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Acampamento e Colônia de Férias - Mód II

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CURSO DE 
ACAMPAMENTOS E COLÔNIAS DE 
FÉRIAS: O TRABALHO E A 
MONTAGEM 
 
 
 
 
MÓDULO II 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para este 
Programa de Educação Continuada. É proibida qualquer forma de comercialização ou distribuição 
do mesmo sem a autorização expressa do Portal Educação. Os créditos do conteúdo aqui contido 
são dados aos seus respectivos autores descritos nas Referências Bibliográficas. 
 
 
 
 
 
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MÓDULO II 
 
 
5 INFRAESTRUTURA E EQUIPAMENTOS INTERNOS E EXTERNOS 
 
 
No módulo 1 foi comentado sobre a infraestrutura básica, de apoio e turística 
que são necessárias a uma localidade para que esta seja considerada turística. Os 
acampamentos e colônias de férias podem ou não estar localizados em pólos 
turísticos; independentemente, necessitam de uma infraestrutura própria que 
satisfaça as necessidades e objetivos do empreendimento. Alguns itens são comuns 
a todos os empreendimentos, outros dependem do tipo de acampamento escolhido. 
Assim como os espaços, essa infraestrutura pode ser classificada de acordo 
com sua localização em: 
 Interna. 
 Externa. 
E separadas por departamento: 
 Restauração. 
 Hospedagem. 
 Lazer. 
 Funcionais. 
 
 
6 INFRAESTRUTURA INTERNA 
 
 
6.1 RESTAURAÇÃO 
 
 
Refeitório – espaço destinado à alimentação dos 
acampantes e monitores em todas as refeições principais e 
 
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intermediárias, salvo quando essas são servidas em outras áreas que satisfaçam a 
necessidade do momento. São três as refeições principais: café da manhã, almoço e 
jantar. São três as refeições intermediárias: lanche da manhã, lanche tarde e lanche 
da noite, servidos entre as refeições principais. Alguns acampamentos trabalham 
com uma merenda a menos, suprimindo o lanche da manhã, mas em geral todos 
oferecem pelo menos as cinco refeições. No caso das colônias de férias são 
oferecidas somente as três refeições principais. 
O refeitório de um acampamento ou colônia de férias deve ser posicionado 
em localização estratégica, uma vez que é utilizado seis vezes ao dia. Não deve 
ficar longe dos dormitórios, tampouco longe demais da infraestrutura de lazer; uma 
posição ideal seria a centralidade. Seria interessante também não colocá-lo muito 
acima dos outros espaços, pois se os acampantes estiverem atrasados por qualquer 
motivo para alguma refeição, terão que subir correndo e poderia não fazer bem a 
sua alimentação. 
Dentro dos refeitórios costuma haver banheiros para a higienização das 
mãos ou caso haja necessidade de utilização durante as refeições. 
 
Lanchonete – nem todo acampamento possui lanchonete ou 
espaço destinado a esse fim. A lanchonete é interessante como 
utilização para as refeições intermediárias, ou, como o próprio nome diz, 
para os lanches. São refeições rápidas que requerem praticidade tanto 
na hora de servir quanto na organização e limpeza. Normalmente as lanchonetes de 
acampamentos estão localizadas próximas à cozinha central, uma vez que dela 
dependem quase que completamente. Em caso de colônias de férias de grande 
porte, é aconselhável também a instalação de uma lanchonete em pontos 
longínquos que necessitem de apoio, como longe do refeitório, porém próximo a 
quadras, ginásios, ou qualquer espaço de lazer, principalmente os que exigem do 
participante certo esforço físico; nesses casos a lanchonete precisa ter autonomia 
quase completa, sem precisar de apoio da cozinha. 
Dentro ou próximo às lanchonetes também costuma haver banheiros. 
 
Cozinha – espaço contíguo ao refeitório encarregado do preparo de todos os 
alimentos que serão servidos nas seis refeições diárias. Por ser um ambiente no 
 
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qual se faz a manipulação de alimentos, deve ser o mais higiênico 
possível, portanto é um espaço restrito somente a funcionários do 
setor e eventualmente a algum coordenador; esse preferivelmente 
não deve adentrar na cozinha, solicitando informações e passando 
orientações do lado de fora, pela porta, janela ou algum balcão de 
comunicação entre os ambientes. 
Dependendo do tamanho do empreendimento, podemos encontrar alguns 
espaços que fazem parte da cozinha, como câmara fria, para o acondicionamento 
de perecíveis como carne, peixe, etc.; despensa para guardar alimentos de um 
modo geral e depósito de resíduos orgânicos, que também deve ser mantido 
resfriado. 
 
Cantina – espaço normalmente próximo ao refeitório que 
dá suporte no que diz respeito às guloseimas. Na cantina são 
vendidos alimentos que não são oferecidos nas refeições, como 
doces, chocolates, balas, refrigerantes e afins. No pacote vendido 
da temporada dos acampamentos já estão inclusas todas as refeições necessárias; 
o acampante só utilizará a cantina se quiser satisfazer sua gula e, portanto, pagará à 
parte por isso. Nem todos os acampamentos possuem cantina e normalmente esta 
abre somente em horários específicos, como os horários livres, pois na maior parte 
do tempo os acampantes estão envolvidos em atividades. No caso das colônias de 
férias, as guloseimas das cantinas são oferecidas normalmente nas lanchonetes. 
 
 
6.2 HOSPEDAGEM 
 
 
Dormitório – espaço amplo com quartos ou apartamentos, 
banheiros completos ou somente para banho. Normalmente em 
acampamentos não há apartamentos, que são quartos com 
banheiros inclusos, somente em colônias de férias, que por 
funcionarem como hotéis, com famílias e público heterogêneo, 
podem possuir desde apartamentos até suítes. Por ser coletivo e 
 
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também porque frequentemente é infanto-juvenil, o dormitório é dividido em alas: 
feminina e masculina e é vetado o trânsito do sexo oposto. Essa medida pode 
parecer extrema, mas é fundamental para o controle da proximidade dos 
adolescentes. 
 
Chalé – espaço que funciona como o dormitório, porém de tamanho menor. 
Também possui quartos e banheiros coletivos e geralmente são destinados a um só 
sexo. Em acampamentos infanto-juvenis procura-se destinar o chalé a crianças e 
adolescentes de faixas etárias próximas, para a melhor integração e também para 
facilitar o trabalho dos monitores. 
Em colônias de férias normalmente encontramos vários 
chalés; são muito apreciados pelas famílias, pois acomodam 
muitas pessoas e podem possuir inclusive espaços para a 
integração, como sala e para alimentação, como copa com alguns 
equipamentos de cozinha, como geladeira e fogão. 
 
Governança – existe somente em colônias de férias, não em 
acampamentos, e é um espaço destinado à rouparia e limpeza. O trânsito é 
permitido somente a funcionários do setor, como governanta e camareiras, que 
fazem a limpeza dos apartamentos e chalés, assim como a troca de roupa de cama 
e banho. 
No caso dos acampamentos, são os acampantes que levam 
sua roupa de cama e banho de casa, assim como a arrumação e 
limpeza dos quartos. O banheiro geralmente é mantido arrumado pelos 
acampantes, mas é limpo pela equipe de limpeza do acampamento, pois é 
de uso coletivo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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6.3 LAZER 
 
 
Ginásios – espaços destinados à prática de esportes, 
normalmente com quadras poliesportivas e arquibancadas. 
Normalmente nos ginásios são feitas as apresentações esportivas 
principais, como começo e fim de olimpíadas internas, jogos de grande rivalidade 
entre os times, e assim por diante. O ginásio é utilizado também para a realização 
de algumas festas e atividades, como gincanas, festa junina, apresentações 
musicais, etc., principalmente em dias de chuva. 
 
