Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
ACOMPANHAMENTO DO CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO Profª Fernanda Letícia da Silva Campanati ACOMPANHANDO A SAÚDE DA CRIANÇA • Para que a criança cresça e se desenvolva bem, é fundamental comparecer à unidade de saúde para fazer o acompanhamento do seu crescimento e desenvolvimento. EQUIPE MULTIDISCIPLINAR ACOMPANHANDO A SAÚDE DA CRIANÇA Em todas as consultas de rotina, o profissional de saúde deve avaliar e orientar sobre: • Alimentação da criança • Peso, comprimento ou altura e perímetro cefálico • Vacinas • Desenvolvimento • Prevenção de acidentes • Identificação de problemas ou riscos para a saúde • Outros cuidados para uma boa saúde VISITA DOMICILIAR AO RN E FAMÍLIA Principais objetivos: • Observar relações familiares • Facilitar o acesso aos serviços de saúde • Fortalecer vínculos da família com a equipe de saúde • Orientar sobre os cuidados com o bebê • Prevenir lesões não intencionais • Identificar sinais de depressão puerperal • Promover o Aleitamento Materno exclusivo • Identificar sinais de perigo à criança PRIMEIRA CONSULTA- PUERICULTURA • Reservar dois horários – consulta completa • Anamnese • Exame físico completo, sinais vitais, medidas antropométricas, avaliação dos marcos do desenvolvimento segundo a faixa etária, estado geral, etc • Avaliação de situações de vulnerabilidade SITUAÇÕES DE VULNERABILIDADE • Criança residente em área de risco; • Baixo peso ao nascer (inferior a 2.500g) • Prematuridade (IG < 37 semanas) • Asfixia grave ou Apgar menor 7 no 5º min • Internações/intercorrências • Mãe com menos de 18 anos de idade; • Mãe com baixa escolaridade (< 8 anos de estudo) • História familiar de morte de criança < 5 anos. SITUAÇÕES DE VULNERABILIDADE • Aleitamento materno ausente; • Gestação gemelar; • Mal-formação congênita; • Mais de três filhos morando juntos; • Problemas familiares ou socioeconômicos que interfiram na saúde da criança; • Suspeita ou evidência de violência; O CRESCIMENTO DA CRIANÇA • Crescimento processo dinâmico e contínuo, expresso pelo aumento do tamanho corporal • O processo de crescimento é influenciado : • Fatores intrínsecos (genéticos) • Fatores extrínsecos (ambientais), entre os quais se destacam a alimentação, condições de saúde, higiene, habitação e cuidados gerais com a criança atuam acelerando ou restringindo o crescimento Constitui um dos indicadores de saúde da criança. FATORES DETERMINANTES Fatores intrínsecos (genéticos) Fatores extrínsecos (ambientais) CRESCIMENTO DO SER HUMANO Carga Genética Sexo Etnia Condições ambientais Dieta Alimentar Doenças Deve-se valorizar também o crescimento intrauterino, pois diversos estudos atestam que alterações no crescimento fetal e infantil podem ter efeitos permanentes na saúde do adulto. • Fatores que podem afetar o crescimento intra-uterino: O fumo As doenças infecciosas crônicas; O álcool A hipertensão arterial; Drogas O estado nutricional da gestante; As DST’s; Dentre outros... O CRESCIMENTO DACRIANÇA • O acompanhamento sistemático do crescimento e do ganho de peso permite a identificação de crianças com maior risco de morbimortalidade por meio da sinalização precoce da subnutrição e da obesidade. • A vigilância nutricional e o monitoramento do crescimento promover e proteger a saúde da criança • diagnóstico e tratamento • evitar que desvios do crescimento possam comprometer a saúde atual e a qualidade de vida futura MONITORIZAÇÃO EAVALIAÇÃO DO CRESCIMENTO • O melhor método de acompanhamento do crescimento infantil é o registro periódico do peso, da estatura e do IMC (índice de massa corporal) da criança na Caderneta de Saúde da Criança MONITORIZAÇÃO EAVALIAÇÃO DO CRESCIMENTO • O Ministério da Saúde recomenda a utilização dos valores de referência para o acompanhamento do crescimento e do ganho de peso através das: • Curvas da Organização Mundial da Saúde (OMS) • O padrão da OMS pode ser usado para avaliar crianças de qualquer país, independentemente de etnia, condição socioeconômica e tipo de alimentação MONITORIZAÇÃO E AVALIAÇÃO DOCRESCIMENTO: CADERNETADE SAÚDEDACRIANÇA Perímetro cefálico • de zero a 2 anos Peso para x idade: • de zero a 2 anos • de 2 a 5 anos • de 5 a 10 anos Comprimento/altura x idade • de zero a 2 anos (comprimento) • de 2 a 5 anos (altura) • de 5 a 10 anos (altura) Índice de massa corporal (IMC) x idade • de zero a 2 anos • de 2 a 5 anos • de 5 a 10 anos A Caderneta de Saúde da Criança