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MANEJO
DE CAVALOS
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2
2023 – Serviço Nacional de Aprendizagem Rural – Senar
1ª. Edição – 2022 TODOS OS DIREITOS RESERVADOS
A reprodução não autorizada desta publicação, no todo ou em 
parte, constitui violação dos direitos autorais (Lei nº 9.610).
Fotos
Shutterstock
Getty Images
Banco de imagens do Senar
Informações e contato
Senar Administração Central
SGAN 601 – Módulo K Edifício Antônio Ernesto de Salvo – 1º andar
Brasília – CEP 70830-021
Telefone: 61 2109-1300
https://www.cnabrasil.org.br/senar
Presidente do Conselho Deliberativo do Senar
João Martins da Silva Junior
Diretor Geral do Senar
Daniel Klüppel Carrara
Diretora de Educação Profissional e Promoção Social
Janete Lacerda de Almeida
Diretora Adjunta de Educação Profissional e Promoção Social
Ana Ângela de Medeiros Sousa
Coordenador Técnico de Educação Profissional e Promoção Social
Gabriel Zanuto Sakita
Equipe técnica Senar
Carolina Soares Pietrani Pereira
Vilton Francisco de Assis Júnior
3
O curso de Manejo de Cavalos apresenta itens importantes para a boa prática 
com os animais. Esses são alguns pontos elencados nesse material:
Conceitos gerais sobre a espécie equina, que 
possibilitam entender melhor a espécie, apon-
tando para um manejo mais prático e racional.
Foto: Wenderson Araujo/Trilux - Sistema CNA/Senar
Conteúdos sobre manejo nutricional dos cavalos, 
descrevendo diferentes formas de suprir as ne-
cessidades diárias dos animais, e sobre controle 
sanitário do rebanho, para que medidas sejam 
adotadas para evitar a disseminação de doenças 
entre os animais e até mesmo humanos.
Foto: Banco de imagens do Senar
4
O manejo de cavalo no trabalho e no esporte a fim de que 
se conheça sobre as principais utilizações do cavalo em 
nosso país, seja na lida com o gado, seja nas diversas mo-
dalidades esportivas equestres. 
Quais os equipamentos básicos complementares neces-
sários no manejo de cavalos e seus determinados fins.
Foto: Banco de imagens do Senar
5
O MANEJO DE CAVALOS
Foto: Banco de imagens do Senar
É desafiador conhecer os hábitos e as necessidades básicas dos equinos para que 
o manejo se torne mais prático, menos oneroso e com benefício mútuo para a re-
lação humano-cavalo. Para isso é preciso:
• esclarecer e conceituar o comportamento e processos fisioló-
gicos que ocorrem durante o trabalho do animal no campo;
• reconhecer as exigências nutricionais que são preceitos a serem 
explorados para facilitar o manejo na propriedade e tornar a ativi-
dade mais sustentável, evitando prejuízos e custos elevados.
Portanto, é fundamental conhecer aspectos básicos sobre o manejo de equinos, 
incentivando o aproveitamento dos insumos, a destinação de resíduos e a melho-
ria dos equipamentos segundo o uso do cavalo em cada propriedade rural.
Passos como esses são importantes para a redução de custos, 
tornando a atividade mais lucrativa e prazerosa para o humano 
e para o cavalo.
CONCEITOS GERAIS SOBRE A 
ESPÉCIE EQUINA
Foto: Banco de imagens do Senar
Os cavalos são animais imponentes e sua beleza é encantadora. Seu tamanho e 
sua força são características que impressionam até mesmo pessoas que não têm 
contato ou não frequentam o campo, as fazendas, os clubes hípicos ou hipódro-
mos. Mas o que são os cavalos? Como se comportam e do que necessitam para 
viver com qualidade?
OS CAVALOS
Veja algumas características básicas da espécie.
O cavalo é um animal herbívoro.
6
7
PRINCIPAIS COMPORTAMENTOS DOS EQUINOS
Os equinos são animais com comportamentos específicos. A seguir você verá mais 
algumas informações sobre o tema. Acompanhe!