Quadras cobertas – espaços destinados à prática de 
esportes. Podem ser de vários tipos: tênis, vôlei, basquete, handebol, 
futebol de salão ou poliesportivas, nas quais podem ser praticados vários 
tipos de atividades, como os esportes em questão, queimadas, caranguejobol, jogos 
de salão,etc. A diferença dos ginásios é que normalmente não possuem 
arquibancadas para o público, somente alguns bancos para os integrantes dos 
times. 
 
Teatros – presentes tanto em acampamentos como em colônias de férias, 
são espaços destinados a apresentações de peças teatrais, 
exibição de filmes, finalizações de atividades, entrega de títulos, 
medalhas e troféus. Compostos de palco e poltronas geralmente 
em posição de auditório, além de espaços internos para o preparo 
das apresentações, como sala de iluminação e som, espaço para 
guardar cenários, bastidores e camarins. Comportam normalmente a 
ocupação máxima de uma temporada de acampamento. 
 
Salão de jogos – presentes também nos dois tipos de 
empreendimentos; possuem equipamentos diversos para a diversão e 
o esporte. Utilizados principalmente em dias de chuva e nas 
 
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temporadas de acampamento também nos horários livres. 
 
Sala de leitura – costuma existir somente em colônias de 
férias, destinada ao descanso e leitura de livros, jornais, revistas e 
gibis. Geralmente é um espaço pequeno, aconchegante e bem 
iluminado. 
 
Sala de TV – presente somente em colônias de férias; 
servem principalmente para as pessoas que não conseguem ficar 
sem sua novela, jornal ou futebol. São necessárias porque 
normalmente os apartamentos não possuem televisão. 
 
Sala de artes – destinada ao exercício da criatividade por meio de materiais 
diversos com a orientação de algum artista, professor ou monitor. Esse 
espaço precisa ser estruturado para a prática de várias artes, como a 
serigrafia, xilogravura, pintura, escultura em pedra, gesso, argila, etc., 
portanto, além de bem iluminado, necessita de pias e torneiras para a 
limpeza dos equipamentos. 
A arte produzida nessa sala, independentemente de quem a fez, costuma 
ser apresentada em exposições para os outros integrantes do acampamento/colônia 
apreciarem o que foi aprendido pelos alunos. 
 
Oficinas – Destinadas ao aprendizado das práticas a que se destina: 
marcenaria, serralheria, cerâmica, são dirigidas por monitores, professores ou 
técnicos especializados. Cada oficina deve ter estrutura, equipamentos e 
materiais próprios. Nem sempre os acampamentos e colônias de férias têm 
todos os tipos de oficinas, frequentemente possuem só uma ou outra. 
Os produtos que os acampantes fazem nas oficinas são levados para 
casa como prova de seu aprendizado; algumas colônias sugerem 
que esses produtos sejam doados a alguma feira de artesanato com finalidade 
beneficente. 
 
 
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Sala de ginástica – pode ser destinada à musculação, à prática de 
aulas diversas, ou ginástica artística; em cada um dos casos possui 
estrutura e equipamentos distintos. Estão presentes tanto em 
acampamentos quanto em colônia de férias, sendo que as colônias 
geralmente têm salas de musculação e para aulas, enquanto que 
quando os acampamentos têm alguma sala desse tipo, esta é para ginástica 
artística. 
 
Baias / celeiro / galinheiro – espaços destinados à criação de animais, 
presente em acampamentos educacionais que têm como fundamento o 
ensinamento da vida na fazenda. Normalmente frequentados por funcionários do 
setor e visitados pelos acampantes para o acompanhamento das 
atividades do espaço rural. Geralmente são instalados longe de todas 
as outras áreas devido à presença de animais, devido ao forte odor e 
pela segurança dos acampantes, que são muito curiosos e podem 
infringir as regras de frequência do local. 
 
Banheiros e vestiários – espalhados por toda a área de lazer, 
conforme o tamanho do empreendimento; são necessários para que o 
frequentador não tenha que andar grandes distâncias para sua utilização. 
 
 
6.4 FUNCIONAIS 
 
 
Administrativo – setor destinado à direção e gerência, pode 
ter uma ou mais salas; é aconselhável que seja estabelecido em 
área central do acampamento para melhor administrar o 
estabelecimento. Em caso de colônia de férias a centralidade não é 
tão importante. Nele são exercidas as funções de escritório para a 
gestão do local, assim como solução de problemas que não estão diretamente 
ligados a acampantes, pois esses normalmente são resolvidos na coordenação. 
 
 
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Operacional – destinada à coordenação e à equipe de lazer e recreação. 
Deve ser central e próximo à infraestrutura de lazer. Nesse espaço 
normalmente são realizados encontros e reuniões entre coordenação 
e equipe, onde são decididas todas as questões relativas à 
programação e todos os assuntos relativos aos acampantes e à 
temporada. É comum também esse espaço abrigar os equipamentos e 
materiais concernentes às atividades. 
 
Manutenção – normalmente composta somente de uma sala 
para o armazenamento dos equipamentos e materiais próprios à 
manutenção do local. É de uso restrito dos profissionais que realizam 
a manutenção e geralmente também é trancada, a fim de evitar que 
algum acampante se machuque com as ferramentas. 
 
 
7 INFRAESTRUTURA EXTERNA 
 
 
7.1 RESTAURAÇÃO 
 
 
Praça de alimentação – presente normalmente somente em colônia de 
férias; diferentemente de shopping centers, nos quais as praças de alimentação 
possuem distintos estabelecimentos de restauração ao redor, nas 
colônias, as praças são espaços externos destinados à 
alimentação, nos quais os clientes podem fazer suas refeições 
principais levando seus alimentos em bandejas; ou secundárias, 
quando as compram nas lanchonetes. 
 
Quiosques – são espaços abertos com cobertura, destinados 
geralmente a piqueniques e churrascos nas colônias de férias e 
reuniões de grupos em acampamentos. 
 
 
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7.2 LAZER 
 
 
Parque aquático – espaço presente em acampamentos e colônias de férias; 
possui geralmente mais de uma piscina, sendo pelo menos uma destinada a 
crianças pequenas. É um dos pontos mais perigosos de 
qualquer estabelecimento, uma vez que pode vitimar pessoas 
com facilidade, portanto deve ser foco de atenção máxima 
relativa à segurança dos acampantes e clientes. Geralmente 
possui em seu entorno uma lanchonete ou cantina, nos casos de colônias de férias. 
 
Campos – locais destinados à prática de esportes e atividades 
de lazer e recreação que necessitem de bastante espaço. Podem ser 
de futebol, basebol, softbol, entre outros. Presentes tanto em colônias 
como em acampamentos. Não há disposição certa para a colocação 
desta infraestrutura, pode estar próxima ou longínqua da região central. 
 
Quadras – locais destinados a esportes diversos, como tênis, 
deck tênis, espirobol, vôlei, basquete, handebol, futebol ou 
poliesportivas. Presentes nos dois tipos de estabelecimentos em 
quantidade e tipos diversos. Como os campos, não há posição certa 
para a instalação das quadras. 
 
Pistas – destinadas a esportes de deslocamento, como corrida, 
bicicleta, skate e patins. Presentes em acampamentos e colônias, nas 
quais há principalmente pistas de Cooper, que podem atravessar o local 
ou circundá-lo. 
 
Playground – também chamado de parquinho, esse espaço 
destinado às crianças possui vários equipamentos construídos em 
metal, madeira ou plástico. Existe tanto em acampamentos quanto 
 
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em colônias de férias e normalmente estão localizados próximos ao alojamento 
infantil. 
 
Arvorismo – infraestrutura geralmente em meio à natureza; utiliza-se 
das árvores ou suporte semelhante para a realização da atividade. Há 
distinção na infraestrutura infantil e para adultos. Pode aparecer tanto em 
acampamentos quanto em colônia de férias. 
 
