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CENTRO UNIVERSITÁRIO LEONARDO DA VINCI ORIGINAL

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CENTRO UNIVERSITÁRIO LEONARDO DA VINCI- UNIASSELVI 
ALUNA: DALVA ELISABETE ARAÚJO DA COSTA
TURMA: 0018AJP
MODALIDADE: TÉCNICO
CURSO: PROFISSIONALIZANTE E AUXILIAR JURÍDICO 
TUTORA: GESSICA HELLEN FERNANDES
LINGUAGEM JURÍDICA
ATIVIDADE PRÁTICA UNIDADE 1 
“Em meio a um julgamento, o magistrado de Barra velha, comarca de Santa Catarina, teria proferido a seguinte ordem: “Encaminhe o acusado ao ergástulo público” (Jornal folha de São Paulo, 23/12/2005, com adaptações). A sofisticação da linguagem por parte do magistrado, Ricardo Roesler, impossibilitou que sua ordem fosse cumprida de imediato, dada a ausência de compreensão por parte dos servidores do Poder Judiciário acerca do sentido e significado da expressão “ergástulo” –palavra arcaica usada como sinônimo de cadeia. Quando Roesler descobriu que nem seus subordinados entendiam o que ele falava, decidiu substituir os termos pomposos e os em latim por palavras mais simples. ” 
ATIVIDADE:
Considerando o caso de Barra Velha narrado e os elementos presentes na comunicação faça uma análise discutindo o problema ocorrido na comunicação entre o magistrado e os servidores que obrigou o juiz a mudar o termo utilizado. 
O juridiquês não simplifica, só complica.
O juridiquês pode ser de difícil entendimento e compreensão até mesmo para advogados e juristas.
Termos técnicos, expressões complexas, vocabulários restritos, uso do latim em exagero, ou seja, uma linguagem muito rebuscada para mostrar erudição. 	
Esse tipo de linguagem é muito conhecida por quem atua na área, há uma determinada complexidade para os leigos e dificulta o entendimento.
É necessário, com isso, simplificar e desmitificar a linguagem jurídica. 
Sabemos que, o Direito, assim como outras áreas, a exemplo da economia e medicina, possui uma linguagem técnica que deve ser utilizada quando preciso, porém, mostrar clareza e discernimento no momento certo, abrindo mão da fala técnica para aproximarem mais o locutor e o interlocutor, abrindo mão do “juridiquês” por mero capricho.
Atividade Prática Unidade 2
Criar um glossário para consulta é um bom hábito para se familiarizar com vocábulos novos.
Pensando especificamente na área jurídica vamos fazer um pequeno glossário.
Preencha corretamente o quadro abaixo:
 
		ARROLAR
	Significa colocar em rol ou inventario. O verbo também pode ser conceituado como a descrição dos bens em inventário. No Direito, tal verbo é muito usado para a indicação das testemunhas de um processo. (Novo CPC- Lei n°13.105/15.
Relacionar, tomar em rol, inventariar. 
	CERTAME
	Disputa, concurso.
	IMPETRAR
	Requerer ou solicitar uma providência judicial. (Ex: O advogado já impetrou o recurso; impetrar o habeas corpus).
Suplicar, pedir.
	LIMINAR
	É aquela proferida em caráter de urgência, para garantir ou antecipar um direito que tem perigo de ser perdido. Pode ser concedida com base na urgência ou evidencia do direito pleiteado. É uma decisão temporária, pois depende de confirmação por sentença de mérito.
É uma ordem judicial provisória. 
	MALVERSAÇAO
	Administração nociva, causadora, de desvio de bens ou valores, má gerência, dilapidação de um patrimônio.
Desvio de fundos no exercício de um cargo; dilapidação.
	AJUIZAR
	Levar a juízo, é submeter uma ação a um juiz, é o ato de protocolar uma ação na justiça para que seja apreciada e julgada por um juiz.
	CONLUIO
	É o ajuste doloso entre duas ou mais pessoas naturais ou jurídicas, visando qualquer dos efeitos referidos nos arts, 71 e 72” ( a sonegação e a fraude de impostos, por exemplo).
	HABEAS CORPUS
	Ação judicial para garantir liberdade diante de prisão ilegal.
O habeas corpus é considerado um remédio constitucional , ou seja, um instrumento processual para garantir a liberdade de alguém, quando a pessoa for presa ilegalmente ou tiver sua liberdade ameaçada por abuso de poder ou ato ilegal.
