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Corrimento Vaginal

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VITÓRIA CORREIA MOURA – T4C 
Corrimento Vaginal 
Dentre as infecções do trato reprodutivo, destacam-se as vulvovaginites e vaginoses, processos nos quais o meio 
ambiente vaginal fisiológico, composto primordialmente por Lactobacillus, encontra-se alterado, assim, possibilitando a 
proliferação de outros microrganismos e podendo estar associado a processo in- amatório (vaginites) ou sem evidências 
de inflamação (vaginoses). 
 
 
 Corrimento em obstetrícia  risco de trabalho de parto prematuro. 
 Bactéria na vagina pode cair na cavidade abdominal e acometer diversos órgãos (DIP). 
 Lactobacillus  responsável por manter o pH da vagina. Porém, quando se proliferar indiscriminadamente pode haver 
comprometimento. 
 
 
 Menopausa = pouco estrogênio = menor acidez vaginal = aumenta o risco de infecção. 
 Puerpério = mesma situação da menopausa. 
 Estrogênio é responsável pelo pH vaginal, e o pH vaginal é responsável pela microbioma vaginal. 
 
 
VITÓRIA CORREIA MOURA – T4C 
Vaginose bacteriana (Gardnerella, odor fétido, teste com KOH positivo, corrimento branco, 
critérios de Amsel, pH acima de 4,5 e Metronidazol 500 mg): 
 
 Vaginose bacteriana (VB) é um estado de desequilíbrio da flora vaginal caracterizado pela substituição da flora 
microbiana dominada por Lactobacillus por bactérias anaeróbias e facultativas. Embora existam variações entre 
mulheres, as espécies mais frequentemente encontradas são Gardnerella e Mobiluncus. 
 Fatores de risco estão muito associados a alterações do pH vaginal  Importância da anamnese, uma vez que se os 
fatores de risco modificais (ex: sexo anal receptivo antes do sexo vaginal) continuarem presentes, nenhum tratamento 
terá sucesso. 
 Corrimento de intensidade variável (as vezes muito intenso, as vezes escasso) e odor vaginal fétido (piora na relação 
desprotegida e na menstruação, pois elas alcalinizam o ambiente vaginal, gerando volatização das aminas 
aromáticas). 
 As bactérias associadas à VB alteram a resposta imune local, o que torna o meio vaginal imunossuprimido [portanto, 
mais suscetível a outros agentes infecciosos, como papilomavírus humano (HPV) e HIV]. 
 Risco de infertilidade, aumento da possibilidade de ISTs e abortamento espontâneo. 
 
 
 
 
VITÓRIA CORREIA MOURA – T4C 
 Critérios de Amsel  pelo menos 3 de: corrimento branco-acinzentado, pH maior que 4,5, teste das aminas positivo 
(KOH gera a volatização das aminas) e pesquisa de “células-chave”. 
 Escore de 7 a 10: certeza que é Vaginose bacteriana, independente dos critérios de Amsel deve ser tratado. 
 Escore de 4 a 6 (duvidoso), porém associada a critérios de Amsel condizentes com Vaginose  realizar tratamento. 
 
 
 No Brasil, os comprimidos de Metronidazol tem 250 mg. 
 
Candidíase vulvovaginal (fungo, prurido, corrimento de leite coalhado, pH menor de 4,5 e 
Fluconazol 150 mg): 
 
 Recorrência: 4 ou mais episódios durante 1 ano. 
 Hormônio-dependente (dependente de estrogênio). 
 Gestante = baixo estrogênio = alta propensão a candidíase = risco de trabalho de parto prematuro. 
 Antibiótico = reduz lactobacilos = maior proliferação de Candida albicans. 
 
 
 
VITÓRIA CORREIA MOURA – T4C 
 Candidíase é o processo inflamatório vaginal causado pela proliferação de fungos no meio vaginal que levem ao 
aparecimento de sintomas (corrimento, prurido, disúria, dispareunia). 
 Candida albicans é o agente mais frequente (85% a 95% dos casos). 
 Denomina-se candidíase vaginal recorrente o aparecimento de quatro ou mais episódios confirmados clínica e 
laboratorialmente em um período de 12 meses. 
 
 Quadro clínico: prurido, corrimento esbranquiçado (aspecto de leite coalhado). 
 Sempre confirmar a presença de fungo (hifas e esporos)! 
 Cultura e antibiograma para orientar a escolha do antifúngico. 
 A positividade do exame a fresco do conteúdo vaginal com hidróxido de potássio (KOH) a 10% ou soro fisiológico 
dispensa a continuidade da investigação. Entretanto, se tal exame for negativo e houver sintomas, está indicada a 
continuação do processo diagnóstico, com a Bacterioscopia pelo Gram e cultura, particularmente nos casos 
recorrentes 
 
 
 
 
VITÓRIA CORREIA MOURA – T4C 
 Candidíase não complicada: Isoconazol 600 mg dose única (vaginal) ou Fluconazol 150 mg dose única (via oral). 
 Candidíase complicada (cepa diferente, severa ou recorrente): Fluconazol 150 mg 3 doses de ataque e manutenção 
de 150 mg/semana por 6 meses. 
 
Trichomonas vaginalis (protozoário, corrimento amarelo-esverdeado, ardor, colo uterino com 
aspecto de morango, pH acima de 4,5, cultura específica Diamond e Metronidazol 2g): 
 
 IST não viral mais comum do mundo! 
 Tricomoníase tem como agente etiológico o parasita flagelado Trichomonas vaginalis, de transmissão sexual e que 
tem a capacidade de fagocitar bactérias, fungos e vírus, transportando-os para o trato genital superior. 
 
 
 
 
VITÓRIA CORREIA MOURA – T4C 
 Corrimento amarelado, ardor genital, disúria (uretrite), dispareunia, piora com a elevação do pH (pH elevou = maior 
proliferação do Trichomonas). 
 Colo uterino com aspecto de morango = Sinal patognomônico de Trichomonas. 
 Cultura específica (Diamond). 
 
 
 
 
 
Recomendações: 
1. Vulvovaginites e vaginoses representam afecções importantes. Além dos sintomas desagradáveis, podem acarretar 
consequências sérias e facilitar a aquisição de agentes de transmissão sexual, inclusive o HIV. 
 
 
VITÓRIA CORREIA MOURA – T4C 
2. O diagnóstico deve ser baseado na anamnese, dados do exame clínico (com medida de pH vaginal e teste das aminas) 
e confirmação do(s) agentes(s) etiológicos(s) por meio de microscopia; quando necessário, Gram e cultura. 
3. Diagnóstico de VB: utilizar critérios de Amsel ou de Nugent. 
4. Tratamento de VB: metronidazol 500 mg VO de 12 em 12 horas. 
5. Diante da suspeita de candidíase, deve-se confirmar a presença de fungos por meio de análise laboratorial, porque 
outras afecções podem causar os mesmos sintomas: prurido e corrimento esbranquiçado (vaginose citolítica, alergias, 
dermatites vulvares). 
6. Tratamento: Para candidíase não complicada, os esquemas por VO ou por via vaginal apresentam a mesma eficácia. 
Para candidíase complicada: fluconazol 150 mg total de três doses, com intervalos de três dias; e supressão com 
fluconazol 150 mg semanalmente, por seis meses. 
7. Tricomoníase: corrimento geralmente abundante, ardor, queimação, disúria, dispareunia nos casos agudos. Casos 
crônicos: sintomas mais frustros. Importante confirmar diagnóstico (exame a fresco, eventualmente cultura em meio 
específico). 
8. Tratamento de tricomoníase: metronidazol 2g VO em dose única.

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