Circo – a infraestrutura circense compreende uma lona 
erguida em grande espaço aberto e as atividades podem ser 
realizadas dentro ou fora da lona. Não é necessário estar em 
acampamento temático para haver a estrutura de circo, basta o 
empreendimento oferecer as atividades circenses. 
 
Temáticos – há vários tipos de infraestruturas temáticas,que podem 
representar cenas de filmes, locais, regiões ou épocas. Podemos 
encontrar, por exemplo, imitação de ossos de dinossauros enterrados 
para as crianças desenterrarem, esculturas de animais selvagens em 
pedra, madeira ou cimento no meio da mata, etc. Normalmente a 
temática ocorre nos acampamentos e não nas colônias de férias. 
 
 
8 EQUIPAMENTOS INTERNOS 
 
 
8.1 RESTAURAÇÃO 
 
 
Refeitório – Pode conter mesas pequenas para duas, quatro ou 
seis pessoas, ou geralmente grandes mesas coletivas, para oito, dez, 
doze ou mais pessoas, além de cadeiras ou bancos. Conforme a 
utilização do refeitório podem ser mesas, cadeiras e bancos fixos ou 
móveis, caso o espaço seja usado com outro fim, como apresentações ou 
 
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shows. De acordo com o estilo, pode ou não ter mesa para saladas e/ou doces e 
réchaud quente para alimentos. Geralmente possui um bebedouro e uma lixeira na 
entrada/saída e/ou no meio do refeitório; algumas colônias e acampamentos 
possuem também um recipiente para manter sucos gelados durante as refeições. 
Pode ou não ter linha e aparelho telefônico, se for colônia de férias é possível que 
tenha, já no caso de acampamentos, vai depender da política do local. 
 
Lanchonete – No caso dos acampamentos possui os mesmos itens que o 
refeitório, só que em menor quantidade, com a diferença de geralmente 
não ter o réchaud ou as mesas para saladas e sobremesas. No caso 
das colônias, como também executa a confecção de alguns lanches, 
necessita de alguns equipamentos simples de cozinha, como fogão, 
chapa, microondas, geladeira, freezer, liquidificador (geralmente 
industrial), cafeteira, lixeira, travessas, jarras, pegadores, talheres, copos, pratos, 
porta canudo e guardanapo e outros utensílios necessários à elaboração dos 
lanches. Pode ou não ter linha e aparelho telefônico, da mesma forma que no 
refeitório. 
 
Cozinha – Por ser de categoria industrial, praticamente 
todos os equipamentos e materiais também são de característica 
ou quantidade industrial, isso quer dizer que os equipamentos 
devem ser comprados em lojas especializadas e os materiais 
geralmente em hipermercados de venda a atacado. As cozinhas 
podem ter um ou mais equipamentos do mesmo tipo, de acordo com a quantidade 
de refeições que servem ao mesmo tempo. 
Encontramos geralmente nas cozinhas de acampamentos e colônias: 
grandes fogões, exaustores, fornos, chapas, grelhas, microondas, geladeiras, 
freezers, máquinas para lavar louça, lixeiras, balcões, mesas, prateleiras, 
liquidificadores, processadores, batedeiras, cortadores de frios, moedores e 
picadores, cafeteiras; panelas, assadeiras, tigelas e travessas de diversos tipos e 
tamanhos, jarras, facas e facões, colheres, garfos, escumadeiras, pegadores, 
conchas e todo o tipo de utensílio necessário para a confecção dos alimentos, além 
de pratos, copos e talheres para os frequentadores. 
 
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Nas despensas encontramos várias prateleiras e armários para 
armazenamento dos alimentos. 
A cozinha é um dos ambientes mais complicados no que diz respeito à 
higienização devido à manipulação de alimentos constante. 
 
Cantina – Possui prateleiras e mostruários de salgados e doces, 
geladeira para os sucos e refrigerantes e freezer para os sorvetes; pegadores, 
pratos, copos, porta canudos e guardanapos, além de lixeira. 
 
 
8.2 HOSPEDAGEM 
 
 
Dormitórios – Podem ter camas de solteiro ou casal, beliches ou bicamas, 
assim como armários, prateleiras, maleiros e lixeiras. Nos acampamentos o mais 
comum é encontrar beliches e prateleiras para guardar os pertences. Os banheiros 
de colônias podem ser individuais, mas em banheiros de acampamento geralmente 
há chuveiros coletivos, com várias duchas no mesmo espaço, várias cabines para os 
vasos sanitários, lixeiras e várias pias. Uma reclamação comum, 
geralmente nos banheiros femininos de adolescentes, refere-se ao 
tamanho e quantidade dos espelhos, que por maior que sejam, em 
sua opinião, sempre serão pequenos! 
 
Chalés – possuem equipamentos semelhantes aos 
dormitórios, com a diferença de que, em caso de colônias de férias, 
pode conter também uma sala com sofá ou sofá-cama e televisão, 
além de equipamentos necessários a refeições, como geladeira, fogão, 
microondas, mesa ou balcão e cadeiras, que podem estar em uma cozinha ou em 
espaço contíguo a sala. 
 
Governança – possui equipamentos para a limpeza e arrumação 
dos dormitórios e banheiros, como roupa de cama e banho, amenities, 
 
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vassouras, rodos, baldes, escovas, panos, aspirador de pó, carrinho de serviço e 
produtos de limpeza. 
 
 
8.3 LAZER 
 
 
Ginásio e quadras – possuem equipamentos para a prática de esportes, 
como traves e redes para futebol e handebol, suporte e cesta para 
basquete, suporte e rede para vôlei, rede para tênis, bancos tipo 
sueco para os times, placar, mesas e cadeiras para os juízes, 
grades e redes de proteção. Geralmente as bolas de todos os tipos 
ficam guardadas em armários na coordenação dos acampamentos 
ou sala específica a esse fim em colônias. 
Normalmente contam também com iluminação potente, principalmente para 
esportes praticados à noite. 
 
Teatros – Por ser um espaço com ambientes distintos, cada 
ambiente possui seus equipamentos próprios, como poltronas no 
auditório; equipamento para controle do som e iluminação em sala 
específica; penteadeira, cadeiras, poltronas, espelhos e araras de 
roupas nos camarins; cortinas no palco, potentes equipamentos de iluminação no 
teto, prateleiras e armários para guardar peças de cenários, etc. 
 
Salão de jogos – Conforme a destinação: adulto, infantil ou misto, pode 
haver equipamentos distintos, entre eles: mesa de bilhar, tênis de mesa (também 
chamado pingue-pongue), mesa de pebolim (também chamado totó), mesa para 
carteado (buraco, tranca, etc.), mesa de futebol de botão, mesas diversas para jogos 
como dominó, dama, xadrez, etc., alvo e dardos, cadeiras para os 
jogos que assim necessitam, tacos de bilhar, bolas específicas, 
baralho, pedras de dominó, xadrez e dama, lousas para marcação 
de pontos e assim por diante. Todo o equipamento ou material 
 
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pequeno normalmente é guardado em sala destinada a esse fim ou na coordenação 
do acampamento. 
É interessante lembrar que jogos de azar são proibidos no país, ou seja, os 
jogos em que se apostam somas em dinheiro não são permitidos. 
O objetivo tanto de acampamentos quanto de colônias de férias é a 
integração com a natureza, a convivência sadia e amizade entre as pessoas, 
portanto é desaconselhável em ambos os empreendimentos a instalação de jogos 
de computador, games e outros equipamentos eletrônicos, uma vez que dificultam 
esse entrosamento, assim como podem ser encontrados facilmente em outros 
locais, como shopping centers, parques de diversões, bem como nos lares dos 
participantes. 
 
