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filo Mollusca Características Gerais: • Apresentam um amplo registro fóssil (cerca de 70.000 fósseis) por apresentar uma cocha dura com alto poder de mineralização • Apresentam 90.000 spp. • Principalmente marinhos. Podendo ser epibentônicos (vive sobre o substrato), infaunais (vive enterrados no substrato, incluindo perfuradores e pelágicos) e forma pelágicas (vivem na coluna d’água como lula) • Apenas os grupos Gastrópode e Bivalves invadiram com sucesso o ambiente dulcícola (água doce) e só algumas espécies de gastrópodes que evoluíram para o meio terrestre. • Tem grande importância: - Alimentação: lula, polvo, mariscos e etc. - Joalheria: comercialização de pérolas e conchas - Pragas agrícolas: como algumas espécies de caracóis, podendo apresentar pontos negativos como pragas nas plantações e pontos positivos como controle biológico por ser hospedeiros intermediários de pragas. - Vetores de doença como a esquistossomose (grade importante na área medica). As conchas dos moluscos são muito populares desde os tempos antigos e algumas culturas ainda as utilizam como ferramentas, recipientes, instrumentos musicais, moedas, fetiches, símbolos religiosos, ornamentos, decorações e objetos de arte. 1. Plano corporal: O plano corporal desse grupo se baseia naquilo que foi considerado durante um longo período de tempo como arquétipo (molusco ancestral), porem atualmente sabe-se que o molusco ancestral não apresentava estas características por ser semelhante na verdade ao aplacophoro (ou seja, animal vermiforme). Porém o arquétipo é usado até os dias atuais pois é extremamente didático sobre os principais arranjos do animal. - Cabeça e pé são parte da massa cefalopediosa - Os órgãos constituem a massa Visceral, a massa visceral é coberta por uma lâmina epidérmica espessa de pele conhecida como manto (ou pálio). - O epitélio externo é chamado manto, onde nas suas laterais são formadas projeções que vão isolar a cavidade do manto. O epitélio do manto é responsável pela secreção da concha, sendo um epitélio trilobado, ou seja, com três lobos nas extremidades, sendo eles: lobos externos (secretam a concha), mediano (sensorial) e interno (muscular). - Cavidade do manto/cavidade palial: é uma cavidade localizada atrás da massa visceral (um espaço entre a massa visceral e as dobras do próprio manto, o manto é um órgão laminar que forma a parede corporal dorsal e, na maioria dos moluscos, cresce durante o desenvolvimento de forma a circundar o corpo do animal. Em suas bordas, existe um ou duas dobras, que contêm camadas musculares e canais hemocélicos) abriga diversos órgãos, como: órgão de estruturas respiratórias (Brânquias e pulmões quando presente) e o ânus, nefridióporos e gonóporos (quando presente). Com a água que circula na cavidade do manto será liberado as fezes, os resíduos do sistema excretor e os gametas para a realização de uma fecundação externa (os gametas são produzidos pela gônada na massa visceral e a fecundação pode ser interna ou externa) - Os moluscos são protostômios celomados bilateralmente simétricos, onde os celomas existem apenas na forma de vestígios diminutos ao redor do coração (a câmara pericárdica), das gônadas e de partes dos nefrídios (rins). A cavidade principal do corpo é uma hemocele composta de vários seios grandes do sistema circulatório aberto, com exceção de alguns cefalópodes que têm sistemas praticamente fechados¹. 