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Fisioterapia no Câncer de Mama

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Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
SUMÁRIO 
MÓDULO I 
 
1.Conceitos Importantes dos Tecidos Envolvidos 
 1.1 Tecido epitelial 
1.1.1 Epitélio de revestimento 
1.1.2 Epitélio glandular 
1.2 Tecido conjuntivo 
 1.2.1 Tecido conjuntivo propriamente dito 
 1.2.2 Tecido conjuntivo de propriedades especiais 
 1.2.3 Substância fundamental amorfa 
 1.2.4 Fibras colágenas 
 1.2.5 Fibras elásticas 
 1.2.6 Fibras reticulares 
 1.2.7 Células próprias do tecido conjuntivo 
1.3 Sistema tegumentar 
1.3.1 Pele 
1.3.1.1 Epiderme 
1.3.1.2 Derme 
1.3.2 Hipoderme (tela subcutânea) 
1.3.3 Anexos da pele 
1.3.4 Vascularização e inervação 
1.4 Sistema linfático 
1.4.1 Linfa 
1.4.2 Topografia do sistema linfático 
1.4.2.1 Capilares linfáticos 
1.4.2.2 Pré-coletores linfáticos 
1.4.2.3 Coletores linfáticos 
1.4.2.4 Troncos linfáticos 
1.4.2.5 Ducto linfático direito 
1.4.2.6 Ducto torácico 
1.4.2.7 Linfangions 
 
 
 
 
 
3 
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1.4.2.8 Válvulas linfáticas 
1.4.2.9 Linfonodos 
1.4.3 Circulação linfática 
2. A Mama 
2.1 Embriologia 
2.2 Anatomia 
2.2.1 Estrutura da glândula mamária 
2.2.2 Circulação arterial e venosa 
2.2.3 Inervação 
2.2.4 Drenagem linfática do membro superior 
2.2.5 Drenagem linfática da mama 
2.2.6 Musculatura torácica 
2.2.7 Fossa Axilar 
3. Glossário 
 
MÓDULO II 
 
1. Considerações sobre o processo de carcinogênese 
2. Câncer de Mama 
2.1 Aspectos gerais do câncer de mama 
2.2 Incidência 
2.3 Fatores de risco 
2.4 Classificação dos tumores mamários 
2.4.1 Tumores não-invasivos 
2.4.1.1 Carcinoma ductal in situ (CDIS) 
2.4.1.2 Carcinoma lobular in situ (CLIS) 
2.4.2 Carcinomas invasivos 
2.4.2.1 Carcinoma lobular infiltrante (CLI) 
2.4.2.2 Carcinoma ductal infiltrante (CDI) 
2.4.2.3 Carcinoma tubular 
2.4.2.4 Carcinoma medular 
2.4.2.5 Carcinoma mucinoso 
 
 
 
 
 
4 
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2.4.2.6 Carcinoma papilífero 
2.4.2.7 Carcinoma inflamatório 
2.4.2.8 Doença de Paget 
2.4.2.9 Tumor filodes 
2.5 Metástases 
2.6 Alterações benignas da mama 
2.7 Câncer de mama masculino 
2.8 Sinais e sintomas do câncer de mama 
2.9 Estadiamento 
2.10 Diagnóstico clínico das alterações mamárias 
2.11 Auto-exame 
2.12 Exames não invasivos 
2.12.1 Mamografia 
2.12.2 Ultra-sonografia 
2.12.3 TAC e IRM 
2.13 Exames invasivos 
2.13.1 Punção aspirativa com agulha fina e citologia aspirativa 
2.13.2 Biópsia 
2.13.3 Cintilografia 
3. Glossário 
 
MÓDULO III 
 
1. O tratamento do câncer de mama 
2. Tratamento cirúrgico 
2.1 Cirurgias radicais de mama 
2.1.1 Mastectomia radical de Halsted 
2.1.2 Mastectomia radical modificada a Patey 
2.1.3 Mastectomia radical modificada a Madden 
2.1.4 Mastectomia total 
2.2 Cirurgias conservadoras de mama 
 
 
 
 
 
5 
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2.2.1 Quadrantectomia (segmentectomia) 
2.2.2 Tumorectomia 
2.2.3 Mastectomia 
2.2.4 Mastectomia higiênica 
2.3 Linfadenectomia axilar 
2.4 Linfonodo sentinela 
2.5 Complicações associadas à cirurgia de câncer de mama 
3. Quimioterapia 
3.1 Formas de administração 
3.2 Classificação 
3.3 Critérios para aplicação da quimioterapia 
3.4 Reações adversas e efeitos colaterais 
4. Radioterapia 
4.1 Formas de radioterapia 
4.2 Classificação 
4.3 Critérios para aplicação da radioterapia 
4.4 Efeitos adversos da radioterapia 
5. Hormonioterapia 
5.1 Hormonioterapia cirúrgica 
5.2 Hormonioterapia medicamentosa 
6. Tratamento do câncer de mama que se disseminou 
7. Reconstrução mamária 
7.1 Técnicas cirúrgicas 
7.1.1 Reconstrução com retalhos de musculatura abdominal 
7.1.2 Reconstrução com expansor tecidual 
7.1.3 Reconstrução sem expansores de tecidos 
7.1.4 Reconstrução com retalhos de musculatura dorsal 
7.1.5 Reconstrução do complexo aréolo mamilar 
7.1.6 Simetrização 
8. Intervenções interdisciplinares 
9. Glossário 
 
 
 
 
 
6 
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MÓDULO IV 
 
1. Principais disfunções físico-funcionais decorrentes da mastectomia 
1.1 Edema 
1.2 Linfedema 
1.2.1 Classificação quanto à origem 
1.2.2 Classificação quanto à instalação e os achados clínicos 
1.2.3 Classificação quanto à intensidade 
1.2.4 Classificação quanto à topografia 
1.2.5 Conseqüências do linfedema 
1.3 Seroma 
1.4 Infecção 
1.5 Lesão nervosa 
1.6 Dor 
1.7 Limitação de movimento 
1.8 Alterações posturais 
1.9 Fraqueza muscular 
1.10 Retrações cicatriciais 
1.11 Encarceramento nervoso 
1.12 Alterações respiratórias 
2. Avaliação físico-funcional de pacientes mastectomizadas 
2.1 Anamnese 
2.2 Exame físico 
2.2.1 Inspeção 
2.2.2 Palpação 
2.2.3 Amplitude articular de movimento de MMSS (goniometria) 
2.2.3.1 Amplitude articular do ombro 
2.2.4 Testes de força muscular 
2.2.5 Avaliação do edema e do linfedema 
2.2.5.1 Perimetria 
 
 
 
 
 
7 
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2.2.5.2 Volumetria 
2.2.5.3 Linfocintilografia 
3. Objetivos da assistência fisioterapêutica pré e pós-operatória 
4. Recursos fisioterapêuticos 
4.1 Orientações e cuidados gerais 
4.2 Drenagem linfática manual 
4.2.1 Efeitos 
4.2.2 Indicações 
4.2.3 Contra indicações 
4.2.4 Componentes da drenagem linfática manual 
4.3 Pressoterapia (compressão pneumática intermitente) 
 4.4 Cinesioterapia 
4.4.1 Alongamentos 
4.4.2 Exercícios passivos 
4.4.3 Exercícios ativos-assistidos 
4.4.4 Exercícios ativos livres 
4.4.5 Exercícios resistivos 
4.4.6 Mobilização articular passiva 
4.4.7 Exercícios metabólicos 
4.4.8 Exercícios pendulares de Codman 
4.5 Eletroanalgesia 
4.6 Termoterapia 
4.7.1 Massagem clássica 
4.7.2 Massagem do tecido conjuntivo 
4.8 Terapias posturais 
4.9 Hidroterapia 
4.10 Acupuntura 
4.11 Prescrição de órteses 
5. Assistência fisioterapêutica em oncologia mamária 
5.1 Pré-operatório 
5.2 Pós-operatório imediato (POI) 
 
 
 
 
 
8 
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5.3 Primeiro dia pós-operatório até a alta hospitalar 
5.4 Tratamento ambulatorial 
5.5 Terapia física complexa (linfoterapia) 
5.5.1 Medidas de prevenção, higiene e cuidados com a pele 
5.5.2 Drenagem linfática manual (DLM) 
5.5.3 Enfaixamento compressivo 
5.5.4 Contenção elástica 
5.5.5 Cinesioterapia 
6. Glossário 
7. Bibliografia Consultada 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9 
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MÓDULO I 
 
 
1. Conceitos Importantes dos Tecidos Envolvidos 
 
 
1.1 Tecido epitelial 
 
Os tecidos epiteliais são formados por células intimamente unidas, com 
pouquíssimo material intercelular. Recobrem as superfíciesdo corpo e suas 
cavidades, além de formar glândulas. O tecido epitelial é avascular. Sua nutrição 
acontece por difusão dos nutrientes através da membrana basal, que o conecta ao 
tecido conjuntivo. A membrana basal promove a adesão entre os tecidos, permitindo, 
contudo, a difusão de alimentos, catabólitos e oxigênio. Os epitélios são inervados, 
recebendo terminações nervosas livres que formam uma rica rede intra-epitelial. O 
tecido epitelial pode ser classificado em duas categorias: epitélio de revestimento e 
epitélio glandular. 
 