Sala de leitura – costuma conter uma pequena biblioteca 
com livros, revistas e gibis sobre assuntos diversos, organizados em 
prateleiras ou estantes, mesas, cadeiras confortáveis, sofás e poltronas, pufes e até 
mesmo redes, dependendo da localidade do empreendimento. 
 
Sala de TV – possui um ou mais aparelhos televisivos, poltronas, sofás, 
cadeiras, mesas de centro. Quando há na sala pequenos aparelhos 
de TV espalhados, esses costumam ser posicionados no alto, para 
que todos vejam, porém o mais comum é encontrar apenas uma 
televisão grande colocada na altura dos olhos e talvez outra menor 
em outro ponto distante da sala, para quem está nos fundos poder 
acompanhar melhor o programa. 
 
Sala de artes – Os equipamentos e materiais contidos nesta sala vão 
depender do tipo de atividade desenvolvida, por exemplo, se for serigrafia, os 
participantes trabalharão com tintas, rodos, bastidores, tecido 
(camisetas, panos de prato, etc.,) e mesas de fixação ou morças, além 
de varais e prendedores.Se for xilogravura, há pranchas de madeira, 
goivas, prensa, tinta, rolo, papéis e grelhas para secagem. Se for 
algum tipo de escultura, vai depender também do material, por 
exemplo, trabalhos em pedra exigem a rocha e o cinzel e talvez argila para fazer 
 
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uma prévia; as pinturas exigem cavalete, tela, tintas, pincéis, goivas, potes, água, 
solventes, e assim por diante. Em quase todos os casos serão utilizadas mesas, 
cadeiras, armários e lixeiras, além de lousa ou flip chart para auxiliar o instrutor em 
suas explicações. 
 
Oficinas – assim como nas salas de arte, os equipamentos e materiais nas 
oficinas vão depender do objetivo a que se destina. Se for uma marcenaria, por 
exemplo, podem ser encontrados: bancada, serra de fita, serra 
circular, lixadeira, plaina, furadeira, torno manual ou mecânico, 
entre outros equipamentos, dependendo do tipo de serviço a ser 
executado. Em serralherias encontramos bancadas, furadeiras, 
dobradeira, prensa, guilhotina, serras, esmeril, soldas, etc. Em oficinas 
de cerâmica, além da matéria-prima, que pode ser o barro, há o banco de torno, 
tintas, pincéis, desbastadores, moldes, fornos para queima do produto, entre outros. 
É prudente lembrar que em qualquer oficina é necessário equipamento 
próprio de segurança, como aventais, luvas, óculos, botas, etc. 
 
Sala de ginástica – conforme o tipo de ginástica são necessários 
equipamentos e materiais distintos. Para salas de aulas de ginástica podem ser 
utilizados espelhos em ao menos uma das paredes, colchonetes, 
steps, pesos, bastões, cordas, trampolins individuais, bolas, 
aparelho de som, entre outros. Para salas de musculação serão 
colocados os equipamentos próprios, como bicicletas, esteiras, 
halteres, supinos, extensores, adutores, leg press, cross over, entre 
outros, além de espelhos por todo o recinto. Nas salas de ginástica artística 
encontramos traves, colchões de dois ou três tipos, trampolins, camas elásticas, 
barras paralelas ou assimétricas, argolas, cavalo, entre outros. 
 
Baias/celeiro/galinheiro – nos locais de criação de animais 
encontramos normalmente somente o cocho de alimentação, além de 
feno ou palha. Em celeiros ou salas para guardar equipamentos rurais 
teremos selas, estribos, freios, amarras e todo material necessário para equitação. 
 
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Banheiros e vestiários – por serem coletivos, há algumas 
duchas num mesmo box, várias cabines com vasos sanitários, 
armários em geral de metal, próprios para vestiários, bancos de 
madeira, pias, espelhos e lixeiras. O chão normalmente é forrado de 
borracha, para evitar escorregões. 
 
 
8.4 FUNCIONAIS 
 
 
Administrativo – basicamente este é um espaço de escritório, portanto 
deverá ter mesas e cadeiras, armários, arquivos, lixeiras, 
computadores, calculadoras, fax, impressora, aparelhos telefônicos, 
materiais de escritório como pastas, papéis, envelopes, canetas, 
grampeadores, furadores, etc., além de toda documentação utilizada no 
empreendimento. 
 
Operacional – a coordenação assemelha-se a um escritório no que diz 
respeito aos coordenadores, portanto, para eles haverá mesas, cadeiras, armários, 
lixeira, computadores e todo material descrito acima, além de uma mesa grande com 
cadeiras, lousa ou flip chart para reunião da equipe de lazer e recreação, uma sala 
contígua com prateleiras ou armários para a guarda de todo o 
material de esportes e lazer descrito anteriormente, como bolas, 
tacos, raquetes, redes, etc. entre outros, como peteca, bolas de 
gude, peão, pipas (também chamadas papagaio), apitos diversos, 
skate, etc. Outros materiais de papelaria que são utilizados pelos 
participantes também são guardados na coordenação, como cartolinas, canetas 
hidrográficas, lápis de cor, giz de cera, tinta guache, tinta para pintura a dedo, tinta 
para pele, massa para modelar, etc., além de fantasias diversas para diferentes 
ocasiões. Outro item importante muito utilizado em acampamentos que também é 
guardado na coordenação é o walkie-talkie, utilizados para a comunicação entre 
monitores e coordenadores quando muito distantes entre si. 
 
 
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Manutenção – Os equipamentos e materiais da sala de manutenção 
dependem do que o empreendimento comporta, por exemplo, se tiver piscinas, terá 
que ter redes para coleta de sujeira, mangueira e aspirador para limpeza, 
cloro, clarificante, etc. Se tiver grama por todo lado, um cortador de 
grama seria fundamental, além de equipamentos para jardinagem, 
como podão, tesoura, luva, etc., ferramentas diversas como chaves 
de fenda, chaves Phillips, alicates diversos, martelos, pregos, 
parafusos e buchas, furadeira manual, serra tico-tico, serra de arco, serrote, etc. 
Equipamentos de limpeza e manutenção da terra e dos jardins também 
ficam neste local, como vassouras e rastelo, mangueiras, enxadas, pás, facões, 
machados, carrinho de mão, etc. 
 
 
9 EQUIPAMENTOS EXTERNOS 
 
 
9.1 RESTAURAÇÃO 
 
 
Praça de alimentação – Mesas de diversos tamanhos, 
cadeiras, guarda-sóis e lixeiras normalmente são os itens que 
compõem este espaço. Em acampamentos e colônias com 
preocupação ambiental encontramos a coleta seletiva de lixo, portanto 
as lixeiras são específicas para plástico, metal, vidro, papel e material orgânico. O 
mesmo tipo de lixeira seletiva poderá ser encontrado também no refeitório, 
lanchonete e cantina. 
 
Quiosques – esse espaço contém mesas e bancos geralmente grandes para 
acomodação de dez ou mais pessoas, feitos de madeira ou alvenaria, mas pode 
conter mesas e cadeiras menores. Geralmente tem pia, torneira e 
bancada, alguns quiosques possuem churrasqueira com grelha, chapa 
e espetos; outros possuem uma lona que pode ser puxada nas laterais 
para os dias de chuva. Todos devem ter lixeiras, seletivas ou não. 
 
 AN02FREV001 
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9.2 HOSPEDAGEM 
 
 
Dormitórios – podemos encontrar em alguns dormitórios, 
apartamentos ou chalés, espaços externos como sacadas e 
varandas; neles frequentemente há a presença de redes, 
poltronas, espreguiçadeiras e às vezes pufes e mesas de centro. 
 
