorização escrita e entregue ao RH da empresa, para que haja o desconto. Com a Reforma Trabalhista, excluiu-se a Filiação Compulsória, isto é, a obrigação de pagar a contribuição do Sindicato e a mesma passou a ser facultativa, ou seja, só paga se quiser. Contribuição Confederativa – Está prevista na Constituição: Art. 8, IV, CF– “A Assembleia Geral fixará a contribuição que, em se tratando de categoria profissional, será descontada em folha, para custeio do sistema confederativo da representação sindical respectiva, independentemente da contribuição prevista em lei” ** Igualmente a Contribuição Assistencial, deverá apresentar um percentual do salário do empregado, cobrado no reajuste coletivo da categoria (é válida para os filiados e os não filiados do sindicato de forma igualitária). Contribuição Assistencial – É cobrada apenas uma vez anualmente, e pode estar prevista no acordo coletivo. É facultativa e se aplica apenas para os empregados que não são filiados do sindicato, o valor será indicado pela assembleia e deverá representar um percentual do salário do empregado. ** Assim como a Contribuição Sindica, se o trabalhador quiser fazer a contribuição deverá fazer uma autorização escrita e entregue ao RH da empresa, para que haja o desconto. Contribuição Associativa – É a taxa cobrada mensalmente pela filiação do empregado em um sindicato, o valor será determinado pelo sindicato e poderá ser descontado por empresas de convênios, as quais passaram o valor ao sindicato. As garantias sindicais, são usadas para estabilidade provisória de emprego aos empregados que se registrarem a um cargo ou forem eleitos para representação sindical, com duração de até um ano após o fim do mandato, salvo se o mesmo cometer falta grave nos termos da lei. Liberdade de organização interna. Direito de eleger livremente seus representantes. Direito de se filiar a outras organizações, inclusive internacionais. (Participação Política dos Sindicatos) Categoria Econômica: Solidariedade de interesses econômicos dos que empreendem atividades idênticas, similares ou conexas. Categoria Profissional: Similitude de condições de vida oriunda da profissão ou trabalho em comum, em situação de emprego na mesma atividade econômica ou em atividades econômicas similares ou conexas. Categoria Diferenciada: Categoria que se forma a partir dos empregados que exercem profissões ou funções diferenciadas por força de estatuto profissional especial ou estabelecida pela antiga Comissão do Enquadramento Sindical. (Foi abolida em virtude do princípio da não intervenção do poder público na organização sindical.) A negociação coletiva pode ser dita como um dos métodos mais utilizados para a resolução de conflitos dentro da sociedade, pois é um instrumento efetivo de democratização pois regula os interesses profissionais e econômicos e tem relevância social (Art. 170 e 193, CF). Essas resoluções são tidas como forma de auto composições, pois, as partes solucionam seus conflitos entre si, sem necessidade de intervenção estatal ou de outros agentes A Constituição Federal, deu aos sindicatos o poder de criar normas jurídicas, para que atendam objetivo da Negociação Coletiva, esse objetivo é o estabelecimento de normas que sejam mutuamente benéficas para o empregado e empregador, para que assim possa atender suas necessidades através do que for acordado entre eles. A Organização Internacional do Trabalho (OIT), reconhece em sua declaração a negociação coletiva como um dos direitos mínimos e fundamentais do trabalho e não deverá ser utilizada apenas para a formação de um contrato, mas sim em todas as formas de negociações e tratamentos entre empregados e empregadores. A negociação coletiva é dividida em 3 diferentes categorias: Criação – ocorre quando nenhum acordo coletivo ou convenção coletiva é criado antes de um conflito, e para solucionar esse conflito é estabelecida uma norma coletiva (Convenção ou acordo). Modificação – ocorre quando há necessidade ou desejo de mudar condições, princípios ou clausulas estabelecidas na