parâmetros para avaliação do crescimento de crianças (menores de 10 anos) gráficos: MONITORIZAÇÃO EAVALIAÇÃO DO CRESCIMENTO • Perímetro cefálico • IMC – Índice de massa Corporal MONITORIZAÇÃO EAVALIAÇÃO DO CRESCIMENTO • Estatura: • Comprimento : crianças menores de 2 anos mensuradas deitadas em superficie lisa • Altura: crianças maiores de 2 anos mensuradas em pé • Peso: • Crianças menores de 2 anos ou até 16 kg • Crianças maiores de 2 anos ou mais que 16 kg GRÁFICOSDOCARTÃODA CRIANÇA: Eixo vertical corresponde ao perímetro cefálico (cm), peso(Kg), comprimento (cm), IMC (Kg/m2) Eixo horizontal corresponde à idade da criança em meses GRÁFICOS DO CARTÃO DACRIANÇA: Somente de 0 a 2 anos GRÁFICOS DO CARTÃO DACRIANÇA: Idade 0 a 2 2 a 5 5 a 10 GRÁFICOS DO CARTÃO DACRIANÇA: Idade 0 a 2 GRÁFICOS DO CARTÃO DACRIANÇA: Idade 2 a 5 5 a 10 GRÁFICOS DO CARTÃO DA CRIANÇA: Idade 0 a 2 2 a 5 5 a 10 INTERPRETANDO OS GRÁFICOS • A linha verde corresponde ao escore z 0. As outras linhas indicam distância da mediana • Um ponto ou desvio que esteja fora da área compreendida entre as duas linhas vermelhas indica um provável problema • As curvas tendem a seguir um traçado paraleloà linha verde, acima ou abaixo dela mudança rápida nessa tendência (desvio da curva da criança para cima ou para baixo do seu traçado normal) deve ser investigada para determinar a causa e orientar a conduta. • Um traçado horizontal indica que a criança não estácrescendo, o que necessita ser investigado. • Um traçado que cruza uma linha de escore z pode indicar risco. CONDUTASRECOMENDADASPARAALGUMAS SITUAÇÕES DE DESVIO NO CRESCIMENTO Sobrepeso ou obesidade • Manejo de situações de desvio no crescimento da criança com até 5 anos de idade: • Verifique a existência de erros alimentares, identifique a dieta da família e oriente a mãe ou o cuidador a administrar à criança uma alimentação mais adequada, de acordo com as recomendações para uma alimentação saudável para a criança. • Verifique as atividades de lazer das crianças, como o tempo em frente à televisão e ao videogame, estimulando-as a realizar passeios, caminhadas, andar de bicicleta, praticar jogos com bola e outras brincadeiras que aumentem a atividade física. • Realize a avaliação clínica da criança. CONDUTASRECOMENDADASPARAALGUMAS SITUAÇÕES DE DESVIO NO CRESCIMENTO Magreza ou peso baixo para a idade • Para crianças menores de 2 anos: • Investigue possíveis causas, com atenção especial para o desmame. • Oriente a mãe sobre a alimentação complementar adequada para a idade • Oriente o retorno da criança no intervalo máximo de 15 dias. • Para crianças maiores de 2 anos: • Investigue possíveis causas, com atenção especial para a alimentação, para as intercorrências infecciosas, os cuidados com a criança, o afeto e a higiene. • Trate as intercorrências clínicas, se houver. • Encaminhe a criança para o serviço social, se isso for necessário. • Oriente a família para que a criança realize nova consulta com intervalo máximo de 15 dias CONDUTASRECOMENDADASPARAALGUMAS SITUAÇÕES DE DESVIO NO CRESCIMENTO Magreza acentuada ou peso muito baixo para a idade • Investigue possíveis causas, com atenção especial para o desmame (especialmente para os menores de 2 anos), a alimentação, as intercorrências infecciosas, os cuidados coma criança, o afeto ea higiene. • Trate as intercorrências clínicas, se houver. • Encaminhe a criança para o serviço social, se este estiver disponível. • Oriente a família para que a criança realize nova consultacom intervalo máximo de 15 dias. DESENVOLVIMENTO • Se refere a uma transformação complexa, contínua, dinâmica e progressiva, que inclui, além do crescimento, a maturação, a aprendizagem e os aspectos psíquicos e sociais. • O desenvolvimento vai transcorrendo por etapas ou fases, que correspondem a determinados períodos do crescimento e da vida, em geral. • Cada um desses períodos tem suas próprias características e ritmos, e cada criança tem seu próprio padrão de desenvolvimento. PERÍODOS OU ETAPAS DO DESENVOLVIMENTO • Período pré-natal – da concepção ao nascimento • Período neonatal – zero a 28 dias de vida • Primeira infância (lactente) – 29 dias a 2 anos • Infância (segunda infância ou pré-escolar) – 2 a 6 anos Tudo em um ser humano (suas características, seus modos de agir, pensar, sentir, seus valores, etc.) depende da sua interação com o meio social em que vive. Portanto, o desenvolvimento da criança será sempre mediado por outras pessoas, pelas