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Patologia do sistema endócrino

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• O sistema endócrino engloba a glândula hipófise, hipotálamo, glândula pineal, tireoide, glândulas 
paratireoides, glândula suprarrenal, gônadas sexuais, pâncreas, estômago, rim e tecido adiposo 
• O coração também é uma glândula endócrina, pois produz o fator natriurético. Além disso, o 
intestino grosso também é um sistema endócrino, uma vez que auxilia na manutenção da insulina no 
organismo (através do GIP-1) 
• Em relação à patologia, podem ocorrer malformações, inflamações, hiperplasia e neoplasias. Além 
disso, na clínica, pode ocorrer produção excessiva ou deficiente do hormônio, problema na 
liberação, no tecido alvo e efeito de massa 
 
 
 
• O hipotálamo pesa cerca de 4g e tem como 
funções controlar a função da hipófise, através 
de hormônios como TRH, GRH, GnRH, LHRH, 
GHRH e dopamina) e secretar hormônios anti-
diuréticos e ocitocina 
• Ele tem grande papel no equilíbrio hídrico, o 
que se dá por meio do controle da sede e 
atuação do hormônio anti-diurético nos rins 
• O núcleo paraventricular e o núcleo 
supraóptico são fatores de liberação de 
hormônios da hipófise. Possui uma área 
também que produz o hormônio antidiurético e 
a ocitocina. Esses hormônios são produzidos 
por neurônios existentes nesses núcleos 
• A hipófise é responsável por liberar e produzir 
hormônios que mantém a homeostase do 
organismo 
o Diabetes insipidus: pode ser do tipo 
neurogênico ou central, que se caracteriza 
pela deficiência de ADH circulante. Esse 
problema pode ser decorrente de lesões 
hipotalâmica ou hipofisária, ou pode ser do 
tipo nefrogênico (se caracteriza por níveis 
normais de ADH, mas com incapacidade dos 
rins de responder a esse hormônio). Em 
ambos os casos, há uma excreção urinária 
com volume elevado, com sódio sérico e 
osmolaridade elevados e sintomas de 
polidipsia 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sistema endócrino 
DOENÇAS DO HIPOTÁLAMO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• Está localizada anterior ao hipotálamo, entre o quiasma óptico, lateral a sela túrcica, aos seios 
cavernosos, aos sifão carotídeo e diversos pares cranianos (oculomotor, troclear, trigêmeo e 
abducente). Tudo isso tem implicações clínicas e cirúrgicas 
 
 
 