 
9.3 LAZER 
 
 
Parque aquático – conforme o tipo e tamanho desse espaço é comum 
encontrar vários tipos de equipamentos de lazer aquático, como 
escorregadores, trampolins, toboáguas, chafarizes, cascatas, duchas, 
decks, bonecos confeccionados em fibra de vidro e resina, que podem 
ou não ser articulados, boias diversas, etc. Encontramos também 
espreguiçadeiras, cadeiras e mesas de plástico ou madeira, guarda-sóis e cadeiras 
de salva-vidas. 
 
Campos – Nos campos encontramos somente traves e 
redes para futebol, além de bancos tipo sueco e por vezes alguma 
cobertura contra sol e chuva nas laterais, onde ficam os times 
reserva e treinadores. Se o campo for para basebol ou softbol, teremos as bases de 
acordo com os limites do campo desenhado no chão. Normalmente contam com 
iluminação potente, principalmente para esportes praticados à noite. 
 
Quadras – conforme o tipo terá equipamentos e materiais distintos, 
como rede para tênis e deck tênis, mastro para espirobol com cordão 
e bola (guardada na coordenação), mastros e rede para voleibol, 
suporte e cesta para basquetebol, trave e rede para handebol ou 
 
 AN02FREV001 
 56 
futebol, bancos tipo sueco para os times, mesas e cadeiras para os juízes. 
Igualmente aos campos, contam com iluminação potente para esportes noturnos. 
 
Pistas – As pistas de corrida (ou Cooper) e as ciclovias necessitam somente 
de marcação de quilometragem percorrida, geralmente gravada no 
chão ou em postes nas laterais da pista; as pistas são normalmente 
delimitadas por diferença entre tipos de solo ou com alguma 
demarcação como troncos ou pedras pintados de branco; ao longo 
do caminho pode haver equipamentos para a prática de aquecimento 
e alongamento dos músculos, como barras em alturas diversas que podem ser de 
metal ou madeira.As pistas para bicicross são irregulares, com várias rampas e curvas 
acentuadas, geralmente feitas em terra e delimitadas por mastros e fitas ao longo do 
caminho. Atravessando o início da pista pode haver uma armação de metal que é 
levantada quando há competições, para determinar que todos os concorrentes 
saiam ao mesmo tempo. 
As pistas de skate e patins são formadas por rampas e montes, algumas 
com obstáculos; geralmente são feitas de concreto bem liso. 
 
Playground – São formados por um espaço geralmente forrado 
por terra ou, os mais modernos, por uma cobertura antiderrapante de 
borracha. Neles há vários equipamentos para a diversão das crianças 
como escorregador, balanças, gira-gira, gangorra, trepa-trepa, entre outros. 
 
Arvorismo e tirolesa – essa modalidade de esporte radical, que 
pode ou não estar em acampamentos de aventura, requer em 
primeiro lugar árvores de tronco resistente e relativamente próximas, 
ou o estabelecimento pode escolher aonde colocar os troncos 
artificiais ou naturais tratados, fincando-os no solo e fazendo o seu 
próprio percurso, não dependendo do desenho natural da mata. Para interligar um 
tronco a outro na copa das árvores ou no topo do tronco artificial são utilizados 
vários recursos nos diversos trechos, como cordas, estribos, tambores de metal, 
redes, etc. Em todos os casos são também fixados cabos de aço para a segurança 
 
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 57 
dos participantes, que deverão se equipar com cadeirinhas de alpinismo presas nos 
cabos de aço em cada trecho, além de usar capacetes e luvas (materiais 
devidamente armazenados na coordenação). 
O percurso completo geralmente é composto por várias etapas com 
dificuldades que variam entre básico, intermediário e avançado. Cada etapa pode 
terminar em uma tirolesa, composta por cabo de aço e suporte com roldana, no qual 
o participante se prenderá e escorregará pelo cabo até o solo ou, por vezes, em 
algum lago. 
 
Circo – nos espaços circenses podem-se encontrar colchões finos e 
grossos, trampolins, trapézio, cama elástica, pano elástico, bolas e tábuas de 
tamanhos diversos para equilibrismo, etc., além de roupas 
para ginástica e fantasias. Vários equipamentos de 
segurança são utilizados, como cadeirinhas de alpinismo, 
cabos de aço, redes de proteção, estrutura de metal que suporta pesos elevados no 
topo da lona, entre outros. 
 
Temáticos – Os equipamentos e materiais utilizados nos espaços temáticos 
estão sujeitos à infraestrutura imaginada; não há como fazer uma previsão, já que a 
atividade é exclusiva de cada acampamento, e depende da criatividade dos 
organizadores. 
 
Paredes de escalada – presentes normalmente em acampamentos de 
aventura ou colônias com esse fim, as paredes são estruturas geralmente 
artificiais, montadas em área aberta, que contêm vários suportes para 
pés e mãos em sua extensão. No alto da parede há uma armação em 
aço, com cabos também em aço que sustentam os participantes em 
sua escalada; estes deverão utilizar equipamento de alpinismo de 
segurança, como cadeirinha e capacete. 
As paredes podem ser instaladas em espaço interno amplo, como em 
ginásios, por exemplo; podem também ser feitas em espaços naturais, aproveitando-
se de paredes rochosas e suas reentrâncias e acrescentando suportes artificiais 
 
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 58 
quando necessário; neste caso normalmente são utilizadas por participantes com 
certa experiência. 
 
 
10 REESTRUTURAÇÃO, RENOVAÇÃO E UPGRADE 
 
 
Tanto acampamentos quanto colônias de férias precisam de tempos em 
tempos passar por uma reestruturação de seus espaços, uma renovação de seus 
equipamentos e materiais, e um upgrade em suas atividades. Isto é necessário 
porque o público que os frequenta normalmente é o mesmo, se repete em várias 
temporadas, seguidas ou não, e se não houver novidades poderão migrar para 
outros locais. No caso de colônias de férias essa renovação não é fundamental, mas 
é importante; no caso de acampamentos, é comum os acampantes serem fiéis mais 
aos colegas do que ao local, portanto, se o grupo coeso resolver trocar de 
acampamento, haverá uma grande evasão de uma só vez. 
Reestruturar os espaços significa mudar as infraestruturas possíveis, ou 
seja, trocar o que está ultrapassado e acrescentar novas composições. É normal 
encontramos nos empreendimentos locais que foram muito usados em determinada 
época e não são mais, pois não estão mais na moda; esses são os espaços 
candidatos à reestruturação. 
Renovar os equipamentos significa checar periodicamente o patrimônio para 
trocar o que está velho demais, estragado, a ponto de romper ou que oferece algum 
perigo. Normalmente, como os equipamentos não são baratos, faz-se o conserto, 
mas em certos casos não há mais o que consertar e a renovação é o caminho. 
Nessa renovação de equipamentos frequentemente encontramos aparelhos 
de mesma linha só que mais modernos, que oferecem outros recursos, podem ser 
utilizados de outras maneiras, etc. Quando há melhoria no equipamento, chamamos 
de upgrade. 
O upgrade deve acontecer inclusive e principalmente nas atividades de lazer 
desenvolvidas nos empreendimentos. Como as atividades dependem da criatividade 
de seus organizadores, é comum o upgrade a cada temporada, porém, algumas 
vezes esse upgrade exige também a troca, melhoria ou instalação de algum 
 
 AN02FREV001 
 59 
equipamento, nesse caso é feito um estudo financeiro para ver se é viável, prevendo 
também a vida útil do equipamento a ser comprado/instalado. 
 