famílias, pelos profissionais de saúde, da educação, entre outros, que delimitam e atribuem significados à sua realidade. • O acompanhamento do desenvolvimento da criança na atenção básica tem como objetivo sua promoção, proteção e a detecção precoce de alterações passíveis de modificação que possam repercutir em sua vida futura. • A identificação de problemas (tais como: atraso no desenvolvimento da fala, alterações relacionais, tendência ao isolamento social, dificuldade no aprendizado, agressividade, entre outros) é fundamental para o desenvolvimento e a intervenção precoce para o prognóstico dessas crianças ASPECTOS DO DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA ASPECTOS DO DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA ASPECTOS DO DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA ROTEIRO PARA ACOMPANHAMENTO DO DESENVOLVIMENTO • O acompanhamento do desenvolvimento faz parte da consulta geral da criança e a “Ficha de Acompanhamento do Desenvolvimento” proposta pelo Ministério da Saúde deve ser utilizada como roteiro de observação e identificação de crianças com prováveis problemas de desenvolvimento, incluindo alguns aspectos psíquicos. • A observação deve ser feita durante a consulta. • O profissional deve anotar sua observação no espaço correspondente à idade da criança e ao marco de desenvolvimento esperado (P= presente ; A = ausente e NV = não verificado). DISTÚRBIOS NO DESENVOLVIMENTO Os fatores de risco para problemas de desenvolvimento podem ser classificados em: • Genéticos (por exemplo: síndrome de Down) • Biológicos (por exemplo: prematuridade, hipóxia neonatal, meningites) e/ou • Ambientais (fatores familiares, de ambiente físico, fatores sociais) No entanto, a maior parte dos traços de desenvolvimento da criança é de origem multifatorial e representa a interação entre a herança genética e os fatores ambientais ORIENTAÇÕES AOS PAIS • No dia a dia dos serviços, os profissionais de saúde podem orientar os pais em relação ao desenvolvimento das funções fisiológicas e comportamentais da criança, tais como: choro, padrão de sono, controle de esfíncteres, sexualidade e disciplina CONTROLE DE ESFÍNCTERES • O controle esfincteriano é reconhecido como um marco do desenvolvimento infantil. • Os métodos utilizados e a época do início do treinamento são variáveis, dependendo de cada cultura. • Observa-se também que o início precoce, sem respeitar a maturação da criança, aumenta o risco para o aparecimento de disfunções, constipação e recusa em ir ao banheiro. • A idade ideal para iniciar o processo educativo varia de criança para criança: algumas entre 18 e 24 meses já mostram sinais de que estão prontas; outras não se mostram prontas antes dos dois anos e meio • Considera-se um início precoce o processo educativo realizado a partir de idade em torno dos 18 meses. Por sua vez, é tido como um treinamento tardio o processo realizado após os 36 meses PADRÃO DE SONO • Os recém-nascidos dormem tanto durante o dia quanto à noite, mas, depois de algumas semanas, o sono diurno começa a diminuir. • Em torno dos 6 meses de vida, os bebês começam a ter padrões de sono, embora isso varie muito entre eles. • Bebês que não desenvolvem uma regularidade evidente de sono e vigília podem estar demonstrando algum problema, como uso de droga pela mãe durante a gravidez ou dano cerebral COMPORTAMENTO • A partir dos 2 anos, a criança desenvolve seu senso de identidade, reconhecendo-se como uma pessoa, atribuindo conceitos a si mesma. • É um momento em que a criança começa a reivindicar maior autonomia, quando os pais devem ajudá-la a fixar os limites e, ao mesmo tempo, encontrar sua autonomia e ter maior independência. • É importante apontar também que nessa idade as crianças aprendem muito pela observação, de forma que o exemplo dos pais torna-se uma fonte importante para a criança identificar comportamentos aceitáveis e inaceitáveis. • Este é um momento em que a equipe de saúde pode contribuir, ajudando os pais a encontrar o equilíbrio entre a flexibilidade necessária para a exploração da autonomia e a colocação de limites claros e consistentes, também necessários para que a criança aprenda a se autocontrolar. ATIVIDADE AVALIATIVA Realizar uma pesquisa à cerca da Rede de frio, detalhando o processo de distribuição e transporte armazenagem, conservação e manipulação dos imunobiológicos Manuscrito Valendo nota Entregar separadamente dia 14/12 OBRIGADA PELA ATENÇÃO!
Compartilhar