DOENÇAS DA HIPÓFISE 
 
Patologias: 
• Em relação ao hormônio, pode ocorrer hipertuitarismo (causadas por adenoma hipofisário, 
hiperplasia e carcinomas da adeno-hipófise) ou hipotuitarismo (podem ser causados por lesão 
isquêmica, cirurgia ou radiação, reações inflamatórias e adenomas hipofisários não funcionais). 
Podem ser primários, secundários ou terciários 
• Pode ocorrer também efeito local de massa por conta do aumento da sela túrcica, ou por conta da 
erosão óssea ou por ruptura do diafragma. Tudo isso leva à compressão do parênquima glandular, 
do encéfalo, dos nervos cranianos e vasos. A clínica se apresenta com anormalidades do campo 
visual e hipertensão craniana 
• Diagnóstico: feito através dos aspectos clínicos ou alterações em exames 
o Aspectos clínicos – pode causar síndromes variadas como Cushing/Nelson/Sheeran, pode 
apresentar gigantismo, acromegalia, galactorreia, amenorreia, disfunção sexual, infertilidade, 
hipogonadismo, compressão dos nervos, etc 
o Exames – pode ser feito dosagens séricas/urinárias de hormônios ou metabólitos, imagem 
(raio X, TC ou RM), imuno-histoquímica e exames moleculares 
Lesões hipofisárias: 
• Anomalias congênitas: são exemplos desta lesão agenesia/hipoplasia de adenohipófise, hipófise 
faríngea, cistos de bolsa Rathke e metaplasia escamosa 
• Síndrome da Sela Vazia: ocorre por conta da herniação aracnoide, o que leva à compressão da 
hipófise. Isso pode ser decorrente de cirurgias, radioterapia e infarto 
• Necrose: provoca um quadro de hipopituitarismo e pode acontecer na Síndrome de Sheeran 
(hipopituitarismo pós-parto secundário à necrose hipofisária decorrente de hipotensão ou choque em 
virtude de hemorragia maciça durante ou logo após o parto), sepse, trauma craniano, queimaduras e 
acidente vascular encefálico 
• Traumatismo crânio-encefálico 
• Infecções e inflamações 
• Hiperplasia da adenohipófise 
• Neoplasias benignas ou malignas 
• Síndromes hipofisárias posteriores 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Craniofaringioma: 
• Se origina a partir de remanescentes da bolsa de Rathke e pode se 
localizar ao longo da haste, na região hipotalâmica ou no assoalho 
do 3º ventrículo 
• Pode provocar um quadro de hipertensão intracraniana, diabetes 
insipidus, cefaleia, distúrbios visuais, manifestações de hiper ou 
hipofuncionamento da hipófise e retardo do crescimento em 
crianças 
Adenomas de hipófise: 
• Os adenomas representam 10% das neoplasias intracranianas, 
sendo que apenas 5% dos casos são hereditários 
• Acometem mais frequentemente adultos de 35-60 anos e tem incidência igual entre os sexos 
• Classificação: o tumor pode ser classificado em microadenoma (<1cm) ou macroadenoma (>1cm), 
além disso, pode ser funcionante ou não-funcionante/silencioso (provoca pan hipopituitarismo por 
compressão da glâdula). Quanto ao tipo de hormônio secretado, pode ser prolactinoma ou outros 
(secretores de GH, ACTH, gonadotrofinas, TSH, GH), plurihormonais ou silenciosos/nulos 
• Quadro clínico: o efeito de massa compreende cefaleia, vômitos, alterações visuais, paralisia de 
nervos cranianos (III, IV e VI pares) e pan hipopituitarismo. Os prolactinomas (mais comuns) 
provocam galactorreia, amenorreia, infertilidade, impotência sexual, perda de libido, cefaleia e 
alterações visuais 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Alterações genéticas dos tumores hipofisários: 
• Gs-alfa: cerca de 40% apresenta tumores relacionados ao GH, minoria relacionado ao ACTH 
• Ciclina D1: causam sua superexpressão 
• TP53: são os adenomas mais agressivos 
• RB: também são os adenomas mais agressivos 
• HRAS, c-myc: relacionado aos carcinomas 
• Adenoma familiar: relacionado com mutações germinativas, como é o caso da MEN-1 
Carcinoma: 
• É muito raro 
• Tem alto potencial metastático por via liquórica e hematogênica 
• Estão relacionados com mutação nos genes Ki-67 e p53: marcadores tumorais, observa se a célula 
está em S/G1 ou em G2 
• A maioria dos carcinomas são secretores (principalemnte de ACTH e prolactina) e causam 
repercussões clínicas 
• Deve-se fazer o diagnóstico diferencial com adenoma e carcinoma invasivos 
• Além disso, cabe mencionar que a hipófise também pode ser sede de neoplasias metastáticas, 
principalmente dos cânceres de pulmão e mama 
 
 
 
• A tireoide é uma glândula em formato de borboleta que pesa 20-25g e fica localizada na parte 
anterior do pescoço 
• Recebe ramos da artéria carótida e veia jugular. Possui as células foliculares, que secretam os 
hormônios T3 e T4 e as células parafoliculares (ou células C), que secretam calcitonina 
• A secreção de T3 e T4 é estimulada pelo hipotálamo (TRH) e pela hipófise (TSH), através de um 
mecanismo de feedback negativo 
• Um dos papéis do T3 e T4 é a regulação da taxa de respiração mitocondrial das células, por isso que 
as grávidas e as pessoas que praticam esportes de alta intensidade precisam de maiores níveis desses 
hormônios 
• Investigação das doenças tireoidianas: pode ser feita através da clínica, palpação, dosagem de 
hormônios e anticorpos, cintilografia, USG/TC/RM, PAAF, exame perioperatório por congelação e 
exame anatomopatológico 
o PAAF – é um método de investigação diagnóstica simples, seguro, rápido, eficaz e barato. É o 
método de investigação mais acurado, mais confiável e com melhor relação custo-benefício 
para o diagnóstico de lesões tireoidianas 
 
 
 
 
 