2. Concha - A concha apresenta três camadas, sendo elas: Perióstraco (a camada mais superficial é formada por uma proteína chamada concheolina), prismática e lamelar. A diferença da camada prismática para a camada lamelar é com a disposição dos cristais de carbonato de cálcio (se organizados em prismas (= vertical) é a camada prismática e se estão em lamelas (=horizontal) é a camada lamelar). - Quase todos os moluscos têm conchas calcárias sólidas produzidas pelas glândulas da concha localizadas no manto. - Alguns padrões de esculturas das conchas são correlacionados a comportamentos ou hábitats específicos. Por exemplo, as conchas com espirais baixas são mais estáveis nas áreas sujeitas aos choques de ondas fortes, ou nas superfícies das rochas verticais. Do mesmo modo, as conchas baixas em forma de capuz das lapas provavelmente estão adaptadas à exposição persistentes às ondas fortes. Nos bivalves, cinchas espessas ou infladas com muitas costelas e com valvas que se abrem muito pouco são possíveis adaptações para uma proteção melhor contra predadores. Em alguns gastrópodes, as costelas de conchas estriadas ajudam esses moluscos a poucas na posição ereta quando são desprendidos das rochas. Diversos grupos de gastrópodes e bivalves bentônicos que se alojam nos fundos macios têm espinhos longos nas conchas, que podem ajudar a estabilizar os animais em sedimentos moles e também conferir alguma proteção contra os predadores. - Alinha de inserção do manto aparece na superfície interna de cada valva na forma de uma cicatriz conhecida como linha palial o qual geralmente é uma característica diagnóstica útil. - A camada lamelar é muito brilhante, sendo denominada também de camada nacarada, é responsável por dar coloração a parte externa da pérola formada pelo grupo dos bivalves. - O lobo mediano pode apresentar olhos e o lobo interno é musculado e apresentará a cicatriz da linha palial (linha palial é onde a musculatura do manto se insere na concha – prendendo o animal a cocha-). - - O formato “típico” é o espiral cônico na concha dos gastrópodes, enrolado em torno de um eixo central ou columela. As voltas da espiral formam redemoinhos demarcado pelas linhas descritas como suturas. A volta maior é a última que contém a abertura pela qual pé e a cabeça são protraídos. As primeiras pequeníssimas voltas situadas no ápice correspondem à concha larval, a protoconcha (ou seus resquícios), que geralmente difere em conformação e cor do restante da concha. A última volta e a abertura podem ser entalhadas e desenhadas formando um canal sifonal anterior para abrigar um sifão (quando presente). Também pode haver um canal posterior menor na borda posterior da abertura que abriga uma prega sifonada do manto, pela qual são expelidas escórias e água. Os gastrópodes apresentam uma ampla variação de formato de conchas, no qual podem ser curta e inflada, longa e fina ou achatada. - A espiral da maioria dos gastrópodes gira em sentido horário (enrolamento dextrogiro) porém alguns são levógiros (giros voltados para a esquerda, anti-horário) - Alguns espécimes de gastrópodes não apresentam concha ou apresentam em uma forma diminuta como as lesmas e os nudibrânquio, porém a maioria ou quase todas as lesmas marinhas secretam substâncias química que as tornam não palatáveis aos predadores. Além disso, a coloração brilhante de muitos nudibrânquios pode desempenhas uma função defensiva pois em algumas espécies a coloração imita o substrato sobre o qual o animal está. 3. Pé muscular - Na maioria dos grupos o pé muscular apresenta a função de ser uma sola rastejadora, porém em alguns grupos esse pé se adaptou para outras funções, como: • Fixação: Em alguns gastrópodes e polyplacophora que vivem em costão rochoso. • Em cunha: Onde o pé apresenta uma forma triangular/afilado, cuja sua função é “perfurar” o substrato, essa função está presenta na forma escavadoras de bivalve. • Nadadeiras: Os pés são expandidos e ganham uma forma semelhante à nadadeiras, logo o animal consegue efetivamente uma natação (isso ocorre em alguns gastrópodes). • Sifão: o sifão é formado junto com os tentáculos no grupo dos cefalópodes, sendo utilizado para locomoção por jato propulção. 