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• O sistema endócrino engloba a glândula hipófise, hipotálamo, glândula pineal, tireoide, glândulas paratireoides, glândula suprarrenal, gônadas sexuais, pâncreas, estômago, rim e tecido adiposo • O coração também é uma glândula endócrina, pois produz o fator natriurético. Além disso, o intestino grosso também é um sistema endócrino, uma vez que auxilia na manutenção da insulina no organismo (através do GIP-1) • Em relação à patologia, podem ocorrer malformações, inflamações, hiperplasia e neoplasias. Além disso, na clínica, pode ocorrer produção excessiva ou deficiente do hormônio, problema na liberação, no tecido alvo e efeito de massa • O hipotálamo pesa cerca de 4g e tem como funções controlar a função da hipófise, através de hormônios como TRH, GRH, GnRH, LHRH, GHRH e dopamina) e secretar hormônios anti- diuréticos e ocitocina • Ele tem grande papel no equilíbrio hídrico, o que se dá por meio do controle da sede e atuação do hormônio anti-diurético nos rins • O núcleo paraventricular e o núcleo supraóptico são fatores de liberação de hormônios da hipófise. Possui uma área também que produz o hormônio antidiurético e a ocitocina. Esses hormônios são produzidos por neurônios existentes nesses núcleos • A hipófise é responsável por liberar e produzir hormônios que mantém a homeostase do organismo o Diabetes insipidus: pode ser do tipo neurogênico ou central, que se caracteriza pela deficiência de ADH circulante. Esse problema pode ser decorrente de lesões hipotalâmica ou hipofisária, ou pode ser do tipo nefrogênico (se caracteriza por níveis normais de ADH, mas com incapacidade dos rins de responder a esse hormônio). Em ambos os casos, há uma excreção urinária com volume elevado, com sódio sérico e osmolaridade elevados e sintomas de polidipsia Sistema endócrino DOENÇAS DO HIPOTÁLAMO • Está localizada anterior ao hipotálamo, entre o quiasma óptico, lateral a sela túrcica, aos seios cavernosos, aos sifão carotídeo e diversos pares cranianos (oculomotor, troclear, trigêmeo e abducente). Tudo isso tem implicações clínicas e cirúrgicas DOENÇAS DA HIPÓFISE Patologias: • Em relação ao hormônio, pode ocorrer hipertuitarismo (causadas por adenoma hipofisário, hiperplasia e carcinomas da adeno-hipófise) ou hipotuitarismo (podem ser causados por lesão isquêmica, cirurgia ou radiação, reações inflamatórias e adenomas hipofisários não funcionais). Podem ser primários, secundários ou terciários • Pode ocorrer também efeito local de massa por conta do aumento da sela túrcica, ou por conta da erosão óssea ou por ruptura do diafragma. Tudo isso leva à compressão do parênquima glandular, do encéfalo, dos nervos cranianos e vasos. A clínica se apresenta com anormalidades do campo visual e hipertensão craniana • Diagnóstico: feito através dos aspectos clínicos ou alterações em exames o Aspectos clínicos – pode causar síndromes variadas como Cushing/Nelson/Sheeran, pode apresentar gigantismo, acromegalia, galactorreia, amenorreia, disfunção sexual, infertilidade, hipogonadismo, compressão dos nervos, etc o Exames – pode ser feito dosagens séricas/urinárias de hormônios ou metabólitos, imagem (raio X, TC ou RM), imuno-histoquímica e exames moleculares Lesões hipofisárias: • Anomalias congênitas: são exemplos desta lesão agenesia/hipoplasia de adenohipófise, hipófise faríngea, cistos de bolsa Rathke e metaplasia escamosa • Síndrome da Sela Vazia: ocorre por conta da herniação aracnoide, o que leva à compressão da hipófise. Isso pode ser decorrente de cirurgias, radioterapia e infarto • Necrose: provoca um quadro de hipopituitarismo e pode acontecer na Síndrome de Sheeran (hipopituitarismo pós-parto secundário à necrose hipofisária decorrente de hipotensão ou choque em virtude de hemorragia maciça durante ou logo após o parto), sepse, trauma craniano, queimaduras e acidente vascular encefálico • Traumatismo