 
11 TRANSPORTE 
 
 
A questão do transporte, seja do que for, é um fator importante a se analisar 
em um estabelecimento de lazer, pois pode determinar o sucesso de uma atividade, 
o fracasso de um planejamento ou mesmo a segurança de pessoas, que é 
fundamental. 
Sem a condução ou com sistema de transporte precário não haveria o 
empreendimento ou seria inviável, uma vez que não haveria como chegar nada ao 
local ou esse trânsito ficaria prejudicado; equipamentos, materiais, mantimentos ou 
mesmo pessoas (equipe e visitantes) precisam ter como chegar facilmente ao lugar. 
No caso do sistema turístico, o transporte é tratado com destaque, sendo um 
dos elementos que o compõem, estando classificado como um operador de 
mercado, já que une oferta e demanda. 
O transporte deve ser analisado de formas diferentes para acampamentos e 
colônias de férias e depende de: 
 O que, quanto e quando deve ser transportado. 
 Quem, quantos e quando deve ser transportado. 
 
 
11.1 O QUE, QUANTO E QUANDO DEVE SER TRANSPORTADO? 
 
 
O transporte de materiais e equipamentos vai depender do que deve ser 
transportado e a quantidade, além da periodicidade. 
Em colônias de férias, que geralmente funcionam durante 
todo o ano, o transporte de materiais e mantimentos é regular, 
sendo que normalmente são os fornecedores que levam os 
produtos, perecíveis ou não. A colônia pode também ter algum 
 
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transporte próprio ou contratar veículos por serviço executado ou mensalmente, se 
fizer suas compras em lojas de atacado ou centros de abastecimento. Em todos os 
casos é necessário que se verifique a quantidade a ser transportada; se for pequena 
pode ser feita em automóvel utilitário e caminhonete, se for grande, em caminhão 
aberto ou baú. 
Quanto aos equipamentos, geralmente só precisam de transporte no caso 
de manutenção ou troca, em ambos os casos pode ser feita por terceirização ou em 
veículo da colônia; vale aqui a regra do tamanho e quantidade do que deve ser 
transportado, em utilitário, caminhonete ou caminhão. 
No caso de acampamentos, que funcionam somente em temporadas, finais 
de semana, feriados ou quando contratados, o transporte não é regular e dependerá 
da quantidade de materiais, equipamentos e mantimentos a ser transportada e 
também do tipo de estabelecimento, próprio ou alugado. 
Em acampamentos com sede própria os equipamentos não precisam detransporte frequente, portanto não é o caso de manter um veículo para esse fim; já 
em locais alugados esse transporte é necessário toda vez que os serviços forem 
contratados, nesse caso é preciso verificar a quantidade e tamanho dos 
equipamentos para saber o tipo de veículo. Se a contratação for periódica, talvez 
seja preciso manter um veículo próprio, se não for, pode ser locado um transporte 
conforme a necessidade. 
No caso dos materiais, se o acampamento for próprio só 
haverá reposição, se for alugado, todo material é transportado 
quando houver trabalho; em ambos os casos geralmente um 
utilitário próprio dá conta do recado. 
No caso dos mantimentos, toda vez que o acampamento funcionar será 
preciso seu transporte; como não é regular e geralmente é a própria equipe que 
realiza as compras, vai depender da quantidade a ser transportada, mas é comum a 
contratação de veículo grande ou médio por serviço, que leve os mantimentos 
sempre que necessário. 
 
 
 
 
 
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11.2 QUEM, QUANTOS E QUANDO DEVE SER TRANSPORTADO? 
 
 
Transporte de clientes 
No caso de quem deve ser transportado há duas possibilidades: equipe ou 
clientes, tanto no caso de acampamentos quanto de colônias de férias. 
Em colônias de férias a maior parte dos transportes dos clientes geralmente 
é feita em veículo deles próprios, normalmente carros ou vans. Por pertencer a 
associações de classes, pode acontecer também de haver agendamento de um 
grupo homogêneo viajando junto para a mesma colônia ao mesmo tempo; neste 
caso é comum a locação de ônibus para ida e volta, sendo que se a organização da 
viagem foi feita pela colônia, essa contratação é de sua responsabilidade, se for feita 
por organizador externo, como algum representante ou mesmo agência de viagem, 
a contratação é de responsabilidade de quem organizou. 
Em acampamentos o transporte dos clientes é feito sempre em ônibus, 
microônibus e vans, dependendo da quantidade de pessoas a 
serem transportadas, sendo que os carros somente 
transportam em casos excepcionais, quando, por exemplo, 
algum acampante perde a saída do ônibus por chegar atrasado; nem todo 
acampamento tem a política de deixar um carro de apoio para esses casos, o que 
significa que o próprio acampante ou seu responsável terá que providenciar sua ida 
ao acampamento, o que o faz geralmente em carro particular. 
Tanto em contratações como em temporadas regulares de verão ou inverno, 
os acampantes viajam em grupos grandes, geralmente quarenta ou mais; a compra 
de um veículo só será compensadora se o transporte de grupos for frequente, caso 
contrário é aconselhável a locação de veículos por serviço a ser realizado. 
As transportadoras mantêm alguns tipos de ônibus para contratação, 
atualmente quase todos possuem banheiro, ar-condicionado, 
cafeteira e pequena geladeira ou somente essa última. Há ônibus 
de um ou dois andares, chamados Double deck, esses 
geralmente com mesas no piso inferior e visão panorâmica no piso superior. O 
 
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tamanho do ônibus e quantidade de poltronas determinará também o conforto dos 
passageiros; normalmente, quanto maior a quantidade de poltronas, menor será o 
espaço entre elas, e, portanto, menor o conforto. 
A escolha do veículo para contratação dependerá do grupo a ser 
transportado e da distância a ser percorrida. Por exemplo, para grupos de melhor 
idade é aconselhável a locação de veículos mais confortáveis e para grandes 
distâncias também, porém tudo dependerá do capital disponível para tanto, pois 
quanto melhor o veículo, mais caro costuma ser. Nunca se deve esquecer que o 
fator indispensável em qualquer locação é a segurança: JAMAIS se deve alugar um 
veículo com falta de manutenção. 
Não é comum, mas pode acontecer também de os acampantes serem 
provenientes de um polo emissor muito distante do acampamento, 
sendo necessário o transporte em aeronaves; nesse caso 
geralmente o acampamento ou agência de viagem que vendeu o 
produto freta um avião para a ida e volta dos acampantes e providencia 
seu transporte desde o aeroporto. Isto acontece quando há o transporte de muitos 
acampantes da mesma localidade distante, caso contrário não ocorre o fretamento e 
sim a venda de passagens aéreas em voos regulares. O fretamento é interessante 
porque barateia o custo da viagem aérea, porém é necessário que haja número 
suficiente de clientes para lotar ou quase lotar uma aeronave. 
 
Transporte de equipe 
Quanto ao transporte da equipe, há quatro possibilidades: pessoal da 
cozinha, manutenção, lazer e funcional. 
Em colônias de férias, que têm serviço todos os dias, o transporte da equipe 
é regular, sendo que pode ir à colônia por condução própria, transporte público ou 
providenciado pelo empreendimento. Geralmente quando a colônia é responsável 
pelo transporte da equipe, mantém um ônibus próprio ou fretado que leva e trás os 
funcionários todos os dias; se a colônia estiver em zona rural este ônibus precisa ser 
resistente e, portanto, será um veículo simples, tipo de linha; se os acessos forem 
todos asfaltados, poderá ser ônibus tipo viagem. 
Os funcionários que têm horários flexíveis, como alguns 
da equipe de lazer e funcional, precisam providenciar sua própria 
 
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condução. 
Em acampamentos, cujo trabalho não é regular, o transporte da equipe pode 
igualmente ser feito por condução própria ou transporte público, sendo que na 
maioria das vezes é providenciado pelo empreendimento. Geralmente os 
funcionários da cozinha e manutenção, que têm horários específicos e moram 
próximos ao acampamento, são levados todos os dias em ônibus, vans e carros do 
acampamento ou locado por ele; enquanto que a equipe de lazer e funcional é 
transportada nos mesmos ônibus dos acampantes ou em veículos particulares, e 
permanece no acampamento do início ao fim da contratação. Pode acontecer 
também da equipe de cozinha e/ou manutenção não morar próximo ao 
acampamento, mas no polo emissor, como os acampantes e o restante da equipe; 
nesse caso também permanece do início ao fim da contratação no local e só 
precisará de transporte nessas ocasiões. 
 
