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HIPERPROLACTINEMIA AUTOR: PEDRO V.F. MEDRADO - É a alteração endócrina mais comum do eixo hipotalâmico-hipofisário, com predomínio no sexo feminino (como sempre). - Prevalência de 0,4% numa população mista, e de 9-17% em mulheres com distúrbios reprodutivos - Maioria dos casos são por fármacos inibidores da dopamina e prolactinomas (adenomas funcionantes benignos produtores de prolactina) - Amamentação – prolactina · A prolactina é produzida e secretada pelos lactotrófos e também linfócitos, decídua placentária e células endometriais - No hipotálamo predominantemente exerce ação inibitória através do PIF (fator inibitório de prolactina). - PIF – dopamina via receptor D2 – inibindo a adenilato ciclase - GABA – exerce efeitos inibitórios na secreção de prolactina, mas não de forma fisiologicamente ilustrada que causa um significado clínico importante. · A nível porta-hipofisário inibe a secreção de dopamina a nível hipofisário - Secção da haste leva a hiperprolactinemia - Fatores estimulatórios – papel secundário · TRH (hiperprolactina no tireoidismo), VIP (incretina intestinal), endorfina, serotonina, VIP, PACAP e PHM-27 (elevação não fisiológica) - Características da prolactina · Hormônio heterogêneo · Formas circulantes · Monômero de 199 aminoácidos (23kDa) – 80-90% · Dímero de 45kDa (big PRL) · Forma de alto PM de 150-170kDa – Big big PRL ou macroprolactina; monômero + IgG (não tem papel imunobiológico, não é funcional) · Estudadas por cromatografia em colunas de gel filtrado – eluição de acordo com o peso molecular Etiologia - Fisiológica – ocorre por liberação de um ou mais fatores liberadores de PRL · Gravidez – eleva cerca de 10 vezes a PRL · Exercício · Coito · Estresse · Manipulação da mama – sucção durante a amamentação, via neurônios aferentes estimula a liberação de prolactina. · Sono - Não fisiológica · Patologias hipotalâmicas · Tumores, doenças infiltrativas, granuloma eosinofílico, radioterapia craniana · Patologias hipofisárias · Prolactinomas, pseudoprolactinomas, adenomas mistos secretores (GH/PRL e TSH/PRL), d. de Cushing, S. de Nelson (tratamento da síndrome de Cushing), metástases, s. da sela vazia, hipofisite · Desordens da haste · Hastite, secção cirúrgica, TCE (dissecção traumática) · Outras patologias da região selar · Cisto de bolsa de Rathke, paraganglioma secretor de PRL, aneurisma de carótida, etc · Doenças sistêmicas · Hipotiroidismo, d. de Addison, SOP, cirrose, IRC, LES, pseudociese (falsa gravidez), anorexia nervosa · Neurogênicas · Lesões irritativas da parede torácica (herpes zoster, toracotomia, mastectomia, queimaduras, piercing no mamilo, prótese mamária, alterações da via de estímulo); lesões do cordão medular (ependimoma cervical, siringomielia, tumores extrínsecos, tabes dorsalis) · Crise convulsiva – dosar prolactina para diferenciar convulsão de uma pseudo convulsão · Produção ectópica · Gonadoblastoma, teratoma de ovário, carcinoma broncogênico, hipernefroma · Drogas · Antidepressivos e ansiolíticos – Alprazolam, buspirona, IMAO, IRS, adT, sulpiride. · Neurolépticos – fenotiazinas, butifenonas, risperidona, tiotixeno, pimizide, tioridazine, molindona, veraliprida. · Antagonistas de receptor H2 – cimetidina e ranitidina · Procinéticos – metoclopramida, domperidona e cisaprida · Anti-hipetensivos – reserpina, verapamil, metildopa, atenolol e labetolol · Narcóticos – heroína, morfina, cocaína, análogos e encefelina · Estrogenioterapia · Outros – isoniazida, anfetamida, ácido valpróico, anestésicos, arginina, fenitoína, tioxantenos, metadona, fisostigmina e maconha. · Macroprolactinemia – produção da macroprolactina que é ligada ao IgG, mas sem função biológica. · Hiperprolactinemia idiopática Patologias - Os prolactinomas respondem por 40-60%, sendo a maior causa. - Outros tumores hipotalâmicos-hipofisários – produção ou compressão da haste · Pseudoprolactinomas – simulam um prolactinoma por compressão da haste hipofisária. - Lesões infiltrativas, vasculares, radioterapia selar e sela vazia – produção inadequada de dopamina ou comprometimento da haste. - Metástases hipofisárias são causas raras – mama, pulmões, rins e etc. - Síndrome de McCune-Albright – displasias ósseas fibróticas (cistos em ósseos longos), manchas café-com-leite e endocrinopatias hiperfuncionantes (puberdade precoce) - Doenças sistêmicas · 40% dos hipotiróideos e 30% das SOP · Ocasional na doença de Addison (reversível) · 20% dos casos de cirrose · IRC - Neurogênica – elevação reflexa por ativação das vias aferentes que seguem através do cordão medular · Lesões irritativas da parede torácica e patologias do cordão medular, piercing mamilar. - Secreção ectópica – excepcionalmente, se tumor clinicamente diagnosticado - Crise convulsiva · 12 e 75% dos pacientes com convulsão de lobo frontal e temporal, respectivamente · Resulta do desequilíbrio dos neurotransmissores da região hipotalâmico-hipofisária · Alguns centros preconizam dosagem de prolactina 10 min e 2 a 3 horas após a crise para diagnóstico diferencial entre pseudoconvulsão e convulsão (tem elevação de prolactina) - Miscelânia · Prolactina envolvida nos mecanismos patogênicos de malignidades e doenças autoimunes. · Já foi detectada em pacientes com linfoma, carcinomas de mama e cólon, LES, artrite reumatóide e mieloma múltiplo. - Hiperprolactinemia idiopática · Sem uma causa óbvia para o distúrbio hormonal · Prolactinoma pode estar presente e não ser detectado pela radiologia · PRL retorna ao normal em 1/3 dos casos e inalterado em 50% do restante · 10% desenvolveram evidências radiológica em 6 anos - Macroprolactinemia · Predomínio no sexo feminino (89%) e em qualquer faixa etária · Mais frequente que se supunha anteriormente · 15-46% do soro de indivíduos hiperprolactinêmicos · Suspeita nos casos de hiperprolactinemia sem sintomas típicos e evidência radiológica. · Biodisponibildade diminuída (baixa atividade biológica) – sem sintomas · Ligação da PRL a IgG altera suas propriedades funcionais (capacidade limitada de atravessar o endotélio vascular) - Prolactina elevada · Estimulo a lactação -> Galactorreia · Nem sempre quanto maior a prolactinemia, maior será a galactorreia, isso porque esse evento é dependente da produção de estrógenos, coisa que na hiperprolactinemia muito elevada vai estar baixa. · Diminuição da secreção pulsátil de GnRH -> diminuição da secreção pulsátil de LH e FSH -> Hipogonadismo · Aumento da secreção de andrógenos -> Acne/hisurtismo Quadro clínico - Mulheres · Galactorreia · Amenorreia – anovulação · Oligomenorreia · Infertilidade · Diminuição da libido · Dispareunia – vagina seca · Osteoporose · Acne e hirsutismo · Ganho de peso - Homens · Galactorreia · Ginecomastia · Disfunção erétil · Infertilidade · Diminuição da libido · Osteoporose · Ganho de peso · Inibe 5-a-redutase · 5-a-redutase converte a testosterona em DHT (forma ativa) · Logo, as vezes a reposição de testosterona não é eficaz, a conduta portanto é reduzir prolactina. - Amenorreia e galactorreia – sintomas mais comuns nas mulheres. - Hipogonadismo predomina nos homens · No hipogonadismo ocorre a inibição secreção pulsátil do GnRH, o que diminui os pulsos de FSH e LH · Defícit de E2 ou T · Inibem também diretamente ovários e testículos - Galactorreia · 30-80% das mulheres, podendo ser espontânea, intermitente ou à expressão papilar · Quanto mais grave menor a incidência de galactorréia (E2 é necessário para produção láctea) · Em homens é quase patognomônico de prolactinomas (até 1/3 dos casos) · 1/3 das mulheres têm galactorréia com prolactina normal · Galactorréia/amenorreia é forte indício de hiperprolactinemia. - Hirsutismo e acne · Elevação da testosterona livre por