4. Trocas gasosas - Ctenídios bipectinados (um eixo central que apresenta lamelas dos dois lados), onde as lamelas vão apresentar diferentes alturas, ou seja,desiguais de um lado comparado ou outro (organizados em zigzague). - As trocas gasosas são sempre no mecanismo contra corrente (a água circula entre os filamentos branquiais pelos batimentos ciliares o qual vão ocasionar o movimento da água de baixo para cima entre as lamelas branquiais). Dentro das brânquias há a presença de um vaso que leva o sangue até as brânquias (denominado vaso aferente) e um vaso que leva o sangue das brânquias para o coração após as trocas gasosas. 5. Celoma - São celomados, localizados ao redor do coração na cavidade pericárdica. Associado ao sistema excretor, reprodutor e hemal. - Sistema hemal aberto com 1 ou mais pares de átrios + ventrículos. 6. Sistema digestório - Sistema digestório completo com boca (rádula e glândula salivar), estomago (saco do estilete), glândula digestiva, intestino e ânus. • Rádula: é uma estrutura semelhante a uma lingua com dentes virado para trás, a rádula é sustentada por uma cartilagem associada a uma musculatura bastante potente, o qual está localizada sobre um odontóforo muscular que permite com que apresente movimento para trás com a lingua. Com isso a rádula tem a função de raspar partículas presas no substrato (alimentação). • Glândula salivar: localizada no esôfago, no qual produz cordões de muco que irá envolver as partículas de alimento. • Digestão extracelular no estômago, digestão intracelular e absorção na glândula digestiva e intestino. 7. Sistema excretor - Está associado a cavidade pericárdica (celoma). - Metanefridial (1º etapa: produção da urina ocorrerá associada ao sistema hemal - filtração-). - A ultrafiltração associada ao sistema hemal, reabsorção seletiva e secreção ativa nos metanefrídios. 8. Sistema nervoso e sensorial - O sistema nervoso apresenta cérebro e anel nervoso envolto do esôfago, ramificado dois cordões nervosos a partir do anel nervoso (visceral e pedioso). - Pedioso: controla o pé / visceral: controla os órgãos. - Órgãos sensoriais: tentáculos quimiorreceptores, olhos, estatocistos (órgão de equilíbrio, podem estar localizados na região do pé e também pode haver estruturas quimiossensoriais) e osfrádio (órgão sensorial que detecta a qualidade da água). 9. Sistema reprodutor - A maioria dos moluscos são dioicos, protostômios, com clivagem espiral e o celoma formado por esquizocemia. - Larva trocófora e veliger (forma larval secundária típica dos moluscos gastrópodes e bivalves). Diversidade em molluscas 1. Classe Aplacophora - Aplacophora= não são portadores de conchas - São os moluscos mais ancestrais - São animais vermiformes, pequenos, de vida marinha e águas profundas. - Apresentam espiculas calcárias ou escamas distribuídas pelo tegumento (são produzidas por um grupo de células chamadas glândulas da concha). - Cabeça reduzida: Sem olhos, tentáculos e estatocistos. Visão geral do aplacophoro 2. Classe Polyplacophora (quítons) - Polyplacophora = muitas conchas, são moluscos ovais - Apresentam 8 placas na concha, a concha não é homônoma pois apresenta divisões internas diferentes. - Sãos pequenos animais marinhos, comuns em costões rochosos (inclusive na zona entre marés). - Apresentam cabeça pequena, órgãos sensoriais reduzidos (praticamente ausentes); estetos (órgãos que atravessam a superfície da concha e se abrem por poros na superfície, sendo microestetos ou megaestetos, onde nos megaestetos podem estar presentes olhos compostos associados a quimiorreceptores) e osfradios (localizados no início da câmara inalante). - Concha dividida em 8 placas imbricadas, por vezes parciais ou completamente recobertas por cinturão do manto; cavidade do manto lateral e posterior, com ´múltiplos pares de ctenídios. 