 
1.1.1 Epitélio de revestimento 
 
Reveste as superfícies do corpo e as cavidades em geral. Apresenta 
diversas funções, dependendo do local em que ocorre. Pode ser simples (uma 
camada celular), estratificado (várias camadas) ou pseudo-estratificado, (as células 
da única camada apresentam núcleos em alturas diferentes, dando a impressão de 
estratificação). 
Suas células podem apresentar vários formatos, como achatadas (epitélio 
pavimentoso), cúbicas (epitélio cúbico) ou cilíndricas (epitélio cilíndrico). O tecido 
pode ainda ser de transição, como na bexiga urinária, devido à mudança constante 
de formato mediada pela distensão muscular. 
 
 
 
 
 
 
10 
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1.1.2 Epitélio glandular 
 
Formado por um conjunto de células especializadas cuja função é a 
produção e liberação de secreção. As células secretoras são denominadas 
parênquima e o tecido conjuntivo no interior da glândula é denominado estroma. O 
estroma sustenta também vasos sangüíneos, linfáticos e nervos. Existem 
parâmetros para classificar os diferentes tipos glandulares, como o número de 
células e o local onde a secreção é lançada. 
Quanto ao número de células, as glândulas podem ser unicelulares (a 
secreção é realizada por células especializadas espalhadas entre outras células 
não-secretoras) ou multicelulares (a secreção é realizada por um conjunto de 
células). 
Quanto ao local em que a secreção é lançada, as glândulas podem ser 
classificadas como endócrinas (glândulas sem ductos em que a secreção é lançada 
na corrente sangüínea e é distribuída para todo o corpo. A secreção endócrina é a 
secreção de hormônios, que atuam em locais distantes de onde foram produzidos); 
ou exócrinas (glândulas com ducto excretor que transportam a secreção glandular 
para a superfície do corpo ou para o interior de um órgão). 
 
1.2 Tecido conjuntivo 
 
Os tecidos conjuntivos caracterizam-se por apresentar tipos diversos de 
células, separadas por abundante material intercelular, que é sintetizado por elas e 
representado pelas fibras do conjuntivo e pela substância fundamental amorfa. 
Banhando este material e também as células, há uma pequena quantidade de fluido, 
o líquido intersticial. Este tipo de tecido é formado por células conjuntivas (blastos), 
que têm como função excretar colágeno e elastina. O conjuntivo forma o arcabouço 
que sustenta as partes moles, apoiando e ligando os outros tipos de tecido. 
Pode ser dividido em duas categorias principais: tecido conjuntivo 
propriamente dito e tecido conjuntivo de propriedades especiais. 
 
 
 
 
 
11 
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1.2.1 Tecido conjuntivo propriamente dito 
 
Não há predominância acentuada de nenhum dos elementos constituintes e 
suas fibras não apresentam um arranjo organizado. Pode ser frouxo (tecido de 
consistência delicada, flexível e pouco resistente às trações) ou denso (com 
predominância acentuada de fibras colágenas. Os conjuntivos densos podem ser 
irregulares, com feixes colágenos em trama tridimensional, conferindo ao tecido 
resistência às trações em qualquer direção ou regulares, com feixes colágenos 
seguindo uma organização fixa, em respostas a trações exercidas em um mesmo 
sentido, como por exemplo, nos tendões). 
 
1.2.2 Tecido conjuntivo de propriedades especiais 
 
Enquadram-se neste grupo os tecidos adiposo, elástico, reticular, mucoso, 
cartilaginoso e ósseo. 
 
1.2.3 Substância fundamental amorfa 
 
Substância incolor, transparente e homogênea, formada principalmente por: 
glicosaminoglicanos, ácido hialurônico e glicoproteínas estruturais, caracterizada por 
preencher os espaços intercelulares e as fibras do tecido conjuntivo. Representa 
uma barreira à penetração de partículas estranhas no interior dos tecidos. É o 
elemento não fibroso da matriz, em que as células e outros elementos estão 
mergulhados. 
 
1.2.4 Fibras colágenas 
 
Tipo de fibra mais freqüente do tecido conjuntivo, sendo constituída por uma 
escleroproteína denominada colágeno. O colágeno é a proteína mais abundante do 
corpo humano, representando 30% das proteínas totais. Representa cerca de 70% 
 
 
 
 
 
12 
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do peso da pele seca e tem como função fornecer resistência e integridade estrutural 
a diversos órgãos e tecidos. 
Os tipos de colágenos mais freqüentes são: o tipo I, que é o mais 
abundante, encontrado nos tendões, ligamentos, derme, cápsula de órgãos, ossos e 
outros. É sintetizado pelos fibroblastos, odontoblastos e osteoblastos; o tipo II, 
encontrado nas cartilagens hialinas e sintetizado pelas células cartilaginosas; o tipo 
III, que forma as fibras reticulares e é produzido pelos fibroblastos e células 
reticulares; o tipo IV, presente nas lâminas basais e no tecido epitelial; o tipo V que 
se associa ao colágeno do tipo I para formar as fibrilas e é sintetizado pelos 
fibroblastos e o tipo VI, encontrado junto com o colágeno do tipo II e produzido pelos 
condroblastos. 
 
1.2.5 Fibras elásticas 
 
Fibras delgadas, sem estriações longitudinais, que se ramificam de forma 
irregular. São amareladas e tem como componente principal a elastina, uma 
escleroproteína muito mais resistente que o colágeno, e a microfibrila elástica, 
formada por uma glicoproteína especializada. Essas fibras cedem facilmente a 
trações mínimas, porém retornam rapidamente à sua forma original, tão logo cessem 
as forças deformantes. Suportam grandes trações. Por volta dos 30 anos, iniciam-se 
uma série de alterações degenerativas deste tipo de fibra, relacionadas ao 
envelhecimento intrínseco. 
 
1.2.6 Fibras reticulares 
 
Fibras anastomosadas umas às outras que se dispõem formando uma 
estrutura semelhante a uma rede. Constituem o arcabouço interno das glândulas, 
através do qual as células epiteliais que formam o corpo das glândulas permanecem 
unidas. São fibras curtas, finas e inelásticas, compostas principalmente por um tipo 
de colágeno denominado reticulina. Os fibroblastos são responsáveis pela sua 
produção na maioria dos tecidos conjuntivos. 
 
 
 
 
 
13 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
1.2.7 Células próprias do tecido conjuntivo 
 
As células mais comuns do conjuntivo são os fibroblastos, responsáveis pela 
formação das fibras e do material celular amorfo. Eles sintetizam colágeno, 
mucopolissacarídeos e fibras elásticas. A forma ativa da célula é denominada 
fibroblasto e possui núcleo ovóide de cor clara. A forma inativa chama-se fibrócito e 
possui núcleo escuro e alongado. Mediante estímulos de cicatrização, o fibrócito 
reassume aspecto de fibroblasto. Nos adultos, os fibroblastos não se dividem com 
freqüência, entrando em mitose apenas quando há lesão do tecido conjuntivo. 
Além dos fibroblastos, dentro do tecido conjuntivo há os macrófagos, que 
desempenham papel importante na remoção de elementos intercelulares que se 
formam nos processos involutivos fisiológicos, comoo retorno do útero ao tamanho 
original, após a gestação; as células mesenquimatosas indiferenciadas que 
possuem a capacidade de originar qualquer outra célula do tecido conjuntivo; os 
mastócitos; plasmócitos e leucócitos, que atuam nos processos inflamatórios e 
infecciosos; e finalmente os adipócitos que são células derivadas dos fibroblastos, 
que compõem o tecido adiposo e são especializadas no armazenamento de 
gorduras neutras. 
 
1.3 Sistema tegumentar 
 
É constituído pela pele e pela hipoderme, juntamente com os anexos 
cutâneos. O tegumento recobre toda a superfície do corpo, sendo constituído por 
uma porção epitelial, a epiderme e por uma porção conjuntiva, a derme. Abaixo e em 
continuidade com a derme está à hipoderme (tela subcutânea), que embora tenha a 
mesma morfologia da derme, não faz parte da pele, que é formada por apenas duas 
camadas. A hipoderme serve de suporte da derme com os órgãos subjacentes, além 
de permitir a pele uma considerável amplitude de movimento. As principais funções 
do sistema tegumentar são: proteção, regulação da temperatura do organismo, 
excreção, sensibilidade tátil e produção de vitamina D. 
 