Acostumado a viver em grupos.
Na natureza, desloca-se constantemen-
te em busca de melhores pastagens, 
água e abrigo.
Em geral, o animal mais velho lidera o 
grupo enquanto os machos são respon-
sáveis pela proteção de todo o grupo.
8
Você sabe quais são os principais comportamentos dos equinos?
Os equinos são bastante curiosos e espertos, mas o reflexo de luta ou fuga 
(que foi adquirido com o tempo de evolução para sobrevivência) é uma das 
suas principais características, fazendo com que eles sejam interpretados 
como perigosos ou indóceis. 
Movimentos bruscos e repentinos, assim como gritos e barulhos provo-
cados pelo humano, podem acabar em acidentes devido ao tamanho e à 
força do animal em situações de medo ou risco.
Algumas informações gerais sobre os equinos:
• Eles vivem, em média, de 20 a 30 anos. 
• O período de gestação das éguas é de 11 meses aproximadamente. 
• Os potros nascem muito ativos, se alimentam e adquirem imu-
nidade passiva (ou seja, os anticorpos) por meio da ingestão do 
colostro, que é o leite secretado pela mãe nos primeiros dias 
pós-parto. 
• Os potros crescem rapidamente, podendo adquirir sua estatura 
final antes mesmo dos 4 anos de idade. 
• Nessa fase, deve ser dada atenção especial à nutrição e ao for-
talecimento do sistema musculoesquelético do animal.
NECESSIDADES BÁSICAS DOS EQUINOS
Além de seu comportamento, os cavalos 
e os equinos em geral são animais com 
necessidades que devem ser supridas. O or-
ganismo do cavalo bem como seus hábitos 
diários estão diretamente relacionados ao 
consumo de capim.
Os equinos comem capim e por isso são considerados herbívoros. Algumas deno-
minações semelhantes que vamos usar para chamar o capim: pasto, grama, forra-
gem, volumoso e feno.
É possível criar um cavalo adulto solto à 
pasto ocupando um hectare (10.000 m2), 
ou seja, uma unidade animal (450 kg de 
peso vivo) por hectare, desde que o solo 
esteja com boa capacidade de produzir 
capim. Adicionalmente, necessita-se de 
água e sal mineral, como complementos, à 
vontade.
É possível intensificar essa taxa de lota-
ção e aumentar a capacidade de suporte, 
contudo algumas estratégias de corre-
ção e adubação da pastagem tornam-se 
necessárias.
Entretanto, nem todos os tutores dispõem de área para a criação de equinos e 
recorrem, na maioria das situações, a clubes equestres, centros de treinamento e 
hípicas, onde o confinamento passa a ser uma opção, resultando em um convívio 
próximo entre os cavalos. 
Dessa forma, perde-se o hábito do 
pastejo, a vida em grupo e a liberdade 
de movimento, fazendo com que pro-
blemas nutricionais e comportamentais 
possam surgir, se as instalações e o 
manejo não estejam adequados.
9
10
Em relação ao movimento, o uso do 
cavalo na lida de campo com o gado 
nas fazendas, os passeios e os esportes 
equestres suplantam grande parte des-
sa necessidade diária.
Foto: Banco de imagens do Senar
Atualmente, diversas construções já 
proporcionam em seu desenho maior 
interação entre os indivíduos, com 
paredes mais baixas, janelas maiores, 
permitindo maior contato, mesmo que 
somente visual. Tais medidas buscam 
maior grau de bem-estar na tentativa 
de suprir uma parte das necessidades 
dos equinos.
Foto: Banco de imagens do Senar
11
MANEJO NUTRICIONAL DOS 
CAVALOS
Existem diversas formas de suprir as necessidades nutritivas diárias dos cavalos. 
No entanto, é preciso compreender que a qualidade e a quantidade da alimenta-
ção faz toda a diferença no resultado final.