 
Anomalias congênitas: 
• Agenesia e hipoplasia grave: correspondem ao desenvolvimento incompleto ou ausência da 
glândula tireoide. Isso pode decorrer de mutações germinativas nos genes TTF-2 e PAX-8 e provoca 
um quadro de cretinismo esporádico (deficiência intelectual) 
• Síndrome de resistência ao hormônio tireoidiano: está relacionada com mutações nosreceptores 
tireoidianos 
• Cretinismo endêmico: sabe-se que o cretinismo é uma deficiência mental provocada por um 
hipotireoidismo congênito. Geralmente é decorrente de um defeito durante a formação da glândula, 
mas também pode ser devido à uma deficiência de iodo na alimentação da gestante. Sua 
identificação é feita pelo teste do pézinho 
DOENÇAS DA GLÂNDULA TIREOIDE 
• Defeitos genéticos da síntese hormonal: estão relacionados com erros inatos do metabolismo e 
podem provocar um bócio disormoniogenético e cretinismo 
• Cisto do ducto tireoglosso: o ducto tireoglosso é uma estrutura embriológica que conecta a área 
inicial de desenvolvimento da glândula tireoide com a sua posição final. No entanto, esse ducto deve 
desaparecer ao nascimento, se isso não acontecer é formada uma vesícula repleta de líquidos que é 
chamada de cisto do ducto tireoglosso 
• Tireoide ectópica: é qualquer tecido tireoideano localizado fora de sua topografia habitual. Então, a 
tireoide ectópica pode estar localizada na língua, região sublingual, laringe, mediastino, hilo 
hepático, canal inguinal, vagina e escroto 
Tireoidite de Hashimoto: 
• Também chamada de tireoidite linfocítica crônica. É uma doença que atinge com maior frequência as 
mulheres entre 40 e 60 anos e que pode ter caráter familiar 
• Patogenia: é causada por um defeito das células T, o que implica em deficiência de T supressores 
(CD4+), ativação de T citotóxicos (CD8+) e consequente apoptose das células foliculares produtoras 
de T3 e T4. Além disso, posteriormente, os T 
auxiliares (CD4+) ativam os macrófagos e estes, 
também destroem as células foliculares e 
provocam necrose. Também ocorre formação 
de complexos antígeno-anticorpos, com 
ativação do sistema complemento e das células 
NK. Isso leva a produção de anticorpos anti-
tireoglobulina, anti-peroxidase tireoidiana, 
anti-transportador de iodetos e anti-receptor 
de TSH, com isso, há diminuição dos níveis de 
T3 e T4 e aumento do TSH 
• Além disso, sabe-se que a tireoidite de 
Hashimoto está associada a um maior risco de 
desenvolvimento de outras patologias 
autoimunes, linfoma B MALT e carcinoma 
papilífero 
• Na microscopia observa-se uma infiltração 
extensiva do parênquima por um infiltrado inflamatório mononuclear. Os folículos tireoidianos são 
atróficos e revestidos por células epiteliais distinguidas pela presença de citoplasma abundante, 
eosinófilo e granular, chamadas de células de Hurtle 
• Na clínica é caracterizada por aumento indolor da tireoide, associado a algum grau de 
hipotireoidismo 
Tireoidite Linfocítica Subaguda Silenciosa ou Indolor: 
• É uma doença subaguda autolimitada, causa um 
hipertireoidismo leve 
• Caracteriza-se por uma destruição transitória e indolor da 
tireoide por uma inflamação linfocítica, com presença de 
anticorpos anti-tireoperoxidase (anti-TPO) e anti-tireoglobulina 
• Aparece mais em adultos de meia-idade, porém é mais comum 
em mulheres durante o período pós-parto 
• Essa doença parece ser uma variante de tireoidite de 
Hashimoto 
• Na macroscopia, o exame aparece normal. Na microscopia é 
visível um infiltrado linfocitário com centros germinativos 
hiperplásicos no parênquima tireoidiano e ruptura espalhada e 
colapso dos folículos tireoidianos 
Tireoidite Subaguda ou Granulomatosa ou De Quervain: 
• É um processo inflamatório autolimitado (2 a 8 semanas) na 
glândula tireoide que aparece após uma infecção viral das 
vias aéreas superiores (por adenovírus, cosackie, caxumba, 
influenza e sarampo), ativando os linfócitos T citotóxicos a 
atacarem as células foliculares tireoidianas 
• É mais comum na faixa etária de 30 a 50 anos, acomete mais 
mulheres do que homens 
• Causa dor e cursa com sintomas de hipertireoidismo na maior 
parte das vezes 
• Na microscopia observa-se um parênquima que contém infiltrado inflamatório crônico com uma 
célula gigante multinucleada e um folículo coloide 
Tireoidite de Riedel: 
• Caracteriza-se por uma substituição fibrótica progressiva da 
tireoide com aderência e infiltração das estruturas adjacentes, o 
que causa sintomas compressivos locais (como disfagia e 
dispneia) 
• É um quadro raro, indolor e que acomete com maior frequência 
os jovens 
• Macroscopicamente, a tireoide apresenta-se um pouco 
aumentada, assimétrica, lenhosa e com adesão 
Bócios: 
• Bócio é qualquer aumento da glândula tireoide e é a doença mais comum dessa glândula 
• É um processo hiperplásico endêmico ou esporádico, hiperfuncionante/tóxico (grande quantidade 
de T3 e T4) ou não hiperfuncionante/atóxico (com sintomas de hipotireoidismo), difuso (com 
aumento da glândula inteira) ou nodular (aumento localizados na forma de nódulos), 
hiperplásico/adenomatoso (com mais células do que coloide) ou coloide (com grande quantidade de 
coloide) 
 
