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SAÚDE DO IDOSO ENFERMAGEM NA ATENÇÃO BÁSICA Profº. Me. Benedito de S. Guimarães Junior Enfermeiro ENVELHECIMENTO POPULACIONAL E SAÚDE DOS IDOSOS •Envelhecimento populacional é definido como a mudança na estrutura etária da população, o que produz um aumento do peso relativo das pessoas acima de determinada idade, considerada como definidora do início da velhice. No Brasil, é definida como idosa a pessoa que tem 60 anos ou mais de idade. ENVELHECIMENTO POPULACIONAL E SAÚDE DOS IDOSOS 1940 ENVELHECIMENTO Envelhecimento é definido por uma série de alterações que vão ocorrendo no organismo ao longo do tempo vivido “A partir do momento em que nascemos, começamos a envelhecer” ENVELHECIMENTO ➢ Acúmulo de alterações fisiológicas deletérias e suas manifestações externas que ocorrem com o passar do tempo, desde a concepção até a morte ➢ Falência da manutenção da homeostase, sob condições de estresse fisiológico ➢ Associado a uma menor viabilidade e a um aumento na vulnerabilidade do indivíduo ENVELHECIMENTO BIOLÓGICO •O processo de envelhecimento permanece como um dos pontos mais obscuros e complexos da ciência médica. • Envelhecimento é um processo complexo de alterações estruturais e funcionais que se inicia ao final da maturação biológica (terceira década de vida no ser humano) e que culmina numa progressiva incapacidade de manter o equilíbrio de funcionamento corporal em condições de sobrecarga funcional. Há perda da reserva funcional e não de função. ALTERAÇÕES DECORRENTES DO PROCESSO DO ENVELHECIMENTO: •Gerais: • Perda e/ou embranquecimento dos cabelos; • Possível aparecimento de círculo branco ao redor dos olhos (arcus senilis); • Diminuição da água corporal entre 13 e 15%; • Tendência a ganho de peso por aumento do tecido adiposo e diminuição das massas muscular e óssea, com distribuição adiposa mais centrípeta; ALTERAÇÕES DECORRENTES DO PROCESSO DO ENVELHECIMENTO: • Gerais • Perda da elasticidade da pele e redução do tecido subcutâneo, propiciando aparecimento de bolsas orbitais, aumento de sulcos labiais e surgimento de rugas; • Aumento do diâmetro do crânio e encurtamento do tronco com extremidades comparativamente longas (proporções inversas às da criança); • Crescimento contínuo do nariz e alongamento das orelhas, caracterizando a típica conformação da face do idoso. ENVELHECIMENTO • Idoso frequentemente tem várias doenças: acúmulo de doenças crônicas, sequelas de episódios prévios de doença •A apresentação geralmente é atípica •Doença pode ter manifestação silênciosa •Hospitalização ou institucionalização POLITICAS DE SAÚDE PARA UM ENVELHECIMENTO ATIVO Redução de Doenças Crônicas Estilo de Vida Promoção e Prevenção Qualidade de vida Incapacidades Atenção Básica AVALIAÇÃO GERIÁTRICA GLOBAL •Alimentação e nutrição •Acuidade visual e auditiva • Incontinência urinária •Sexualidade •Vacinação •Avaliação cognitiva •Avaliação do humor •Mobilidade (MMSS e MMII) •Quedas •Avaliação funcional AVALIAÇÃO E CUIDADO DO IDOSO AVALIAÇÃO E CUIDADO DO IDOSO •Controle da HAS •Controle da Glicemia •Controle da vacina •Hábitos de vida AVALIAÇÃO DA DOR IST Profº. Me. Benedito de Sousa Guimarães Junior Enfermeiro ISTs • As Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) são causadas por vírus, bactérias ou outros microrganismos. • Elas são transmitidas, principalmente, por meio do contato sexual (oral, vaginal, anal) sem o uso de camisinha masculina ou feminina, com uma pessoa que esteja infectada. • Da mãe para a criança durante a gestação, o parto ou a amamentação. • Também podem ser transmitidas por meio não sexual, pelo contato de mucosas ou pele não íntegra com secreções corporais contaminadas. Sintomas de ISTs Corrimentos •Aparecem no pênis, vagina ou ânus. •Podem ser esbranquiçados, esverdeados ou amarelados, dependendo da IST. •Podem ter cheiro forte e/ou causar coceira. •Provocam dor ao urinar ou durante a relação sexual. •Nas mulheres, quando é pouco, o corrimento só é visto em exames ginecológicos. •Podem se manifestar na gonorreia, clamídia e tricomoníase. Sintomas