 
 
 
 
 
14 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
 
 
Figura 01 – Estrutura do Sistema Tegumentar 
 
 
 
 
 
Fonte: VILELA, 2008 
 
1.3.1 Pele 
 
Arcabouço protetor do organismo humano, a pele é um grande órgão que 
representa aproximadamente 12% do peso seco total do corpo. Recobre o corpo 
protegendo-o da perda excessiva de água, do atrito e dos raios solares ultravioletas, 
graças a uma camada de queratina relativamente impermeável que recobre a 
epiderme. Também recebe estímulos do ambiente e colabora com mecanismos para 
regular a temperatura corporal, por meio de vasos e glândulas, oferecendo uma 
grande superfície de dispersão calórica e evaporação. Compõe-se por duas 
camadas principais: a epiderme, que é a camada superficial composta de células 
epiteliais intimamente unidas e a derme que é a camada mais profunda composta 
por tecido conjuntivo denso e irregular. 
 
 
 
 
 
 
 
15 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
1.3.1.1 Epiderme 
 
Superfície mais externa da pele, formada por um revestimento de células 
sobrepostas. Sua espessura varia de acordo com a região do corpo, chegando a 
1,5mm na região plantar. É formada por quatro camadas. 
A camada córnea é a mais superficial. Embora seja de pequena espessura, 
sua capacidade de retenção hídrica conserva a superfície da pele macia. Essa 
camada forma uma cobertura ao redor de toda a superfície do corpo e protege o 
organismo contra a invasão de vários tipos de agressores do meio externo. As 
células mais superficiais são continuamente eliminadas como resultado da abrasão, 
como, por exemplo, pelo atrito com a roupa e substituídas por células oriundas das 
camadas mais profundas da epiderme. 
Logo abaixo, está à camada granulosa, formada por células que já estão em 
franca degeneração. Caracteriza-se por conter grânulos de querato-hialina 
relacionados ao fenômeno de queratinização dos epitélios. 
Abaixo da camada granulosa, está à camada espinhosa, composta por 
células de aspecto espinhoso com importante função na manutenção da coesão das 
células da epiderme e, conseqüentemente na resistência ao atrito. 
A camada germinativa é a camada mais profunda e apresenta intensa 
atividade mitótica gerando novas células. É responsável pela constante renovação 
da epiderme, fornecendo células para substituir as que são perdidas na camada 
córnea. Nesse processo as células partem da camada germinativa e vão sendo 
deslocadas para a periferia até a camada córnea, num período de 21 a 28 dias. 
 
1.3.1.2 Derme 
 
É uma espessa camada de tecido conjuntivo sobre a qual se apóia a 
epiderme. Está conectada com a fáscia dos músculos subjacentes por uma camada 
de tecido conjuntivo frouxo, a hipoderme. Na derme há fibras elásticas, reticulares e 
muitas fibras colágenas. Apresenta vasos sanguíneos, linfáticos e inervações. 
 
 
 
 
 
16 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
Contém glândulas especializadas e órgãos dos sentidos. Sua superfície externa é 
muito irregular e varia de região para região. É composta por duas camadas: 
A mais externa é a camada papilar, constituída por tecido conjuntivo frouxo e 
assim denominada porque as papilas dérmicas constituem sua parte mais 
importante. A função das papilas é aumentar a zona de contato da derme com a 
epiderme, trazendo maior resistência à pele. Estende-se pouco abaixo das bases da 
papila onde se une à camada reticular. Apresenta rico suprimento sanguíneo. A 
camada reticular é a mais espessa, constituída por tecido conjuntivo denso, e é 
assim denominada devido ao fato de que os feixes de fibras colágenas que a 
compõem entrelaçam-se como uma rede. 
 
1.3.2 Hipoderme (tela subcutânea) 
 
Tecido sobre o qual a pele repousa, formada por tecido conjuntivo que varia 
do tipo frouxo ao denso nas várias localizações e nos diferentes indivíduos. A 
hipoderme não faz parte da pele, porém a fixa às estruturas subjacentes. Pode ter 
uma camada variável de tecido adiposo dependendo da região do corpo. Além da 
função de reservatório energético, a hipoderme apresenta a função de isolamento 
térmico, modelagem da superfície corporal, absorção de choques e preenchimento 
para a fixação de órgãos. 
Compõe-se por duas camadas. A superficial é chamada de areolar e possui 
adipócitos globulares e volumosos. É ricamente irrigada. A mais profunda é 
chamada de lamelar e é onde ocorre aumento de espessura no ganho de peso. 
 
1.3.3 Anexos da pele 
 
Na pele existem várias estruturas anexas: os pêlos, as unhas e as glândulas. 
Os pêlos se originam de uma invaginação da epiderme, o folículo piloso. São 
visíveis externamente por sua haste e estão distribuídos por quase todo o corpo. Em 
certas regiões exercem papel de proteção, principalmente nas aberturas do corpo. 
 
 
 
 
 
17 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
As unhas são lâminas córneas formadas pela camada córnea. Em sua 
extremidade proximal uma estreita prega da epiderme se estende, formando o 
eponíquio (cutícula). Possuem coloração rosada e crescem cerca de 1 mm por 
semana. 
As glândulas sebáceas são encontradas anexas aos pêlos em todas as 
regiões do corpo, sendo mais numerosas, mas de menor volume, nas regiões onde 
os pêlos são abundantes. Sua secreção é uma mistura complexa de lipídios cuja 
função é a lubrificação da pele, além da ação bactericida. 
As glândulas sudoríparas distribuem-se em quase todo o corpo. Seu número 
varia em cada região e diminui com a idade. A estimulação dos nervos simpáticos 
faz com que estas glândulas secretem um fluido de cloreto de sódio, uréia, sulfatos e 
fosfatos a depender de fatores como temperatura e umidade do meio e atividade 
muscular. 
 
1.3.4 Vascularização e inervação 
 
Há dois plexos arteriais que suprem à pele. Um se situa entre a derme e a 
hipoderme e outro entre as camadas: papilar e reticular. Há três plexos venosos. 
Dois na posição das artérias e um na região da derme. 
As sensações cutâneas como tato, dor, calor e frio são captadas por 
receptores especializados. Os receptores para dor são terminações nervosas livres 
situadas abaixo da epiderme. As sensações táteis são dadas pelos corpúsculos de 
Paccini e de Meissner, a sensação de frio pelos corpúsculos de Krause e a de calor 
pelos de Ruffini. 
 
 
1.4 Sistema linfático 
 
O sistema linfático é uma via acessória da circulaçãosanguínea, pela qual 
líquidos, proteínas e pequenas células provenientes do interstício são devolvidas ao 
sistema venoso. É um sistema fechado, intimamente ligado a circulação sanguínea, 
 
 
 
 
 
18 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
importante na manutenção da homeostase corporal. Tem sua origem embrionária no 
mesoderma, desenvolvendo-se junto aos vasos sanguíneos. 
São três as funções básicas do sistema linfático: ativação da resposta 
inflamatória para o controle de infecções e defesa contra os agentes invasores; o 
retorno do excesso de líquido intersticial e de proteínas à corrente sanguínea e a 
absorção de lipídios. É seu papel transportar as células mortas ou 
imunocompetentes, as partículas inorgânicas, às proteínas, os lipídeos, as bactérias, 
os vírus e os produtos do catabolismo. 
O sistema linfático não possui um elemento de bombeamento como o 
sistema circulatório sangüíneo. A circulação linfática acontece por meio de 
contrações do sistema muscular ou de pulsações de artérias próximas aos vasos 
linfáticos. 
 
Figura 02 – Distribuição do Sistema Linfático 
 
 
Fonte: CORNELL UNIVERSITY, 2008. 
 
 
 
 
 
19 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
1.4.1 Linfa 
 
Líquido incolor e viscoso com composição quase igual a do plasma 
sanguíneo. Consistem principalmente de água, eletrólitos e proteínas que escapam 
do sangue através dos capilares. O que difere a linfa do sangue é a ausência de 
células sanguíneas. Representa aproximadamente 15% do peso corporal e seu 
escoamento diário no nível do ducto torácico fica em torno de 2 a 5 litros, podendo 
alcançar 20 litros em caso de um aumento patológico de demanda. O fluxo da linfa é 
relativamente lento. Cerca de três litros de linfa penetram no sistema cardiovascular 
em 24 horas. Em média, o fluxo total de linfa é da ordem de 1,5 ml por minuto. 
 
1.4.2 Topografia do sistema linfático 
 
A rede linfática é formada pelos capilares linfáticos, que desembocam, nos 
pré-coletores, que por sua vez, desembocam nos vasos coletores e por fim nos 
troncos linfáticos. 
 