Alguns capins se diferenciam por possuí-
rem maior porte (como o Napier, o Elefan-
te e o Capiaçu) ou pelo crescimento em 
arbustos e touceiras (como o Tanzânia e 
o Massai). Também existem outros mais 
ramificados, de crescimento próximo ao 
solo, formando estolas que se enraízam 
no chão (como a grama estrela, o Tifton, o 
“Coast-cross” e o Jiggs).
Foto: Capim Elefante
Para qualquer uma dessas variedades, é 
muito importante a atenção quanto ao 
manejo e controle da altura de entra-
da e saída dos animais no piquete para 
que não ocorra sub ou super pastejo. Esse 
fator compromete a qualidade e produtivi-
dade da forragem, bem como o desempe-
nho dos animais.
Foto: capim Tifton / Banco de imagens 
do Senar
COMO OTIMIZARO PASTO COM A PRODUÇÃO 
DE FENO?
Os capins podem ser utilizados para a produção de feno. O conteúdo a seguir 
mostra um pouco mais dessa relação.
Os capins como elefante, tanzânia e grama-estrela, entre outros, podem 
ser usados para pastejo e para produção de feno visando a um melhor 
aproveitamento da área, ou mesmo servindo como fonte de renda com a 
venda, por exemplo. Mas isso depende da recomendação técnica quanto a 
altura ideal de corte para cada capim.
O importante é entender que o capim, sendo o principal alimento da es-
pécie equina, deve ser bem manejado para que possa ter valor nutricional 
adequado, boa palatabilidade e disponibilidade que atenda a demanda ao 
longo do ano.
Mas qual é a necessidade diária de ingestão de capim pelo equino? Vamos 
à quantidade!
A cada 100 kg de peso vivo do animal, o chamado peso corporal, o cavalo deve 
comer 8 kg de capim verde ou “in natura”, durante um ciclo de 24 horas.
12
13
Nesse caso, considera-se como capim verde aquele colhido pelo animal 
durante o pastejo ou o capim fornecido no cocho.
Se for utilizado feno, para cada 100 kg de peso corporal, o cavalo precisará 
de 2 a 3 kg de capim durante um ciclo de 24 horas.
Quando falamos de feno, estamos nos re-
ferindo ao capim cortado, colhido e enfar-
dado a partir de uma determinada área de 
pastagem, que sofre desidratação para ser 
estocado. 
Portanto, percebe-se a importância de co-
nhecer o manejo nutricional dos cavalos!
POR QUE OFERECER A RAÇÃO?
Em algumas situações, o animal pode ter uma rotina de demanda maior que a tra-
dicional, como em categorias esportivas de alta performance, garanhões em esta-
ção de monta, éguas em final de gestação, entre outros. Então, faz-se necessário 
a complementação alimentar por meio de rações comerciais balanceadas para 
essas condições. Também existem alguns manejos mais específicos que lançam 
mão de suplementos alimentares ou mesmo nutracêuticos.
Nutracêuticos
Produto ou suplemento alimentar com funções nutritivas e terapêuticas.
Para calcular a necessidade diária de ração é fácil: 1 kg de ração para cada 100 kg 
de animal. 
Por exemplo: um cavalo adulto de 400 kg 
deve receber 4 kg de ração por dia e um 
potro de 100 kg, recebe 1 kg por dia. 
14
Para uma melhor digestão e aproveitamento dos nutrientes contidos, recomenda-se 
não ultrapassar a oferta de 2 kg por vez. Dessa forma, valerá a pena oferecer a 
ração em momentos diversos durante o dia. 
Por exemplo: um animal de 600 kg deverá receber 6 kg de ração. 
Isso pode ser feito em três porções de 2 kg ao longo do dia.
Foto: Banco de imagens do Senar
Em linhas gerais, para a estratégia de fornecimento da ração e o balanceamento 
da dieta do animal, é recomendado seguir as orientações do profissional especia-
lista. O cálculo da quantidade a ser fornecida aos animais pode variar de acordo 
com uma série de fatores, como:
• categoria do animal; 
• complexidade das atividades físicas executadas; 
• valores nutricionais da ração; 
• tipo de capim que está sendo fornecido, entre outros. 