crânio-encefálico • Infecções e inflamações • Hiperplasia da adenohipófise • Neoplasias benignas ou malignas • Síndromes hipofisárias posteriores Craniofaringioma: • Se origina a partir de remanescentes da bolsa de Rathke e pode se localizar ao longo da haste, na região hipotalâmica ou no assoalho do 3º ventrículo • Pode provocar um quadro de hipertensão intracraniana, diabetes insipidus, cefaleia, distúrbios visuais, manifestações de hiper ou hipofuncionamento da hipófise e retardo do crescimento em crianças Adenomas de hipófise: • Os adenomas representam 10% das neoplasias intracranianas, sendo que apenas 5% dos casos são hereditários • Acometem mais frequentemente adultos de 35-60 anos e tem incidência igual entre os sexos • Classificação: o tumor pode ser classificado em microadenoma (<1cm) ou macroadenoma (>1cm), além disso, pode ser funcionante ou não-funcionante/silencioso (provoca pan hipopituitarismo por compressão da glâdula). Quanto ao tipo de hormônio secretado, pode ser prolactinoma ou outros (secretores de GH, ACTH, gonadotrofinas, TSH, GH), plurihormonais ou silenciosos/nulos • Quadro clínico: o efeito de massa compreende cefaleia, vômitos, alterações visuais, paralisia de nervos cranianos (III, IV e VI pares) e pan hipopituitarismo. Os prolactinomas (mais comuns) provocam galactorreia, amenorreia, infertilidade, impotência sexual, perda de libido, cefaleia e alterações visuais Alterações genéticas dos tumores hipofisários: • Gs-alfa: cerca de 40% apresenta tumores relacionados ao GH, minoria relacionado ao ACTH • Ciclina D1: causam sua superexpressão • TP53: são os adenomas mais agressivos • RB: também são os adenomas mais agressivos • HRAS, c-myc: relacionado aos carcinomas • Adenoma familiar: relacionado com mutações germinativas, como é o caso da MEN-1 Carcinoma: • É muito raro • Tem alto potencial metastático por via liquórica e hematogênica • Estão relacionados com mutação nos genes Ki-67 e p53: marcadores tumorais, observa se a célula está em S/G1 ou em G2 • A maioria dos carcinomas são secretores (principalemnte de ACTH e prolactina) e causam repercussões clínicas • Deve-se fazer o diagnóstico diferencial com adenoma e carcinoma invasivos • Além disso, cabe mencionar que a hipófise também pode ser sede de neoplasias metastáticas, principalmente dos cânceres de pulmão e mama • A tireoide é uma glândula em formato de borboleta que pesa 20-25g e fica localizada na parte anterior do pescoço • Recebe ramos da artéria carótida e veia jugular. Possui as células foliculares, que secretam os hormônios T3 e T4 e as células parafoliculares (ou células C), que secretam calcitonina • A secreção de T3 e T4 é estimulada pelo hipotálamo (TRH) e pela hipófise (TSH), através de um mecanismo de feedback negativo • Um dos papéis do T3 e T4 é a regulação da taxa de respiração mitocondrial das células, por isso que as grávidas e as pessoas que praticam esportes de alta intensidade precisam de maiores níveis desses hormônios • Investigação das doenças tireoidianas: pode ser feita através da clínica, palpação, dosagem de hormônios e anticorpos, cintilografia, USG/TC/RM, PAAF, exame perioperatório por congelação e exame anatomopatológico o PAAF – é um método de investigação diagnóstica simples, seguro, rápido, eficaz e barato. É o método de investigação mais acurado, mais confiável e com melhor relação custo-benefício para o diagnóstico de lesões tireoidianas Anomalias congênitas: • Agenesia e hipoplasia grave: correspondem ao desenvolvimento incompleto ou ausência da glândula tireoide. Isso pode decorrer de mutações germinativas nos genes TTF-2 e PAX-8 e provoca um quadro de cretinismo esporádico (deficiência intelectual) • Síndrome de resistência ao hormônio tireoidiano: está relacionada com mutações nosreceptores tireoidianos • Cretinismo endêmico: sabe-se que o cretinismo é uma deficiência mental provocada por um hipotireoidismo congênito. Geralmente