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Aula 2_Semiótica do Sistema Respiratório

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Prof. Juliana Montenegro
Prof. Rogleson Albuquerque Brito
Semiótica Funcional do 
Sistema Respiratório
OBJETIVO
• Recordar os princípios básicos sobre a avaliação
funcional respiratória
AVALIAÇÃO
• Processo sistemático para identificar as disfunções do
paciente de forma clara e objetiva
• Fundamental para definir um plano de tratamento
adequado
• A efetividade do tratamento pode ser acompanhada
através de reavaliações constantes
DIAGNÓSTICO PNEUMOFUNCIONAL
 Processo de registro das impressões relacionadas aos
distúrbios do movimento e de seus fatores causais,
relacionados ao sistema respiratório
ANAMNESE
• Identificação (Idade, Sexo e Raça)
• Queixa Principal
• História da Doença Atual
• História da Patologia Pregressa
• História Familiar
• História Medicamentosa
NUNCA ESQUECER A AVALIAR...
• Dispneia
• Tosse
• Hemoptise
• Sibilos
• Dor Torácica
 DURAÇÃO
 GRAVIDADE
 FATORES ASSOCIADOS
PONTOS IMPORTANTES
• Inspeção Dinâmica e Estática do Tórax
• Palpação e Percussão
• Ausculta Pulmonar
• FR, FC, PA, Pulso Arterial, Temperatura
• Tosse e Aspecto da Secreção traqueobrônquica
• Suporte Ventilatório
INSPEÇÃO ESTÁTICA
• Forma do tórax
• Presença ou não de abaulamentos e depressões
• Pele
TIPOS DE TÓRAX
ABAULAMENTOS
• Unilaterais: Derrame pleural extenso, escoliose
acentuada, pneumotórax
• Localizados (Região Precordial): Hipertrofia cardíaca,
enfisema subcutâneo, tumores
DEPRESSÕES/RETRAÇÕES
• Atelectasia
• Fibrose pulmonar
• Atrofia muscular
• Toracoplastia
• Alterações da coluna (cifose, escoliose, lordose)
CIANOSE
• Coloração azulada da pele e das mucosas devido ao excesso
de Hb reduzida no sangue capilar
– Central: queda do conteúdo de O2 arterial, fazendo com
que o sangue já chegue nos capilares com maior
quantidade de Hg reduzida
- Ex: ↓ Pressão parcial de O2 no ar inspirado, alterações da
ventilação e oxigenação pulmonar, doenças cardíacas com
desvio de sangue (D-E).
– Periférica: secundária a um aumento da extração de O2
nos tecidos periféricos.
- Ex: Hipotensão, obstrução arterial, TVP
HIPOCRATISMO DIGITAL
• “Dedo em vidro de relógio”
• Baqueteamento digital
• Aumento do volume da
polpa digital, devido uma
vasodilatação digital com
dificuldade de RV, comum
em pneumopatas crônicos
• Fisiopatologia ainda des-
conhecida, infecção e
anoxia
INSPEÇÃO DINÂMICA
• Padrão (Tipo) e Ritmo respiratório
• Frequência e Amplitude Respiratória
• Presença ou não de Tiragens
• Expansibilidade Pulmonar
TIPOS RESPIRATÓRIOS
• Tóraco-abdominal
• Apical
• Abdominal
RITMO RESPIRATÓRIO
• Normal: Eupneico (Relação I:E de 1:2)
• Dispneia expiratória: broncoespasmo
• Dispneia inspiratória: estenose da traqueia, DP, PNM
• Dispneia paroxística noturna (DPN): dispneia que acorda
o paciente à noite, ↑ do RV para VD agravando o edema
pulmonar
• Dispneia de repouso: não necessita de esforço
RITMO RESPIRATÓRIO
• Ortopneia: dispneia quanto está deitado na horizontal →
edema intertiscial;
• Trepopneia: é uma condição em que o paciente se sente
mais confortável para respirar em decúbito lateral
acometido
• Platipneia: dificuldade para respirar em posição ereta,
aliviada na posição deitada (pneumectomia, hipovolemia
e cirrose hepática)
AVALIAÇÃO DA DISPNEIA
• Relacionar com o nível de atividades realizadas
• Observar se o paciente esta de acordo com o que ele
relata