Também é preciso ter atenção na mudança da qualidade ou marca da ração. A 
troca deve ser efetuada de forma gradual, para ocorrer a adaptação do animal ao 
novo alimento e não ocasione nenhum problema de má absorção ou excesso de 
determinados nutrientes, que podem prejudicar a saúde do cavalo. 
15
IMPORTÂNCIA DA MINERALIZAÇÃO
O fornecimento de suplementos minerais é importante para a saúde dos equinos. 
No entanto, o sal mineral deve ser específico, ou seja, formulado e balanceado 
para cavalos. Deve ser fornecido à vontade, em cochos próprios para suprir as 
necessidades diárias que os equinos não conseguem suprir somente com o capim. 
O consumo de sal mineral é autolimitan-
te, ou seja, quando o cavalo equilibrar as 
suas demandas, ele para de consumir o sal. 
Dessa forma, torna-se simples e seguro, o 
fornecimento à vontade durante todo o ano.
Foto: Banco de imagens do Senar
Um cavalo adulto consome em média 50 g de sal mineral por dia sem realizar 
maiores esforços, somente para a sua manutenção.
Em casos de maiores esforços, como o trabalho prolon-
gado no campo, em cavalgadas, passeios ou provas de 
maiores distâncias, o cavalo vai necessitar de mais água 
e sais minerais devido a elevada produção de suor com o 
trabalho contínuo.
Alguns animais em exercícios mais extenuantes chegam a 
demandar até 150 g de sal mineral após a jornada de tra-
balho do dia. Esses exemplos reforçam a necessidade do 
fornecimento à vontade no cocho e, em casos de o animal 
ingerir tudo, o reabastecimento do cocho no mesmo dia.
Ressalta-se a importância de disponibilizar o sal em co-
chos adequados, que estejam bem mantidos e cobertos, 
para evitar que a água da chuva acumule no local, com-
prometendo a qualidade do produto ofertado.
16
CONTROLE SANITÁRIO DO 
REBANHO 
Os cavalos estão sujeitos a doenças que podem, inclusive, ser transmitidas aos 
humanos. Por esse motivo, é necessário o controle sanitário.
Entende-se por controle sanitário todas as medidas adotadas para evitar a dis-
seminação de doenças entre os animais. Essas doenças podem ser causadas por 
vírus, bactérias, fungos, parasitos e podem trazer prejuízos em dimensões variá-
veis no decorrer do tempo. 
CUIDADOS COM O AMBIENTE 
A contaminação ambiental é uma das formas pelas quais essas doenças são trans-
mitidas. Veja a seguir algumas boas práticas para que isso seja evitado. Veja só:
Para diminuir a chance de contaminação do ambiente, as baias, os galpões e os 
currais devem sempre estar higienizados, assim como a aglomeração associada 
à falta de limpeza deve sempre ser evitada.
17
Cada animal deve dispor de seu cabresto 
próprio em um galpão de baias, por exemplo. 
As escovas e raspadeiras que são usadas na 
rotina com os equinos devem ser periodi-
camente lavadas, pelo menos uma vez por 
semana, com água e sabão.
A limpeza com vassoura no ambiente de 
manejo deve ser realizada diariamente e, ao 
menos uma vez por semana, uma solução 
desinfetante feita a partir de 1 litro de água sanitária em 10 litros de água deve 
ser aplicada no local quando ele estiver limpo.
Essas medidas básicas já controlam consideravelmente infecções por fungos 
ou bactérias, mas as doenças mais preocupantes e que geralmente podem ser 
prevenidas são aquelas causadas por vírus.
Algumas delas são consideradas zoonoses, pois podem ser transmitidas para o 
ser humano, por exemplo, a raiva. Outras, como a rinopneumonite, que ocasiona 
aborto e morte de potros, podem causar prejuízos zootécnicos e econômicos.
Com esses cuidados, é possível controlar e evitar doenças e prejuízos com os 
equinos.
