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FUNDAMENTOS HISTÓRICOS DO DIREITO E INTRODUÇÃO AO ESTUDO DIREITO (aula 03) Professor Anderson Pereira Magalhães DIREITO HEBRAICO 2 Com base na relação religiosa. Compatibilidade das condutas com o texto sagrado. Todos (governantes e governados) devem obediência às leis. Os profetas apontavam os erros. Ideias sobre a dignidade da pessoa humana e amor ao próximo, pois, o homem é a imagem de Deus. Ideia de constitucionalismo (Karl Loewenstein) = limitação do poder. 3 DIREITO HINDU Separação do povo em Castas (classes sociais). Ex. os brâmanes: elite sacerdotal e intelectual do País DIREITO CHINÊS Ideias de Lao-Tsé: necessidade de uma “ordem jurídica” para o funcionamento da sociedade, em decorrência da perda da inocência humana. DIREITO JAPONÊS Filosofia de Confúcio: atitudes conciliatórias que devem nortear as relações entre as pessoas. GRÉCIA 4 Mãe da Democracia direta - construção da vontade da pólis. Cidadão ateniense – direito à voz e voto – vida pública Mulheres, negros, estrangeiros, escravos – não O Conhecimento como elemento para o desenvolvimento cultural do povo. A fonte do direito é o nomos (a lei). A retórica (o argumento) era essencial para a democracia. 5 ROMA Principal fonte histórica do Direito. Codificação do Direito (XII Tábuas). Direitos - propriedade privada, Posse, Família, Obrigações, Personalidade, Sucessões, Internacional. Direito da “pessoa nascida” para garantir-lhe direitos Vamos compartilhar em sala!!! 6 DIREITO FEUDAL Idade das Trevas* - de 600 a 1000 d.C., aproximadamente. Senhor feudal, sua terra, sua proteção, especialmente militar. * termo adotado pelos humanistas do século XVII – devido a um período de guerras, invasões bárbaras, crises da agricultura, epidemias, a imposição da Igreja, a inquisição em relação aos hereges, a centralização da economia restrita aos feudos, as desigualdades sociais, etc. DIREITO CANÔNICO O direito da Igreja cristã que remonta das origens do Cristianismo. Compilação das leis da Igreja Católica obtida em 1088 na Universidade de Bolonha. Ideia sobre a boa-fé e má-fé Ideias sobre humanidade, piedade, caridade e bondade AVANÇANDO NA HISTÓRIA E NAS TEORIAS 7 RENASCIMENTO CULTURAL E JURÍDICO A era do racionalismo = tudo pode ser explicado pela razão e observação da natureza. A elevação espiritual = aproximar-se de Deus, valorizando o interior do que a busca material. ABSOLUTISMO séculos XVI e XVIII – Rei soberano sobre a nação. Frase: “O Estado sou eu” (“L’État c’est moi"”) - Rei Luís XIV, da França Rei que busca os interesses da nobreza e burgueses. Era uma sociedade hierarquizada, tendo algumas classes muitos privilégios. Não havia igualdade formal. 8 ILUMINISMO Século XVIII – nova abordagem do Estado. Liberdade – igualdade – fraternidade Declaração de Direitos do Homem e do Cidadão, em 1789, na França: Art. 1º. Os homens nascem e são livres e iguais em direitos. As distinções sociais só podem fundamentar-se na utilidade comum. Adam Smith: O Estado não poderia intervir, na “economia, pois, é regida por leis naturais. O Estado deve limitar-se às funções de garantir a segurança pública, a ordem e garantia da propriedade privada. Liberdade contratual – todos (patrões e empregados) estariam livres para negociar os contratos de trabalho. CONTRATO SOCIAL 9 O contrato social é a teoria que explana o pacto realizado entre os governantes e os governados Thomas Hobbes – 1588: os homens buscam os seus próprios interesses, pois, são maus. “O homem é o lobo do homem” John Locke – 1632: Os homens não são bons, nem maus, mas, mesmo assim, o Estado deve criar leis para impor limites Havia direitos inalienáveis - Direitos naturais: vida, liberdade, igualdade e propriedade privada. Jean Jacques Rousseau – 1712: homens são bons e precisam satisfazer as suas necessidades (comer, dormir, etc.). Quem corrompe o homem é a sociedade. O mal surge quando o homem quer “demarcar” terras. Uns tem muitos, outros pouco. A propriedade privada gera desigualdade. O HOMEM: 10 CONVIVÊNCIA Homens coexistem – não apenas existem. De fato, vivem necessariamente em companhia de outros homens. O home é um “SER GREGÁRIO”. O que é o HOMEM? De onde veio o HOMEM? O HOMEM basta em si só? OS OBJETOS O homem precisa dos objetos. Há entre o homem e os objetos um ELO. O objeto guarda valor de bem econômico. Quando homem atua no “natural” e o modifica diz-se “cultura”. Na realidade, "cultura" é o conjunto a construção do homem através dos planos material e espiritual. Com a cultura, o homem cultiva os VALORES HUMANOS. Quem tem a proteção ou quem precisa de proteção: O homem do homem? O objeto do homem? O homem do objeto? O HOMEM: 11 RELAÇÕES E VALORES As relações do homem envolvem juízos de valor. Envolvem adequar os meios e os fins. Axiologia = "teoria dos valores"; Teleologia = "teoria dos fins" Ética = é a ciência normativa dos comportamentos humanos O político (legislador) utiliza-se de VALORAÇÕES para fazer as LEIS. Para você: - Um país precisa de leis? - Qual a finalidade das leis? - Quem faz as leis? O HOMEM: 12 VALORES e ÉTICA Aristóteles: "o homem é um animal político" A CONVIVÊNCIA do homem se modifica no tempo. Uma das finalidades do Direito é preservar e garantir VALORES. Garantindo valores, preserva-se a ÉTICA. Existem valores inegociáveis? Como saber se os valores que existem devem ser preservados? ÉTICA, REALIDADE E VALOR NORMAS ÉTICAS: diretriz considerada obrigatória numa coletividade Normas jurídicas e ética têm IMPERATIVIDADE. Há que se fazer um JUÍZO DE VALOR. Há uma dialética do SIM e do NÃO. E a SANÇÃO. E a OBRIGATORIEDADE (para preservar e efetivar). 13
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