é decorrente de um defeito durante a formação da glândula, mas também pode ser devido à uma deficiência de iodo na alimentação da gestante. Sua identificação é feita pelo teste do pézinho DOENÇAS DA GLÂNDULA TIREOIDE • Defeitos genéticos da síntese hormonal: estão relacionados com erros inatos do metabolismo e podem provocar um bócio disormoniogenético e cretinismo • Cisto do ducto tireoglosso: o ducto tireoglosso é uma estrutura embriológica que conecta a área inicial de desenvolvimento da glândula tireoide com a sua posição final. No entanto, esse ducto deve desaparecer ao nascimento, se isso não acontecer é formada uma vesícula repleta de líquidos que é chamada de cisto do ducto tireoglosso • Tireoide ectópica: é qualquer tecido tireoideano localizado fora de sua topografia habitual. Então, a tireoide ectópica pode estar localizada na língua, região sublingual, laringe, mediastino, hilo hepático, canal inguinal, vagina e escroto Tireoidite de Hashimoto: • Também chamada de tireoidite linfocítica crônica. É uma doença que atinge com maior frequência as mulheres entre 40 e 60 anos e que pode ter caráter familiar • Patogenia: é causada por um defeito das células T, o que implica em deficiência de T supressores (CD4+), ativação de T citotóxicos (CD8+) e consequente apoptose das células foliculares produtoras de T3 e T4. Além disso, posteriormente, os T auxiliares (CD4+) ativam os macrófagos e estes, também destroem as células foliculares e provocam necrose. Também ocorre formação de complexos antígeno-anticorpos, com ativação do sistema complemento e das células NK. Isso leva a produção de anticorpos anti- tireoglobulina, anti-peroxidase tireoidiana, anti-transportador de iodetos e anti-receptor de TSH, com isso, há diminuição dos níveis de T3 e T4 e aumento do TSH • Além disso, sabe-se que a tireoidite de Hashimoto está associada a um maior risco de desenvolvimento de outras patologias autoimunes, linfoma B MALT e carcinoma papilífero • Na microscopia observa-se uma infiltração extensiva do parênquima por um infiltrado inflamatório mononuclear. Os folículos tireoidianos são atróficos e revestidos por células epiteliais distinguidas pela presença de citoplasma abundante, eosinófilo e granular, chamadas de células de Hurtle • Na clínica é caracterizada por aumento indolor da tireoide, associado a algum grau de hipotireoidismo Tireoidite Linfocítica Subaguda Silenciosa ou Indolor: • É uma doença subaguda autolimitada, causa um hipertireoidismo leve • Caracteriza-se por uma destruição transitória e indolor da tireoide por uma inflamação linfocítica, com presença de anticorpos anti-tireoperoxidase (anti-TPO) e anti-tireoglobulina • Aparece mais em adultos de meia-idade, porém é mais comum em mulheres durante o período pós-parto • Essa doença parece ser uma variante de tireoidite de Hashimoto • Na macroscopia, o exame aparece normal. Na microscopia é visível um infiltrado linfocitário com centros germinativos hiperplásicos no parênquima tireoidiano e ruptura espalhada e colapso dos folículos tireoidianos Tireoidite Subaguda ou Granulomatosa ou De Quervain: • É um processo inflamatório autolimitado (2 a 8 semanas) na glândula tireoide que aparece após uma infecção viral das vias aéreas superiores (por adenovírus, cosackie, caxumba, influenza e sarampo), ativando os linfócitos T citotóxicos a atacarem as células foliculares tireoidianas • É mais comum na faixa etária de 30 a 50 anos, acomete mais mulheres do que homens • Causa dor e cursa com sintomas de hipertireoidismo na maior parte das vezes • Na microscopia observa-se um parênquima que contém infiltrado inflamatório crônico com uma célula gigante multinucleada e um folículo coloide Tireoidite de Riedel: • Caracteriza-se por uma substituição fibrótica progressiva da tireoide com aderência e infiltração das estruturas adjacentes, o que causa sintomas compressivos locais (como disfagia e