convenção/acordo que já se encontra vigente. Substituição – ocorre quando há uma norma mais benéfica e ela se sobrepõe sobre outra vigente. (Repristinação) P. da Autonomia Coletiva – Deriva do Princípio da liberdade Sindical, e determina a autonomia de negociação para celebrar a Convenção Coletiva do Trabalho, gerando obrigação para todos da categoria vinculados a uma empresa. P. da Inescusabilidade Negocial – Uma vez que o sindicato for provocado terá que buscar formas de soluções para negociação coletiva válida, sendo assim, o ente coletivo (sindicato ou empresa) não pode se recusar a buscar entendimento se provocado a faze-lo, não é obrigatório que cheguem a um fator comum para resolução de problemas. P. da obrigatoriedade da atuação sindical – Apesar de haver conversa entre as partes, é necessário a atuação do sindicato para que haja a negociação coletiva de forma válida. P. da contraposição – É a regra que encerra e resolve problemas conflitantes entre as partes, procurando um denominador comum entre elas. P. da paz social – Minimiza o conflito entre as partes e os impactos desse conflito na sociedade, busca harmonia entre as partes envolvidas. P. da transparência - As partes dentro de uma negociação coletiva devem agir de boa-fé P. da Razoabilidade – As partes deveram agir de forma correta e sem exageros para que sejam passiveis de cumprimento. P. da igualdade - no D. Coletivo do Trabalho, não há normas de proteção, as partes envolvidas são tratadas de forma iguais, portanto tudo o que está negociado ocorre a ambas as partes. Convenções coletivas do trabalho (CCT) - Ocorre quando o sindicato dos empregados juntamente ao sindicato dos empregadores, formalizam uma convenção, a qual trata das condições de trabalho aplicáveis no âmbito das relações individuais do trabalho. **As CCT é um instrumento normativo, pois possui efeito “erga omnes”, isto é, se estende e deverá ser cumprida por todos os empregados integrantes da categoria, e também as empresas de mesma base territorialdo Sindicato que assinou a CCT. Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) – é o acordo coletivo que será feito caso uma das partes tenha algum direito, o qual poderá ser exercido de uma maneira melhor, fazendo assim, com que haja uma negociação e um acordo. Art. 612, CLT “ Os Sindicatos só poderão celebrar Convenções ou Acordos Coletivos de Trabalho, por deliberação de Assembleia Geral especialmente convocada para esse fim, consoante o disposto nos respectivos Estatutos, dependendo a validade da mesma do comparecimento e votação, em primeira convocação, de 2/3 (dois terços) dos associados da entidade, se se tratar de Convenção, e dos interessados, no caso de Acordo, e, em segunda, de 1/3 (um terço) dos mesmos” A vigência da ACT e CCT começa a vigorar em 3 dias após a data de sua entrega para registro e arquivo no Departamento Nacional do Trabalho. Art. 614, §3º, CLT: “Não será permitido estipular duração de convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho superior a dois anos, sendo vedada a ultratividade”. ULTRATIVIDADE Súmula 277, TST: “As cláusulas normativas dos acordos coletivos ou convenções coletivas integram os contratos individuais de trabalho e somente poderão ser modificadas ou suprimidas mediante negociação coletiva de trabalho” Antes da reforma prevalecia a norma mais favorável ao empregado, no caso de conflitos. Com a reforma, se houver conflito entre ACT e CCT, deve prevalecer o estabelecido no Acordo Coletivo. É realizada por Autocomposição, ou seja, se houver conflito entre um direito já vigente e válido, será utilizada a Negociação Coletiva para a resolução. Essa autocomposição poderá ser: a) Compositiva – deverá resolver os conflitos entre as partes b) Normativa – é a criação de normas na negociação, as quais serão aplicadas de forma individual aos empregados. c) Obrigacional – serão criados direitos e deveres entre ambas as partes, os quais deverão ser seguidos para que não haja quebra de contrato. d) Politica – por garantir estabilidade entre as