Figura 03 – Microestrutura do Sistema Linfático 
 
 
Fonte: CK, 2001 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
20 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
1.4.2.1 Capilares linfáticos 
 
A rede linfática tem seu início nos capilares linfáticos. Os capilares são os 
menores vasos condutores e possuem células endoteliais que se sobrepõem em 
escamas, formando microválvulas que se tornam pérvias, permitindo sua abertura ou 
fechamento, conforme o afrouxamento ou a tração dos filamentos de proteção. 
Quando tracionados, os filamentos permitem a penetração de água, partículas, 
pequenas células e moléculas de proteínas no interior do capilar, iniciando então a 
formação da linfa. O refluxo linfático não ocorre devido ao fechamento das 
microválvulas linfáticas. 
A rede capilar linfática é rica em anastomoses, sobretudo na pele, onde os 
capilares linfáticos estão dispostos de forma superficial e profunda, em relação à 
rede capilar sanguínea. O mesmo não ocorre nos vasos e ductos linfáticos. Nos 
capilares linfáticos, os espaços intercelulares são mais amplos, permitindo que as 
trocas líquidas entre o interstício e o capilar linfático ocorram facilmente não só de 
dentro para fora, como de fora para dentro do vaso. 
 
1.4.2.2 Pré-coletores linfáticos 
 
Os pré-coletores possuem estrutura semelhante ao capilar linfático. Seu 
endotélio é recoberto por tecido conjuntivo, que em certos pontos se prolonga 
juntamente com as células endoteliais, para o lúmen do vaso, formando as válvulas 
que direcionam o fluxo da linfa. Seguem um trajeto sinuoso e possuem fibras 
colágenas, elementos elásticos e musculares, que lhe proporcionam propriedades 
de alongamento e contratibilidade. 
 
1.4.2.3 Coletores linfáticos 
 
O coletor linfático quer superficial ou profundo, possui numerosas válvulas 
bivalvulares, sendo os espaços compreendidos entre cada válvula denominados 
linfangions. São os vasos mais calibrosos, possuindo estrutura semelhante a das 
 
 
 
 
 
21 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
grandes veias. Compõem-se por três camadas: a túnica íntima, mais interna, com 
fibras elásticas longitudinais que formam numerosas válvulas; a túnica média, que 
envolve a anterior e possui células da musculatura lisa, responsáveis pela 
contratilidade do vaso e pela propulsão da linfa e a túnica adventícia, mais externa e 
espessa formada por fibras colágenas longitudinais e por terminações nervosas. Os 
coletores podem ser pré-nodais (aferentes) ou pós-nodais (eferentes). 
 
1.4.2.4 Troncos linfáticos 
 
Os troncos linfáticos, ou coletores terminais são vasos de maior calibre que 
recebem o fluxo linfático, e compreendem os vasos linfáticos lombares, intestinais, 
mediastinais, subclávios, jugulares e descendentes intercostais. A união dos troncos 
intestinais, lombares e intercostais forma o ducto torácico. Os troncos jugulares, 
subclávios e broncos mediastinal direito formam o ducto linfático direito. 
 
1.4.2.5 Ducto linfático direito 
 
O ducto linfático direito corre ao longo da borda medial do músculo escaleno 
anterior na base do pescoço e termina na junção da veia subclávia direita com a veia 
jugular interna direita. Seu orifício possui duas válvulas semilunares, que evitam a 
entrada de sangue venoso. Recolhe a linfa oriunda do membro superior e hemitórax 
direito, do pescoço e da cabeça. 
 
1.4.2.6 Ducto torácico 
 
O ducto torácico é o maior tronco linfático e geralmente desemboca na 
junção da veia jugular interna com a veia subclávia, do lado esquerdo. Origina-se na 
cisterna do quilo, uma dilatação situada anteriormente a segunda vértebra lombar, 
onde desembocam os vasos que recolhem o quilo intestinal. Recebe a linfa oriunda 
dos membros inferiores, do hemitronco esquerdo, do pescoço e da cabeça, além do 
membro superior esquerdo. 
 
 
 
 
 
22 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
 
Figura 04 – Ductos Linfáticos 
 
 
 
 
Fonte: CK, 2001 
 
 
1.4.2.7 Linfangions 
 
O linfangion é a unidade funcional do sistema linfático, responsável pela 
propulsão da linfa. Sua estrutura corresponde a um segmento com uma camada 
muscular central e válvulas formadas por prolongamentos da túnica íntima em 
ambas as extremidades. A borda de um linfangion forma a válvula do seguinte. 
A propulsão da linfa se inicia quando o linfangion apresenta sua válvula 
inicial aberta e a final fechada, então começa a se encher de linfa e quando estiver 
totalmente cheio, a linfa pressiona suas paredes estimulando as fibras musculares 
da túnica média que abrem à válvula final e fecham à inicial. Esse processo 
acontece sucessivamente nos linfagions seguintes, num movimento peristáltico, com 
pulsações variando entre oito e vinte e duas vezes por minuto, resultando em fluxo 
circulante no organismo de 2 a 5 litros de linfa em situações normais. 
 
 
 
 
 
 
 
23 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
 
1.4.2.8 Válvulas linfáticas 
 
Os vasos linfáticos possuem válvulas que asseguram o fluxo da linfa numa 
só direção, ou seja, para o coração. Assim como para as veias, as válvulas linfáticas 
se projetam na direção da corrente linfática e estão dispostas de tal maneira que 
permitem um escoamento livre em direção aos grandes vasoslinfáticos e impedem o 
refluxo. 
As válvulas dos vasos linfáticos são formadas por finas camadas de tecido 
fibroso, cobertas em ambas as faces por endotélio. Quanto à sua forma, as válvulas 
são semilunares; estão inseridas por sua borda convexa à parede do vaso, sendo a 
borda côncava livre e dirigida no sentido da corrente. 
Nos vasos linfáticos, as válvulas são mais numerosas próximo aos 
linfonodos e são encontradas mais freqüentemente nos vasos linfáticos do pescoço 
e do membro superior do que nos do membro inferior. A parede do vaso linfático 
logo acima do local de inserção de cada válvula é dilatada em uma bolsa ou seio, 
que dá a esses vasos, quando distendidos, o aspecto nodoso ou em rosário. 
 
Figura 05 – Válvulas Linfáticas 
 
Fonte: CK, 2001 
 
 
1.4.2.9 Linfonodos 
 
Também conhecido por gânglios ou nodos linfáticos, são aglomerados de 
tecido retículo-endotelial revestido por uma cápsula de tecido conjuntivo, que se 
 
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Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
 
 
1.4.3 Circulação linfática 
 
As circulações linfáticas e sanguíneas estão intimamente relacionadas. As 
moléculas pequenas vão, em sua maioria, diretamente para o sangue, sendo 
conduzidas pelos capilares sanguíneos, e as grandes partículas alcançam a 
circulação através do sistema linfático. Entretanto, mesmo macromoléculas passam 
para o sangue via capilares venosos, sendo que o maior volume do fluxo venoso faz 
com que, no total, o sistema venoso capte muito mais proteínas que o sistema 
linfático. Contudo, a pequena drenagem linfática é vital para o organismo ao baixar a 
concentração protéica média dos tecidos e propiciar a pressão tecidual negativa 
fisiológica que previne a formação do edema e recupera a proteína extravasada. 
 
Figura 07 – Circulação Linfática 
 
Fonte: CK, 2001 
 
Ao fluir pelos capilares, pré-coletores e coletores, o fluxo linfático 
proveniente de várias regiões do corpo, desemboca nos dois principais ductos 
 
 
 
 
 
26 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
coletores do corpo humano: o canal linfático direito e o ducto torácico. Os ductos 
coletores transportam a linfa em direção às cadeias ganglionares. 
O transporte da linfa pode ser explicado pela hipótese de Starling sobre o 
equilíbrio existente entre os fenômenos de filtração e reabsorção que ocorrem nas 
terminações capilares. A água, rica em elementos nutritivos, sais minerais e 
vitaminas, ao deixar a luz do capilar arterial, desembocam no interstício, onde as 
células retiram os elementos necessários ao seu metabolismo e eliminam os 
produtos de degradação celular. Em seguida, o líquido intersticial, através das 
pressões exercidas, retoma a rede de capilares venosos. 
Várias pressões são responsáveis pelas trocas através do capilar 
sanguíneo: a pressão hidrostática sanguínea impulsiona o fluido pela membrana 
capilar, em direção ao interstício. A pressão osmótica sanguínea tende a movimentar 
o fluido do interstício em direção ao capilar. A pressão de filtração surge da relação 
entre as pressões hidrostáticas e osmóticas. A pressão tissular é a pressão exercida 
sobre o fluido livre nos canais tissulares. 
 
2. A Mama 
 
As mamas são órgãos pares, situados na parede anterior do tórax. São 
estruturas complexas, consideradas anexos cutâneos. Externamente, cada mama, 
na sua região central, apresenta uma aréola e uma papila. Na papila mamária 
exteriorizam-se 15 a 20 orifícios ductais, que correspondem às vias de drenagem 
das unidades funcionantes, que são os lobos mamários. A função fisiológica 
principal das mamas é a produção do leite para a amamentação, porém 
desempenham papel relevante na sensualidade feminina, embelezam a silhueta do 
corpo feminino e desempenham também função erógena. 
 