3. Classe Monoplacophora - Monoplacophora= concha única em forma de capuz, achatada e ligeiramente cônica: cavidade do manto lateral e posterior com múltiplos pares de ctenídios (cavidade do manto ao redor do pé é rasa e abriga 3 a 6 pares de ctenídio), músculos retratores do pé (apresentam 8 pares), nefrídios, gônadas e átrios cardíacos. - São pequenos animais marinhos de águas profundas. - São moluscos semelhantes às lapas - Foi considerado extinto até cerca de 60 anos atrás. - As brânquias de monoplacophoras são monopectinadas (as lamelas branquiais só saem de um lado); - Apresentam homologia seriada dos órgãos. - Apresentam região cefálica pequena, embora bem-definida; sem olhos; tentáculos orais curtos presentes ao redor da boca; com ânus posterior; sem um estilete cristalino; gonocorístico ou, raramente, hemarfrodita. Imagem B, C e D: vista ventral e fotografia da superfície ventral de um espécime preservado de neopilina. - Embora não tenham sido realizados estudos detalhados sobre o funcionamento da cavidade do manto dos monoplacóforos, observações efetuadas no primeiros espécimes vivos, obtidos em 1977, revelaram que as brânquias vibravam, aparentemente circulando a água pelo sulco do manto. 4. Classe Gastropoda - Exemplares: caracóis, lesmas, caramujos; - É o maior grupo de moluscos; - Foi o único grupo que evoluiu para o meio terrestre e junto com os bivalves foi o único que invadiu o ambiente de água doce. Também habitam ambientes marinhos; - Apresentam cabeça com olhos (em geral, reduzidos ou perdidos) e 1 a 2 pares de tentáculos e um focinho. - A concha é única e espiralada (forma de espiral); - Durante seu desenvolvimento a concha não está presente ou está reduzida em muitos grupos; Figura: Vista lateral de um caracol - Os gastrópodes derivaram de algum ancestral semelhante ao monoplacophoro (a concha em forma de escudo evoluiu para uma concha de altura maior para abrigar um volume maior da massa visceral, permitindo a retração o qual a concha se torna uma “casa” além de um escudo). - Torção (principal característica de gastrópodes): é quando a cavidade do manto passa da parte posterior para a parte anterior como se a concha sofresse uma rotação de 180° em relação ao eixo da cabeça e do pé. Essa torção permite que o animal se encolha/abrigue dentro da concha quando ocorre algum estresse ambiental. A torção ocasiona a localização do ânus na parte anterior do corpo do gastrópode perto da cabeça, a torção provocou o desaparecimento de estruturas de um lado do corpo (lado direito) o qual ocasionou que os gastrópodes tenham um nefrídio único e sistema nervoso ganglionar. A torção ocorre durante o desenvolvimento de todos os gastrópodes, geralmente durante o estágio avançado de larva véliger. Os gastrópodes que retêm a torção até a vida adulta são descritos como torcidos; os animais que secundariamente revertem a um estado parcial ou totalmente destorcidos na vida adulta são conhecidos como destorcidos. A configuração torcida em forma de “8” do sistema nervoso é conhecida como estreptoneuria. A condição na qual os nervos viscerais são destorcidos secundariamente é referida como eutineuria. - Podem haver 1-2 osfrádios, tentáculos sensoriais, olhos, órgãos quimio e mecanorreceptores. - Auto poluição: é uma consequência da anatomia que o gastrópode desenvolve após a torção (ânus que era posterior se torna anterior) com isso os moluscos tentaram métodos diferentes para evitar a auto poluição. Com isso primordialmente a cavidade do manto na parte anterior logo atrás da cabeça havia duas opções para a circulação de água; ou a água entrava por ambas as laterais, passava pelas brânquias e saia pela cabeça (vem pelos lados e sai pela frente) ou ela entrava pela cabeça e passava pelas brânquias e saia lateralmente (a água entrava pela frente e vai para cada lado). Nenhuma das duas hipóteses citadas