partes, deverá ultrapassar a parte restrita e privada e passa a ser do interesse da sociedade politica. e) Social e econômica – deverá ter participação dos empregados no processo de decisão para garantir um direito justo para ambas as partes. f) Heterocomposição – é a elaboração de uma nova lei favorável a ambas as partes, poderá ocorrer de forma judicial, por arbitragem ou mediação. Plano de Demissão Voluntária ou Incentivada (PDV/PDI) É o plano implementado pela empresa com a assistência do sindicato, para o encerramento total do contrato de trabalho de forma voluntaria pelo empregado, sendo um acordo mútuo. Art. 477-B, CLT - Plano de Demissão Voluntária ou Incentivada, para dispensa individual, plúrima ou coletiva, previsto em convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho, enseja quitação plena e irrevogável dos direitos decorrentes da relação empregatícia, salvo disposição em contrário estipulada entre as partes. Como se vê, a nova regra trata apenas do plano de demissão voluntária ou incentivada previsto em convenção ou acordo coletivo de trabalho, que não se confunde com aquele instituído unilateralmente pelo empregador e disciplinado pela OJ 270 da SBDI-1/TST. Quanto a PDV/PDI Não é obrigatório constar a expressa menção sobre a quitação O FGTS vai depender das clausulas do PDI/PDV Previsto no Art.9, CF e na Lei 7.783/89 Greve é a suspensão coletiva temporária e pacífica, caracterizada pela paralisação do trabalho, meio utilizado pelo sindicato dos empregadores para exigir melhores condições de trabalho que não conseguiram através de negociação. Tem natureza jurídica de autotutela, e é um direito subjetivo e fundamental de caráter coletivo, o qual não pode ser suprimido. Lei 7.783/89, art.2 “Para os fins desta lei, considera-se legitima o exercício do direito de greve a suspensão coletiva, temporária e pacífico, total ou parcial de prestação pessoal de serviços ao empregador”. O direito de greve é assegurado pelo trabalhador e é essencial ao estado democrático de direito. Promove uma maior aplicação do Principio da Igualdade a coletividade. A greve é classificada por sua legalidade e extensão, e precisam ser: Quanto a Legalidade Licitas – Atendem de forma correta as determinações legais. Ilícitas – Não atendem de forma correta as determinações legais Abusivas – Comete abuso, indo para além das determinações legais. Não-Abusivas – Não abusam das determinações e exercem as mesmas de forma correta e sem excesso. Quanto a Extensão Totais – atinge toda a categorias ou diversas empresas Parciais – atinge parte da categoria ou poucas empresas Da Empresa – só atinge esse núcleo A greve já foi proibida no passado e aqueles que manifestavam a favor dela, eram presos. Contudo, a CF definiu o direito de greve como direito fundamental, e estabeleceu o art. 9, CF e a Lei 7.783/89 como regulamentadora e limitadora da greve. Para que haja deflagração da greve, ocorrerá da seguinte forma: Para que ocorra uma deflagração de greve, os trabalhadores deverão seguir alguns procedimentos segundo o art. 4 da lei de greve. a) Tentativa Frustrada de Negociação Coletiva – Deverá ser necessária uma tentativa de conciliação anterior a greve, sendo assim, a negociação coletiva deve ser frustrada, ou seja, a exigência de melhor condição de trabalho não é realizada através de negociação b) Assembleia Geral – É necessária a convocação e deliberação em assembleia (Lei 7.783/89, art.4)., para que ocorra a definição de como a greve deverá ocorrer, quais suas reinvindicações e paralização, normalmente a categoria vota, incluindo não associados, e deve ter aprovação em assembleia. c) Notificação Prévia – caso a greve for aprovada em assembleia, é necessário que comunique o empregador previamente (Antecedência min. 48h ou 72h no caso de atividade essencial) – nesse caso o sindicato deverá definir, atendimento mínimo a população, não podendo ter paralisação total dos serviços, pois são esses, necessidades inadiáveis e indispensáveis. Lei 7.783/89, Art. 10 “São considerados serviços ou atividades