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Abordagem sistemática da criança gravemente enferma Yasmim IMPRESSÃO INICIAL PARA IDENTIFICAR UMA SITUAÇÃO POTENCIALMENTE FATAL Triângulo de avaliação pediátrica (TAP) o CCR Cor = circulação Consciência = aparência Respiração Quem te comove ganha MOV (qualquer alteração em qualquer um dos 3 passos do TAP) o Monitor cardíaco o Oxigeniotrapia - máscara não reinalante 10l/min o Acesso venoso calibroso ABCDE A. Vias aéreas B. Respiração C. Circulação D. Disfunção- incapacitação E. Exposição A- VIAS AÉREAS Entrada e saída de ar Se há movimento do tórax ou abdômen Escute se há movimento de ar e sons respiratórios Para verificar a respiração, observe se o tórax da vítima se eleva por, no máximo 10 segundos. VIU -> INTERVIU Posicionamento Permita que a criança adote uma posição de conforto ou posicione-a para melhorar a patência da via aérea Crianças conscientes: Permita que a criança assuma uma posição de conforto ou eleve a cabeceira da cama Crianças inconscientes: - Sem suspeita de lesão cervical: vire a cabeça de lado ou use a inclinação da cabeça e elevação do queixo - Suspeita de lesão da coluna cervical: anteriorização da mandíbula Aspiração Aspiração de nariz e orofarínge Técnicas de alívio para obstrução da via aérea por corpo estranho Se houver suspeita de que a criança aspirou um corpo estranho, obstruiu completamente a via aérea e estiver consciente, repita estes passos conforme a necessidade: - Menos de 1 ano: administre 5 pancadas nas costas e 5 compressões torácicas -1 ano ou mais: administre compressões abdominais - Pode retirar com o laringo e pinça INTERVENÇÕES AVANÇADAS Intubação Máscara laríngea Remoção de corpo estranho com laringoscopia Cricotirostomia B- RESPIRAÇÃO Frequência respiratória e profundidade respiratória Esforço respiratório Expansão torácica e movimento do ar Ausculta de sons nos pulmões e nas vias aéreas Saturação de O2 por oximetria de pulso PADRÃO RESPIRATÓRIO IRREGULAR ATENÇÃO, VAI PARAR Respiração com gasping profundo, seguida de um período de apneia Frequência respiratória alta, seguida por períodos de apneia Respirações muito superficiais o Padrões irregulares como são graves, requerem avaliação urgente FREQUÊNCIA RESPIRATÓRIA Sinal de alarme: o Frequência respiratória menor que 10 ou maior que 60 em qualquer idade o Esforço respiratório + : Batimento de asa nasal Tiragem subdiafragmática Retração de fúrcula + tiragem intercostal + resp. paradoxal MENEIOS DA CABEÇA: Causados pelo uso do musculo do pescoço para auxiliar a respiração. A criança ergue o queixo e estende o pescoço durante a inspiração e deixa o queixo cair para frente durante a expiração (balancinho) RESPIRAÇÕES PARADOXAIS: O tórax se retrai e o abdome se expande durante a inspiração. O movimento inverte durante a expiração, geralmente indica obstrução de via aérea superior ou obstruções graves de vias aéreas inferiores; essa respiração pouco efetiva pode levar rapidamente à fadiga GASPING Tórax não expande Não é uma respiração, é um reflexo Paciente vai parar SE NECESSÁRIO SEPARO MEU MATERIAL PARA INTUBAÇÃO Pode usar o fio guia Laringo: tamanho da distância do lóbulo da orelha até a comissura labial Separar a adrenalina caso o paciente pare Ambuzar: técnica CE, na pediatria compressões de 20 a 30 seg (1 a cada 2 seg) C- CIRULAÇÃO Tempo de enchimento capilar (+ COR) Pulsos periféricos Pulsos centrais Pressão arterial Ausculta cardíaca Frequência cardíaca Ritmo cardíaco FREQUÊNCIA CARDÍACA Atenção, sinal de alarme: o FC > 180 em bebês > 160 em qualquer idade < 60 PULSOS CENTRAIS PULSOS PERIFÉRICOS Femorais Radiais Braquiais (bebês) Dorsais do pé Carotídeos (crianças mais velhas) Tibiais posteriores Axilares PRESSÃO ARTERIAL D- INCAPACITAÇÃO- DISFUNÇÃO Dextro Pupilas Glasgow- nível de consciência E - EXPOSIÇÃO