Atividade Prática Unidade 3
A violência doméstica é uma das grandes tragédias vividas atualmente e que em muitos casos o desfecho é trágico.
A seguir, observando o raciocínio argumentativo proposto, faça um breve texto jurídico sobre o caso de Thamires Guedes Rabello destacando: o fato, os personagens envolvidos, quando, como ocorreram os fatos, as razões e qual previsão legal relacionada ao caso em questão. Faça de forma fundamentada.
Antes, um breve texto com contexto histórico sobre a violência contra a mulher.
Na década de 1970, os movimentos feministas se instauraram no Brasil e, em 1978 as denúncias de violências domésticas e familiares iniciaram, tendo em vista o surgimento da lei do Divórcio em 1977, meio pelo qual as mulheres passaram a informar os maus tratos e violências que sofriam de seus maridos. Em razão dos movimentos feministas no Brasil, surgiu em São Paulo no ano de 1982 o SOS Mulher o qual fez com que os índices de violência assustassem a todos, determinando dessa forma o Estado brasileiro a desenvolver o primeiro programa de política pública visando diminuir as ocorrências das agressões. Somente em 1985 foi instalada a primeira delegacia da mulher na cidade de São Paulo, objetivando dar o tratamento adequado para essas ocorrências. Com a Convenção de Viena em 1993, a violência contra mulher passou a ser novamente uma pauta de preocupação no cenário internacional, reconhecendo esta pratica como uma violação dos direitos humanos. Assim também foi aprovada a Convenção Interamericana para Punir e Erradicar a Violência contra a mulher pela Assembleia Geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), sendo esta homologada no Brasil em 1995 (GAMA; PARODI, 2010)
Assim, essas questões passaram a ganhar grande repercussão na sociedade brasileira e foram ganhando forças e encontram-se até os dias atuais em grande movimentação, para a busca de uma sociedade justa e igualitária. Por esse motivo e diante dos fatos ocorridos, por meio de grande clamor social o legislador inseriu no ordenamento jurídico brasileiro a Lei Maria da Penha nº 11.340/2006 e o Feminicídio Lei nº 13.104/2015, visando atingir especificadamente mulheres.
A Lei Maria da Penha de nº 11.340/2006 foi criada em razão de um contexto fático e que marcou a sociedade brasileira, em virtude de sua repercussão nacional e internacional.
A ofendida Thamires Guedes Rabello, 27 anos, (NÃO IDENTIFICADO).
Nacionalidade: Brasileira Naturalidade: Juiz-forana
Sexo: Feminino Profissão: Designer
A Autoridade Policial Judiciária competente, Ione Barbosa
Em conformidade com o Art. 12 parágrafo 1°, da Lei 11.340/06, as medidas protetivas contra o Ex-cônjuge, Delito: Ameaça (Art. 147 do CP)
Meio de agressão: Violência. (Art.129 parágrafo 9°, do CP,e Art. 147 na forma dos Artigos 29 e 69, todos do Código Penal em observância a Lei 11.340/2006.
A declarante teve um relacionamento de três meses com o agressor, após relatar em maio de 2020, que estava grávida, ele o agressor não aceitou e, logo em seguida veio com uma arma de fogo ameaçando a declarante, caso ela não abortasse o bebê. A declarante após as circunstâncias do fato, em setembro do mesmo ano entrou para o Programa de Prevenção à Violência Doméstica, determinando; I-Proibição do autor do fato da vítima, mantendo-se o limite de300 metros, até o julgamento final do processo.
II- Proibição de contato do autor do fato com a vítima por qualquer meio de comunicação; ficando o autor do fato ciente de que, em caso de descumprimento da ordem, poderá ser decretada sua prisão preventiva, com fulcro no Art. 313, inc. III do CPP. 
Após o prazo do incidente, este decorrido de seis meses de validade, a medida foi prorrogada. O agressor recorreu e uma nova distância fora estabelecida entre as partes, agressor e vítima, no presente momento está vigente o distanciamento de 50 metros.
A defesa alegou que o distanciamento de 300 prejudicaria o acesso do agressor à suas atividades laborais, haja visto que o logradouro da vítima ser em frente ao local.
A vítima também relata que, mesmo após a medida protetiva ter sido deferida judicialmente, registrou ainda assim, sete boletins de ocorrência, A declaranterelata a Autoridade Policial que o agressor a ameaçou dizendo o seguinte: “Se você me denunciar, vou te matar e teu filho ficará jogado”. A vítima disse que foi agredida durante a gravidez, depois do parto e com o menor nos braços, chegando a ter os pontos da cirurgia abertos devido as agressões.