diminuição da SHBG (déficit de estrógenos) · Diminuição dos níveis de estrógenos, temos queda da produção de proteínas circulantes incluindo a SHBG. · Aumento da produção adrenal de DHEAS – andrógenos adrenal - Obesidade – mecanismo não esclarecidos - Outras - Alterações neuroftalmológicas · Rinorreia liquórica (corrosão do assoalho da sela túrcica) – risco de meningite· Cefaleia – por tração dos vasos da dura-máter · Diminuição ou perda de visão – compressão do quiasma ótico · Hemianopsia bitemporal · Hipertensão intracraniana e hidrocefalia – compressão do III ventrículo · Oftalmoplegia e/ou dor facial – expansão parasselar comprimindo pares cranianos · Raras – convulsões, exoftalmia, hidrocefalia, apoplexia hipofisária (necrose hipofisária) - Pan-hipopituitarismo · Compressão da haste hipofisária · Apoplexia · Hipogonadismo Diagnóstico - Dosagem de PRL sérica · Estresse da punção e falta de repouso pode gerar discreto aumento da prolactina, mas abaixo <40ng/ml · Retorno da coleta de 40min a 1hora segundo alguns laboratórios · Evitar manipulação das mamas nas horas que antecedem o exame – aumenta prolactina · Valores normais – 25 ng/ml em mulheres e 20 ng/ml em homens (varia por método e ensaios) · Não se basear em único exame – secreção episódica · Se confirmada deverá investigar a etiologia - HDA · Afastar uso de substâncias que possam elevar a prolactina – as drogas · Descartar gravidez – prolactina alta · Considerar hipotiroidismo primário – dosar função tireoideana · Em obesa jovem, com hirsutismo e irregularidade menstrual sugere SOP · Insuficiência renal e cirrose devem ser investigadas. - Exame físico – pesquisar lesões torácicas, uso de piercing mamário e expressão papilar (galactorreia). - Exames de imagem · RNM (é bem mais viável para hipófise) e TAC · Visualização de praticamente todos os macroprolactinomas pseudoprolactinomas e a maioria dos microprolactinomas · Craniofaringeoma calcificado – pseudoprolactinoma · Possibilidade de incidentaloma (10% dos casos, incidentaloma não funcionante) · No hipotiroidismo primário pode ser evidenciada uma imagem pseudotumoral · Realizadas apenas após exclusão de hiper-prolactinemia fisiológica, farmacológica e doenças sistêmicas. - Quando pesquisar macroprolactinemia? · Em indivíduos assintomáticos com prolactina alta · Presença de galactorréia, distúrbios menstruais e/ou infertilidade não exclui o diagnóstico · Sintomas de hiperprolactinemia podem estar presentes em 54% dos pacientes com macroprolactinemia · Pode ser resultante de adenoma · Considerar a presença de macroprolactinemia e incidentaloma (se houver sintomas) · Método – cromatografia líquida em coluna de gel filtração (simples, porém trabalhosa) · Precipitação de PEG – método mais empregado na triagem por sua simplicidade (definição em 85% dos casos) · O que fica aderido ao pegilato é a big-prolactina · Recuperação de >65% revela predomínio de forma monomérica e <30% a forma de alto PM · Valores intermediários – indeterminado (usar o outro método) - Pseudoprolactinomas · Resulta da compressão da haste hipofisária · Níveis de prolactina <150ng/ml (máximo de 250ng/ml na série Bevan e cols.) · Já relatado caso de adenoma não-funcionante com níveis de 662 ng/ml - Prolactinomas · Níveis de PRL – relacionados ao tamanho do prolactinoma · MicroPRLomas: 100-200 ng/ml · MacroPRLomas: 200-250 ng/ml ou mais · Valores <100ng/ml ocorrem em 20% dos casos de microPRLoma · Macroprolactinomas podem cursar com níveis <100-200ng/ml pelo efeito gancho (hook effect). · Ensaios antigos que usavam anticorpos, em esquema de sanduíche, o nível elevado de prolactina consumiria os anticorpos a ponto de detectar até um determinado nível de prolactina. · Por isso, eram feitas diluições do plasma 1:100 · Valores menores podem ser encontrados em tumores que tenham grandes áreas císticas - Doenças sistêmicas/hiperprolactinemia