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Comportamento e bem estar (RESUMO Jheinifer)

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Comportamento e bem estar animal:
Professores:
Aline Cristina Sant’Anna
ac_santanna@yahoo.com.br
Flávio Medeiros Vieites
fm_vieites@ufjf.edu.br
Cronograma:
MÉTODOS AVALIATIVOS:
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
1ª AULA:
Por que estudar o comportamento animal? Para conhecer a biodiversidade, para a conservação das espécies, para conhecer as espécies que convivem conosco, para o manejo racional, para propiciar bem-estar e cuidar da saúde dos animais;
Etologia (ethos = comportamento) é o estudo do comportamento animal, com aplicação do método científico. Konrad Lorenz, Nikolaas Tinbergen e Karl von Frisch são os precursores da etologia;
A partir da década de 60, a etologia se ramificou em etologia aplicada, onde os estudos etológicos são aplicados em contexto prático, onde há elementos ou ações antrópicas presentes;
Potenciais de aplicação da etologia
 
Comportamento é o funcionamento em nível macro, respostas musculares e secretoras (ou ausência delas) frente às mudanças externas e internas do animal, que podem ser observadas ou medidas;
A forma corporal e a função de cada parte estão associadas, as estratégias de adaptação dos animais a determinado hábito de vida fazem parte do comportamento. Lembrar da aula, onde a professora falou sobre o corpo dos cervídeos (melhor visão periférica, para antecipar o perigo e fugir, e conseguem manter velocidade) e o corpo dos lobos (melhor visão frontal e disparo rápido para atacar, mas não conseguem manter velocidade), e sobre o corpo dos anfíbios com diferentes hábitos de vida (cavadores tem membros torácicos bem desenvolvidos e crânio pontiagudo. Predadores tem melhor visão frontal, presas tem melhor visão periférica. Todas as respostas musculares e secretoras (ou em alguns casos a ausência delas) frente à mudanças no ambiente externo e interno do animal, que possam ser observadas ou medidas.” (J. W. Grier);
Mundo sensorial dos animais/Unwelt: há diferentes animais, alguns muito distintos de nós, como os carrapatos, e os elementos mais importantes no mundo sensoriais deles são o ácido butírico, o calor e a pelagem, pois são esses fatores que vão fazer estímulo para ele ir para determinado animal;
Lazzaro Spallanzani em 1793 foi o primeiro a propor com os morcegos “enxergavam com as orelhas”, Donald Griffin em 1938 usou detectores de ultrassom (recém desenvolvidos na época) e conseguiu detectar que os morcegos emitiam sons de alta frequência (ultrassons), eles detectam ecos através das diferenças temporais na estimulação das duas orelhas e faz terem precisão na localização, orientação e distância, mais tarde isso ficou conhecido como ecolocação/ecolocalização;
Os animais podem perceber e responder a estímulos ambientais que são imperceptíveis a um observador humano. Por exemplo, quando um boi castrado urina no local, outros bovinos podem sentir o cheiro no dia seguinte e identificar que o animal que urinou ali estava acuado, com medo, que sofreu algo ali, e não vão querer entrar naquele local, pois sabem que ali aconteceu algo indesejado;
Temperamento é definido como o conjunto de comportamentos dos animais em relação ao homem e frente às situações rotineiras de manejo, por exemplo. É uma característica única e individual, proporcionando a oportunidade para comparação entre indivíduos. Pode ser analisada a agressividade, agilidade, atenção, curiosidade, docilidade, esperteza, medo, reatividade, teimosia e timidez, por exemplo;
Quatro perguntas de Tinbergen: deve-se observar e descrever o comportamento e, depois estudá-lo com base nas análises causais, ontogenéticas, funcionais e filogenéticas;
Causas proximais:
· Causais: causa do comportamento, o mecanismo interno (nervoso, hormonal, fisiológico) que resulta naquele comportamento, como?
· Ontogenéticas: desenvolvimento do comportamento, componentes genéticos e ambientais (ou de aprendizado) que formam o comportamento ao longo da vida do indivíduo, quando?
Causas distais:
· Funcionais: valor adaptativo do comportamento que contribui para a sobrevivência e reprodução do animal, para quê?
· Filogenéticas: origem de um comportamento no tempo evolutivo, quem?