E TEMPERATURA: Dispa a criança conforme a necessidade, para facilitar o exame físico específico. Remova as roupas de uma área de cada vez para observar com atenção a face, a cabeça, o tronco (frontal e dorsal), as extremidades e a pele da criança. Tome precauções com a coluna cervical ao virar a criança com suspeita de trauma cervical ou lesão na coluna. Mantenha a criança confortável e aquecida. Observe a diferença entre o calor das extremidades e central Procure sinais de sangramento, trauma, queimaduras, petequias .. Pegar 3 cânulas: do tamanho certo, 0,5 maior e 0,5 menor Avaliação secundária REAVALIAÇÃO CONTÍNUA Reavaliação continua até que paciente esteja estável. AVALIAÇÕES DIAGNÓSTICAS (NO LIVRO) Gasometria arterial Gasometria venosa Concentração de hemoglobina Sato2 central Lactato arterial Monitorização da pressão venosa central Monitorização invasiva da pressão arterial Radiografia de tórax ECG AVALIAÇÕES DIAGNOSTICAS (NA PRÁTICA) Função renal- uréia e creatinina Função hepática- TGO, TGP, GGT, FA, BT, PTF, coagulograma Infeccioso- Hemograma, PCR, urina I, URC, HMC Gases: gasometria arterial ( se choque grave venosa para avaliar saturação venosa central) Eletrólitos Radiografia de tórax Monitor cardíaco, oxímetro de pulso, pressão arterial não invasiva IMPORTANTE! Não espere resultado de exames para mudar sua conduta na emergência!! A GASOMETRIA Primeiro passo: o Analisar o PH, avaliar se está ácido ou básico, se estamos perante a uma alcalemia ou acidemia Segundo passo: o Analisar se estamos perante a um distúrbio metabólico ou respiratório o Chegaremos a essa conclusão através da clínica do paciente e através dos valores encontrados, analisando, qual parâmetro está alterado o bicarbonato ou a pco2? o Se bicarbonato alterado estamos perante a um distúrbio metabólico o Se Pco2 alterado estamos perante a um distúrbio respiratório o Podemos estar perante a um distúrbio misto, o qual, será analisado através dos cálculos de compensação. Terceiro passo: Analisar os cálculos de compensação: o Acidose metabólica Pco2 esperada= (Hco3 x 1,5) + 8 (+- 2) o Alcalose metabólica Pco2 esperada= hco3 + 15 (+-2) o Alcalose respiratória: Aguda (<24h): Hco3 esperado = ((40- pco2)/5) + 24 Crônica (>24h): Hco3 esperado = (( 40 – pco2 ) /2 ) + 24 o Acidose respiratória: Aguda: Hco3 esperado= (pco2- 40) /10 + 24 Crônica: Hco3 esperado= (Pco2 -40) / 3,5 + 24 Parada cardiorrespiratória (PCR) IMPRESSÃO INICIAL PARA IDENTIFICAR UMA SITUAÇÃO POTENCIALMENTE FATAL Triângulo de avaliação pediátrica (TAP) o Criança cianótica, inconsciente, em apneia ou gaspping, não me comove! Ela me abala!!!! o Se ela me abala, minha conduta tem que ser mais agressiva! o Sai checando pulso, separando seu carrinho de parada e manda bala! Sem pulso, começa a massagem IDENTIFICANDO A CRIANÇA COM RISCO DE PCR: Crianças com a combinação de insuficiência respiratória intensa e choque provavelmente desenvolverão PCR em poucos minutos, salvo se houver intervenção imediata Mantenha-se alerta a sinais de oxigenação, ventilação e perfusão tecidual inadequadas Detecte e trate a insuficiência respiratória e o choque antes que o estado da criança de deteriore para insuficiência cardiopulmonar e PCR IDENTIFICAÇÃO DE PCR- CCR: Os sinais de PCR são: o Ausência de resposta o Sem respiração ou apenas gasping o Sem pulso (avalie por no máximo 10 segundos) (bebê: pulso braquial, Crianças: pulso carotideo ou femoral o O ritmo de parada pode ser observado no monitor cardíaco. No entanto, a monitorização não é obrigatória para a identificação da PCR. o Se a criança não estiverrespondendo nem respirando, tente palpar um pulso central, não demore mais que 10 segundos; Se não houver pulso ou em caso de dúvida sobre a presença de pulso, inicie a RCP, começando com compressões torácicas. TRATAMENTO DE PCR: Identificar