de ISTs Verrugas anogenitais. •São causadas pelo Papilomavírus Humano (HPV) e podem aparecer em forma de couve-flor, quando a infecção está em estágio avançado. •Em geral, não doem, mas pode ocorrer irritação ou coceira. Sintomas de ISTs Feridas •Aparecem nos órgãos genitais ou em qualquer parte do corpo, com ou sem dor. •Os tipos de feridas são muito variados e podem se apresentar como vesículas, úlceras, manchas, entre outros. •Podem ser manifestações da sífilis, herpes genital, cancroide (cancro mole), donovanose e linfogranuloma venéreo. HERPES GENITAL ✓ Agente etiológico: HERPES SIMPLEX VÍRUS (HSV) tipo 1 e tipo 2 ✓ Transmissão: via sexual desprotegida e através do contato direto com lesões, mãos, salivas e objetos contaminados ✓ Período de incubação: 3 a 14 dias após primeira infecção e a doença caracteriza-se pelo aparecimento de lesões vesiculosas que, em poucos dias, transformam-se em pequenas úlceras ✓ Sinais e sintomas: aumento de sensibilidade, formigamento, mialgias, ardência ou prurido antecedem o aparecimento das lesões (pápulas eritematosas→vesículas→ulcerações→crostas serohemáticas) ✓ febre, cefaléia,adenopatia inguinal dolorosa bilateral (50% dos casos) ✓ Recorrência: aumento de sensibilidade no local, prurido, "queimação", mialgias, e "fisgadas" nas pernas, quadris e região anogenital Herpes genital ✓Diagnóstico: • clínico (anamnese, exame físico, sinais da doença e sintomas do paciente.) Exames laboratoriais como, a citologia e a biópsia, para identificar células infectadas pelo vírus. ✓Complicações na gestação: • aborto, microcefalia, retardo de crescimento intra-uterino, óbito fetal, herpes congênito e herpes neonatal. As lesões mais freqüentes são na pele e as mais graves são nos olhos, rins, intestinos e meningoencéfalo. ✓Tratamento na gestação: •Aciclovir na forma de creme, via oral e endovenoso; Síndrome do corrimento uretral Paciente com queixa de corrimento uretral • Esse é o quadro de entrada do fluxograma. Nele está representada a principal queixa do paciente ao se apresentar no serviço de saúde. Síndrome do corrimento uretral Anamnese e exame físico Esse quadro de ação indica que é necessário fazer a anamnese e examinar o paciente para determinar se ele tem corrimento uretral ou outro sinal de DST. Ao exame físico, com o prepúcio retraído, verificar se o corrimento provém realmente do meato uretral. Se não houver corrimento, solicitar ao paciente que ordenhe a uretra, comprimindo o pênis da base à glande. Se mesmo assim não se observar o corrimento, sendo a história consistente, mantenha a conduta. Síndrome do corrimento uretral •Sintomas mais comuns •Corrimento uretral geralmente de aspecto mucopurulento (amarelo turvo) •Prurido •Estrangúria •Polaciúria •Odor • fétido Síndrome do corrimento uretral Bacterioscopia disponível no momento da consulta? • Esse quadro de decisão indica a possibilidade de se fazer a bacterioscopia durante a consulta, o que poderia auxiliar na decisão sobre os procedimentos a serem seguidos. Síndrome do corrimento uretral Tratamento ‐ Clamídia 1ª. Opção: azitromicina 1g, VO, dose única ou doxiciclina 100mg, VO, 12/12h, 7 dias 2ª. Opção: eritromicina (Estearato) 500mg, VO, 6/6h, 7 dias ou tetraciclina 500mg, oral, 6/6h, 7 dias ou ofloxacina 400mg, oral, 12/12h, 7 dias (contra‐indicada em menores de 18 anos, grávidas e nutrizes) Síndrome do corrimento uretral Gonorréia 1ª. Opção: Ciprofloxacina 500mg, VO, dose única ou ceftriaxona 250mg, IM, dose única 2ª. Opção: cefixima 400mg, VO, dose única ou ofloxacina 400mg, VO, dose única ou espectinomicina 2g, IM, dose única Síndrome do corrimento cervical Esse é o quadro de entrada do fluxograma. Nele está descrita a principal queixa da paciente ao se apresentar no serviço de saúde ou, estando a paciente no serviço, para ser atendida por qualqueroutra queixa e for detectada presença de corrimento. Síndrome do corrimento cervical Anamnese (determinação dos critérios de risco) Examinar a genitália externa e região anal; • Separar os lábios vaginais para visualizar o introito vaginal integralmente. • Introduzir