Estivação: “hiberna” do calor;
Tanatose: quando o animal finge de morto; 
COMO SE ORIGINAM OS COMPORTAMENTOS:
Genética + ambiente = fenótipo;
Motivação interna + estímulo externo = comportamento;
Teoria do instinto
Comportamento inato: geneticamente moldado, instinto, tem valor adaptativo, pode ser apresentado em resposta ao estímulo sem que haja experiência prévia, o animal nasce com esse comportamento potencialmente pronto e ele é pouco sujeito a mudança advinda de experiência;
Comportamento adquirido: características advidas de experiências e influências ambientais;
teoria do superestímulo
Ações recíprocas, onde um animal é estímulo para outro
Comportamento no vácuo
Como os genes influenciam o comportamento?
Como as características de comportamento foram moldadas?
Se o comportamento tem base herdável, ele pode ter evoluído por seleção natural;
Para que o comportamento evolua por seleção natural, é preciso que ocorra variabilidade genética na população (indivíduos diferem em algumas de suas características e estas são herdáveis) e sucesso reprodutivo diferencial (alguns indivíduos deixam mais descendentes que outros, em funções de suas características distintas);
As gaivotas removem as cascas dos ovos do ninho logo após a eclosão dos filhotes como uma estratégia anti-predação, pois as cascas atraem predadores
Como saber se há variabilidade genética nas características de comportamento?
Através de experimentos de adoção cruzada (cross-fostering), estudos com gêmeos, seleção artificial e estimativa de herdabilidade;
Cross-fostering
Aprendizagem:
Mudança no comportamento de um indivíduo como resultado de experiência;
Tem valor adaptativo, lembrar de uma situação e utilizá-la para resolver problemas de forma eficiente, tem papel importante da memória;
Experiência x Maturação:
A experiência adquirida tem influência no comportamento, assim como a maturação;
Conceitos importantes:
Reforçamento: algo que altera a probabilidade que um comportamento ocorra;
· Reforçamento periódico: crítico para o processo de consolidação da memória;
Atenção seletiva: focar nos aspectos essenciais da informação sensorial;
Esquecimento: medido pelo período de tempo até que o animal realize o comportamento aprendido, o comportamento não é perdido, mas a conexão é enfraquecida;
Extinção: comportamento aprendido é perdido;
Formas de aprendizagem dos animais:
Contextos específicos podem determinar a facilidade de aprender e força deste aprendizado;
Imprinting: ocorre em períodos sensíveis, tem vínculo quase irreversível, tem valor adaptativo, em mamíferos é através da alimentação;
· Imprinting filial: recém-nascido reconhece o primeiro animal que se move ao seu redor como sua mãe;
Aquisição de habilidades: através de interação de componentes separados do comportamento se formam padrões eficientes de habilidade, que se tornam constantes na forma e pouco sujeitos ao controle consciente, como o cantar dos pássaros, como os humanos dirigirem;
 
Habituação: quando o animal é apresentado repetidamente a um estímulo neutro (que tende a não ter significado na vida do animal) e se acostuma ao ponto de parar de responder a esse estímulo, sem nenhum tipo de punição ou recompensa;
Aprendizado associativo: .
