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Infecção de Sítio Cirúrgico Referência: Manual de Prevenção de Infecção de Sítio Cirúrgico - Zero Infecção; Manual de Medidas de Prevenção de Infecção de Sítio Cirúrgico - ISGH Maria Luíza Lacerda - 23/08/22 Introdução ● ISC = infecção de sítio cirúrgico ● complicações mais comuns decorrentes do ato cirúrgico ● 15% das infecções adquiridas durante a assistência à saúde ● 3ª complicação infecciosa mais adquirida no ambiente hospitalar ● pacientes com ISC têm: ○ 2x mais risco de morrer durante a internação ○ 1,6x mais chance de serem admitidos na UTI ○ 5,5x mais chance de serem readmitidos no hospital ○ maior tempo de permanência no hospital ● 40-60% dessas infecções podem ser prevenidas classificação ● ISC incisional superficial = acomete pele e tecido celular subcutâneo ● ISC incisional profunda = acomete fáscia e músculo ● ISC órgão/espaço = acomete sítios inferiores à camada muscular potencial de contaminação ● o risco de desenvolver ISC pode variar de acordo com o potencial de contaminação da ferida cirúrgica ● cirurgia limpa ○ operações eletivas, feridas não infectadas ○ sítios cirúrgicos sem inflamação ○ não são abordadas vísceras ocas ○ primariamente fechadas ○ não há quebra de técnica ○ trauma não penetrantes ○ ex.: safenectomia, próteses articulares, cirurgias cardíacas ○ risco de ISC < 2% ● cirurgia potencialmente contaminada ○ aborda os tratos digestivo, respiratório, genitourinário e orofaringe ○ situações controladas e sem contaminação não usual ○ cirurgia genitourinária quando não há cultura de urina positiva ○ cirurgias sem evidências de infecção ou quebra de técnica ○ ex.: gastrectomia, transplante de fígado, prostatectomia ○ risco de ISC < 10% ● cirurgia contaminada ○ feridas traumáticas recentes (< 4h) e abertas ○ contaminação grosseira durante cirurgia de TGI ○ manipulação de via biliar ou genitourinária com bile ou urina infectadas ○ quebras maiores de técnicas ○ presença de inflamação aguda não purulenta ○ ex.: colecistectomia, amigdalectomia, colectomia ○ risco de ISC de 20% ● cirurgia infectada ○ feridas traumáticas antigas com tecido desvitalizado, corpos estranhos ou contaminação fecal ○ trauma penetrante há + de 4h ○ vísceras perfuradas ou secreção purulenta ○ ex.: enterectomia secundária à ruptura de víscera, apendicectomia supurada (apêndice rompido) ○ risco de ISC de 30-40% fontes de contaminação ● principais fontes de microrganismos são endógenas = provenientes do próprio paciente (microbiota) ● agentes mais comuns em cirurgias limpas = Staphylococcus aureus e Staphylococcus coagulase negativa (cocos gram-positivos presentes na pele) ● bactérias gram-negativas e anaeróbias = ISC após cirurgias contaminadas ou potencialmente contaminadas ● fontes exógenas = equipe cirúrgica, ambiente, equipamentos, instrumentais fatores de risco ● relacionados ao paciente = idade, obesidade, desnutrição, neoplasia, imunossupressão, comorbidades ● relacionados ao procedimento = potencial de contaminação da ferida, duração da cirurgia, remoção dos pelos, profilaxia inadequada, hemostasia deficiente etc. ● relacionados ao microrganismo = colonização prévia, virulência, aderência, inóculo como evitar ● medidas de prevenção têm foco nos fatores de risco modificáveis ● estratégias centrais = devem ser empregadas em todos os procedimentos cirúrgicos ○ preparo da pele do paciente ○ preparo da pele da equipe cirúrgica ○ remoção adequada dos pelos ○ profilaxia antimicrobiana adequada ○ normotermia ○ glicemia ○ cuidados com ambiente e estrutura
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