essenciais: I -tratamento e abastecimento de água; produção e distribuição de energia elétrica, gás e combustíveis; II -assistência médica e hospitalar; III - distribuição e comercialização de medicamentos e alimentos; IV -funerárias; V -transporte coletivo; VI -captação e tratamento de esgoto e lixo; VII -telecomunicações; VIII – guarda, uso e controle de substâncias radioativas, equipamentos e materiais nucleares; IX -processamento de dados ligados a serviços essenciais; X -controle de tráfego aéreo; XI - compensação bancária. d) Clausula de Paz – Uma vez que a greve for encerrada, não poderão os empregadores promover novas paralisações, salvo se, o empregador não cumprir o acordo. Negociação Frustrada Deflagração de Greve Art. 4, lei 7.783/89 A lei de Greve não é absoluta, e sim relativa e é fixada pela lei os direitos e deveres para os grevistas e consequentemente, há repercussão aos empregadores. São esses direitos e deveres: Deveres e Limitações dos grevistas (empregados) Utilização de meios pacíficos de persuasão Arrecadação de fundos por meios lícitos e livre divulgação do movimento Proteção contra a dispensa por parte do empregador e a contratação de substitutos para seu trabalho. Se houver acordo ou convenção coletiva do trabalho celebrada após a greve, e ainda assim., a greve se manter, será considerada uma forma de abuso do direito. Esgotação da negociação coletiva – Art. 3 e OJ 11, SDC OJ 11, SDC: “É abusiva a greve levada a efeito sem que as partes hajam tentado, direta e pacificamente, solucionaro conflito que lhe constitui o objeto.” Deixar de comunicar os interessados com antecedência mínima de 48 ou 72 horas, dependendo do caso. (Art.3º, § único, ou Art. 13) Violar ou constranger direitos e garantias fundamentais. (Art6º, §1º) Impedir o acesso ao trabalho. (Art.6º, §2º), porém, parte da doutrina entende que se não houver violência física ou moral, não será tratada como abuso do direito de greve. Causar dano ou ameaça à propriedade ou à pessoa. (Art.6º, §2) Deixar de manter os serviços cuja paralisação resultem em prejuízo irreparável de bens, máquinas ou equipamentos. (Art. 9º). Deixar de assegurar a manutenção dos bens essenciais à retomada das atividades da empresa. (Art.9º) Não garantir a prestação dos serviços indispensáveis ao atendimento das necessidades inadiáveis da comunidade, no caso de atividade ou serviço essencial. (Art.11 e OJ 38, SDC). Deveres e limitações do empregador: Não poderá utilizar meios para constranger o trabalhador a comparecer ao trabalho Não poderá o empregador, impedir ou criar obstáculos para a divulgação do movimento grevista. Não poderá também, contratar outros profissionais ou fazer demissões durante a greve. São consequências da greve abusiva Dias descontados dos trabalhadores Dispensa do empregado por justa causa, se houver determinação judicial e uma não comparição de parte, poderá voltar ao trabalho Poderá ser entendido como abandono de emprego, o que causa uma multa ao sindicato. **SDC (Seção de Dissídios Coletivo) **SDI (Seção de Dissídios Individual) Art. 114, §2, CF O dissidio coletivo nada mais é do que um "processo" iniciado na presença de "conflito" coletivo do trabalho. O conflito coletivo de trabalho tem como objeto o interesse coletivo, isto é, comum a todos os integrantes do grupo representados pela entidade sindical. É instaurado quando há recusa das partes em negociar, ou, quando não chegam a um acordo para renovar um direito. Quem tem legitimidade para instaurar esse processo? As Entidades Sindicais (Sindicatos, Federações e Confederações) O que é necessário para a instauração da ação de dissidio coletivo? Ambos os sindicatos necessitam estar de acordo com a solução do litigio pelo poder judiciário Não será necessário uma petição conjunta, mas não deverá haver oposição de uma das partes Terá competência para julgar esse dissidio o Tribunal Regional do Trabalho (TRT) e o Tribunal Superior do Trabalho (TST) Após a distribuição da petição inicial, o presidente do tribunal irá designar uma audiência