18
QUAIS VACINAS APLICAR?
O método mais adequado de se evitar 
essas doenças é por meio da vaci-
nação. Para cada faixa etária, existem 
as vacinas recomendadas e em alguns 
casos a aplicação de mais de uma dose, 
além do reforço, deve ser administrada 
(éguas prenhes, por exemplo). O médico 
veterinário responsável deverá elaborar 
o calendário vacinal para os animais de 
cada propriedade.
A introdução de novos animais é um motivo de atenção para que outras doenças 
não sejam trazidas ao seu rebanho. Por isso, é importante um rígido controle de 
segurança sanitária e de procedência dos animais. Fique atento ao(s):
• exames requeridos pela legislação; 
• atestado de trânsito; 
• calendário de vacinação em dia etc.
Um animal doente, mesmo que assintomático ou apresentando sinais subclíni-
cos, pode contaminar um rebanho inteiro e os custos relacionados à compra de 
medicamentos para o tratamento do animal ou a morte de outros animais podem 
inviabilizar a criação dos equinos. O mesmo é válido para centros de treinamento e 
hípicas que costumam receber constantemente animais de procedências distintas. 
Subclínicos
São sintomas de difícil percepção.
CONTROLE DAS VERMINOSES
Um problema constante em todos os tipos de criatórios de equinos são as vermi-
noses. Algumasdelas são causadas por vermes que se fixam na parede (mucosa) 
do intestino e podem levar a quadros crônicos de fraqueza (anemia). O controle de 
verminoses mais praticado é geralmente feito com pastas anti-helmínticas, admi-
nistradas pela boca do animal, com intervalos regulares entre as aplicações, que va-
riam de 3 a 6 meses conforme a recomendação do médico veterinário responsável. 
Contudo, somente a administração de anti-helmínticos pode ser insuficiente.
Assim, uma forma de otimizar o controle desses parasitos (moscas, vermes) e 
reduzir sua infestação no meio é a utilização da compostagem. Esse é um proces-
so realizado com a cama das baias que contém fezes, urina e maravalha, palha de 
arroz ou mesmo capim. 
A partir do momento que esses resíduos são 
retirados das baias ou dos currais, devem ser 
colocados em pilhas de 1,5 metro de altura para 
ocorrer o processo de decomposição da maté-
ria orgânica, resultando na produção de calor 
no interior da pilha. Com isso, os ovos e larvas 
desses parasitos são inativados e morrem.
Por ser um processo natural de controle bio-
lógico de parasitos, deve ser entendido como 
método sustentável de aproveitamento dos 
resíduos advindos da criação de equinos.
19
20
A compostagem da cama pode contribuir para 
a atividade rural como fonte de renda por meio 
da venda do composto para produtores que 
trabalham com plantações diversas (hortaliças, 
orquídeas, cogumelos, entre outros).
Além da correta destinação dos resíduos, a 
compostagem evita a contaminação de nas-
centes e rios, transforma dejetos contami-
nados em fertilizante nobre para o solo e, ao 
final, protege o meio ambiente.
Seu uso também é otimizado na adubação or-
gânica do solo em que o cavalo vive, reduzindo 
custos com fertilizantes químicos.
21
MANEJO DE CAVALO NO TRABALHO 
E NO ESPORTE
Foto: Banco de imagens do Senar
A principal utilização do cavalo em nosso país acontece na lida com o gado e nas 
diversas modalidades esportivas equestres, de onde vem o termo “cavalo atleta”. 
Independentemente da escola e da forma, alguns conceitos básicos devem ser 
respeitados para termos animais saudáveis e de bom desempenho, seja no traba-
lho de campo ou na competição.
A IDADE MERECE ATENÇÃO!
Recomenda-se que um potro seja criado em vida livre, a pasto com animais de 
mesma faixa etária, para que possa demonstrar seu comportamento natural, so-
cial e que ocorra desenvolvimento pleno de sua estrutura muscular esquelética. 
Você sabe como treinar o seu cavalo?