dispneia) • É um quadro raro, indolor e que acomete com maior frequência os jovens • Macroscopicamente, a tireoide apresenta-se um pouco aumentada, assimétrica, lenhosa e com adesão Bócios: • Bócio é qualquer aumento da glândula tireoide e é a doença mais comum dessa glândula • É um processo hiperplásico endêmico ou esporádico, hiperfuncionante/tóxico (grande quantidade de T3 e T4) ou não hiperfuncionante/atóxico (com sintomas de hipotireoidismo), difuso (com aumento da glândula inteira) ou nodular (aumento localizados na forma de nódulos), hiperplásico/adenomatoso (com mais células do que coloide) ou coloide (com grande quantidade de coloide) o Bócio hiperplásico, difuso e tóxico: também conhecido como Doença de Basedow-Graves, tem maior indicência em mulheres entre 20-40 anos. Essa doença está relacionada com fatores genéticos e com a quebra de autotolerância (autoimunidade). O quadro clínico compreende a tríade tireotoxicose (taquicardia, inquietação, irritabilidade e dispneia), exoftalmia e mixedema pré-tibial. A patogenia desse bócio está relacionada com anticorpos IgG semelhantes ao TSH que mimetizam a sua ação, estimulando a glândula; também existem alterações de linfócitos T (CD4+ e CD8+). Nos exames laboratoriais, observa-se elevação de T3 e T4 e diminuição de TSH. A cintilografia é um bom método de avaliação da doença, mostrando captação aumentada e difusa de iodo. O tratamento é feito através de medicamentos (beta-bloqueadores e tionamidas), tireoidectomia ou iodo radioativo. Na microscopia nota-se um padrão celular hiperplásico e com pinocitose o Bócio coloide difuso ou nodular não funcionante/atóxico: pode ser endêmico ou esporádico. O bócio coloide endêmico é causado por deficiência de iodo; enquanto o bócio coloide esporádico pode ser causado por substâncias bociogênicas, por alógenos, por defeitos hereditários ou por situações como puberdade, gestação e estresse crônico. Na microscopia podem ser vistos folículos aumentados e repletos de coloide. Na macroscopia é comum que os bócios coloides se iniciem como um aumento global da glândula e depois sejam formados nódulos o Bócio multinodular tóxico: conhecido como Doença de Plummer. Ocorre quando um dos nódulos começa a produzir T3 e T4, independentemente dos outros e sem resposta ao feedback negativo. O quadro clínico é de hipertireoidismo. Na microscopia nota-se a proliferação de células Doença nodular tireoidiana: • A doença nodular tireoidiana pode ser uninodular ou multinodular e quente ou fria • Acomete com maior frequência as mulheres e sua incidência aumenta com a idade • Essa condição é considerada frequente e pode ser detectada através da palpação, ultrassom e necropsia • Para saber o risco de um nódulo ser maligno, usa-se os critérios clínicos para determinar a provável natureza do nódulo o Nódulos solitários são mais provaveis de ser neoplásicos do que múltiplos o A deficiência de iodo tem uma frequência maior em neoplasias malignas o Pacientes mais jovens tem maior risco de neoplasia o Homem tem maior risco de neoplasia o A exposição à radioterapia na cabeça e pescoço aumenta o risco de malignidade o Os nódulos quentes são mais benignos do que os frios • Diagnóstico: deve-se basear em características clínicas, com atenção para sintomas compressivos, crescimento rápido, adesão a estruturas adjacentes, irradiação, história familiar e adenomegalia. Pode ser realizado ultrassom sem Doppler (graus I e IV), ultrassom com Doppler (padrões I a V) ou punção aspirativa por agulha fina (PAAF) • Classificação: o ultrassom classifica o nódulo através do sistema TI-RADS, enquanto a PAAF faz a classificação de acordo com o sistema de Bethesda Neoplasias epiteliais: • Adenomas: acometem com maior frequência mulheres na faixa etária de 20-60 anos. Amaioria dos tumores não são funcionantes e estão relacionados com mutações nos genes TSHR, RAS, PIK3 e PAX8-PPAR. Morfologicamente, os adenomas