a PCR Chame ajuda Inicie imediatamente suas compressões torácicas Solicite carrinho de parada Solicite que alguém marque o tempo Solicite monitorização Peça para alguém preparar a adrenalina o 1 ml de adrenalina + 9 ml sf 0,9% Fazer 0,1ml/kg da solução No máximo 10 ml A compressão torácica é o componente mais importante na RCP. Maiores taxas de sobrevida estão associadas a compressões torácicas de alta qualidade, que compreendem as seguintes características: o Posicionar o paciente em decúbito supino e sobre uma superfície firme. Técnica de compressão torácica adequada à idade e tamanho da vítima: o Na criança menor de 1 ano (lactente), a compressão torácica é realizada através da compressão no terço inferior do esterno fugindo do apêndice xifoide. O socorrista deve envolver o tórax do recém-nascido com as mãos, colocando os polegares sobre o esterno. Alternativamente, a compressão pode ser executada com dois ou três dedos de uma das mãos sobre o esterno, sendo que a outra mão pode servir como suporte abaixo das costas da criança. Nas crianças de 1 a 8 anos, o local de compressão também é no terço inferior do esterno, fugindo do apêndice. Essa técnica exige que a criança esteja sobre uma superfície firme e o socorrista faça a compressão com o “calcanhar” de uma das mãos, mantendo os braços esticados durante a compressão. Deve-se ainda tomar cuidado para que a compressão não seja realizada nas costelas e junção condro-costal, e sim no osso esterno. Nos pacientes acima de 8 anos, é utilizada a mesma técnica empregada para adultos, sendo a técnica semelhante à anterior e o socorrista usando as duas mãos para fazer a compressão sobre o esterno, posicionando uma mão sobre a outra. A ventilação durante a RCP deve ser iniciada com a bolsa- -valva-máscara, sendo a via aérea avançada obtida somente por profissional treinado. A intubação traqueal deve ser realizada após as manobras iniciais de RCP, sendo a técnica preferencial de via aérea definitiva. A ventilação através da máscara laríngea ou tubo laríngeo é uma alternativa temporária para assegurar a via aérea. Outros dispositivos supra-glóticos, como o tubo laríngeo, também vêm sendo descritos como alternativas ao tubo traqueal. Compressão torácica sincronizada com a respiração quando via aérea avançada (tubo traqueal, máscara laríngea ou equivalente) não está instalada. Assim, a relação compressão:ventilação deve ser 15:2 para 2 socorristas e 30:2 em 1 socorrista. Compressão torácica não sincronizada, sem interrupção para a ventilação, quando via aérea avançada está instalada. A compressão deve ser contínua na frequência de 100 a 120 e a ventilação na de 20 a 30 por minuto. A monitorização cardíaca é essencial e deve ser feita de imediato na suspeita de PCR. O monitor pode revelar um ritmo de colapso não chocável (assistolia ou atividade elétrica sem pulso), onde a administração de epinefrina não deve ser retardada, ou, chocável (FV ou taquicardia ventricular sem pulso), onde a aplicação de choque/desfibrilação deve ser imediata. NÃO CHOCÁVEL A cada 2 minutos do ciclo de ventilação e compressão eu checo meu ritmo e pulso do paciente Assistolia AESP CHOCÁVEL TV poimorfica- torsades de pointes Taquicardia ventricular Fibrilação ventricular A desfibrilação ou choque está indicada na FV e TV sem pulso, tão logo esse diagnóstico seja feito, entretanto é importante ressaltar que esse procedimento não substitui a compressão torácica. Embora a quantidade de energia a ser utilizada em crianças não esteja bem estabelecida, a American Heart Association preconiza 2 a 4J/kg na dose inicial, 4J/kg na segunda dose e ≥ 4J/kg nos choques subsequentes (max 10j por kilo). Após cada choque, as compressões torácicas devem ser reiniciadas imediatamente e somente checar se houve mudança no ritmo no monitor após 2 minutos de RCP. Se