Primeiramente, comece a doma do chão com o potro a partir dos trinta 
meses de idade. 
O uso de trabalhos em liberdade no redondel até os trinta e seis meses 
ajuda a fortalecer grupos musculares para que eles recebam com mais 
conforto o peso do cavaleiro, bem como reforça o vínculo necessário entre 
humano e cavalo.
É favorável a introdução dos comandos da equitação dos trinta e seis aos 
quarenta e oito meses, porém todos ao passo.
Importante dizer: o passo dos cavalos é um andamento natural, de quatro 
batidas, que, durante a equitação ativa, trabalha a maioria dos músculos e 
tendões do corpo do animal.
22
Em torno de três anos, esses animais já se 
encontrarão com o sistema locomotor de-
senvolvido ou maduro, assim, prontos para 
que se inicie o processo de doma e treina-
mentos. Percebe-se que animais inicia-
dos precocemente são acometidos por 
lesões ortopédicas que podem compro-
meter o futuro de cada indivíduo. Fratu-
ras, tendinites e artrites são algumas das 
lesões comuns de ocorrer com esse ma-
nejo precoce. Entretanto, as exigências de 
cada raça devem ser consideradas.
É importante destacar: todo o tipo de treinamento deve ser 
gradual, ou seja, iniciar de maneira branda e seguir aumentando 
gradativamente.
COMO TREINAR MEU CAVALO?
A seguir temos algumas considerações sobre o treinamento de seus animais. 
Acompanhe.
Foto: Capim Elefante
23
Esse tipo de andamento deve ser valorizado tanto nos inícios das sessões 
de treinamento quanto nas fases de aquecimento e relaxamento do animal 
ao final de um esforço, qualquer que seja a sua intensidade.
Inicie sempre ao passo e, em dias alternados, depois de algumas semanas, 
incremente para o exercício diário ao passo, cinco vezes por semana. 
Outra forma de incrementar o esforço é aumentar o tempo de trabalho. 
Por exemplo, de cinco a dez minutos nas primeiras semanas, e de quinze a 
vinte minutos nas semanas seguintes. 
O ideal é que as repetições (dias da semana) e a duração sejam elevadas 
em conjunto. 
Essa é uma das fases mais importantes do condicionamento, em que se 
consegue um efetivo trabalho muscular de resistência e de fortalecimento 
de todo o aparato músculo esquelético. 
Quando alcançamos o trabalho de trinta a quarenta minutos ao passo, 
inicia-se a fase incremental com trote, marcha e tração, relacionado à exi-
gência da raça ou modalidade equestre em questão. 
Nesse ponto, a participação de um profissional capacitado pode fazer a 
diferença no desenvolvimento de habilidades do animal e do cavaleiro.
ANIMAIS UTILIZADOS NA LIDA COM 
O GADO E CUIDADOS BÁSICOS PARA AS COM-
PETIÇÕES
ANIMAIS UTILIZADOS NA LIDA COM O GADO
• A exigência diária dos animais de lida com o gado está diretamente 
relacionada à resistência e ao condicionamento dos animais para o 
esforço prolongado.
24
• O descanso após um longo dia de trabalho também é muito importan-
te para o animal repor as suas perdas de fluidos (água e eletrólitos) e 
energia. Portanto, recomenda-se que para cada dia de trabalho, o ani-
mal descanse dois e retorne ao terceiro dia. Nesse raciocínio, percebe-
-se que um vaqueiro necessitará de três montarias para realizar o tra-
balho e garantir o bem-estar dos seus cavalos. Também é importante 
observar que, nos dias de descanso, o cavalo tenha água e sal mineral 
à vontade, assim como capim em quantidade suficiente à disposição.
CUIDADOS BÁSICOS PARA AS COMPETIÇÕES
• Devemos encarar a competição como um dia especial em que de-
monstraremos o que o nosso animal consegue fazer, ou aquilo que foi 
condicionado a fazer. Submeter o animal a um esforço além do que ele 
foi preparado pode culminar em lesões de qualquer sistema (muscular, 
respiratório, metabólico), além de inviabilizá-lo para as próximas pro-
vas, comprometendo a temporada. Nesse sentido, a conscientização 
do cavaleiro e da equipe para o dia de competição é de extrema 
importância. 