 
· Condicionamento clássico/reflexo condicionado: atua formando ou fortalecendo a associação entre um estímulo significativo (não condicionado = ENC) e um estímulo não significativo (condicionado = EC). Nesse caso o animal responde ao EC apresentando o comportamento apropriado ao ENC.A associação se dá através da apresentação repetida do EC concomitantemente ao ENC, que originalmente elicia a resposta;
 
· Condicionamento operante: fortalecimento de uma resposta ativa pela apresentação de um reforçamento se, e somente se, a resposta ocorrer;
Aversão alimentar: aversão a algum item alimentar em específico, acontece em contexto que coloca a vida do animal em perigo, temalto valor adaptativo, é duradouro, de aprendizado rápido (basta um único evento), processo de evolução de defesas químicas em animais;
Aprendizado por compreensão/insight: meio pelo qual os animais resolvem problemas através da percepção de relações essenciais para sua solução, onde não há um estágio óbvio de tentativa e erro;
Comportamento de brincadeiras:
Tem papel crítico no desenvolvimento;
Estimula a coordenação motora e as habilidades sensoriais;
Estimula a convivência social, aprender limites;
É um indicador de bem-estar animal;
INDICADORES DE BEM-ESTAR ANIMAL:
Comportamentais:
1. Comportamento normal: frequência com que o animal realiza atividades esperadas para a espécie ou para a raça, porém definir o que é normal, é um desafio;
a) Orçamento temporal (time budget): tempo gasto pelo animal em suas diversas atividades, como o tempo que gastam para se alimentar, para descansar e períodos de atividade e inatividade;
b) Oportunidade de expressar o repertório comportamental da espécie: depende da espécie, do tipo de alojamento e quanto o animal acessa área externa;
2. Comportamento anormal: comportamentos que diferem em padrão, frequência ou contexto daqueles exibidos pela maioria dos membros da espécie, mas para isso, é necessário conhecer o repertório comportamental daquela espécie;
a) Estereotipias: sequência comportamental repetitiva, relativamente invariável, sem função aparente, geralmente surge quando animal não tem controle sobre o ambiente, há grande variação individual. Quando o animal faz isso, o cérebro libera dopamina, endorfina e seus receptores, como um meio de compensar o bem estar ruim. Comportamento em espelho: observa outro animal fazendo e pode começar a imitar, o que leva as pessoas a acharem que é normal. Exemplos: aerofagia em equinos, equinos que raspam os dentes na baia, equinos dançando na baia, caminhada repetitiva de grandes felinos;
b) Comportamento ANORMAL autodirecionado e direcionado ao ambiente (automutilação): área com lesão local (dor) ou não, pode surgir por falta de estímulos, falta de controle do ambiente e falta de contato social. Exemplos: lambedura excessiva em gatos, psitacídeos arrancando penas, animais se mordendo, coprofagia, ingerir objetos sólidos;
c) COMPORTAMENTO ANORMAL DIRECIONADO A OUTROS ANIMAIS: exploração de outros animais como se fossem objetos ou parte do ambiente, sem motivação agressiva. Geralmente surge em animais de produção. Exemplos: aves bicando outras aves (ou as penas delas), suínos mordendo cauda de outros suínos, intersugação/mamada cruzada em bezerros (outros bezerros são sugados como se fossem os tetos da mãe, geralmente acontece em bezerros que não tem o estímulo dos tetos da mãe, como quando recebem alimento oferecido de modo artificial);
d) Falência de função: comportamento normal mas que o animal para de realizar. Exemplos: falência materna, roubo de filhotes, canibalismo materno, infanticídio;
e) Reatividade anômala: ausência de responsividade (apatia) ou hiperatividade;
3. Comportamento social:
a) Comportamentos afiliativos: indicam formação de vínculo entre os animais. Exemplos: lambidas, grooming, dormir juntos;
b) Comportamentos agonísticos: associados a conflito com outro animal, sendo mais intensos quando há acesso limitado a recursos. Exemplos: brigas, ameaças, deslocamentos;
c) limitação de contato entre indivíduos: em espécies que são sociais, o contato é importante;
4. Comportamento de brincadeiras: importante etapa do aprendizado, tem valor adaptativo, simulam situações da vida adulta, indica boas condições de bem estar, 
5. Interação humano-animal: tem importante impacto no bem estar, positivamente ou negativamente;
a) Práticas de manejo positivas (quando se tratando de animais domésticos): tatear, tom de voz suave, escovação, nomear. Práticas de manejo negativas: gritos, manipulação rude, movimentos bruscos, uso de instrumentos para agredir;