2.1 Embriologia 
 
A formação das mamas, no desenvolvimento embrionário, se dá a partir do 
ectoderma ventral e do mesoderma subjacente. O ectoderma dá origem ao sistema 
ductal, e o mesoderma aos tecidos conjuntivo e adiposo. As glândulas mamárias 
 
 
 
 
 
27 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
desenvolvem-se ao longo das linhas lácteas, que se estendem deste a futura axila 
até a futura região inguinal. Após o nascimento, as mamas permanecem 
rudimentares no homem, enquanto na mulher modificam-se de acordo com a idade 
induzidas pelos hormônios sexuais femininos. As mulheres mais jovens apresentam 
mamas com maior quantidade de tecido glandular, densas e firmes. Ao se aproximar 
da menopausa, o tecido mamário vai se atrofiando e sendo substituído 
progressivamente por tecido gorduroso, até se constituir, quase exclusivamente, de 
gordura e resquícios de tecido glandular. 
 
 
 
2.2 Anatomia 
 
A mama está posicionada no interior da fáscia superficial da parede anterior 
do tórax sobre a segunda e a sexta costelas e ventralmente sobre os músculos da 
região peitoral. É um órgão par, com variações de peso e formato de mulher para 
mulher. A superfície cutânea da mama é fina, elástica e mais clara, podendo ser 
dividida em três regiões: periférica, areolar e papilar. 
A região periférica é dotada de glândulas sudoríparas, glândulas sebáceas, 
pêlos e veias superficiais. A região areolar possui tamanho variável entre 3 a 6 cm, é 
centralizada, pouco rugosa, rósea ou acastanhada, devido à existência de células 
ricas em pigmentos melânicos. Na aréola encontram-se glândulas sebáceas, 
sudoríparas e areolares acessórias; estas glândulas sebáceas produzem saliências 
na superfície, constituindo os tubérculos de Morgagni, já as glândulas areolares 
acessórias aumentam de volume durante a gestação e passam a ser conhecidas 
como tubérculos de Montgomery. A região papilar é uma projeção cilíndrica, erétil, 
localizada no centro da aréola, desprovida de glândulas sebáceas, de onde 
desembocam de quinze a vinte ductos lactíferos dos respectivos lobos da glândula 
mamária. A papila possui tamanho variável e é revestida por um epitélio escamoso 
estratificado queratinizado, recoberta por um tecido cutâneo espesso e rugoso, onde 
desembocam os ductos principais. 
 
 
 
 
 
28 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos desteconteúdo são dados aos seus respectivos autores
A mama tem como limites à borda medial do esterno e o músculo grande 
dorsal lateralmente, a linha axilar anterior ou média e a clavícula superiormente, e 
inferiormente, o sulco submamário podendo, às vezes, atingir a parede abdominal 
superior. Na porção superior, a glândula se estende externamente até a axila, 
constituindo um prolongamento (prolongamento axilar de Spencer). 
 
 
Figura 08 – Anatomia Mamária 
 
 
 
Fonte: MACEA e FREGNANI, 2006. 
 
 
A superfície posterior da mama está localizada sobre a fáscia profunda do 
tórax, revestida pelos músculos: grande peitoral, serrátil maior, músculos oblíquos 
abdominais externos e a parte superior da bainha do reto abdominal. O termo seio 
corresponde ao espaço entre as mamas, que é mais pronunciado quanto maior for o 
volume mamário, e não a mama propriamente dita. 
A glândula mamária encontra-se envolvida por uma fáscia mamária, 
composta por uma cápsula superficial e outra profunda, sendo que dentre estas 
existem várias projeções de tecido fibroso orientadas perpendicularmente à pele, 
definidas como ligamentos suspensores da mama ou ligamentos de Cooper. 
 
 
 
 
 
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Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
 
2.2.1 Estrutura da glândula mamária 
 
O tecido mamário é um parênquima epitelial formado por dois sistemas: o 
lobular e o ductal, envolvidos por tecido conjuntivo fibroso e adiposo, vasos 
sanguíneos, linfáticos e nervos. O sistema lobular é formado pelos lobos mamários 
que são a unidade anatomo-funcional da mama, em número de 10 a 20, que são 
constituídos pelo agrupamento de inúmeros lóbulos (pequenas formações saculares 
reunidas em número de 10 a 100). Já o sistema ductal é constituído por um ducto 
principal e suas ramificações intra e extralobulares (ductos galactóforos). 
 
 
Figura 09 – Estrutura da Glândula Mamária 
 
 
 
Fonte: BIAZÚS, 2008 
 
 
O alvéolo mamário envolve o ducto galactóforo, e ao redor da luz do ducto 
encontram-se as células lactóforas que produzem o leite materno. No mesmo local 
também estão às células mioepiteliais que se contraem espremendo a célula 
 
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31 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
da mama. A artéria torácica externa, com origem na região da axila, irriga a metade 
externa da mama. 
O retorno venoso é representado por três grupos de veias: ramos 
perfurantes que alcançam a veia mamária interna, ramos que chegam diretamente à 
veia axilar e ramos que alcançam as veias intercostais. Em geral, o retorno venoso 
acompanha a arquitetura do sistema arterial. 
 
2.2.3 Inervação 
 
A mama é inervada pelos ramos da porção anterior dos 2º ao 6º nervos 
intercostais, ramos do plexo cervical e do nervo intercostobraquial. A inervação 
deriva primariamente do quarto, quinto e sexto nervos intercostais na região superior 
da mama. Parte da pele na metade superior da mama é inervada pelo terceiro e 
quarto ramos do plexo cervical, especificamente dos ramos anterior e medial do 
nervo supraclavicular. 
A extremidade da papila contém inúmeras terminações nervosas sensoriais 
livres e corpúsculos de Meissner. A aréola contém um pequeno número destas 
estruturas. Também são encontrados plexos neuronais ao redor dos folículos pilosos 
da pele que rodeia a aréola e corpúsculos de Pacini. Esta rica inervação sensorial, 
principalmente da aréola e da papila, possui grande importância funcional, já que o 
ato de sucção desencadeia uma série de mecanismos neuro-humorais e nervosos 
que levam a liberação de leite, sendo essencial para a lactação. 
 
2.2.4 Drenagem linfática do membro superior 
 
Os linfáticos do membro superior dividem-se em superficiais, localizados na 
derme, no tecido celular subcutâneo e profundo, localizado abaixo dos superficiais. 
Os coletores linfáticos profundos, menos numerosos, acompanham os feixes 
vásculo-nervosos em toda a extensão do membro superior, em direção à região 
axilar, sendo que na altura do cotovelo, podem existir um ou dois linfonodos 
supratrocleares, que recebem linfáticos aferentes vindos da região anterior do 
 
 
 
 
 
32 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
antebraço e cotovelo. A drenagem preferencial se dá para a axila, para onde 
convergem os linfáticos superficiais. Os vasos linfáticos profundos possuem dois 
coletores radiais profundos, na palma da mão, acompanhando a artéria radial e se 
anastomosam na altura da prega do cotovelo. Existem dois coletores ulnares 
profundos que sobem ao longo dos vasos ulnares até a prega do cotovelo. A partir 
desses coletores, há dois ou três coletores umerais. 
Os coletores linfáticos superficiais espalham-se por todo o tecido supra-
aponeurótico, acompanhando a veia superficial radial, mediana e ulnar, em direção 
ao oco-axilar. Estão distribuídos por toda a superfície do membro, sendo mais 
densos nos dedos e na face palmar da mão. 
Os coletores interósseos anteriores e posteriores percorrem o antebraço e, 
em seguida, o braço, coletando a linfa trazida pelos capilares. A drenagem é feita 
principalmente pela face ântero-interna do antebraço e braço, passando pelos 
gânglios supratrocleares, atingindo finalmente a região axilar. 
Na região axilar, os linfonodos dispõem-se em grupos, podendo ser divididos 
sob o ponto de vista topográfico, em três níveis: no primeiro nível, os linfonodos 
estão localizados a partir da margem medial do músculo subescapular, tendo como 
limite à margem lateral do músculo peitoral menor. No segundo nível estão 
localizados na região abaixo do músculo peitoral menor. No terceiro nível estão 
localizados a partir da margem medial do músculo peitoral menor, tendo como limite 
o músculo subclávio, considerando o ápice da axila em termos de dissecção 
cirúrgica. 
 
2.2.5 Drenagem linfática da mama 
 
A rede linfática da mama é bastante rica, tanto superficialmente, como no 
parênquima glandular. Os linfáticos superficiais formam parte de um plexo que drena 
a linfa de toda a área superior da região ântero-lateral da parede torácica. 
Os linfáticos do parênquima glandular originam-se numa rede perilobular 
seguindo os canaisgalactóforos em direção às vias axilar, mamária interna e 
infraclavicular transpeitoral, indo esta última em direção à cadeia supraclavicular. 
 