• O transporte também merece atenção. O esforço que um cavalo faz ao ser 
transportado pode comprometer uma competição inteira. Dependendo da 
distância e do tipo de transporte, vale a pena levar o animal dias antes da 
prova para que ele descanse e se adapte ao novo ambiente.
• Em algumas competições, alguns equipamentos são parte do transporte, 
como baldes, feno, sal mineral, ração, entre outros. Tudo para que o novo 
ambiente de provas seja visto com maior naturalidade pelo cavalo e que 
não falte nada do que teria se estivesse em casa.
• O período de repouso não é menos importante para os animais de compe-
tição. A recuperação psíquica também faz parte da construção dos atletas 
e para isso nada melhor que a liberdade e descanso.
25
EQUIPAMENTOS BÁSICOS 
COMPLEMENTARES
Foto: Banco de imagens do Senar
Até aqui o curso já apontou diversas atividades em que os animais são utilizados. 
Em algumas delas você deve imaginar que há o uso de equipamentos e esse é o 
tema deste tópico.
TODO CAVALO PRECISA DE FERRADURAS?
No campo, para os equinos criados a pasto, é preciso verificação rotineira e cons-
tante do estado dos cascos dos animais. Em geral, eles apresentam desgaste 
natural com alongamento de pinças, que, até certo ponto, não comprometem o 
sistema locomotor.
Pinças
Parte frontal do casco.
Veja a seguir as definições anatômicas que compõem o casco do equino:
Parte frontal do casco. Foto: Banco de imagens do Senar
A partir do momento que o uso do animalse torna necessário, quer seja para passeio, 
cavalgada, tração de carroça ou lida com ou-
tros animais, os cuidados com a saúde dos 
cascos são necessários. 
Para esses animais, o desgaste de uma região 
do casco e o crescimento de outra (pinça, 
por exemplo) aumenta o esforço dos tendões 
flexores, levando a inflamações locais (tendi-
nite, desmite, artrite), tornando, com o tempo, 
o cavalo inapto para o uso por sentir muita 
dor e mancar durante o trabalho.
O profissional capacitado para auxiliar nesse processo é o ferrador. Acompanhe 
um pouco mais sobre esse profissional.
O ferrador é um profissional importantíssimo para o acompanhamento de 
um equino, principalmente a partir do momento em que o animal se torna 
necessário para diversas atividades, como tração e cavalgadas. 
Durante o casqueamento, o ferrador busca equilibrar as estruturas ana-
tômicas do animal para que elas exerçam a sua principal função, que é a 
absorção do impacto e distribuição da força de forma balanceada para os 
membros do animal. 
26
Foto: Banco de imagens do Senar
27
A ferradura, que é feita de ferro ou de liga de materiais como alumínio, 
deve ser bem ajustada ao casco para permitir a sua expansão durante a 
fase de apoio do membro ao solo. 
Ela também preserva as estruturas articulares do animal de um desgaste 
maior em decorrência de um esforço repetitivo.
Detalhe: Dependendo da superfície do solo, que pode ser asfalto, terra ba-
tida, grama ou areia, esse desgaste é maior ou menor.
O desequilíbrio crônico das estruturas que compõem o casco do cavalo 
pode causar dor e comprometer a montaria tanto para o cavalo quanto 
para o cavaleiro, tornando o animal inapto para utilização.
As lesões traumáticas ou mais agudas que os animais sofrem também 
podem ser uma ameaça à integridade deles. Por isso, elas necessitam de 
pronta avaliação de um médico veterinário.
QUAL A IMPORTÂNCIA DAS EMBOCADURAS?