• Difícil comparar, pois cada paciente tem diferentes
percepções e expectativas
AVALIAÇÃO DA DISPNEIA - NYHA
Classe I
Nenhum sintoma em atividade normal,
dispneia aos grandes esforços. i.e.: subir
morro, pedalar muito rápido, competição
de esqui
Classe II
Sintomas em atividades normais. i.e.:
subir escadas, arrumar a cama, carregar
uma quantidade maior de compras
Classe III
Sintomas com médio esforços. i.e.: tomar
banho, vestir-se
Classe IV Sintomas no repouso
AVALIAÇÃO DA DISPNEIA - BORG
0- Nenhum
0,5- Muitíssimo discreta
1- Muito Discreta
2- Discreta
3- Moderada Pouco 
4- Pouco acentuada
5- Acentuada
6- Acentuada
7- Muito acentuada
8- Muito acentuada
9- Bastante acentuada
10- Máxima
RITMO RESPIRATÓRIO
• Cheyne-Stokes
• Também chamada de respiração periódica, apresenta de
modo cíclico incursões respiratórias que vão ficando cada vez
mais profunda até atingir a amplitude máxima, neste
momento as incursões vão diminuindo gradativamente até
chegar em apneia
RITMO RESPIRATÓRIO
• Biot
• Períodos de apneia que interrompem sequência de incursões,
mau prognóstico, sinal de lesão no centro respiratório
RITMO RESPIRATÓRIO
• Kussmaul
• São amplas e rápidas inspirações interrompidas por curtos
períodos de apneia, após as quais acontecem expirações
profundas e ruidosas, sucedidas por pequenas pausas de
apneia. Lembra respiração de peixe fora d´água
RITMO RESPIRATÓRIO
• Suspirosa
• São movimentos respiratórios interrompidos por
suspiros, fazendo parte do transtorno de ansiedade
FREQUÊNCIA RESPIRATÓRIA
• Eupneia: VC normal, f normal;
• Taquipneia: aumento da f com VC normal ou não;
• Taquidispneia: aumento f com alteração do padrão
respiratório
• Bradipneia: queda da f com VC normal
• Apneia: ausência da respiração
AMPLITUDE RESPIRATÓRIA
• Respiração superficial: redução da amplitude
• Respiração profunda: aumento da amplitude
TIRAGEM
• Nas regiões axilares e infra-
axilares os espaços intercostais
apresentam ligeira retração
durante a inspiração, devido o
efeito da Patm sobre os
espaços intercostais no
momento em que a
negatividade intratorácica se
acentua e os músculos
intercostais ainda estão
descontraídos.
BAN
• Batimento de asa de nariz
• Comum em pacientes com alguma dificuldade
respiratória
• ↑ Esforço respiratório
EXPANSIBILIDADE 
• Simétrica (Normal)
• Assimétrica (Patológico)
EXPANSIBILIDADE
• Lobos superiores:
– Corresponde aos 4 primeiros arcos costais
– A projeção é maior no tórax anterior
– Aumento no sentido ântero-posterior
• Lobo médio ou língula:
– Corresponde a área coberta pelo 5° e pelo 6 arcos costais
no tórax anterior e lateral, observa-se principalmente a
expansibilidade lateral → ALÇA DE BALDE.
EXPANSIBILIDADE
• Lobos inferiores:
• Corresponde a área entre 7° e 10° arcos costais
• Estão quase que totalmente posterior no tórax
• A expansibilidade é lateral
FRÊMITO TÓRACOVOCAL
• Vibrações percebidas na parede torácica pela mão do
examinador, quando o paciente emite algum som
(ex.:“trinta e três”)
• Na consolidação o FTV está aumentado, enquanto
que estará abolido na atelectasia e DP
• ↑FTV na PNM
• ↓FTV no pneumotórax e enfisema pulmonar
PERCUSSÃO PULMONAR
• É baseada no golpeamento de pontos do organismo,
afim de que origine vibrações que têm características
próprias quanto a intensidade, timbre e tonalidade
na dependência da estrutura anatômica percutida
• SOM CLARO PULMONAR: tórax normal
• MACICEZ: zonas desprovidas de ar
• SUBMACIÇO: ar e líquido
• TIMPÂNIO / HIPERSONORO: contém muito ar.
