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POLÍTICAS PÚBLICAS DE ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO Prevenção a alergia alimentar Prevenção da obesidade Doenças cardiovasculares ALUNA: Bethe Clay Portela Santana Matricula: 01407911 Curso: Nutrição Vivemos em uma sociedade moderna, rotina estressante entre trabalho, estudos e cuidados doméstico, levando-as a exaustão física. Em contra partida temos as facilidades como: fast food, comida congelada e ultra processada, esse estilo de vida pouco saudável, e com alto consumo calorias sem gasta-las com alguma atividade física, proporcionando assim o surgimento de algumas doenças, que tem se tornado problemas de saúde pública a nível nacional e mundial, como por exemplo: alergia alimentar, obesidade e doenças cardiovasculares as quais nas maiorias das vezes são correlacionadas da má alimentação. A alergia alimentar (AA) ocorre quando o ser humano ingere, inala ou entra em contato com determinada alimento ou substância (pólen) os quais possuem algum componente reconhecido como agente agressor pelo sistema imunológico, sendo assim acorre a liberação de histamina desencadeando a AA. Estas reações podem ser mediadas ou não pela imunoglobulina e (IgE). A alergia alimentar é definida como uma resposta imunológica adversa aos antígenos alimentares. A Organização Mundial de Alergia (World Allergy Organization) propôs, em 2003, uma nova nomenclatura, definindo a alergia alimentar como um grupo de distúrbios gastrointestinais com resposta imunológica anormal ou exagerada, que aparecem após a ingestão de determinadas proteínas alimentares que podem ser mediadas por IgE ou não. (FERREIRA; PINTO, 2012). O diagnóstico para AA tem sido cada vez mais comum em todo o mundo, tornando- se um problema de saúde pública. Cerca de 2 a 4% da população adulta é acometida pela AA, seguindo o público infantil de 6 a 8%, sendo sua maioria crianças menores de 3 anos de idade. ‘’ Vários fatores têm um papel importante, entre eles a genética, a flora intestinal do hospedeiro, o timing, a dosagem e a frequência de exposição a vários alérgenos alimentares, bem como a alergenicidade de várias proteínas. ’’ (SEIDMAN; FERREIRA, 2006) Os tipos de alergias são: do tipo IgE mediada, os sintomas acontecem imediatamente; alergia mista os sintomas são intermediários acorre em até 48 horas após a ingestão; e alergia não IgE mediado apresenta sintomas tardios entre 24 a 72 horas. Os sintomas mais comuns da AA são: purido, urticaria, anguidema, lacrimejamento, congestão nasal, espirro, náusea, vômitos, taquicardia, tontura e risco de anafilaxia. Para se diagnosticar a AA é necessário realizar anamnese, definir quais são os principais sintomas, investigar quais são os prováveis mecanismos envolvidos (IgE mediado; IgE não mediado e misto), investigar quais são os prováveis alérgenos, e por fim realizar exames laboratoriais ou teste de provocação oral. Alguns dos alimentos alergênico que afeta os adultos são: frutos do mar, peixes, amendoim, castanhas. Já o público infantil tem como principais alergênico: o leite de vaca, soja, trigo e amendoim. Após a confirmação do diagnostico para AA, os alimentos alérgeno devem ser retidos da dieta, e substituído por outro que supra suas necessidades nutricionais evitando deficiência nutricional do indivíduo. No caso de lactente a mãe deve manter o aleitamento materno (AM) exclusivo até que o lactente complete 06 meses de idade, excluído apenas os alérgenos da dieta materna. O aleitamento materno é um fator essencial para o crescimento e desenvolvimento do bebê, especificamente