farmacológica · Prolactina geralmente <100ng/ml · IRC usando metoclopramida ou metildopa podem alcançar valores de até 2000ng/ml · Uso de alguns fármacos pode elevar a PRL para valores >250ng/ml · Hipotiroidismo – prolactina>25ng/ml em 10% e pequena elevação em 40% dos casos · Na SOP os níveis de PRL são <100ng/ml · Valores maiores podem ser encontrados em raríssimos paragangliomas secretores de PRL localizados na região selar - Exames adicionais · Acromegalia deve ser investigada – 30-40% dos somatotropinomas secretam PRL · Campimetria visual · Muito raramente pacientes com prolactinomas podem desenvolver evidência laboratorial de acromegalia após tratamento prolongado com agonistas dopaminérgicos Tratamento - Objetivos do tratamento é normalizar os níveis de prolactina, restaurar as consequências clínicas, remover a massa tumoral (quase nunca é feita cirurgia), preservar a função hipofisária e prevenir recorrência ou progressão da doença. - Prolactina alta assintomática – não tem porque tratar · Se drogas – retira · Microprolactinomas assintomáticos – não tem porque tirar. - Considerações · Ovulação · Não deve ser induzida sem estudar a anatomia hipofisária (gravidez promove expansão do tumor) · Microadenomas · Tratados para normalizar os níveis de E2, fertilidade e prevenir osteoporose precoce e hipogonadismo persistente. · Maior sucesso nos microPRLomas · Todos os macroprolactinomas devem ser tratados por causa do risco oferecido pelo tumor · Expansão tumoral, hipopituitarismo e comprometimento visual · Pacientes com hiperprolactinemia e imagem normal · Podem ser observados se o hipogonadismo é de curta duração · Hipogonadismo de > 6-12 meses · Utilizar agonistas dopaminérgicos para restaurar a função gonadal · Mulheres com suspeita ou adenoma comprovado devem receber TRH após controle da PRL · Minimiza risco de crescimento tumoral Agonistas dopaminérgicos Bromocriptina (BRC) - É derivada do ergot – menos potente que cabergolina - Estimula receptores dopaminérgicos - Efetiva para adenoma secretor de PRL - Ativa receptores D1 e D2 (dopamina) - Pacientes respondem mal por ter pouco receptor D2 - Resultados · Restaura função gonadal (75%) · Restauração da menstruação e desaparecimento da galactorréia (90%) · Gravidez: 85% (dose dependente, maior dose maior a efetividade) · Melhora visual (90%) · Normalização da PRL (59-100%) · Normalização da PRL em 1-6 meses · Redução do tumor em 1-2 semanas a 3 meses (maioria) · 25% dos casos ocorre em 6-12 meses · Reduz macroadenomas em 50% do volume em 50% dos pacientes · Redução não se relaciona com os níveis de PRL basal ou com sua queda - Efeitos colaterais ocorrem em 69-78% dos casos · Náusea, tontura e hipotensão postural (pela rápida absorção da droga) · Náusea, obstrução nasal e fadiga (por ação nos receptores D1) - Descontinuação do tratamento em 5-12%, e 5-10% são resistentes. · Resistência é: · Ausência de redução da prolactina ou do tumor em 3 meses com 15mg/dia; OU · Falha na redução de 50% nos níveis de prolactina com, no mínimo, 15 mg/dia. - Doses · Comprimidos de 2,5-5mg, VO 2-3 doses ao dia ou de liberação lenta (SRO) 1x/dia · Injetável para administração mensal – LAR, 50mg · Similares na eficácia - Pode ser suspensa sem recorrência em 1 a 20% dos casos, após tratamento de longo prazo. · Trata por 2 anos, se após 2 anos se houver normalização dos níveis de prolactina e regressão significativa de 50% do tumor, pode-se suspender a medicação e verificar se o paciente vai continuar com prolactina baixa. · Se isso não acontecer (tumor regrediu) – pode manter sem a medicação · Se isso acontecer (tumor não regrediu) – fica com medicação para o resto da vida - Raramente há reexpansão do tumor em 1-2 semanas Outros - Outros – Lisurida, pergolida, quinagolida e cabergolina - Semelhantes a BRC na efetividade e EC - Individualmente podem