 
11.3 FROTA: COMPRA OU LOCAÇÃO? 
 
 
Para a escolha dos veículos é necessário analisar vários fatores, o primeiro 
deles é a necessidade de se manter frota própria ou locação, 
regular ou não. A utilização de cada veículo deve ser ponderada 
separadamente: caminhões abertos ou baús, pick-ups, 
utilitários, ônibus, microônibus, vans, automóveis e motos, cada 
um tem sua importância no desenrolar das atividades de colônias 
e acampamentos; alguns são mais necessários que outros; alguns valem a compra, 
outros somente a locação. 
Muitos proprietários de empreendimentos acreditam que comprar seus 
próprios veículos é a solução, pois a locação não costuma ser barata, porém deve-
se calcular muito bem se será compensador. Há o combustível, os possíveis 
pedágios, a contratação dos motoristas, o estacionamento dos veículos, os impostos 
e taxas do governo, o seguro do veículo e de viagem, e a manutenção, que inclui 
limpeza interna, externa e de banheiros, conserto e troca de peças, mão de obra 
 
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especializada terceirizada ou própria, e nesse caso é preciso manter a oficina, todas 
as ferramentas e os equipamentos necessários. 
É claro que quando se aluga um veículo os itens acima mencionados estão 
inclusos nos valores de locação, porém são diluídos e divididos com outros clientes. 
Muitas vezes vale mais a pena pagar para não ter dor de cabeça, pois todo o 
encargo com o veículo recai sobre a transportadora, cabendo ao acampamento ou 
colônia somente o pagamento e cobrança dos serviços a serem executados; se, por 
exemplo, um ônibus quebrar no meio do percurso com todos os clientes dentro, é de 
responsabilidade da transportadora providenciar outro veículo imediatamente para 
continuar o percurso, sendo que esse deveser de categoria igual ou superior ao 
contratado; como fica o mesmo caso se o veículo for próprio e o acampamento só 
tiver um ônibus? Certamente terá que locar um veículo de última hora para continuar 
o trajeto; imagine então se for alta temporada e todas as transportadoras estiverem 
com a frota na rua. Que pesadelo! 
Para os veículos de grande porte como caminhões e ônibus, vale uma 
análise detalhada de sua necessidade, pois a manutenção completa é caríssima. Se 
ainda assim o empreendimento optar pela compra, a escolha do veículo deve ser 
feita com cuidado. A compra desse tipo de veículo usado pode ser um tiro no pé, 
pois geralmente só se vende quando já foi muito usado ou apresenta problemas 
difíceis de solucionar; a frota disponível para venda tem vida média de dez anos. 
Veículos desse tipo novos são mais indicados, porém muito mais caros. 
Para os caminhões, prefira do tipo baú porque é mais seguro para o 
transporte de equipamentos, materiais e mantimentos, inclusive contra intempéries 
do clima. Para os ônibus, vai de acordo com a necessidade do empreendimento, 
mas um modelo básico de um andar, com banheiro, ar-condicionado e serviço de 
comissaria é o mais indicado, pois costuma atender as necessidades de todo tipo de 
clientes e se precisar de apoio de uma transportadora será mais fácil de encontrar 
veículo semelhante. 
Para a compra dos microônibus e vans, a frota de usados também é antiga 
ou muito usada e a dica é a mesma: modelo básico, sendo que o apoio é mais 
complicado, pois a maioria das transportadoras só trabalha com veículos grandes. 
Se optar pela locação de qualquer veículo, antes de aceitar a proposta de 
locação mais barata, cheque a idoneidade da transportadora, a manutenção da 
 
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frota, a quantidade de veículo para saber se poderão lhe atender 
com presteza em caso de emergências, o seguro dos 
veículos e de viagem, a política de trabalho da 
transportadora com seus motoristas, pois há aquelas que 
mantêm esses funcionários rodando por muitas horas seguidas sem descanso ou 
revezamento, o que significa um perigo em potencial, principalmente para o 
transporte de pessoas. 
Por outro lado, ter alguns veículos é fundamental para o bom andamento do 
estabelecimento, é o caso de pick-ups ou utilitários e carros. 
Ter ao menos uma pick-up ou utilitário é interessante porque sempre há o 
transporte de pequenos equipamentos, materiais ou mesmo compra de mantimentos 
a ser feita todos os dias, é o caso de pães, frutas, verduras e legumes; transporte de 
equipamentos de lazer de um local do acampamento a outro, como barracas da sala 
da coordenação ao local do camping, conserto de uma cerca quebrada no final do 
terreno, transporte de toras de madeira para fazer fogueiras, etc. Da mesma forma, 
se puder prefira veículos novos, resistentes, de manutenção mais barata. Há muitas 
pick-ups importadas no mercado, porém, embora sejam belíssimas, sua manutenção 
é caríssima: evite. 
No caso dos carros, são essenciais para o transporte de pequenos 
materiais, mantimentos, equipamentos e pessoas, equipe ou clientes, em diferentes 
momentos como na compra de algum produto de última hora, buscar algum 
funcionário no ponto de ônibus regular, levar recados, bolas, pranchetas e pequenos 
materiais de lazer da coordenação a um campo distante onde acontece a atividade 
ou até mesmo em casos de emergência, quando alguém se machuca e precisa de 
pronto atendimento. 
As motos são um caso à parte, pois sua necessidade vai de acordo com o 
terreno em que está instalado o empreendimento; se o acesso a locais 
distantes ou de camping, por exemplo, for difícil, uma moto tipo 
cross seria aconselhável, desde que alguém da equipe de lazer 
e funcional saiba e possa guiá-la. A manutenção de motos é 
mais barata do que qualquer outro veículo, embora, proporcionalmente seu seguro 
seja mais caro. A locação de motos não é comum e geralmente só é feita em 
localidades de praia e para o lazer de turistas. 
 
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11.4 ACESSOS 
 
 
Os acessos ao local da colônia de férias ou acampamento são 
fundamentais, inclusive para o sucesso do empreendimento. 
Como foi comentado anteriormente, de nada adianta achar um lugar 
maravilhoso se a infraestrutura não atender as necessidades. Os acessos fazem 
parte da infraestrutura básica, pois se não há como chegar ao local ou se os 
acessos forem muito difíceis, inviabiliza o empreendimento. 
Às vezes o problema é relativamente fácil de resolver, 
basta pavimentar um pequeno trecho, ou manter nivelada por 
meio de pedras uma estrada de terra que leva ao 
acampamento; outras vezes a questão depende de órgãos 
públicos, o que torna mais difícil sua solução. 
De qualquer forma, os acessos também determinam os tipos de veículos 
que serão utilizados para chegar ao empreendimento. Vamos supor que a colônia de 
férias esteja localizada em uma ilha fluvial, o acesso ao local dependeria 
de veículos terrestres até o píer, cais ou balsa no continente, 
transporte fluvial até a ilha e talvez outros transportes terrestres já 
na ilha. Em outro exemplo podemos citar um acampamento 
localizado no alto de uma cordilheira, no qual o acesso até o pé 
do morro é todo asfaltado, mas a subida é íngreme e de terra, a qual o ônibus de 
viagem não conseguiria fazer, nesse caso os acampantes desceriam do veículo no 
pé do morro e tomariam outras conduções, com tração 4x4, para chegar ao 
acampamento. 
Analisar os acessos para decidir sobre os transportes é fundamental 
também para determinar os valores que serão cobrados dos participantes, caso o 
transporte seja providenciado pelo empreendimento. 
 