nos primeiros seis meses de vida (BOCCOLINI, CARVALHO e OLIVEIRA, 2015; MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2015; BOCCOLINI et al., 2017). O leite materno possui diversos nutrientes e uma variedade de vitaminas, minerais, proteínas, gorduras e carboidratos, além de ser rico em anticorpos necessários ao desenvolvimento do bebê (OLIVEIRA, CARIELLO e DINELLY,2016). O AM é extremamente importante, pois ele supre todas as necessidades nutricionais do lactente, e previne futuras doenças. Os principais benefícios para a criança englobam um melhor desenvolvimento intelectual, a prevenção contra obesidade, doenças cardíacas, contagiosas e alérgicas, alívio de cólicas, permite também o estabelecimento do peso ideal devido a inúmeros nutrientes e vitaminas (CIAMPO e CIAMPO, 2018). Uma outra doença considerada problema de saúde pública é a obesidade, pois não afeta apenas o indivíduo obeso, como também toda a sociedade e familiares. A obesidade é uma doença caracterizada pelo acúmulo excessivo de gordura corporal, que produz efeitos deletérios à saúde. Há um consenso na literatura de que sua etiologia é multifatorial, envolvendo aspectos biológicos, históricos, ecológicos, políticos, socioeconômicos, psicossociais e culturais. (WANDERLEY; FERREIRA, 2007) Embora a obesidade seja considerada uma doença provocada por causas multifatoriais, devemos dar maior atenção ao fator nutricional do indivíduo, sendo principal causa a alimentação inadequada ou excessiva. Atualmente vivemos em uma sociedade imediatista e cômoda, optando ao consumo de alimentos processados, industrializados enriquecidos de sabores, cheiros, e corantes, com alta quantidade de calorias. Quando essa má alimentação é aliada ao sedentarismo, aumentando a predisposição à obesidade. As modificações na alimentação referem-se à crescente incorporação pela população da denominada "dieta ocidental" ou "dieta moderna". Esta pode ser caracterizada como uma dieta rica em gordura (principalmente as de origem animal), açúcares e alimentos refinados. E, em contrapartida, pela quantidade reduzida de fibras e outros carboidratos complexos. Por outro lado, a redução da atividade física e a adesão ao estilo de vida sedentário devem-se a alterações na esfera do trabalho, do lazer e do modo de vida moderno. Estas alterações, por sua vez, estão associadas ao processo de desenvolvimento e modernização das sociedades. (WANDERLEY; FERREIRA, 2007) O obeso pode desenvolver algumas doenças como: hipertensão arterial, elevação do colesterol e triglicérides, diabetes, apneia do sono, acidente vascular cerebral (AVC), alguns tipos de câncer, e infarto do miocárdio. A melhor forma de prevenir a obesidade é a redução alimentar inserindo alimentos in natura, como verduras, frutas, (fonte de vitaminas e fibras), e alimentos de origem animal como carnes, leito, queijos (ricos em proteínas), como também o arroz, pão, batata-doce, cará (ótima fonte de carboidratos), castanhas, azeite, manteiga (fonte de gorduras boas). Deve-se reduzir o consumo do sal e açúcar, além da prática de atividade física. Nas últimas décadas, foram implementadas a Política Nacional de Promoção à Saúde e o Programa de Prevenção e Controle da Hipertensão e do Diabetes (HIPERDIA), com vistas a reduzir a morbimortalidade por doenças do aparelho circulatório. Contudo, as taxas de mortalidade por doenças cardiovasculares no Brasil, entre elas o IAM, ainda permanecem altas quando comparadas ás taxas de países desenvolvidos. (SANTOS et al., 2016) As doenças cardiovasculares, incluindo o infarto agudo do miocárdio (IAM), representam