tem um cápsula completa intacta e tem menos de 3cm, já na microscopia possuem padrões distintos. Deve-se fazer o diagnóstico diferencial dos adenomas com os nódulos hiperplásicos (sem cápsula) e carcinomas (com infiltração) • Carcinomas: podem ser do tipo papilífero (mais comum), folicular, pouco diferenciado ou insular, indiferenciado/anaplásico ou medular. As neoplasias foliculares e papilíferas tem um comportamento indolente, mas podem ocasionar metástases o Carcinoma papilífero: acomete com maior frequência a faixa etária de 30 a 40 anos, mas também pode ocorrer em crianças. Tem sua patogenia relacionada com a radiação ionizante, deficiência de iodo (bócio), tireoidite de Hashimoto, rearranjo RET/PTC, inversões ou translocação de NTRK1 e mutações em BRAF e RAS. A microscopia mostra um aspecto de “vidro fosco”, com deslocamento da queratina para a periferia das células o Carcinoma folicular: pode ser nodular ou difuso e tem sua patogenia relacionada com a deficiência de bócio (bócio nodular) e com mutações nos genes RAS e PAX8-PPAR. Esse tumor cresce dentro de vasos e invade estruturas adjacentes o Carcinoma pouco diferenciado ou insular: está relacionado com mutações nos genes Tp53 e BRAF o Carcinomas indiferenciados/anaplásicos: são bastante agressivos e se caracterizam por células fusiformes e células pleomórficas gigantes. Estão relacionados com mutações nos genes Tp53 e BRAF o Cacinoma medular: sua forma esporádica é a mais comum e está relacionada em 50% dos casos com a mutação no gene RET. Já as formas hereditárias estão totalmente relacionadas com a mutação germinativa RET. Esses tumores secretam calcitonina • A homeostase da glicose ocorre através da produção de glicose pelo fígado (gliconeogênese), captação e utilização de glicose pelos tecidos (músculos estriado) e pelas ações da insulina e de hormônios contrarreguladores (glucagon) • As células beta produzem insulina e a célula alfa secreta glucagon • Quando o indivíduo se encontra em jejum, o organismo se encontra com baixas concentrações de insulina e altas concentrações de glucagon. Esse desequilíbrio favorece a gliconeogênese feita pelo fígado e glicogenólise, diminuindo a glicogênese. Esse processo evita que ocorra a hipoglicemia • Já quando o indivíduo faz uma refeição, a insulina se encontra em altas concentrações e o glucagon em baixas, isso promove a captação de glicose pelos tecidos. A glicose chegando aos tecidos, a glicogênese é estimulada, evitando, assim, a hiperglicemia • No pâncreas, as células delta são responsáveis por liberar somatostatina, que inibe a liberação de insulina e glucagon. As células PP estimulam as células pp/ais gástricas, que inibem a motilidade intestinal. E a células épsilon são responsáveis pela liberação da grelina, o hormônio da ‘fome” • O GLUT-4 é o receptor responsável pela entrada de glicose nas células pancreáticas, sem ele, não há entrada de glicose e, consequentemente, irão aparecer problemas nessa homeostase • A insulina é responsável pela captação de glicose, geração de energia, síntese proteica, armazenamento de lipídios, proliferação e diferenciação de algumas células Diabetes mellitus: • É um distúrbio metabólico, sendo primariamente a carboidratos, com comprometimento dos lipídios e proteínas do organismo • Patologia: o hipoinsulinismo relativo ou absoluta causa hiperglicemia. Isso se dá pela deficiência e/ou resistência ação da insulina. Esse distúrbio pode causar lesões multissistêmicas • Diagnóstico: os valores de glicose sanguínea normais são 70 a 120 mg/dL. O diagnóstico de diabetes é estabelecido por uma elevação notável da glicose sanguínea por qualquer um dos três critérios → concentração de glicose maior que 200 mg/dL com sinais e sintomas clássicos, concetração de glicose em jejum maior que 126 mg/dL em mais de uma dosagem, um teste de tolerância à glicose oral com concentração de glicose maior que 200 mg/dL 2 horas