o Bócio hiperplásico, difuso e tóxico: também conhecido como Doença de Basedow-Graves, 
tem maior indicência em mulheres entre 20-40 anos. Essa doença está relacionada com 
fatores genéticos e com a quebra de autotolerância (autoimunidade). O quadro clínico 
compreende a tríade tireotoxicose (taquicardia, inquietação, irritabilidade e dispneia), 
exoftalmia e mixedema pré-tibial. A patogenia desse bócio está relacionada com anticorpos 
IgG semelhantes ao TSH que mimetizam a sua ação, estimulando a glândula; também existem 
alterações de linfócitos T (CD4+ e CD8+). Nos exames laboratoriais, observa-se elevação de 
T3 e T4 e diminuição de TSH. A 
cintilografia é um bom método de 
avaliação da doença, mostrando 
captação aumentada e difusa de iodo. 
O tratamento é feito através de 
medicamentos (beta-bloqueadores e 
tionamidas), tireoidectomia ou iodo 
radioativo. Na microscopia nota-se um 
padrão celular hiperplásico e com 
pinocitose 
o Bócio coloide difuso ou nodular não 
funcionante/atóxico: pode ser endêmico ou 
esporádico. O bócio coloide endêmico é causado 
por deficiência de iodo; enquanto o bócio coloide 
esporádico pode ser causado por substâncias 
bociogênicas, por alógenos, por defeitos 
hereditários ou por situações como puberdade, 
gestação e estresse crônico. Na microscopia podem 
ser vistos folículos aumentados e repletos de 
coloide. Na macroscopia é comum que os bócios 
coloides se iniciem como um aumento global da 
glândula e depois sejam formados nódulos 
o Bócio multinodular tóxico: conhecido como 
Doença de Plummer. Ocorre quando um 
dos nódulos começa a produzir T3 e T4, 
independentemente dos outros e sem 
resposta ao feedback negativo. O quadro 
clínico é de hipertireoidismo. Na 
microscopia nota-se a proliferação de 
células 
 
 
 
 
 