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Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
internamente e externamente pelo músculo subescapular, grande dorsal e redondo 
maior. 
Na base da cavidade axilar localiza-se o ligamento suspensório da axila, os 
coletores e nodos linfáticos e a lâmina celulo-adiposa. Esta lâmina é a unidade 
funcional da articulação do ombro, pois permite o deslizamento 
interescapulotorácico. Consiste em uma simples bolsa gordurosa que faz com que 
todas as estruturas da axila deslizem entre si permitindo os movimentos do ombro. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
 
3. Glossário 
 
Avascular: relativo ao que não possui tecido de vascularização. 
 
Cartilagem hialina: tipo de tecido cartilaginoso cuja substância fundamental, de 
aparência amorfa, é muito resistente e elástica. A cartilagem hialina é a mais 
abundante dos tecidos cartilaginosos. Constitui o anel da traquéia e dos brônquios, 
assim como as partes cartilaginosas do nariz e das costelas, e recobre as 
superfícies ósseas articulares (joelho, cotovelo, punho, etc.). 
 
Cloreto de sódio: sal de sódio, que desempenha um papel biológico importante na 
manutenção da pressão osmótica do sangue e tecidos e na manutenção de 
balanços eletrolíticos. 
 
Condroblastos: célula cartilaginosa jovem, de origem conjuntiva, mergulhada na 
substância fundamental da cartilagem em vias de formação, da qual deriva o 
condrócito. 
 
Corpúsculos de Meissner: receptores táteis, alongados ou ovóides, encontrados 
dentro das papilas dérmicas. São numerosos nos dedos das mãos e dos pés. 
Apresentam uma bainha fina de tecido conjuntivo e, no seu interior, células 
achatadas que subdividem o corpúsculo em pequenos compartimentos transversais. 
 
Corpúsculos de Krause: equivalentes aos corpúsculos de Meissner na pele, 
presentes também nos lábios, língua e órgãos genitais. Apresenta-se como uma 
dilatação com terminações nervosas ramificadas, envolta por uma cápsula 
conjuntiva. 
 
Corpúsculos de Paccini: mecanorreceptores de pressão que se apresentam sob a 
forma de uma terminação nervosa, envolvida por camadas concêntricas de tecido 
 
 
 
 
 
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conjuntivo rico em fibrilas, cujas células são contínuas com o endoneuro. Presente 
nas camadas: subcutânea da pele, nos ligamentos, periósteo, peritônio, mesentério, 
pâncreas e outras vísceras. 
 
Corpúsculos de Ruffini: presentes na pele e nas articulações. Os terminais são 
associados com fibrilas colágenas na cápsula, confundindo-se com o colágeno 
dérmico. Uma fibra mielinizada entra na cápsula e divide-se em pequenos ramos 
não mielinizados. Semelhantes aos bulbos terminais de Krause, porém são mais 
achatados. 
 
Difusão: fenômeno de transporte de matéria em que um soluto é transportado 
devido aos movimentos das moléculas de um fluido. Estes movimentos fazem com 
que, do ponto de vista macroscópico, seja transportado soluto das zonas de 
concentração mais elevada para as zonas de concentração mais baixa. 
 
Ectoderme: camada exterior de um embrião em desenvolvimento. Forma-se 
durante a gastrulação, no estágio em que o sistema digestivo primitivo está se 
formando. 
 
Eletrólitos: condutor iônico, líquido, sólido ou pastoso, que ao ser dissolvido na 
água, forma uma solução que pode conduzir eletricidade. 
 
Eritrócitos: glóbulo vermelho, formado na medula óssea, que consiste em célula 
sem núcleo, de cor avermelhada, composta de proteína denominada hemoglobina, 
responsável pelo transporte do oxigênio que irá nutrir as células do organismo. 
 
Escleroproteínas: nome genérico das proteínas de consistência dura, insolúveis na 
água, com alto peso molecular. Suas funções principais são estrutura e suporte. 
 
 
 
 
 
 
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Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
Fagocitose: englobamento de partículas sólidas pela célula, através da membrana 
celular - a partícula é envolvida num vacúolo digestivo, a partir do qual a matéria 
digerida passa depois para o citoplasma.Fibrilas: pequenas fibras rearranjadas. 
 
Fosfatos: sais inorgânicos do ácido fosfórico. 
 
Glicosaminoglicanas: são glicídios de alto peso molecular formados pela 
polarização de uma unidade constituída por ácido urônico e hesoxamina. Doenças 
relacionadas são chamadas de mucopolissacaridoses. São poliânions (muitos 
grupos negativos) podendo ligar-se a muitos cátions (sódio, geralmente). São muito 
hidrófilas. 
 
Glicoproteínas estruturais: são proteínas associadas a glicídios. Fibronectina é 
uma proteína de aderência para colágeno e glicosaminoglicanas. A laminina é outra 
responsável pela aderência das células epiteliais às lâminas basais. 
 
Homeostase: processo sangüíneo fisiológico mantido em estado de equilíbrio 
dinâmico constante pelo organismo. 
 
Lipídios: substância orgânica que é composta de ácidos graxos, insolúvel em água, 
formando uma reserva calórica para o organismo ou fornecendo elementos para 
produção de compostos complexos como hormônios. 
 
Mesoderma: tecido que forma folheto embrionário que se localiza entre a ectoderme 
e endoderme. 
 
Mucopolissacarídeos: são polímeros de condensação que geralmente contêm 
centenas de moléculas de monossacarídeos interligadas por pontes oxídicas. 
 
 
 
 
 
 
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Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
Odontoblastos: célula responsável pela síntese ou produção da dentina, a camada 
situada na parte de baixo do esmalte, sua principal função é a dentinogênese. 
 
Osteoblastos: células de revestimento responsáveis pelos constituintes da matriz, 
como o colágeno e a camada básica de proteoglicanos e glicoproteínas e se 
originam do tecido mesenquimal. O principal produto dos osteoblastos é o colágeno 
tipo 1. 
 
Peristaltismo: contrações segmentares da musculatura lisa, que configura a 
atividade motora de vísceras, como intestino e ureteres. 
 
Pinocitose: processo de endocitose em que a célula engloba uma substância em 
estado líquido por transporte ativo através da membrana celular. É um sistema de 
alimentação celular complementar à fagocitose. 
 
Plasma sanguíneo: hemocomponente rico em fatores de coagulação. 
 
Proteínas: grande molécula composta de uma ou mais cadeias de aminoácidos 
dispostas em uma ordem específica, determinada pela seqüência base dos 
nucleotídeos no código de DNA da proteína. As proteínas são necessárias para a 
estrutura, função e regulação das células, dos tecidos e dos órgãos do corpo. Cada 
proteína tem uma função única. São componentes essenciais para os músculos, 
pele, ossos e para o corpo como um todo. A proteína é um dos três tipos de 
nutrientes usados como fontes de energia pelo corpo. 
Sulfatos: sais inorgânicos do ácido sulfúrico 
 
Uréia: um composto gerado no fígado a partir da amônia produzida pela 
desaminação dos aminoácidos. É o principal produto final do catabolismo das 
proteínas e constitui aproximadamente metade do total de sólidos urinários. 
-----------FIM DO MÓDULO I ----------- 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Curso de 
Fisioterapia no Câncer de 
Mama 
 
 
 
 
MÓDULO II 
 
 
 
 
 
 
 
 
Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para 
este Programa de Educação Continuada. É proibida qualquer forma de comercialização do 
mesmo. Os créditos do conteúdo aqui contido são dados aos seus respectivos autores 
descritos na Bibliografia Consultada. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
 
MÓDULO II 
 
 
1. Considerações sobre o processo de carcinogênese 
 
 
Os seres vivos são formados por unidades microscópicas chamadas células, 
constituídas basicamente por três partes: membrana celular, a parte mais externa; o 
citoplasma, que é o corpo da célula; e o núcleo, sua parte mais interna, onde estão 
os cromossomas. Os cromossomas são compostos de unidades menores chamadas 
genes, por sua vez formados pelo ácido desoxirribonucléico, o DNA. Através do 
DNA, os cromossomas transmitem informações relativas à organização, forma, 
atividade e reprodução celular. 
As células do corpo humano se reproduzem através de um processo 
chamado divisão celular. Em condições normais, esse processo é ordenado e 
controlado e é responsável pela formação, crescimento e regeneração dos tecidos 
saudáveis do corpo. Frente a situações como agressões ambientais, exposição a 
certos agentes biológicos ou mesmo por predisposição genética, o comportamento 
das células pode alterar-se. As células perdem a capacidade de limitar e controlar o 
seu próprio crescimento e passam a se multiplicar rapidamente e sem nenhum 
controle. O resultado desse crescimento celular desordenado é a produção do que 
se conhece como tumor. 
Podemos dividir os tumores em: benignos quando as células tumorais 
crescem lentamente e são semelhantes às do tecido normal. Geralmente podem ser 
removidos totalmente através de cirurgia e na maioria dos casos não tornam a 
crescer, raramente constituindo um risco de vida e malignos (cancerígenos) quando 
as células tumorais crescem rapidamente, não são semelhantes às células que lhes 
deram origem e por isto não respeitam a estrutura e funções do órgão onde estão 
crescendo. Além disso, são capazes de invadir estruturas próximas e espalhar-se 
para diversas regiões do organismo. 
 