anteriormente como adaptação é adequada porque o ânus e os nefridiopodos estão localizados acima da cabeça, então se a água entras pelas laterais, passar pelas brânquias e sair pela cabeça irá despejarfezes e excreções nitrogenadas diretamente encima da cabeça. Por outro lado, se a água entrar pela cabeça e for posteriormente para as brânquias ao fazer o trajeto passará pelo ânus e pelos nefridiopodos e carregando consigo as fezes e excretas, despejando assim diretamente nas brânquias. Logo, os moluscos criaram evolutivamente maneiras de evitar a auto poluição como em alguns arqueogastrópodes desenvolveram estruturas que incluam uma nova abertura na concha na parte superior (a água em vez de sair por ciam da cabeça ela sai para cima no novo orifício que seu abriu na concha). Outros moluscos simplesmente desenvolveram um fluxo de água apenas de um dos lados (a partir do lado esquerdo geralmente) onde passava pelo lado esquerdo e saia pelo lado direito. As classificações dadas a seguir é considerada incorreta em estudos anatômico e moleculares¹. • Prosobrânquia (principalmente caracóis marinhos com conchas): é o grupo mais basal, dividido em: arqueo, meso e neogastropodes onde são diferenciados dependendo do fluxo de água e da presença de brânquias/ctenídios mono ou bipectinados. Todos os prosobrânquios apresentam opérculo (estrutura córneas localizada na parte posterior do pé que quando o animal se encolhe para dentro da concha o opérculo sela a abertura da concha, como se fosse uma porta, permitindo com que o animal fique hermeticamente fechado, sem perda de água por desidratação e a predação dele é mais difícil). Arqueogastropodas apresentam brânquias bipectinadas e o fluxo de água sai por orifício secundário (por cima) abertos na concha ou lateral. Em meso e neogastropoda apresentam fluxo de água pela lateral e brânquias monopectinados, a única diferença entre os dois é apena o nº de dentes da rádula. • Opistobrânquias (lesmas marinhas): Acredita-se que este grupo teria derivado dos prosobranquias, eles apresentam brânquias posteriores, a reversão da torção (reversão parcial a total da torção), a redução a perda das conchas e da cavidade do manto; brânquias secundárias, rinóforos e cerata (localizados armazenados nos tentáculos o qual são responsáveis pela digestão de cnidários). • Pulmonados (caracóis e lesmas terrestres): Grupo que se adaptou para o ambiente terrestre onde a cavidade do manto foi transformada em um pulmão, esse grupo excreta ácido úrico e apresentam a reversão parcial ou total da torção. 5. Classe cephalopoda - Exemplares: polvo, lula, sibas e náuticos Figura: A e B. Anatomia de uma lula, morfologia externa (vista anterior) e morfologia interna/ C. morfologia de um macho - É o grupo mais derivado e modificado em relação ao arqueotipo - Animais exclusivamente marinhos, com poucas espécies atualmente, mas importantes nos registros fósseis. - Esse grupo inclui o maior de todos os invertebrados vivos, a lula gigante, com seu corpo e tentáculo chegando a medir cerca de 13m. - Os cefalópodes diferem acentuadamente dos outros moluscos sob vários aspectos, como: apresentar uma cavidade corporal espaçosa que influi o pericárdio, a cavidade gonadal, as conexões nefropericárdicas e os gonoductos; todas essas estruturas formam um sistema interconectado representado por um celoma altamente modificado, mas verdadeiro. ¹ - Apresentam sistema circulatório praticamente fechado e um círculo de braços ou tentáculos preênseis ao redor da boca; com rádula e bico. Figura anatomia de Octopus: A. anatomia externa geral. B. vista lateral direita da anatomia interna C. Braço e ventosa (corte transversal) D. extremidade do braço do hectocótilo E. o diminuto Paractopus digueti do pacífico leste, bem-camuflado no fundo de areia. - Apresentam concha única, espiralada, dividida