Doença nodular tireoidiana: 
• A doença nodular tireoidiana pode ser uninodular ou multinodular e quente ou fria 
• Acomete com maior frequência as mulheres e sua incidência aumenta com a idade 
• Essa condição é considerada frequente e pode ser detectada através da palpação, ultrassom e 
necropsia 
• Para saber o risco de um nódulo ser maligno, usa-se os critérios clínicos para determinar a provável 
natureza do nódulo 
o Nódulos solitários são mais provaveis de ser neoplásicos do que múltiplos 
o A deficiência de iodo tem uma frequência maior em neoplasias malignas 
o Pacientes mais jovens tem maior risco de neoplasia 
o Homem tem maior risco de neoplasia 
o A exposição à radioterapia na cabeça e pescoço aumenta o risco de malignidade 
o Os nódulos quentes são mais benignos do que os frios 
• Diagnóstico: deve-se basear em características clínicas, com atenção para sintomas compressivos, 
crescimento rápido, adesão a 
estruturas adjacentes, irradiação, 
história familiar e adenomegalia. 
Pode ser realizado ultrassom sem 
Doppler (graus I e IV), ultrassom com 
Doppler (padrões I a V) ou punção 
aspirativa por agulha fina (PAAF) 
• Classificação: o ultrassom classifica o 
nódulo através do sistema TI-RADS, 
enquanto a PAAF faz a classificação 
de acordo com o sistema de Bethesda 
Neoplasias epiteliais: 
• Adenomas: acometem com maior frequência mulheres na 
faixa etária de 20-60 anos. Amaioria dos tumores não 
são funcionantes e estão relacionados com mutações nos 
genes TSHR, RAS, PIK3 e PAX8-PPAR. Morfologicamente, 
os adenomas tem um cápsula completa intacta e tem 
menos de 3cm, já na microscopia possuem padrões 
distintos. Deve-se fazer o diagnóstico diferencial dos 
adenomas com os nódulos hiperplásicos (sem cápsula) e 
carcinomas (com infiltração) 
• Carcinomas: podem ser do tipo papilífero (mais comum), folicular, pouco diferenciado ou insular, 
indiferenciado/anaplásico ou medular. As neoplasias foliculares e papilíferas tem um comportamento 
indolente, mas podem ocasionar metástases 
o Carcinoma papilífero: acomete com maior frequência a faixa 
etária de 30 a 40 anos, mas também pode ocorrer em crianças. 
Tem sua patogenia relacionada com a radiação ionizante, 
deficiência de iodo (bócio), tireoidite de Hashimoto, rearranjo 
RET/PTC, inversões ou translocação de NTRK1 e mutações em BRAF 
e RAS. A microscopia mostra um aspecto de “vidro fosco”, com 
deslocamento da queratina para a periferia das células 
o Carcinoma folicular: pode ser nodular ou difuso e tem sua 
patogenia relacionada com a deficiência de bócio (bócio 
nodular) e com mutações nos genes RAS e PAX8-PPAR. Esse 
tumor cresce dentro de vasos e invade estruturas adjacentes 
o Carcinoma pouco diferenciado ou insular: está relacionado 
com mutações nos genes Tp53 e BRAF 
o Carcinomas indiferenciados/anaplásicos: são 
bastante agressivos e se caracterizam por células 
fusiformes e células pleomórficas gigantes. Estão 
relacionados com mutações nos genes Tp53 e 
BRAF 
o Cacinoma medular: sua forma esporádica é a mais comum e está 
relacionada em 50% dos casos com a mutação no gene RET. Já as 
formas hereditárias estão totalmente relacionadas com a mutação 
germinativa RET. Esses tumores secretam calcitonina 
 
 
 