 
 
 
 
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Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
 
Câncer é o nome dado a um conjunto de mais de 100 doenças que têm em 
comum o crescimento desordenado de células que invadem os tecidos e órgãos, 
podendo ramificar-se para outras regiões do corpo. Se o câncer se inicia em tecidos 
epiteliais, como pele ou mucosas, ele é chamado carcinoma. Se começa em tecidos 
conjuntivos, é chamado sarcoma. 
As células cancerosas desenvolvem-se a partir de células normais em um 
processo complexo denominado carcinogênese. 
A primeira etapa nesse processo é a iniciação, na qual uma alteração do 
material genético da célula a instrui para tornar-se cancerosa. A alteração do 
material genético da célula é ocasionada por um agente denominado carcinógeno. 
Uma alteração genética na célula pode torná-la mais suscetível. Mesmo a irritação 
física crônica pode tornar as células mais propensas a se tornarem cancerosas. Na 
etapa seguinte, a promoção, uma célula que iniciou sua alteração torna-se 
cancerosa. A promoção não tem efeito sobre as células não iniciadas. Portanto, para 
ocorrer o câncer, são necessários vários fatores, freqüentemente a combinação de 
uma célula suscetível e um carcinógeno. O último estágio é o da progressão, 
caracterizado pela multiplicação descontrolada, sendo um processo irreversível. O 
câncer já está instalado, evoluindo até o surgimento das primeiras manifestações 
clínicas da doença. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 01 – Estágios da carcinogênese 
 
 
Fonte: MEDICALLOOK, 2008 
 
 
Mesmo quando uma célula torna-se cancerosa, o sistema imune 
freqüentemente consegue destruí-la antes que ela se duplique e estabeleça um 
câncer. É mais provável que o câncer se desenvolva quando o sistema imune está 
comprometido. No entanto, o sistema imune não é à prova de erros; o câncer pode 
escapar à vigilância protetora desse sistema mesmo quando ele está funcionando 
normalmente. 
Uma grande quantidade de fatores genéticos e ambientais aumenta o risco 
de desenvolvimento de câncer. A história familiar é um fator importante. Algumas 
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Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
 
 
 
 
 
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Este material deveser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
famílias apresentam um risco significativamente mais elevado de apresentar certos 
tipos de câncer em comparação com outras. Os indivíduos com anormalidades 
cromossômicas apresentam maior risco de câncer. Fatores ambientais como o 
tabagismo e a exposição a certos produtos químicos também aumentam o risco de 
câncer. 
Os diversos tipos de câncer representam um grave problema mundial na 
área de saúde pública, acometendo, a cada ano, milhões de pessoas das quais mais 
da metade, evoluem para o óbito em decorrência da patologia. O conhecimento 
científico atual ainda não conseguiu determinar medidas comprovadamente eficazes 
de prevenção primária para os diversos tipos de câncer. A detecção precoce é o 
objetivo principal das equipes de saúde, para diminuir a mortalidade e as mutilações 
funcionais destes pacientes e aumentar a qualidade de vida. Entres as ações 
desenvolvidas pelos órgãos públicos estão às campanhas educativas para o 
estímulo à realização periódica de exames que possibilitam detecção precoce e 
orientações para o auto-exame. Quanto mais precoce o diagnóstico, melhores as 
condições de tratamento e maior a sobrevida dos acometidos. 
 
2. Câncer de Mama 
 
2.1 Aspectos gerais do câncer de mama 
 
O câncer de mama é uma patologia complexa e heterogênea, que consiste 
na formação de um tumor maligno a partir da multiplicação exagerada e 
desordenada de células anormais, podendo apresentar-se através de inúmeras 
formas clínicas e morfológicas, diferentes graus de agressividade tumoral e um 
importante potencial metastático. O tempo médio para ocorrer à duplicação celular, 
no câncer de mama, é de 100 dias. O tumor pode ser palpável quando atinge 1 cm 
de diâmetro. Uma esfera de 1cm contém aproximadamente 1 bilhão de células que é 
o resultado de 30 duplicações celulares. Portanto, uma célula maligna levará 10 
anos para se tornar um tumor de 1cm. 
 
 
 
 
 
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Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
A maioria das pacientes com diagnóstico de câncer de mama possivelmente 
já dever ter o câncer cinco ou dez anos antes da sua detecção, e uma porcentagem 
substancial já possui metástases estabelecidas por vários anos, mesmo que não 
sejam detectadas por exames físico, radiográficos, cintilográficos ou ressonância 
magnética. 
A partir da instalação do tumor primário de mama, ocorrerá a sua 
propagação às estruturas vizinhas e à distância, podendo esta ser por: via direta, 
atingindo seqüencialmente os ductos, parênquima mamário, podendo progredir até o 
tecido perimamário, culminando com a invasão de tecidos adjacentes; via linfática, 
que ocorre concomitante com a disseminação sanguínea, através da embolização 
das células neoplásicas ao serem veiculadas pela linfa; e por via vascular, 
originando-se a partir de pequenas veias intramamárias. 
Embora o câncer de mama não apresente muitos sinais e sintomas, quase 
sempre ele é descoberto pela própria paciente através da observação de alterações 
mamárias, tais como a presença de nódulos, mudanças repentinas no tamanho das 
mamas, retração cutânea ou mamilar e/ou escoamento sanguinolento, durante a 
realização do auto-exame. 
 
2.2 Incidência 
 
No Brasil, o câncer de mama é o mais freqüente em incidência e mortalidade 
no sexo feminino, apresentando curva ascendente a partir dos 25 anos de idade e 
concentrando a maioria dos casos entre os 45 e 50 anos. Representa 
aproximadamente 20% do total de casos diagnosticados e 15%, em média, das 
mortes por câncer. É mais comum em mulheres de classe social alta e entre aquelas 
que vivem nas grandes cidades do que naquelas que vivem no campo. 
A análise das tendências nas taxas de mortalidade por câncer de mama 
observadas no Brasil aponta para um aumento progressivo na taxa de mortalidade 
entre 1979 a 1998, na idade acima de 50 anos. Em faixas etárias mais precoces a 
mortalidade permanece estável nos últimos 20 anos. Estima-se que o câncer de 
 
 
 
 
 
46 
Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
mama se manterá como a primeira causa de morte por câncer no Brasil ainda por 
alguns anos. 
 
 
2.3 Fatores de risco 
 
O termo risco refere-se à probabilidade de um evento indesejado ocorrer. Do 
ponto de vista epidemiológico, o termo é utilizado para definir a probabilidade de que 
indivíduos sem certa doença, mas expostos a determinados fatores, adquiram esta 
moléstia. Os fatores que se associam ao aumento do risco de se contrair uma 
doença são chamados fatores de risco. 
Atualmente, a gênese do câncer de mama e seus fatores de risco vêm 
recebendo uma importante consideração, uma vez que estes fatores são cruciais 
quando se pensa na prevenção do câncer de mama. Vários fatores contribuem para 
o desenvolvimento de um determinado câncer, e visto que alguns desses fatores 
podem ser removidos do meio ambiente, uma proporção de cânceres pode ser 
prevenida. Os principais fatores associados a um risco aumentado de desenvolver 
câncer de mama são: 
- Sexo feminino: 01 homem para cada 100 mulheres; 
- Idade: é mais raro entre os jovens, existindo um aumento crescente dos 
índices de incidência por idade até a menopausa. Aproximadamente 60% dos 
cânceres de mama ocorrem em mulheres com idade entre 50 e 60 anos; 
- Estado civil: as mulheres solteiras apresentam incidência menor de 
câncer de mama, quando comparadas com as casadas; 
- Cor da pele: mulheres brancas apresentam um índice global maior de 
incidência de câncer de mama que mulheres negras; 
- Doença mamária benigna prévia: o fato de a mulher ter apresentado uma 
doença mamária benigna parece aumentar o risco apenas em mulheres com uma 
maior quantidade de canais lactíferos. Mesmo nessas mulheres, o risco é moderado, 
exceto quando é detectada uma estrutura tissular anormal (hiperplasia atípica) em 
uma biópsia ou quando a mulher tem uma história familiar de câncer de mama; 
 
 
 
 
 