de conciliação no prazo de 10 dias No dissidio individual, o pedido é pessoal e discute-se o interesse concreto das pessoas determinadas, sempre visando à aplicação de normas jurídicas, tem seu inicio nas Varas do Trabalho. É caracterizado pela norma regulamentadora, e seu interprete deve socorrer ao Código de Processo Civil que seja compatível com as do processo trabalhista Não depende da quantidade de litigantes, podendo ter diversos reclamantes, porém, cada um deve ter pretensões pessoais e exclusivas Como se dá as fases do processo? Fase postulatória: da propositura da ação até a defesa Fase probatória/instrutória: do momento de realização de provas Fase decisória: o órgão jurisdicional profere seu juízo de valor Fase recursal- Fase executória: execução forçada da sentença. Quem são os sujeitos? Dissídio individual simples: envolve como autor um empregado, e como réu um ou mais empregadores Dissídio individual plúrimo: é o litisconsórcio de dois ou mais empregados agindo contra um ou mais empregadores. Caracteriza -se pela plural idade de autores A legitimidade é usada para a declaração de greve do sindicato, da federação (em caso de âmbito estadual), confederação (âmbito nacional), ela é de formato extraordinário e garante que um ente (não estando este sozinho) poderá ir a juízo para pleitear direito alheio. Art. 8, VI, CF: “é obrigatória a participação dos sindicatos nas negociações coletivas de trabalho” ** No caso de não existir a entidade sindical ou se caso existir mas se recusar a assumir a negociação, é criada a Comissão de Negociação, na qual os empregados assumem as negociações de forma direta e com direito a greve. Art. 4º, Lei 7.783/89: “Caberá à entidade sindical correspondente convocar, na forma do seu estatuto, assembleia geral que definirá as reivindicações da categoria e deliberará sobre a paralisação coletiva da prestação de serviços”. § 1º “O estatuto da entidade sindical deverá prever as formalidades de convocação e o quórum para a deliberação, tanto da deflagração quanto da cessação da greve”. § 2º “Na falta de entidade sindical, a assembleia geral dos trabalhadores interessados deliberará para os fins previstos no "caput", constituindo comissão de negociação”. Suspensão do Contrato: Na prática, a participação no movimento grevista suspende o contrato de trabalho, devendo as relações obrigacionais, durante o período, ser regidas pelo acordo ou convenção, por laudo arbitral ou decisão da Justiça do Trabalho. (Art. 7, lei da greve) **Não é devido salário durante a greve, salvo, se for da vontade do empregador pagar, ou, se a greve tiver motivação no descumprimento de clausulas contratuais. E também, não há nenhuma fonte de custeio obrigatória.** Rescisão do Contrato: é vedada a rescisão de contrato de trabalho durante a greve, além do que a simples adesão ao movimento grevista não pode ser considerada justa causa. Art. 37, VII, CF: “ A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: VII - o direito de greve será exercido nos termos e nos limites definidos em lei específica”. Por razão da demora do Poder Legislativo, o STF ao julgar o MI 712-8, reconheceu a mora legislativa e regulamentou de forma provisória o direito de greve, aplicando de forma cabível e com adaptações a lei 7.783/89 aos serviços públicos. Foi deixado pelo STF teses com repercussão geral no referente ao direito de greve, são essas: “A justiça comum, federal ou estadual, é competente para julgar a abusividade de greve de servidores públicos celetistas da Administração pública direta, autarquias e fundações públicas” (RE 846854/SP). “A administração pública deve proceder ao desconto dos dias de paralisação decorrentes do exercício do direito de greve pelos servidores públicos, em virtude da suspensão do vínculo funcional que dela decorre. É permitida a compensação em caso de acordo. O desconto será, contudo, incabível se ficar demonstrado que a greve foi provocada por conduta ilícita do Poder Público” (RE 693456/RJ). A saúde pode ser dita como um direito de todos, de