b) Testes comportamentais: como se fossem perguntas para o animal, sobre como ele foi tratado por humanos ao longo de sua vida. Exemplos: teste de aproximação voluntária e teste de distância de fuga;
6. Testes de preferência
7. Teste de trabalho
Fisiológicos:
Em geral, ligados a respostas ao estresse;
Uma potencial ameaça é percebida pelo animal, pode ser um agente estressor (potencial predador, presença de humanos, calor exacerbado, barulhos irritantes), a primeira resposta é comportamental de fuga, se não conseguir, vai enfrentar a ameaça, a primeira forma é por uma resposta autonômica da via simpato-adrenomedular (adrenal liberando catecolaminas, adrenalina e noradrenalina), a segunda forma é uma resposta neuroendócrina dada pela ativação do eixo hipotálamo-hipófise-adrenal (córtex da adrenal libera glicocorticoides, sendo o cortisol o mais comum);
Via simpato-adrenomedular: em segundos ou milésimos após o contato com o agente estressor, há ativação da síndrome de luta ou fuga (prepara o animal para enfrentar ou escapar do agente estressor) pela ativação do SNA simpático, que atua na medula da adrenal, secretando as catecolaminas (adrenalina e noradrenalina), atuando no sistema cardiovascular, sistema respiratório, sistema gastrintestinal. Aumenta o ritmo cardíaco, aumentando a ventilação (bronquiodilatação), aumentando a vasoconstrição, tudo isso visando aumentar o fluxo de sangue para o músculo esquelético, e contração esplênica visando colocar mais hemácias na corrente sanguínea, potencializando o metabolismo anaeróbio do músculo esquelético. Diminui também o que não terá tanta importância na hora da luta ou da fuga, como a digestão, então diminui o peristaltismo, aumenta a secreção de glucagon e diminui a de insulina, visando manter a glicose na corrente sanguínea;
 Então alguns indicadores de resposta neuroendócrina ao estresse podem ser:
· Concentração de adrenalina* (com ressalvas, pois a meia vida da adrenalina é muito curta, não pode permanecer por muito tempo circulante, é rapidamente liberada e rapidamente degradada);
· Frequência cardíaca;
· Frequência respiratória;
· Dilatação da pupila;
· Defecação e micção (em resposta a ativação do SNA parassimpático, após o SNA simpático ser ativado, para diminuir a frequência cardíaca e respiratória);
· Concentração de glicose (aumentada, pois o animal passou pelo estressor, mas não fez atividade física após isso) e hematócrito aumentado (por causa da contração esplênica)* (inespecíficos, mas podem oferecer indícios);
Em casos extremos dessa resposta, pode haver infarto do miocárdio (ação excessiva do SNA simpático), parada cardíaca (reação excessiva do SNA parassimpático), síndrome da morte súbita, síndrome de miopatia por captura (desordem metabólica e acúmulo de ácido lático no músculo esquelético);
Via eixo hipotálamo-hipófise-adrenal: atua minutos depois da primeira resposta autonômica, no hipotálamo ocorre a secreção de hormônio liberador de corticotrofinas (CRH) que leva a hipófise anterior/adenohipófise a secretar hormoônios adenocorticotróficos (ACTH), que estimula o córtex da adrenal a secretar glicocorticoides (cortisol sendo o mais importante). Pode levar a alteração de função do sistema imune, gliconeogênese no fígado, catabolismo de proteínas no músculo e lipólise no tecido adiposo, tudo isso visando vias de catabolismo que mobilizam energia para que o animal enfrente o potencial estressor;
Alguns indicadores fisiológicos de longo prazo em resposta ao estresse podem ser:
Pressão sanguínea;
Variabilidade na frequência cardíaca;
Taxa de crescimento (reduzida em função de processos de inapetência e diminuição na liberação de GH);
Falhas reprodutivas (redução da liberação de gonadotrofinas)
Gastrite e úlceras gástricas (alterações na mucosa gástrica que a tornam mais suscetíveis a ação do suco gástrico);
Suceptibilidade a doenças (imunossupressão);
Leucograma diferencial (aumento de neutrófilos e diminuição de linfócitos, a taxa alterada indica uma correlação positiva de cortisol;
Concentração de lactato e creatina-fosfoquinase (se o agente estressor for física, o animal pode correr muito, tentar fugir,proporcionando esforço ou dano muscular);
Tudo isso deve ser ponderado de acordo com a invasividade, a contenção do animal e a interferência/perturbação;