não houver reversão, a epinefrina deve ser administrada após o segundo choque, e repetida a cada 3 a 5 minutos. Na persistência (3 choques) de FV ou TV sem pulso, as doses de epinefrina são intercaladas com amiodarona ou lidocaína. No caso de torsades de pointes administre sulfato de magnésio A monitorização da qualidade da RCP é fundamental sempre que for possível. Na unidade de cuidados intensivos, muitos pacientes podem estar sob monitorização invasiva da pressão arterial instalada previamente à PCR, assim, a observação da onda arterial deve guiar a qualidade das compressões, além de contribuir para o reconhecimento do retorno da circulação espontânea. o Amiodarona: 5mg/kg (dose máxima 300mg), dose máxima diária 15mg/kg 2.2g dia o Lidocaína: 1 mg/kg (IV ou VO)/ 2 a 3 mg/kg (ET) e manutrnção:20 a 50 mcg/kg/min o Sulfato de magnésio 25 a 50 mg/kg, dose máxima 2g AS MEDICAÇÕES NA PCR As prioridades das vias para administração de medicamentos durante a SAVP são: o Endovenoso o Intraósseo o Endotraqueal (a dose na epinefrina deve ser 10x a dose venosa ou io, e a dose de outros medicamentos deve ser 2 a 3x a dose venosa ou IO) Para que seja possível a administração de drogas é necessária a instalação de um acesso vascular, tarefa que pode ser difícil de ser executada nas crianças em PCR. Para que a droga administrada alcance rapidamente a circulação central, deve-se administrar solução fisiológica (SF) em bolo (5mL no lactente, 10mL na criança e 20mL no adulto) imediatamente após a infusão da mesma. O acesso venoso periférico é uma via útil na ressuscitação e qualquer veia dos membros pode ser abordada. A via intraóssea é outra forma extremamente útil de alcançar o acesso vascular e por esta via pode-se administrar drogas, fluídos, cristaloides, coloides e derivados de sangue. A obtenção de acesso venoso central é difícil e demorado durante a RCP, mas obviamente se este acesso já estiver implantado antes da PCR, será de extrema valia por ser mais seguro e diminuir a chance de infiltração de soluções irritantes em tecidos periféricos. O tubo traqueal pode servir como via provisória de administração de drogas lipossolúveis, como epinefrina, atropina e lidocaína, entretanto como a absorção de drogas por essa via é errática, é atualmente não enfatizada Embora atualmente as medicações tenham papel secundário na RCP, por não haver evidências científicas que comprovem seu benefício, ainda fazem parte do SAV. A epinefrina é a droga mais indicada na PCR por causar vasoconstrição e restaurar a pressão diastólica na aorta, propiciando assim melhor perfusão miocárdica e cerebral. A dose ideal de epinefrina não é completamente conhecida, sendo indicada no acesso venoso 0,01mg/kg que é equivalente a 0,1mL/kg da epinefrina 1:10.000 a cada 3 a 5 minutos, seguido de SF em bolo. A primeira dose de epinefrina deve ser infundida tão logo seja obtido o acesso vascular nos ritmos não chocáveis (assistolia e atividade elétrica sem pulso) e após 2 tentativas iniciais de choque nos ritmos chocáveis (FV e TV sem pulso). Administração de bicarbonato, cálcio, glicose e magnésio está indicada em situações especiais, não sendo recomendadas de forma rotineira. A amiodarona é um antiarrítmico efetivo no tratamento de fibrilação e TV sem pulso. Recomenda-se a dose de 5mg/kg/dose em bolo nos casos de FV ou taquicardia ventricular resistentes ao choque elétrico. A lidocaína é um bloqueador do canal de sódio que suprime FV ou TV sem pulso com eficácia semelhante à amiodarona. A dose recomendada é 1mg/kg/dose. CAUSAS DE PARADA Hs Ts Hipoxemia Tensão no tóraxHipovolemia Trombose pulmonar Hipotermia Tamponamento cardíaco Hiper ou hipocalemia Trombose cardíaca Hipoglicemia Toxinas H + D- Deslocamento O- Obstrução P- Pneumotórax E- Equipamento
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