após uma carga de carboidratos padrão • Classificação: é de extrema importância, pois é através dela que a conduta será tomada o DM tipo 1 – é a deficiência de insulina por destruição autoimune das células beta, comprovada por exames laboratoriais. A tipo 1B tem natureza idiopática. Seu início mais comum é na infância e início da idade adulta. Pode ser causada também por interação entre suscetibilidade genética e fatores ambientais (vírus, caxumba, rubéola, vírus coxsackie B, citomegalovírus, entre outros; falha na autotolerância nas células T, substâncias químicas ou complicações metabólicas graves) o DM tipo 2 – é a perda agressiva de secreção insulínica combinada com resistência à insulina. É o tipo mais comum, comumente associado com sobrepeso e obesidade o DM gestacional – hiperglicemia de graus variados diagnosticada durante a gestação, na ausência de critérios de DM prévio o Outros tipos – monogênicos (MODY – ocorrem mutações genéticas específicas, possui várias manifestações clínicas que requerem tratamentos diferentes, alguns ocorrem no período neonatal e outros no início da idade adulta), diabetes neonatal, secundário a endocrinopatias, PÂNCREAS ENDÓCRINO secundário a doenças do pâncreas exócrino, secundário a infecções e secundário a medicamentos • Mecanismo e fisiopatologia: no caso de DM tipo 1 os níveis séricos de peptídeo C se encontram diminuídos, pois não se alteram na presença de anticorpos anti-insulina; já no DM tipo 2, os níveis séricos se encontram elevados quando há resistência a insulina, acompanhada de hiperinsulinemia o GLP-1: receptor localizado nas células L do epitélio intestinal, localizadas na porção distal do íleo e do cólon. Se encontram em baixas quantidades quando o paciente se encontra em jejum e aumentam no período pós-prandial imediato o GIP-1: presentes nas células K do intestino delgado proximal, auxiliam na secreção de insulina e proliferação das células beta, também auxilia na inibição do glucagon através da apoptose das células beta causando esvaziamento gástrico o Efeito incretina: efeito de amplificação de secreção de insulina induzida pela administração de glicose por via oral, mediado pelos hormônios intestinais GLP-1 e GIP-1 • Complicações tardias: doenças macrovasculares, microangiopatia, nefropatia diabética, retinopatia, neuropatia, entre outros • Alterações na microscopia: tanto no DM1, quanto no DM2, há redução no número e no tamanho das ilhotas (mais comum no DM2), infiltrados leucocitários nas ilhotas, redução sutil na massa celular das ilhotas (no DM2), deposição amiloide nas ilhotas (no DM2) e aumento no número e tamanho das ilhotas • Características clínicas: o diabetes é marcado por poliúria, polidipsia, polifagia e, quando grave, cetoacidose, todas resultado de desarranjos metabólicos (mais comum no DM2) Diabetes mellitus 1 Diabetes mellitus 2 Clínica Início geralmente na infância e adolescência Início geralmente na vida adulta Peso normal ou perda de peso precedem o diagnóstico A grande maioria é obesa Diminuição progressiva dos níveis de insulina Insulina sanguínea aumentada (inicial), diminuição normal ou moderada na insulina (tardio) Autoanticorpos circulantes contra as ilhotas Nenhum anticorpo contra as ilhotas Cetoacidose diabética na ausência de terapia de insulina Coma hiperosmolar não-cetótica mais comum Patogenia Disfunção nas células T regulatórias levando à interrupção da autolerância aos autoantígenos das ilhotas Resistência à insulina nos tecidos periféricos, falha na compensação pelas células beta Múltiplos fatores associados à obesidade → ácidos graxos não-esterificados circulantes, mediadores inflamatórios, adipocitocinas Patologia Insulite (infiltrado inflamatório de células T e macrófagos), depleção de célulasbeta, atrofia das ilhotas Nenhuma insulite, deposição amiloide nas ilhotas, depleção branda de células beta
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