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Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
- Câncer de mama prévio: mulheres que já sofreram um câncer de mama 
in situ ou invasivo apresentam o maior risco. Após a remoção da mama doente, o 
risco de câncer na mama remanescente é de aproximadamente 0,5 a 1,0% a cada 
ano; 
- Fatores relacionados à vida reprodutiva feminina – primeira gestação 
após os 30 anos, menarca anterior aos 11 anos, menopausa após os 55 anos, 
nuliparidade, ciclos menstruais de curta duração: as mulheres com menarca 
precoce têm um risco maior em relação aquelas com menarca tardia e longos ciclos 
irregulares. Esta observação sugere que o ciclo ovulatório regular aumenta o risco 
de câncer de mama, uma vez que os níveis de estrogênio são maiores durante a 
fase lútea normal, e o índice de exposição acumulativa ao estrogênio é maior; 
- História familiar de câncer de mama: o câncer de mama em uma parente 
de primeiro grau (mãe, irmã, filha) aumenta o risco 2 a 3 vezes. O câncer de mama 
em parentes distantes (avó, tia, prima) aumenta o risco discretamente. O câncer de 
mama, com importante componente genético, ocorre na idade jovem, com 
probabilidade maior de bilateralidade, aparecendo em vários membros da família em 
três ou mais gerações; 
- Gene do câncer de mama: existem dois genes diferentes ligados ao 
câncer de mama. Quando uma mulher possui um desses genes as suas chances de 
desenvolver a doença são muito altas. No entanto, se ela desenvolver câncer de 
mama, as chances de óbito pela patologia não são necessariamente maiores que as 
de qualquer outra mulher com câncer de mama. Mulheres que podem possuirum 
desses genes são aquelas com uma alta incidência de câncer de mama na família 
(normalmente, várias mulheres de cada uma de três gerações tiveram câncer de 
mama); 
- Terapia de reposição hormonal combinada (estrogênio e progesterona): 
após a menopausa, a terapia de reposição hormonal com estrogênio durante 10 a 
20 anos pode aumentar o risco discretamente. A terapia de reposição hormonal que 
combina o estrogênio com a progesterona pode aumentar o risco, mas isto ainda 
não foi confirmado; 
 
 
 
 
 
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Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
- Uso prolongado de contraceptivos orais: a maioria dos estudos não 
demonstra relação entre o uso de contraceptivos orais e o desenvolvimento posterior 
do câncer de mama, excetuando-se, possivelmente, as mulheres que utilizaram 
esses medicamentos durante muitos anos; 
- Dieta desequilibrada: rica em gordura animal e pobre em fibras; 
- Obesidade após a menopausa: o risco é um pouco mais elevado para as 
mulheres obesas na pós-menopausa, mas não existem provas de que uma dieta 
específica contribui para o desenvolvimento do câncer de mama; 
Radiações ionizantes; 
Padrão socioeconômico elevado; 
Ausência de atividade sexual; 
Residência em área urbana. 
 
Por outro lado, os principais fatores associados a um risco diminuído de 
desenvolver câncer de mama são: sexo masculino, menarca após os 14 anos, 
menopausa antes dos 45 anos, primeira gestação a termo e amamentação precoces 
(idade inferior a 30 anos), prática de atividade física regular e hábitos alimentares 
saudáveis. 
 
2.4 Classificação dos tumores mamários 
 
O câncer de mama é classificado de acordo com o tipo de tecido no qual ele 
iniciou e com a extensão de sua disseminação. O câncer pode originar-se nas 
glândulas lactíferas, nos canais lactíferos, no tecido adiposo ou no tecido conjuntivo. 
Os diferentes tipos de cânceres de mama evoluem de forma diferente. As 
generalidades sobre os tipos particulares são baseadas nas similaridades quanto à 
forma como eles são descobertos, como eles evoluem e como eles são tratados. 
Alguns cânceres crescem muito lentamente e disseminam-se a outras partes 
do corpo (produzem metástases) apenas após tornarem-se muito grandes. Outros 
são mais agressivos, crescendo e disseminando-se rapidamente. No entanto, o 
mesmo tipo de câncer pode evoluir de maneira diferente em mulheres diferentes. 
 
 
 
 
 
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Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
Cerca de 50% dos casos de câncer de mama surgem no quadrante superior 
externo, 10% em cada um dos quadrantes restantes e 20% na região central ou 
subareolar. 
 
 
2.4.1 Tumores não-invasivos 
 
São assim denominados por respeitarem a membrana basal epitelial. É um 
tumor localizado, geralmente em estágio inicial que não invadiu e nem se 
disseminou além do seu ponto de origem. Os tumores não-invasivos são 
responsáveis por grande parte dos cânceres de mama diagnosticados. 
 
2.4.1.1Carcinoma ductal in situ (CDIS): 
 
Caracteriza-se por uma proliferação de células malignas dentro de um ducto, 
não ultrapassando os limites da membrana basal. Geralmente, inicia-se nas paredes 
dos canais lactíferos. Pode ocorrer antes ou após a menopausa. 
Essas células podem proliferar e obstruir completamente a luz dos ductos, 
causando sua dilatação e sua solidificação. À medida que a lesão progride, 
estendendo-se através da membrana basal e invadindo o estroma, transforma-se em 
um carcinoma invasor. 
É um tumor quase sempre descoberto em fase subclínica, por meio de 
mamografia, através da presença de microcalcificações, antes de ser 
suficientemente grande para ser palpado. O seu tratamento atinge índice de 
curabilidade próximo de 100% e é baseado em quadrantectomia ou mastectomia, 
dependendo da extensão do próprio tumor. 
Esse tipo de carcinoma pode ser dividido, histologicamente, em subtipos: 
comedocarcinoma, com detritos necróticos celulares, preenchendo os espaços 
ductais, lembrando comedões; micropapilar, caracterizado por projeções papilares 
homogêneas; cribriforme, com espaços glandulares nítidos e marcados; e sólido, 
 
 
 
 
 
com o lúmen ocupado por uma proliferação de células menores que as do tipo 
comedocarcinoma. 
Em termos de prognóstico, quanto maior o tamanho e o grau de necrose da 
lesão, maior o seu potencial para tornar-se invasora. As lesões do tipo 
comedocarcinoma apresentam prognóstico menos favorável comparado aos outros 
tipos histológicos. Aproximadamente 25% a 30% das lesões in situ, não-tratadas, 
desenvolvem carcinoma invasor nos próximos 10 anos. 
 
 
Figura 02 - Carcinoma ductal in situ 
 
 
Fonte: SUTTERHEALTH, 2008 
 
 
2.4.1.2 Carcinoma lobular in situ (CLIS) 
 
É de diagnóstico mais difícil, uma vez que não apresenta sintomatologia e 
não é detectável a mamografia, sendo geralmente um achado histológico, tendendo 
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Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
 
 
 
 
 
a ser multifocal, multicêntrico e bilateral. O carcinoma lobular in situ, que se origina 
nas glândulas lactíferas, geralmente ocorre antes da menopausa. 
A lesão caracteriza-se pela proliferação de células pequenas e uniformes no 
interior de ductos terminais e lóbulos, podendo, algumas vezes, estender-se a 
ductos extralobulares. Suas células apresentam baixas taxas proliferativas e são 
semelhantes às encontradas na hiperplasia lobular atípica, porém, nessa com 
acometimento menor. Segundo alguns autores, para caracterizar o CLIS, são 
necessários que pelo menos metade de um lóbulo esteja preenchido por células 
características. 
A evolução do CLIS pode ser bastante variável. Aproximadamente 20 a 30% 
das pacientes apresentarão desenvolvimento de carcinoma infiltrante em 15 anos, 
sendo 50% em cada mama, 75% do tipo ductal invasor e 25% lobular invasor. 
Baseada nessa evolução, tal lesão é reconhecida como um marcador tumoral, 
embora alguns autores, recentemente, também lhe tenham atribuído um caráter 
precursor. 
 
Figura 03 - Carcinoma lobular in situ 
 
 
Fonte: SUTTERHEALTH, 2008 
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Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
 
 
 
 
 
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Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores
 
 
2.4.2 Carcinomas invasivos 
 
Surgem quando as células epiteliais malignas ultrapassam a membrana 
basal, invadindo o estroma mamário. Os cânceres de mama invasivos podem ser 
localizados (confinados na mama) ou metastáticos (que se disseminaram a outras 
partes do corpo). Aproximadamente 80% dos cânceres de mama invasivos são 
ductais e cerca de 10% são lobulares. O prognóstico dos cânceres invasivos ductais 
e lobulares é similar. 
 
2.4.2.1 Carcinoma lobular infiltrante (CLI) 
 
O carcinoma lobular invasor constitui de 10 a 14% dos carcinomas 
mamários. A idade média do diagnóstico varia de 45 a 56 anos. A maioria das 
pacientes apresenta apenas um adensamento ou um endurecimento local mal 
definido, por vezes, surgindo como uma nodularidade palpável. Em lesões 
avançadas, pode haver retração de pele e fixação. Em geral, as calcificações não 
estão presentes na lesão, mas podem aparecer em lesões benignas adjacentes. O 
CLI tende a ser freqüentemente multifocal e/ou multicêntrico. A bilateralidade é 
descrita em 6% a 28% dos casos. 
Histologicamente, a lesão caracteriza-se pela presença de células tumorais 
pequenas e homogêneas, semelhantes ao carcinoma lobular in situ, e crescem em 
"fila indiana" com um padrão concêntrico, circundando os ductos mamários

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