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ADESÃO AOS TECIDOS DENTÁRIOS DIRETOS

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1.Qual a importância da odontologia adesiva para a odontologia restauradora?
	Com o desenvolvimento e aprimoramento dos materiais restauradores estéticos, os sistemas adesivos tornaram-se elementos fundamentais em diversas aplicações clínicas, sendo responsáveis pela união do material restaurador às estruturas dentárias.
	O condicionamento ácido remove aproximadamente 10 µm da superfície de esmalte e cria poros de 5 à 50 µm de profundidade. Assim quando o adesivo é aplicado, ele flue nos microporos criando uma retenção micromecânica com o esmalte. Ainda o condicionamento aumenta o molhamento e a área de superfície do esmalte.
 
2.Os resultados esperados da adesão no esmalte e dentina são semelhantes? 
	Não. Pois, o esmalte é um substrato altamente mineralizado, a técnica do condicionamento ácido cria uma superfície ideal para a adesão, tornando -se duradoura e confiável. 
	Por sua vez, em dentina, a adesão é mais complexa. Esta dificuldade se deve à sua composição mais orgânica e à umidade contida nos túbulos dentinários.
A adesão ao esmalte é conseguida através do condicionamento deste substrato com ácido fosfórico em concentrações que variam entre 30 a 37%, durante um tempo de aplicação de 15 a 30 segundos.
A adesão à dentina com a resina é diretamente relacionada com a qualidade da camada híbrida, a qual faz a união da película do adesivo com a dentina subjacente. A resistência de união obtida com os sistemas adesivos atuais não é eterna, sofre modificações com o passar do tempo.
3.Qual a função do condicionamento ácido em esmalte e dentina?
	O condicionamento ácido do esmalte cria uma descalcificação seletiva, formando poros. Esses poros na superfície do esmalte aumenta o embricamento mecânico pela penetração da resina formando o que se chama de “tags” permitindo a adesão.
	O condicionamento da dentina com ácido fosfórico envolve a remoção completa da smear layer e a desmineralização deste substrato com consequente exposição das fibras colágenas que, posteriormente, serão infiltradas pelos monômeros resinosos para formação da camada híbrida.
4.Qual a importância da aplicação do primer?
	O primer aumenta a energia de superfície, interage com a parte úmida da dentina e retira o excesso de umidade, preparando a superfície para infiltração do monômero hidrófobo do adesivo. Ou seja, servindo assim para facilitar a difusão e a molhabilidade dos monômeros resinosos do sistema adesivo na dentina. 
5.Qual a diferença dos sistemas adesivos convencionais, autocondicionantes e universais?
	Os sistemas adesivos convencionais são constituídos de condicionamento ácido, o qual viabiliza a remoção dos debris depositados sobre a dentina. 
	Os adesivos autocondicionantes são sistemas que dissolvem parcialmente a smear layer, eliminam a necessidade de condicionamento com ácido fosfórico pelo uso do primer ácido, estando disponíveis tanto com primers autocondicionantes, como adesivos autocondicionantes de passo único.
	Já os adesivos universais não são apenas adesivos simplificados, eles teoricamente permitem aplicação segura e eficaz em múltiplos procedimentos adesivos não restritos a esmalte e dentina.
 São adesivos universais aqueles que podem ser utilizados tanto na estratégia condicione e lave, como na autocondicionante, como na de condicionamento seletivo de esmalte.
6.Como se forma a camada híbrida?
A camada híbrida é a camada que se forma após o condicionamento ácido da dentina e é formada pela dentina e o adesivo dentinário, ou seja, pela interrelação do polímero, proveniente do sistema adesivo, com o dentinário. 
Com o condicionamento da dentina com ácido fosfórico, ocorrem a desmineralização dentinária, a remoção da smear layer, a exposição das fibras colágenas e a abertura da luz dos túbulos dentinários.

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