As embocaduras são equipamentos impor-
tantes para a condução dos cavalos, e faz par-
te de uma boa equitação o correto uso das 
embocaduras. Colocada gentilmente dentro 
da boca dos animais, onde se encaixa no es-
paço entre os dentes incisivos e pré-molares 
(região de diastema chamada de barra), exerce 
a função de direcionamento e condução do 
animal. Para cada indivíduo ou nível de treina-
mento e trabalho, é recomendada uma forma 
ou tamanho diferente de embocadura. A con-
dução do animal por meio das embocaduras 
deve ser bastante delicada, podendo revelar 
a qualidade do cavaleiro.
Embocaduras
Podem ser conhecidos por outros nomes, como: freios, bridões, entre outros.
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USO CORRETO DAS SELAS
Assim como as embocaduras, equipamentos como selas, selins, mantas e baixei-
ros devem ser anatomicamente adequados ao animal, propiciando conforto a ele 
e ao cavaleiro também. A pressão exercida de forma desbalanceada no dorso do 
animal pode levar a dores crônicas e lesões tanto superficiais, como as pisaduras, 
quanto profundas, como osteítes, prejudicando o trabalho e diminuindo o tempo 
de prestação de serviço do animal. 
Foto: Banco de imagens do Senar
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CONCLUSÃO
Chegamos ao fim do curso! Você pode perceber que a criação e o manejo de ca-
valo são mais simples do que aparentam. No curso, foram abordados aspectos 
básicos sobre os cavalos, o comportamento natural e as condições impostas 
a eles pelo ser humano, que interferem em seu desenvolvimento e, consequente-
mente, em sua utilização.
No manejo nutricional, vimos o capim como alimento principal, que deve ser 
ofertado em qualidade e quantidade suficientes, assim como a água e o sal mine-
ral, que podem ser ofertados à vontade. Já no manejo sanitário, aprendemos os 
cuidados básicos de saúde, como vacinação e vermifugação, que devem ser rea-
lizados periodicamente tanto no indivíduo como no rebanho. Aqui também fomos 
apresentados à utilização da compostagem como método sustentável e comple-
mentar para controle biológico de parasitos e proteção do meio ambiente.
Ressalta-se a importância e atenção quanto à correta doma e equipamentos para 
a lida com os animais, sejam eles para reprodução, manejo com o gado, passeios, 
tração ou esportes, devendo-se estar sempre atentos ao bem-estar dos animais.
Enfim, abre-se um vasto mundo de conhecimento e aperfeiçoa-
mento para o correto uso do cavalo. Porém, sem esquecer do ma-
nejo básico aplicado à espécie, que foi o foco do curso.
Com todo o conhecimento adquirido, você poderá realizar o 
manejo de seus animais com mais qualidade e melhorando 
os indicadores de bem-estar animal.
FINALIZAÇÃO DO CURSO
Muito bem! Parabéns pela conclusão deste curso. Mas atenção!
Para que seu certificado de conclusão seja disponibilizado, você 
deve responder à Pesquisa de Satisfação. Assim que terminá-la, 
o acesso ao seu certificado estará liberado.
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REFERÊNCIAS
FRAPE, David L. Equine Nutrition and feeding. 3 ed. [S. l.]: Blackwell Publishing, 
2004. 664 p.
CINTRA, André G. O cavalo. Características, manejo e alimentação. [S. l.]: Roca, 
2011. 384 p.
BACK, Willem; CLAYTON, Hillary. Equine Locomotion. 2. ed. [S. l.]: Saunders Else-
vier, 2013. 502 p.
RIET CORREA, Franklin; SCHILD Ana Lucia; LEMOS Ricardo A. A.; BORGES Jose 
Renato J. Doenças de Ruminantes e Equídeos. 4. ed. São Paulo: MedVet, 2023. 
800p. 
MINCHILO, Celso; LESCHONSKI, Claudia; MALDONADO, Fabiana; BUSS, Lizie Pe-
reira; TEIXEIRA, Rodrigo Rodrigues. Manual de boas práticas para o bem-estar 
animal em competições equestres. Brasília: Mapa/ACE/CGCS, 2016. 32 p.

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