em câmara e com sifúnculo (é um cordão de tecido que atravessa as câmaras da concha) onde o animal habita a última câmara da concha e as demais vão ser preenchidos por um fluído (água ou gás) no qual controlará a flutuabilidade através da regulação da quantidade de gás e de água em cada câmara através dos sinfuculos, com isso permite que o cefalópode se locomova na coluna d’água sem gasto de energia por jato propulsão. - A concha pode ser interna ou externa (náutico: concha é externa / lula: concha é interna) - Natação por jato-propulsão através do sifão - São predadores vorazes (bastante adaptados ao ambiente pelágico), apresentando duas mandíbulas que formam um bico corneo para despedaçar as presas - A rádula se encontra após as mandíbulas - Apresenta uma glândula de tinta associada ao reto, o qual será liberada sempre que o cefalópode se sentir ameaçado. - Apresentam 1 par de brânquias geralmente (exceto os náuticos que apresentam 2 pares de brânquias); e circulação de água por mecanismos musculares. - Apresentam circulação fechada com coração sistêmico (coração principal) e um coração na base de cada brânquia (corações branquiais acessórios) para mandar sangue com maior pressão para as brânquias. - Sistema nervoso desenvolvido, com fibras gigantes (as fibras gigantes estão sempre envolvidas com mecanismos de fuga; há uma transmissão de impulsos nervosos muito eficiente), órgãos sensoriais muito complexos principalmente os olhos (os olhos com lentes e capazes de formar imagem). - São os invertebrados mais inteligentes - Todos os cefalópodes são dioicos, com transferência de espermatóforos via hectocolito (tentáculo modificado nos machos, após a copola a fêmea muita das vezes corta o hectocolito do macho causando a morte do mesmo por hemorragia. Já a fêmea morre após a eclosão dos ovos.), a fecundação é interna ou externa e o desenvolvimento e direto (não há forma larval). - Entre os cefalópodes vivos, apenas o náutilo conservou uma concha externa. - Nos cefalópodes as brânquias ctenídiais não são ciliadas. Em vez disso, em Nautilus, uma corrente ventilatória circula através da cavidade do manto pelos movimentos ondulatórios de duas abas musculares associados aos lobos do funil. Contudo, nos cefalópodes coleoides, os músculos bem-desenvolvidos e profusamente inervados do manto realizam essa função por meio de pulsações regulares da parede do manto. A superfície exposta do corpo carnoso das lulas e dos polvos é, na verdade, o próprio manto. Sem limitações de uma concha externa, o manto desse molusco expande-se e contrai para puxar a água para dentro da cavidade do manto e, em seguida, forçá-la a sair pelo sifão muscular estreito. A expulsão forçada desse jato de água exalante também pode ser um meio de locomoção rápida para muitos cefalópodes. Na cavidade do manto, a água passa pelos ctenídios e, em seguida, pelo ânus, poros reprodutivos e orifícios excretores.¹ 6. Classe bivalvia - bivalve = duas valvas, ou seja, a concha é formada por duas peças onde vão estar presas uma à outra por um ligamento elástico denominado de charneira (a charneira apresenta dentes e soquetes que se encaixam perfeitamente). Apresenta concha externa com muitas câmaras, plano espiral, exterior porcelânico, interior nacarado (perolado): cabeça com muitos tentáculos sem ventosas, 2 pares de ctenídios ( "tetrabrânquios"). dois pares de nefrídios; olhos sem córnea ou lentes semelhantes a uma máuina fotográfica; sistema nervoso com elementos anteriores concentrados em um cérebro, lobos ópticos grandes; estatocistos simples, sem cromatóforos ou saco de tinta. Registro fóssil ric. mas atualmente representado por uma única ordem (Nautilida) e um único gênero - o náutilo peroladou o compartimentalizado (Nautilus)-. Figura D e E : vista lateral em corte transversal de um marisco - exemplares: