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O atual estágio da Linguística Textual

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Universidade Federal da Paraíba 
UFPB-VIRTUAL 
Curso de Licenciatura em Letras - Língua Inglesa 
 
 
Nome: Roberto Aires Cavalcante 
Polo: Campina Grande 
Data: 25/03/2020 
Componente curricular: Teoria da Lingüística II 
Professora: Laurênia Souto Sales 
 
“O atual estágio da Linguística Textual” 
 
 Partindo dos pressupostos teórico lidos no artigo de autoria de Max 
Silva da Rocha e Maria Margarete de Paiva Silva, intitulado “A linguística 
textual e a construção do texto: um estudo sobre os fatores de textualidade”, 
dos conteúdos lidos e abordados em Teoria Linguística I, e após assistir o 
vídeo do professor Dr. Israel Elias Trindade, da UFG – Universidade Federal de 
Goiás, intitulado “Os fatores de textualidade” disponível em 
https://youtu.be/jC4RZA8aXo4, assim como também o vídeo do professor Me. 
Cláuberson Correa Carvalho do IFM – Instituto Federal do Maranhão, intitulado 
“Fatores de textualidade” disponível em https://youtu.be/psiftaQqn0M, podemos 
ver que a linguística textual surgiu em meados dos anos 60 na Europa, mais 
precisamente na Alemanha e que desde seu surgimento sua preocupação já 
era buscar entender como se formava e qual a função dos textos, logo o seu 
objeto de estudo é o próprio texto. 
Bentes (2001), diz que a linguística passou por três fases bem distintas, 
a primeira, a fase transfrástica, tinha como objeto de estudo as frases e não o 
texto em si, onde buscava observar e analisar os elementos sintáticos-
semanticos, como nesta fase as frases não possuíam co-referenciação, e pela 
necessidade de se começar a levar em conta o conhecimento intuitivo do 
emissor do texto dentro da língua utilizada por eles, surge a segunda fase que 
é a gramáticas de texto, onde de acordo com Marcuschi, o texto passou a ser 
o objeto de estudo da linguística textual, levando em consideração tanto quem 
produzia o texto, como também quem o recebia, onde ambos poderiam 
https://youtu.be/jC4RZA8aXo4
https://youtu.be/psiftaQqn0M
analisar se o que estava sendo proferido formava um texto ou não, levando em 
consideração o contexto situacional. Já a terceira fase, a elaboração de uma 
teoria de texto, surgiu na década de setenta, na qual se preocupava com o 
texto dentro do contexto, e que para se construir um texto, teremos que levar 
em consideração a interação direta entre o escritor ou falante e o receptor que 
é o leitor ou ouvinte, passando a ver o texto de forma diacrônica, observando 
assim o texto e o contexto. 
Nos vídeos, tanto Trindade, quanto Carvalho, definem que o “texto é a 
unidade da linguagem em uso e que se constrói por meio do aspecto formal da 
coesão, pelos aspectos semânticos da coerência e pelos fatores pragmáticos 
da intencionalidade, informatividade, aceitabilidade, situacionalidade e 
intertextualidade” (TRINDADE, Israel Elias). 
Os autores do artigo lido, nos deixa claro que o papel da escola é 
formentar, ou melhor, fortalecer a leitura em seus alunos, para que desta forma 
ela possa contribuir como pila para a construção dos textos. 
De acordo com Bakhtin (1995, p.113), o texto é composto por palavras, 
e este leva em consideração aquele que escreve e o que vai ler, desta forma, 
ao se produzir um texto, temos que ter definido o porque de estarmos 
escrevendo, para quem estamos escrevendo, qual a nossa intensão, qual uso 
será feito nosso texto e quais serão as finalidades do texto. 
Ao produzirmos o texto, temos que levar estes aspectos em 
consideração, mesclar o grau de informação, para que possamos atrair o 
interesse do leitor. 
Ao escrevermos temos que estar atentos ao o que queremos transmitir, 
como transmitir, para quem transmitir e o contexto em que se dará essa 
transmissão, pois para que haja eficiência no texto será necessário uma 
relação harmoniosa entre ambos os envolventes, que são o emissor e o 
receptor. 
Não se escreve jamais algo sem objetivos, sem finalidades e sem ter um 
público alvo a ser atingido e para isto o texto tem que levar em consideração 
os fatores pragmáticos como fatores de suma importância na formação do 
texto, pois ao construí-lo temos que ter bem definidos qual é a nossa 
intenção(Intencionalidade), de ele será aceito pelo receptor(aceitabilidade), se 
as informações nele imposto são relevantes ou não(informalidade), o sentido 
que as palavras terão ao serem emitidas e recebidas(situacionalidade) e se o 
leitor poderá fazer uso dos seus conhecimentos prévios adquiridos em outros 
textos (intertextualidade). 
Assim como no decorrer do tempo, hoje a linguística 
Por fim, podemos afirmar diante do exposto que o texto pode se 
manifestar de forma verbal (escrita ou falada) e não verbal ( por meio de 
gestos e imagens), e que a linguística textual se preocupa com o texto dentro 
do contexto, levando em consideração os aspectos sociocognitivos e 
interacionais, desta forma a linguística textual vem a contribuir não apenas com 
a construção do texto, mas principalmente com o sentido dele, preocupando-se 
não apenas descrever, mas como também explicar a língua dentro de um 
contexto, e o uso desta, sendo assim, podemos afirmar que a linguísticas 
textual atualmente possui o texto como objeto de estudo, levando em 
consideração quem emite o texto, quem o recebe e o contexto tanto social 
quanto regional em que este texto está inserido e os fatores que envolvem a 
textualidade.

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