PERCUSSÃO PULMONAR
AUSCULTA PULMONAR
• Inicia-se a ausculta, com o examinador colocando-se
atrás ou lateralmente ao paciente
• O paciente deve estar com o tórax despido
• Deve ser orientado a respirar pausada e profundamente,
com a boca entreaberta, sem fazer ruído
• A ausculta deve ser realizada em linhas horizontais
comparando-se os sons de cada hemitórax
AUSCULTA PULMONAR
• Evita-se colocar o estetoscópio sobre escápula, saliências
ósseas ou as mamas
• Ausculta-se as fossas supra e subclaviculares, onde
ouve-se os sons dos ápices pulmonares
• Cada região deve ser examinada cuidadosamente
AUSCULTA PULMONAR
A localização certa das secreções é essencial para a escolha da técnica no seu
tratamento. Por isso uma boa ausculta, certeza na sua análise são importantes no
tratamento do paciente
RUÍDOS ADVENTÍCIOS
AUSCULTA PULMONAR
• Som traqueal
• É o som produzido na traqueia pela passagem do ar e é
audível na região anterior do pescoço sobre a traqueia
• Som Pulmonar
• Formado pela passagem do ar pelo parênquima
pulmonar (como dos bronquíolospara os alvéolos). É
caracterizado por uma inspiração de intensidade de
duração maior, bem audível, suave, e, logo a seguir, uma
expiração curta e pouco audível
AUSCULTA PULMONAR
• Roncos
• Ruído adventício predominantemente inspiratório,
podendo ser audível também na expiração. Sua
tonalidade é grave, intenso, semelhante ao ronco
observado durante o sono, é modificado pela tosse.
• Corresponde movimentação de muco e de líquido
dentro da luz das vias aéreas (geralmente brônquios de
grosso calibre) ou a presença de secreções espessas
aderentes às paredes brônquicas com consequente
diminuição de seu calibre.
AUSCULTA PULMONAR
• Sibilos
• São sons contínuos, musicais e de longa duração. Os
sibilos têm sua origem nas vias aéreas e requerem o
fechamento dos brônquios para serem produzidos. É
popularmente chamado de chiado
AUSCULTA PULMONAR
• Estertores (Crepitações)
• São gerados principalmente pela abertura dos alvéolos
que se acham colapsados ou ocluídos por líquido
viscoso. Não se modificam com a tosse
• Podem ser classificados em crepitantes (finos) ou
bolhosos (grossos)
AUSCULTA PULMONAR
• Estridor
• Som musical particularmente alto, de timbre constante,
mais proeminente durante a inspiração, que pode ser
ouvido muito bem a certa distância do paciente.
Conhecida obstrução de laringe ou de traqueia como
fonte sonora
TOSSE
• Reflexo de defesa no qual o organismo tenta expulsar
substâncias estranhas da árvore brônquica
• Dividida em 4 fases:
• Irritativa
• Inspiração
• Compressiva
• Expulsiva
TOSSE
• Eficaz ou Ineficaz
• Seca ou Produtiva
• Teste Específico:
– Pico de Fluxo Expiratório
ASPECTO DO MUCO
• Quantidade
• Coloração
• Viscosidade
SUPORTE VENTILATÓRIO
RESPIRAÇÃO ESPONTÂNEA COM O2 SUPLEMENTAR
SOB VENTILAÇÃO MECÂNICAREALIZANDO VNI
Fixando 2
1. Quais os tipos de ritmos respiratórios? Explique-os.
2. Diferencie sibilo inspiratório e sibilo expiratório.
3. O que significa dizer que o paciente estar com
tiragem?! E, onde podemos encontra-las?
4. O que devemos avaliar com relação à tosse e ao
muco expectorado?
5. Quais os principais sinais e sintomas de desconforto
respiratório?

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