o espéculo para examinar a vagina, suas paredes, fundo de saco e colo uterino. • Fazer o teste de pH vaginal, colocando, por um minuto, a fita de papel indicador na parede vaginal lateral (evitar tocar o colo). Síndrome do corrimento cervical • Colher material para o teste de Whiff (teste das aminas ou do “cheiro” = lâmina com uma gota de KOH 10% sobre uma gota de conteúdo vaginal, sendo positivo se cheiro de peixe podre) e para realização da bacterioscopia, quando disponível. • Fazer teste do cotonete do conteúdo cervical (colher swab endocervical com cotonete e observar se muco purulento contrapondo em papel branco). • Havendo possibilidade de realização no local ou em referência, coletar material para cultura de gonococos, pesquisa de clamídia. Síndrome do corrimento cervical • Sintomas • Corrimento vaginal • Tricomoníase: normalmente se apresenta com um corrimento fino, amarelo-esverdeado, de odor desagradável. •Gardnerella: vaginose é o corrimento vaginal fino e acinzentado, com odor muito forte, tipo peixe podre. • Candidiase: corrimento espesso, sem odor forte e esbranquiçado • Prurido • Dor à micção • Dor durante a relação sexual • Odor fétido Síndrome do corrimento cervical: Tratamento Clamídia 1ª. Opção: azitromicina 1g, VO, dose única ou doxiciclina 100mg, VO, 12/12h, 7 dias 2ª. Opção: eritromicina (Estearato) 500mg, VO, 6/6h, 7 dias ou tetraciclina 500mg, oral, 6/6h, 7 dias ou ofloxacina 400mg, oral, 12/12h, 7 dias (contra‐indicada em menores de 18 anos, grávidas e nutrizes) Gonorréria 1ª. Opção: Ciprofloxacina 500mg, VO, dose única ou ceftriaxona 250mg, IM, dose única 2ª. Opção: cefixima 400mg, VO, dose única ou ofloxacina 400mg, VO, dose única ou espectinomicina 2g, IM, dose única Síndrome do corrimento cervical: Tratamento Tricomoníase: 1ª. Opção: Metronidazol 2g, VO, DU ou Metronidazol 400‐500mg, 12/12hs, 7 dias 2ª. Opção: Secnidazol 2g, VO, DU ou Tinidazol 2g VO, DU Gestantes após o 1º. Trimestre ou nutrizes: Metronidazol 400mg, 12/12hs, 7 dias ou Metronidazol 250mg, 8/8, 7 dias ou Metronidazol 2g, VO, DU Síndrome do corrimento cervical: Tratamento Vaginose bacteriana 1ª. Opção: Metronidazol 400‐500mg, 12/12hs, 7 dias 2ª.Opção: Metronidazol 2g, VO, DU ou metronidazol gel 0,75% uma aplicação vaginal, 2x dia, 5 dias; ou clindamicina creme 2%, uma aplicação à noite, 7 dias ou clindamicina 300mg, VO, 12/12h, 7 dias Síndrome do corrimento cervical: Tratamento Candidíase 1ª. Opção: Miconazol, creme a 2%, via vaginal, uma aplicação à noite ao deitar, por 7 dias; ou Clotrimazol, creme vaginal a 1%, uma aplicação via vaginal, à noite ao deitar‐se, durante 6 a 12 dias; ou Clotrimazol, óvulos de 100 mg, uma aplicação via vaginal, à noite ao deitar‐se, por 7 dias; ou Tioconazol creme a 6,5%, ou óvulos de 300mg, uma aplicação única, via vaginal ao deitar‐se; ou Nistatina 100.000 UI, uma aplicação, via vaginal, à noite ao deitarse, por 14 dias 2ª. Opção: Fluconazol‐ 150mg VO em dose única ou Itraconazol 200 mg VO 12/12 h em 24 horas ou Cetoconazol 400 mg VO/dia por 5 dias Doença Inflamatória pélvica (DIP) Anamnese (determinar critérios de risco) Realizar anamnese determinando, neste momento, os critérios de risco, afim de identificar as mulheres que podem ser portadoras de uma endocervicite assintomática, como demonstrado no fluxograma de corrimento vaginal. Exame Clínico – Ginecológico Deve seguir os mesmos passos já descritos no fluxograma de corrimento vaginal. • Buscar corrimento vaginal para exame de bacterioscopia . • Após exame da vulva, vagina, colo uterino e conteúdo vaginal, realizar o exame pélvico bimanual. Ao toque vaginal, pesquise hipersensibilidade do fundo de saco, dor à mobilização do colo ou anexos, e a presença de massas ou coleções. Sangramento vaginal ou atraso menstrual ou parto/aborto • Pacientes com atraso menstrual, parto ou aborto recente, perda de sangue pela vagina podem ter um quadro grave instalado ou por se instalar e, portanto, devem ser encaminhadas imediatamente para um serviço de referência. Tratamento para DIP Até breve
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