mariscos, as ostras, os mexilhões e seus parentes. - Segundo maior grupo de moluscos, com representantes marinhos e dulcícolas. - Cabeça e sistema nervoso e sensorial muito reduzidos (praticamente são inconspícuos); - Abertura da concha: musculatura adutora x ligamento elástico (o ligamentoelástico que fica em cima – parte superior- da concha permite uma abertura até centro ponto, para fechar a musculatura adutora de grande potência fecha as valvas quando o animal se sente ameaçado). - Os bivalves são divididos em 3 grupos não monofiléticos: • Protobrânquios: Apresentam brânquias simples e um par de palpos labiais bem longos, logo, eles vivem enterrados em sedimento. São comedores seletivos de depósitos (os palpos labiais vão reevolver todo o sedimento ao redor da concha e assim captura seus alimentos). • Lamelibranquias: Apresenta as brânquias mais envolvidas e alongadas, com sulcos na parte inferior onde os sulcos são ciliados e assim levam o alimento até a boca. São filtradores de suspensões (capturam partículas de alimento pelas brânquias), são independentes do substrato para alimentação: formas infaunais e epibentônicas bissadas e cimentadas (sob a areia ou costão rochoso, onde pode conter filamentos que grudam o animal na pedra são chamados de bissados e cimentadas é quando uma das valvas ficam presa “cimentado” ao substrato), algumas livre-nadantes (não são na forma literal, quando se sentem ameaçados são capazes de se locomover por uma certa distância através do fechamento brusco das valvas, por produzir um jato de água nessa ação do fechamento eles acabam “nadando”), e outras perfuradoras (perfuram o substrato de calcário ou madeira, apresentando assim uma grande importância econômica pois destroem os casos de navios, píer de portos e etc). • Septobrânquias: Com brânquias septomusculares que quando contraídas” chupam" a água e com isso pequenos organismos são capturados perto da altura do sifão, sendo assim bivalves predadores (a presa é sugada para dentro da concha). • - A água passa sobre e através dos ctenídios que, nos bivalves autobrânquios, extraem material nutritivo suspenso e realizam as trocas gasosas. Em seguida, o fluxo da água atravessa os gonóporos e nefrióporos e, finalmente, passa pelo ânus à medida que emerge pelo sifão exalante.¹ - São vivem á grandes profundidades - A cavidade do manto é acentualmente dilatada, que circunda os dois lados do pé e a massa visceral. O manto reveste as conchas posicionadas lateralmente e as dobras que formam as bordas do mando frequentemente são fundidas posteriormente de várias maneiras para formar sifões inalante e exalante, através dos quais a água entra e sai da cavidade do manto. 7. Classe Scaphopoda - pequenos animais marinhos, do infralitoral e águas profundas - Concha tubular, aberta em ambos as extremidades. - Comedores seletivos de depósito ou predadores, capturando alimento pelos captáculos - Não apresentam ctenidios ou olhos - Pé escavador, vivem enterrados no substrato, com extremidade posterior exposta (vivem enterrados com a parte posterior para fora –parte menos- onde por dentro a cabeça vai se projetar dentro da areia e há tentáculos com órgãos adesivos que vão aglutinar partículas de sedimento e pequenos organismos). - 8. Filogenia de moluscas A linha evolutiva bivalves x Scaphopoda é caracterizada na larva, nos bivalves a concha mantem-se bivalve após o desenvolvimento embrionário e nos scaphopoda as duas valvar da concha fundem-se e forma-se uma concha com aspectos tubular aberta em ambos as extremidades e que parece um dente de elefante. Referencias bibliográficas ¹ Livro invertebrados, 3º edição, autores: Richard C. Brusca, Wendy Moore, Stephen M. Shuster. Pág 564 Aplacop polyplacoph Monoplaco phora gastropóda cephalopod bivalvia Scaphopo da
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