forma igualitária, devendo o Estado garanti-la, como disposto no: Art. 196, CF – “A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação”. No ambiente de trabalho, a saúde do trabalhador deverá ser absolutamente preservada, em principal nas funções exercidas. Essa preservação visa um objetivo de ambiente seguro e saudável que mantenha a dignidade dos trabalhadores. Pensando nisso, foi criada a segurança e medicina do trabalho. Art. 154 a 201, Cap. V, CLT – Da segurança e medicina do trabalho - visa a prevenção dos acidentes e doenças do trabalhador e tem por objetivo, asseguraraos trabalhadores uma melhor qualidade de vida e saúde, sejam aspectos biológicos, sociais, econômicos, e até mesmo nas relações do âmbito social. - se responsabiliza pela prevenção de acidentes de trabalho, sendo usadas todas a medidas técnicas e necessárias pela empresa para que elimine ao máximo a probabilidade de acidentes. Também é de responsabilidade da segurança do trabalho, a explicação e educação dos funcionários sobre os riscos às atividades exercidas por eles. O atestado médico é um documento regido por um profissional de saúde, o qual comprova por meio deste que, o trabalhador não está apto a realizar sua atividade por um tempo especifico. Ele serve para que o trabalhador prove que está enfermo, e não haver desconto nos dias de trabalho, é necessário a apresentação de um atestado médico. Tem previsão no Decreto 27.048/49, Art. 12, § 1 que dispõe que a partir de apresentação de atestado os dias de ausência não serão descontados e considerados como falta Art. 12. Constituem motivos justificados: § 1º A doença será comprovada mediante atestado passado por médico da empresa ou por ela designado e pago. **Porém, nem sempre é viável que o médico da empresa (no caso de haver um), irá até o trabalhador para que ateste o mesmo como enfermo. Por essa razão, o Conselho de Medicina regulamentou a emissão de atestado por médico particular, ou seja, o trabalhador poderá procurar médico particular para tratamento e emissão de atestado para que haja presunção de veracidade. ** O atestado médico costuma ter a presunção de veracidade, porém poderá ser comprovado que o mesmo é falso, o que fará com que ele seja desconstituído. Para que haja essa comprovação, o atestado pode ser submetido a análise do médico da empresa ou por outro pago e designado por ela. Existe dois tipos de consequências: Trabalhador – apresenta o atestado (falso) e se houver comprovação de falsidade, o mesmo será dispensado por justa causa. Médico – se a falsificação do atestado vier do médico, o mesmo sofrerá sanção do seu órgão de classe e, em alguns casos uma sanção criminal. Prazo do atestado Para apresentação de atestado, a lei é omissa, ou seja, não há um prazo definido em lei para que haja apresentação do mesmo. Deverá ser aplicado o princípio da razoabilidade, nesse caso, a empresa poderá ter um prazo definido em seu regulamento interno e outras empresas colocam isso em norma coletiva e em outros casos, o empregador poderá definir a entrega até um dia antes do fechamento da folha de pagamento. Como não há um prazo correto, deverá o atestado ser entregue no fim da enfermidade, salvo se for estabelecido outro marco inicial. Limite de entrega dos atestados médicos Não é previsto na lei um número máximo ou limitado para a entrega de atestados. O atestado que tem mais de 15 dias, deverá ser de obrigação da empresa pagar esses dias e a partir do 16° dia o trabalhador irá receber o benefício do auxílio doença pelo INSS (Art. 60, Lei 8.213/91) Poderá haver vários atestados por doenças diversas ocorridas no mesmo período. O CID é o código usado para identificação de doenças e usado para que saiba do que se trata. NÃO É OBRIGATORIO de acordo com a jurisprudência majoritária fica incabível constar o CID em todos os atestados, pois a exposição da doença a qual está sendo tratada, se não pela vontade do próprio, poderá violar a privacidade do trabalhador. O acidente de trabalho é aquele ocorrido no momento do exercício da atividade, a