um importante problema de saúde pública no Brasil e no mundo, apresentando altas taxas de incidência e mortalidade. A taxa de mortalidade brasileira, por esse grupo de causas (183,3/100.000), encontra-se entre as maiores do mundo e é semelhante a de países como a China e do Leste Europeu. (SANTOS et al., 2016) A doença cardiovascular é a que mais mata em todo o mundo. O IAM acontece pela deficiência de irrigação sanguínea no coração, isso acontece devido ao entupimento das artérias coronárias, impedindo assim sua nutrição e oxigenação, levando-o a perdas das suas funções (insuficiência cardíaca). Os principais sintomas para IAM são dor no peito, pescoço e braços, faltade ar, calafrio, náuseas e vômito. Os fatores de riscos mais comuns são idade acima de 45 anos, o tabagismo, a obesidade, o diabetes, colesterol alto, sedentarismo, histórico familiar e estresse. A melhor forma de prevenção, é praticar bons hábitos alimentares, atividade física e manter uma boa rotina de sono. Para otimizar os cuidados preventivos deve-se visitar o cardiologista regularmente afim de verificar a saúde cardíaca, como também realizar acompanhamento com nutricionista, o qual recomendará uma alimentação especificas de acordo com suas necessidades individuas, bem como manter uma rotina de atividade física e quantidade de sono adequada. Referências: BRAGA, Milayde Serra; GONÇALVES, Monicque da Silva; AUGUSTO, Carolina Rocha. Os benefícios do aleitamento materno para o desenvolvimento infantil. Brazilian Journal of Development, [S. l.], p. 1-11, 19 set. 2020. DOI 10.34117/bjdv6n9-468. Disponível em: https://brazilianjournals.com/ojs/index.php/BRJD/article/view/16985/15832. Acesso em: 4 ago. 2022. FERREIRA, Jaqueline Maria Siqueira; PINTO, Flávia Carmo Horta. Alergia alimentar: definições, epidemiologia e imunopatogênese. Food allergy: definitions, epidemiology and immunopathogenesi, [S. l.], p. 01-06, 6 mar. 2012. Disponível em: http://www.braspen.com.br/home/wp-content/uploads/2016/12/Artigo-9-3- 2012.pdf. Acesso em: 4 ago. 2022. Ferreira, Cristina Targa e Seidman, Ernest Alergia alimentar: atualização prática do ponto de vista gastroenterológico. Jornal de Pediatria [online]. 2007, v. 83, n. 1 [Acessado 4 Agosto 2022] , pp. 7-20. Disponível em: <https://doi.org/10.1590/S0021- 75572007000100004>. Epub 19 Mar 2007. ISSN 1678-4782. https://doi.org/10.1590/S0021-75572007000100004. RAMOS, Rhaíssa Evelyn Moraes; LYRA, Nilza Rejane Sellaro; OLIVEIRA, Conceição Maria de. Alergia alimentar: reações e métodos diagnóstico. Alergia. Alimentos. Diagnóstico., [S. l.], p. 1-10, 11 ago. 2013. Disponível em: https://jmphc.com.br/jmphc/article/view/170/173%20https://books.google.com.br/boo ks?id=lcnBBQAAQBAJ&printsec=frontcover&dq=alergia+alimentar&hl=pt- BR&newbks=1&newbks_redir=0&sa=X&redir_esc=y#v=onepage&q=alergia%20alim entar&f=true. Acesso em: 4 ago. 2022. SABRA, Aderbal. Manual de Alergia Alimentar. 3. ed. Rio de Janeiro- RJ: Rubio, 2015. ISBN 978-85-8411-018-6. Santos, Juliano dos et al. Mortalidade por infarto agudo do miocárdio no Brasil e suas regiões geográficas: análise do efeito da idade-período-coorte. Ciência & Saúde Coletiva [online]. 2018, v. 23, n. 5 [Acessado 4 Agostos 2022], pp. 1621-1634. Disponível em: <https://doi.org/10.1590/1413-81232018235.16092016>. ISSN 1678- 4561. https://doi.org/10.1590/1413-81232018235.16092016. Wanderley, Emanuela Nogueira e Ferreira, Vanessa Alves Obesidade: uma perspectiva plural. Ciência & Saúde Coletiva [online]. 2010, v. 15, n. 1 [Acessado 4 Agostos 2022], pp. 185-194. 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