O ideal é combinar diferentes tipos de medidas, levando em conta a variabilidade individual nas respostas, como a experiência prévia, genética, idade e estado fisiológico;
Clínicos (saúde):
Vacinação atualizada;
Livre de ectoparasitas;
Score corporal bom;
Livre de fome, sede e dor;
Fezes e urina adequados;
Nutricionais:
Presença de alimento e água;
Ambientais:
Abrigado de intempéries;
Enriquecimento ambiental;
Ambiente social;
Desempenho;
Crescimento/desenvolvimento;
CÃES (Canis lupus familiaris): DOMESTICAÇÃO E BEM ESTAR
Se originaram do Canis lupus, cerca de 99,8% de sequência de DNA se assemelham;
Cães passaram por um processo de coevolução junto ao homem, mudanças genéticas e indução ambiental formaram uma combinação para que isso ocorresse, tornando os cães adaptados ao homem e ao ambiente que ele proporciona;
O processo de domesticação ocorreu há pelo menos 15 mil anos, em mais de um evento de domesticação, China e Mongólia, Índia e Europa;
Tinham uma relação de comensalismo com o homem, que passou a ser de mutualismo;
No Brasil, os cães são os pets em maior quantidade, e no mundo, ficam em segundo lugar, atrás de peixes;
Os benefícios da domesticação de cães, para o domesticador, incluem a caça e perseguição de presas grande ou ágeis, acuar ou abater presas menores, servir como alarme quando ameaças se aproximam;
Fatores genéticos começaram a ser explorados visando privilegiar potencialidades específicas e objetivando certas características estéticas, então alguns problemas de bem estar surgiram disso, como dificuldades para respirar, pele pregueada, olhos muito expostos, dificuldade de visão, dificuldade para parir, dificuldades advindas de estética não funcional, displasia e outras condições; 
Fatores ambientais também trazem problemas de bem estar, como a privação de contato social com outros cães e com humanos (em especial crianças e desconhecidos). A idade ideal para adoção e separação da mãe, é entre 6 e 8 semanas, preferencialmente 7 semanas. Se muito precoce, pode acarretar em agressividade a outros cães, hiperatividade, falha no comportamento sexual e SAS (síndrome de ansiedade por separação). Se muito tardia, pode acarretar em medo a pessoas desconhecidas e novas situações;
A idade ideal para treinamento (obediência básica e eliminação) é com início entre 8 e 9 semanas (muito sensíveis a castigo) e 12 a 13 semanas (treinamentos mais elaborados, com recompensas);
Alguns exemplos da origem de problemas de bem estar animal nos cães são: espaço reduzido, ambientes pobres em estímulos, estímulos sonoros aversivos, métodos de treinamento incorretos, castigos inconsistentes e arbitrários, punições físicas, coleira elétrica, falta de exercício físico e de rotinas, nutrição inapropriada (muito carboidrato e proteína, baixas gorduras, fibras e minerais traço), mutilações (corte de cauda, orelhas, cordectomia);
Tipos de agressividade em cães:
GATOS (Felis silvestris catus): DOMESTICAÇÃO E BEM ESTAR
Foram domesticados há 9500 anos;
Relação de comensalismo com humanos, predavam ratos, que apareciam quando humanos começaram a estocar alimentos;
Gatos selvagens são solitários, gatos domésticos são flexíveis quanto a sociabilidade, assim como o hábito de vida, gatos selvagens são noturnos, gatos domésticos são flexíveis;
Reatividade, comportamento social, padrões de coloração;
Socialização até a 7ª ou 8ª semana, e desmame após a 8ª a 10ª;
Toleram melhor a ausência de outros indivíduos;
Hierarquia de dominância presente, mas menos marcada;
De um modo geral foram menos “modificados” pelo processo de domesticação, dá para confundir um gato doméstico com seu ancestral selvagem, por exemplo;
Comportamento alimentar: pequenas quantidades, várias vezes ao dia;
Socialização até 7ª ou 8ª semana;
Desmama ocorre após 8ª a 10ª semana;
Algumas origens de problemas de bem estar em felinos são: espaço limitado, requerem ambiente variável (residências são geralmente pobres em estímulos), falta de oportunidade para expressar comportamentos naturais, casas multicats, buscam “locais seguros” e locais de descanso tranquilos e a relação humano-animal pode ser complicada (comportamentos naturais podem ser indesejáveis);
Indoor x outdoor:
Tipos de estímulos que impactam positivamente no bem estar físico e psicológico dos felinos: enriquecimento estrutural (físico), enriquecimento cognitivo (ocupacional), enriquecimento social, enriquecimento alimentar e enriquecimento sensorial (visual, olfativo, gustativo e tátil);

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