responder melhor a uma ou outra droga - Apenas quinagolida e cabergolina apresentam vantagens em relação a BRC Quinagolida (não tem no Brasil) - Não derivada do ergot – ligação ao receptor D2 - Opção para portadores de distúrbios circulatórios ou com intolerância aos derivados do ergot - Dose de 150-300 mcg/dia (longa ação) - Normaliza PRL em 73% dos casos - Redução do tumor > 80% ocorre em 21,7% dos microPRLomas e 25% dos macroPRLomas - EC desaparecem espontaneamente na 2ª semana - Descontinuação do tratamento observada em 10-12% dos casos Cabergolina (CAB) - Droga de melhor perfil, derivada do ergot e específica para os receptores D2 - Meia-vida de 65 h (lenta eliminaçãodo tecido hipofisário) – pode ser usada 1 a 2x na semana - Normoprolactinemia em 83-96% (59% com BRC) - Ciclos ovulatórios ou gravidez (72%) - Dose média de 0,5 mg 2vezes/semana - Redução do tumor (67%) - Normalização da PRL (70%) nos pacientes resistentes a BRC - Colao e cols: PRL normal em 78,9% de macro e 100% de microPRLomas; redução do tumor de >50% em 10,5% dos macroPRLomas e 37,5% dos microPRLomas desapareceram em 1 ano - EC (13%): cefaleia, náusea, hipotensão postural, dor abdominal, sonolência e tontura - 3-6% de descontinuação do tratamento - Remissão de longo-termo · 30-40% permanecem em remissão de longo termo depois da retirada da CAB após terapia por 2-3 anos · Adenomas > 2,0 cm provavelmente recorrerão e terapia deve ser continuada - Observação · Atualmente está sendo estudado a eficácia dos análogos da somatostatina (octreotideo, lanreotideo), principalmente quando houver resistência aos agonistas dopaminérgicos Cirurgia - A microcirurgia transesfenoidal é o método de escolha - Cura · Microprolactinomas de 90% com recorrência de 16% e cura a longo prazo em 74% · Macroprolactinomas de 32%, com 19% de recorrência e 26% de cura a longo prazo - Uso prévio de BRC – não parece afetar negativamente o resultado da cirurgia - Custo similar ao tratamento clínico por 10 anos – pacientes operados podem não ser curados ou apresentar hipopituitarismo. - Indicações da cirurgia · Intolerância ou resistência as drogas · Apoplexia hipofisária (necrose hipofisária) · Fístula liquórica (pela redução tumoral após tratamento clínico) · Crescimento tumoral na vigência de tratamento clínico Radioterapia - Pode normalizar PRL permanentemente em 20% dos casos de terapia primária - Sucesso em 30% dos casos previamente tratados com cirurgia. - Normalização mais tardia (média de 9 anos) - Terapia com 4000-5000 cGy - Utilizar agonistas dopaminérgicos até vir o efeito da radioterapia - Aumento de 10x o risco de carcinogênese cerebral - Gamma-knife – preserva função hipofisária · Eficácia de 87% em doença de Cushing, 67% na acromegalia e 18% nos prolactinomas. - Cura clínica em 52,3% - Radiocirurgia – mais eficaz que a radioterapia - Raramente é aplicada em prolactinomas – sucesso da farmacoterapia. - Indicada · Grandes prolactinomas com remoção cirúrgica incompleta; OU · Tratamento clínico falha em reduzir o tumor; OU · Tumor continua crescendo. - Risco de 50-60% de hipopituitarismo Prolactinomas e gestação - Risco de aumento dos sintomas (1,6-55% em micro e 15,5-35,7% em macroPRLomas) - Dosagem de PRL periódica – não-efetivas - PRL 6-10 vezes maior no termo - Gravidez – interromper terapia na 3ª-4ª semana - Se desejo de engravidar – preferir BRC, embora CAB pareça ser segura - Adiar concepção nos macroadenomas até sua redução - Microadenomas – controle trimestral de cefaléia e alterações visuais - Macroadenoma – controle mensal, campimetria trimestral e RNM se suspeita clínica de aumento do tumor - Aumento do tumor – restituir BRC e se não houver resultado considerar cirurgia - RNM no pós-parto - Esperar alguns meses para determinar nível de PRL basal e depois restituir terapia medicamentosa
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