 
• A homeostase da glicose ocorre através da 
produção de glicose pelo fígado (gliconeogênese), 
captação e utilização de glicose pelos tecidos 
(músculos estriado) e pelas ações da insulina e de 
hormônios contrarreguladores (glucagon) 
• As células beta produzem insulina e a célula alfa 
secreta glucagon 
• Quando o indivíduo se encontra em jejum, o 
organismo se encontra com baixas concentrações 
de insulina e altas concentrações de glucagon. Esse 
desequilíbrio favorece a gliconeogênese feita pelo 
fígado e glicogenólise, diminuindo a glicogênese. 
Esse processo evita que ocorra a hipoglicemia 
• Já quando o indivíduo faz uma refeição, a insulina 
se encontra em altas concentrações e o glucagon 
em baixas, isso promove a captação de glicose 
pelos tecidos. A glicose chegando aos tecidos, a 
glicogênese é estimulada, evitando, assim, 
a hiperglicemia 
• No pâncreas, as células delta são 
responsáveis por liberar somatostatina, que 
inibe a liberação de insulina e glucagon. As 
células PP estimulam as células pp/ais 
gástricas, que inibem a motilidade 
intestinal. E a células épsilon são 
responsáveis pela liberação da grelina, o 
hormônio da ‘fome” 
• O GLUT-4 é o receptor responsável pela 
entrada de glicose nas células 
pancreáticas, sem ele, não há entrada de 
glicose e, consequentemente, irão aparecer problemas nessa homeostase 
• A insulina é responsável pela captação de glicose, geração de energia, síntese proteica, 
armazenamento de lipídios, proliferação e diferenciação de algumas células 
Diabetes mellitus: 
• É um distúrbio metabólico, sendo primariamente a carboidratos, com comprometimento dos lipídios 
e proteínas do organismo 
• Patologia: o hipoinsulinismo relativo ou absoluta causa hiperglicemia. Isso se dá pela deficiência e/ou 
resistência ação da insulina. Esse distúrbio pode causar lesões multissistêmicas 
• Diagnóstico: os valores de glicose sanguínea normais são 70 a 120 mg/dL. O diagnóstico de 
diabetes é estabelecido por uma elevação notável da glicose sanguínea por qualquer um dos três 
critérios → concentração de glicose maior que 200 mg/dL com sinais e sintomas clássicos, 
concetração de glicose em jejum maior que 126 mg/dL em mais de uma dosagem, um teste de 
tolerância à glicose oral com concentração de glicose maior que 200 mg/dL 2 horas após uma 
carga de carboidratos padrão 
• Classificação: é de extrema importância, pois é através dela que a conduta será tomada 
o DM tipo 1 – é a deficiência de insulina por destruição autoimune das células beta, comprovada 
por exames laboratoriais. A tipo 1B tem natureza idiopática. Seu início mais comum é na 
infância e início da idade adulta. Pode ser causada também por interação entre suscetibilidade 
genética e fatores ambientais (vírus, caxumba, rubéola, vírus coxsackie B, citomegalovírus, 
entre outros; falha na autotolerância nas células T, substâncias químicas ou complicações 
metabólicas graves) 
o DM tipo 2 – é a perda agressiva de secreção insulínica combinada com resistência à insulina. É 
o tipo mais comum, comumente associado com sobrepeso e obesidade 
o DM gestacional – hiperglicemia de graus variados diagnosticada durante a gestação, na 
ausência de critérios de DM prévio 
o Outros tipos – monogênicos (MODY – ocorrem mutações genéticas específicas, possui várias 
manifestações clínicas que requerem tratamentos diferentes, alguns ocorrem no período 
neonatal e outros no início da idade adulta), diabetes neonatal, secundário a endocrinopatias, 
PÂNCREAS ENDÓCRINO 
secundário a doenças do pâncreas exócrino, secundário a infecções e secundário a 
medicamentos 
• Mecanismo e fisiopatologia: no caso de DM tipo 1 os níveis séricos de peptídeo C se encontram 
diminuídos, pois não se alteram na presença de anticorpos anti-insulina; já no DM tipo 2, os níveis 
séricos se encontram elevados quando há resistência a insulina, acompanhada de hiperinsulinemia 
o GLP-1: receptor localizado nas células L do epitélio intestinal, localizadas na porção distal do 
íleo e do cólon. Se encontram em baixas quantidades quando o paciente se encontra em jejum 
e aumentam no período pós-prandial imediato 
o GIP-1: presentes nas células K do intestino delgado proximal, auxiliam na secreção de insulina 
e proliferação das células beta, também auxilia na inibição do glucagon através da apoptose 
das células beta causando esvaziamento gástrico 
o Efeito incretina: efeito de amplificação de secreção de insulina induzida pela administração 
de glicose por via oral, mediado pelos hormônios intestinais GLP-1 e GIP-1 
• Complicações tardias: doenças macrovasculares, microangiopatia, nefropatia diabética, 
retinopatia, neuropatia, entre outros 
• Alterações na microscopia: tanto no DM1, quanto no DM2, há redução no número e no tamanho das 
ilhotas (mais comum no DM2), infiltrados leucocitários nas ilhotas, redução sutil na massa celular das 
ilhotas (no DM2), deposição amiloide nas ilhotas (no DM2) e aumento no número e tamanho das 
ilhotas 
 
 
 
 
 
 
 
• Características clínicas: o diabetes é marcado por poliúria, polidipsia, polifagia e, quando grave, 
cetoacidose, todas resultado de desarranjos metabólicos (mais comum no DM2) 
 
 Diabetes mellitus 1 Diabetes mellitus 2 
Clínica 
Início geralmente na infância e 
adolescência 
Início geralmente na vida adulta 
Peso normal ou perda de peso precedem o 
diagnóstico 
A grande maioria é obesa 
Diminuição progressiva dos níveis de 
insulina 
Insulina sanguínea aumentada (inicial), 
diminuição normal ou moderada na insulina 
(tardio) 
Autoanticorpos circulantes contra as 
ilhotas 
Nenhum anticorpo contra as ilhotas 
Cetoacidose diabética na ausência de 
terapia de insulina 
Coma hiperosmolar não-cetótica mais 
comum 
Patogenia 
Disfunção nas células T regulatórias 
levando à interrupção da autolerância aos 
autoantígenos das ilhotas 
Resistência à insulina nos tecidos periféricos, 
falha na compensação pelas células beta 
Múltiplos fatores associados à obesidade → 
ácidos graxos não-esterificados circulantes, 
mediadores inflamatórios, adipocitocinas 
Patologia 
Insulite (infiltrado inflamatório de células T 
e macrófagos), depleção de célulasbeta, 
atrofia das ilhotas 
Nenhuma insulite, deposição amiloide nas 
ilhotas, depleção branda de células beta

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