serviço da empresa, provocando uma lesão corporal, perturbação funcional, morte ou perda/redução da capacidade para o trabalho (permanente ou temporária). A responsabilidade civil em caso de acidente de trabalho (lesão ou perturbação psicológica) que ocorre no exercício da atividade, fica na responsabilidade do empregador, podendo esse ser objetiva ou subjetiva. Objetiva – Não é necessária a comprovação de culpa Subjetiva – É necessária a comprovação de culpa para isso, é necessário que haja Dano e Nexo de causalidade/agravamento ou concausalidade (pessoa que já possui uma doença degenerativa e pode desencadear outras doenças). Comunicação de Acidentes de Trabalho Na ocorrência do acidente de trabalho é necessário a comunicação, por parte da empresa, feita mediante emissão de um documento conhecido como CAT (Comunicação de Acidentes de Trabalho). Quem fornece o CAT, é o RH da empresa ou o superior imediato do trabalhador, onde deverá apresentar seus documentos básicos aos órgãos competentes. É necessário que o comunicado seja feito até o primeiro dia útil seguinte a ocorrência, e no caso da ocorrência de morte é feito de forma imediata às autoridades competentes. No caso da comprovação do acidente de trabalho, o trabalhador deverá fazer a indenização de danos (materiais, morais, extrapatrimoniais, existencial, estético e pensão mensal vitalícia) Principios do Direito Ambiental do Trabalho P. Desenvolvimento Sustentável – O local de trabalho deverá garantir o melhor ambiente possível para o empregado, visando as boas praticas, bem estar e qualidade de vida. P. do Poluidor Pagador – Aplica-se em duas possibilidades, a Prevenção (adota medidas através das normas de saude e segurança) e a Reparação do dano (atuação do empregador e adoção de medidas legais) P. da Prevenção – Eliminação da insalubridade do local de trabalho, para que não haja necessidade do pagamento adicional. P. da Participação e Educação Ambiental – É a importância da participação de todos, sendo necessário apresentar os riscos aos trabalhadores e sinalizar locais de risco que eles serão expostos. P. da Ubiquidade – o meio ambiente e o ambiente do trabalho estão ligados, não sendo possível dissocia-los um do outro. Higiene e Condições no Ambiente de Trabalho Higiene – São noras e procedimentos adequados para prevenir doenças e proteger a integridade física ou mental do trabalhador na função ou ambiente em que se encontra inserido. Condições – O empregador deverá observar o ambiente de trabalho e adequa-lo de acordo com as particularidades existentes na prestação de serviços, seguindo as seguintes condições: 1. Condições Ambientais (Iluminação, temperatura, barulho/ruído) 2. Condições do tempo (Duração de jornada, período de descanso) 3. Condições Sociais (organização informal, tempo de exposição, pressão) Regras Imperativas Envolvem os períodos de trabalho, descanso, e condições de trabalho. Limitação do tempo de duração do trabalho tem como fundamento três aspectos: Biológicos: excesso, estresse Sociais: tempo com família/amigos Econômicos: empregado cansado produz pouco. Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional O PCMSO disciplina sobre as condições medicas do trabalho de cada função, determina a periodicidade dos exames médicos obrigatórios para cada função da empresa. Ex.: Admissional, Periódico, Retorno e Demissional. NR: 7 Programa de Prevenção de Riscos Ambientais; O PPRA apresenta todas as funções detalhadas da empresa e os riscos de cada uma delas, inclusive com as medições e graus de risco. Visa a preservação da saúde e da integridade dos trabalhadores, através da antecipação, reconhecimento, avaliação e consequente controle da ocorrência de riscos ambientais existentes ou que venham a existir no ambiente de trabalho, tendo em consideração a proteção do meio ambiente e dos recursos naturais. NR: 9 Laudo Técnico das Condições do Ambiente de Trabalho. O LTCAT é o Laudo cientifico que traz todo o embasamento técnico para o PPRA
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