A IMPORTÂNCIA DA LEI MARIA DA PENHA
Preliminarmente, é necessário dizer que a referida Lei teve sua publicação, a nosso ver, tardia. A questão da violência doméstica no Brasil não era novidade, e a muito já se discutia no debate público essa situação, tanto que anos antes da Lei 11.340/06, o país já havia assinado tratados internacionais comprometendo-se com o combate a violência e a impunidade dos agressores de mulheres.
Por exemplo, sancionada em 26 de setembro de 1995, a Lei 9.099/95 criou os Juizados Especiais Criminais, com o intuito de agilizar os processos penais, cujos crimes sejam de menor potencial ofensivo e a pena máxima não ultrapasse 2 anos. No contexto da violência contra a mulher, a criação desses juizados serviu como uma entrada dessas demandas ao poder judiciário. Todavia, não apresentou uma solução jurídica, tampouco material, para a situação dessas mulheres. O que se verificou foi justamente o contrário, o réu era condenado ao pagamento de cestas básicas e permanecia em liberdade, uma vez que, com exceção de casos de violência gravíssima como o assassinato ou lesões corporais de natureza grave, a violência doméstica era entendida como um delito de menor potencial ofensivo, gerando baixas penas que logo eram substituídas pela prestação de serviço à comunidade. Felizmente, hoje esse entendimento já não mais encontra guarida na ordem jurídica, prevalecendo a ideia de que no âmbito familiar, não há crimes de baixa ofensividade.
.” Em primeiro plano a lei Maria da Penha trouxe uma extensa gama de deveres do Estado no tocante à prevenção dos crimes de gênero, que estão dispostos em seu art. 8º, cujo as diretrizes se pautam pela desconstrução dos estereótipos de inferioridade das mulheres em relação aos homens, inclusive, a partir de programas educacionais que devem ser implementados em todos os níveis de escolaridade, além do estímulo aos meios de comunicação de massa para que implementem bases para difundir informações e valores éticos e sociais que contribuam para a erradicação da violência contra a mulher, dentre outras medidas. No tocante aos meios de comunicação, há também a necessidade de coibir a propagação de estereótipos que denigrem ou inferiorizam o papel social feminino. O que se pretende, portanto, é superar a ideia de inferioridade da mulher, sobre isso, afirma o jurista STRECK (2003, p. 139) ”.
Para uma conversa mais crítica e ampla sobre os meios de comunicação em relação as mulheres, trago à baila o seguinte texto para discursão. 
“A presença colonizadora dos meios de comunicação de massa é fator importante para a manutenção de um imaginário discriminador, no interior do qual a honra da mulher, por exemplo, é tida como extensão da honra masculina. Basta ver como as novelas apresentam a mulher que pratica infidelidade, como, por exemplo, na novela “A próxima vítima”, assistida por 80% dos telespectadores brasileiros. Observe-se que, em uma das cenas, o pai - personagem interpretado por José Wilker - reúne seus filhos para explicar o porquê de ter efetuado, com uma faca, um profundo corte no rosto de de sua esposa Isabela. Segundo ele, cortou-a porque esta o traíra (sic) com outro homem. Antes mesmo de terminar a explicação, foi interrompido por uma de suas filhas que, enfática e compreensiva, confortou o pai: “não precisa explicar, pai, ela mereceu”. Isso em horário nobre, para todo o Brasil (...)”
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
RIO GRANDE DO SUL, Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul. Habeas Corpus Nº 70076667203, Relator José Antônio Cidade Pitrez, 2018.
SOUZA, Luiz Antônio; KÜMPEL, Vitor Frederico. Violência doméstica e familiar contra a mulher: Lei 11.340/2006. São Paulo: Método, 2007.
SILVA, Camila Viríssimo Rodrigues da, e PINTO, Tatiana Coutinho Pitta. Assédio moral no âmbito familiar: Lacuna legislativa e proposta de criminalização. 2011. Disponível em: <http://www.publicadireito.com.br/artigos/?cod=7af6266cc52234b5> Acesso em: 27/02/2019.
STRECK, Lênio Luiz. O senso comum teórico e a violência contra a mulher: Desvelando a razão cínica do direito em terra brasilis. Revista Brasileira de direito de família, n. 16. Porto Alegre, Editora Síntese. Jan-mar. 2003.
Rio de Janeiro, Itaguaí 29 de maio de 2022.
Dalva Elisabete Araújo da Costa.

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