 
 
 
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12 EQUIPE 
 
 
As equipes de acampamento e colônia de férias têm poucas diferenças entre 
si, a variação consiste no tempo em que permanecem no local de trabalho, 
periodicidade, necessidade conforme os produtos e serviços oferecidos, quantidade 
de funcionários devido à grandeza do estabelecimento e tipo de contratação. 
Podemos dividir a equipe em seis setores: 
 Restauração. 
 Governança. 
 Limpeza. 
 Manutenção. 
 Lazer. 
 Administrativo. 
 
 
12.1 RESTAURAÇÃO 
 
 
Cozinheiro(a) – tanto em acampamentos quanto em colônias de férias, não 
costuma haver um chefe de cozinha como nos restaurantes de hotéis, 
a não ser que a colônia seja realmente muito grande e exija um 
profissional desse tipo; o que há é um profissional que cozinha 
muito bem e comanda outros profissionais cozinhando e 
delegando funções. Pode haver mais de um cozinheiro, porém, 
geralmente um só assume a responsabilidade de responder perante um superior 
administrativo. 
O cozinheiro precisa ser ligeiro, trabalhar com destreza, ter raciocínio rápido, 
saber trabalhar sob pressão e em equipe, ensinar quando necessário, conhecer 
muito bem os alimentos, seu tempo de cozimento e conservação, ter noção de 
quantidade de alimentos a comprar e a cozinhar para um grande número de 
 
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pessoas, saber cozinhar pratos diversos e saber seguir receitas; também precisa 
possuir higiene pessoal impecável. Sua função é cobrar a perfeição na higiene do 
ambiente, determinar a quantidade de mantimentos a ser comprada, cozinhar para a 
quantidade de pessoas determinada pelo seu superior e servi-la no horário 
combinado, ser responsável pelo armazenamento, guarda e conservação dos 
alimentos e delegar funções aos outros profissionais da cozinha. 
O cozinheiro de colônia de férias tem trabalho regular, tem um ritmo 
preestabelecido que só é quebrado quando ocorrem eventos maiores aos de 
costume, comanda uma equipe que pode ou não ser fiel a ele mais do que à colônia, 
normalmente tem carteira assinada e volta para casa todos os dias. 
O cozinheiro de acampamento tem um ritmo mais acelerado de trabalho, só 
trabalha quando contratado, normalmente leva sua equipe e o contrato de trabalho é 
por tempo determinado,limitado pelos dias em que está funcionando o 
acampamento, que pode ser de um dia a dois meses seguidos; pode ou não voltar 
para casa todos os dias, dependerá da distância do acampamento a sua casa e do 
que foi combinado na contratação. 
 
Auxiliares de cozinha – tanto em acampamento quanto em colônias há 
vários profissionais desse tipo ajudando no preparo dos alimentos e em tudo o que 
for preciso dentro da cozinha. Alguns auxiliares também cozinham, mas seguem as 
orientações do cozinheiro. 
Precisam ser pessoas dinâmicas, rápidas em suas funções, que aceitam 
ordens com facilidade, preparadas para trabalhar muitas horas por dia, em pé e em 
ambiente fechado, que possuam higiene pessoal e de ambiente impecáveis; 
precisam saber utilizar os equipamentos de cozinha como moedores, 
liquidificadores, processadores, cortadores de frios, amoladores, entre outros; saber 
limpar alimentos, cortar, tirar a pele de aves e gordura de carnes, checar e 
reabastecer os réchauds, fazer sucos e reabastecer os recipientes para bebidas, 
arrumar o refeitório e as mesas para as refeições, fazer a limpeza da cozinha, dos 
equipamentos e do refeitório. 
Geralmente são contratados pelo cozinheiro, mas em caso de colônias 
podem ser contratados pelo administrativo. Assim como os cozinheiros, os auxiliares 
 
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de colônia voltam para dormir em casa todos os dias, já em acampamentos nem 
sempre. 
 
Nutricionista – Nem sempre acampamentos ou colônias têm nutricionistas, 
mas é aconselhável para todos e essencial para acampamentos de saúde. 
Responsável pela elaboração de cardápios simples ou especiais, o nutricionista 
pensa no equilíbrio entre os alimentos a fim de prover a todos dos nutrientes 
necessários para o melhor funcionamento do corpo e da mente. Precisa ser um 
profissional firme em suas decisões, porém flexível no que diz respeito a 
peculiaridades regionais, deve estar atento aos produtos de época, para não sugerir 
no cardápio algo que não se encontra com facilidade ou está com preço muito 
elevado e saber ouvir e levar em conta as sugestões de seus superiores sem 
comprometer a nutrição dos clientes. 
O profissional contratado pela colônia de férias costuma elaborar um 
cardápio por tempo determinado, como semanalmente, mensalmente, 
trimestralmente, sendo que só aparece no local de tempos em tempos, para checar 
se tudo está caminhando de acordo com as orientações passadas quando forneceu 
o cardápio. 
O nutricionista contratado pelo acampamento elabora um cardápio para toda 
a temporada, seja de um dia ou dois meses e nem sempre aparece no 
acampamento, nem para passar informações à equipe de cozinha. Pode ser que 
tenha também que elaborar alguma dieta especial a algum acampante, se assim for 
solicitado com antecedência. 
Em ambos os empreendimentos costumam trabalhar por projeto realizado. 
Já os acampamentos de saúde costumam manter um nutricionista por todo o 
período em que estiver funcionando, seja permanente ou por temporada, a fim de 
analisar caso a caso dos acampantes e sugerir o melhor cardápio, assim como fazer 
o acompanhamento e realizar as modificações no cardápio conforme a necessidade. 
 
Garçons – nem sempre as colônias de férias têm esse profissional em seu 
quadro de funcionários. Algumas trabalham com garçons para servir bebidas no 
refeitório e avisar a equipe de cozinha quando algum réchaud está quase vazio, ou 
 
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nas lanchonetes, como apoio servindo mesas. Precisam ser profissionais hábeis em 
suas funções, rápidos, com equilíbrio e força, educados e pacientes. 
Geralmente não há o serviço de garçons em acampamentos. 
 
 
12.2 GOVERNANÇA 
 
 
Governanta – presente somente em colônias de férias, a governanta precisa 
ser uma pessoa de extrema responsabilidade, ser organizada, saber trabalhar com 
planejamento, com pessoas e em equipe, ter boa liderança e boa comunicação, 
saber trabalhar com rapidez, ter horário flexível, ser observadora e atenta, ter bom 
senso, principalmente no que diz respeito ao pedido de hóspedes, ser educada e 
paciente, pois lida com hóspedes e deve estar apta a resolver suas questões no que 
diz respeito ao apartamento. 
Cabe à governanta: o comando da equipe de governança, a programação e 
organização da limpeza e arrumação das dependências de hospedagem e áreas 
comuns da colônia, principalmente os apartamentos dos hóspedes; o controle de 
toda roupa de cama e banho, programando a limpeza e a reposição, assim como 
controle do inventário; o controle de todo material e equipamento de limpeza 
utilizado; a programação da manutenção da área de hospedagem em conjunto com 
a equipe de manutenção, a supervisão e liberação dos apartamentos para nova 
hospedagem, a aprovação de camareiras para contratação e proposta de demissão 
das camareiras que não atendem às necessidades da colônia, o treinamento de sua 
equipe, a programação da escala e rodízio da equipe de governança, o 
acompanhamento da troca de apartamentos de algum hóspede, a solução de 
problemas e situações de emergência em seu setor (doenças e morte de hóspedes, 
roubos, embriaguez, incêndio, etc.). 
Geralmente há somente uma governanta na colônia, sendo que em seu 
tempo de folga deve deixar uma das camareiras mais experientes como sua 
assistente, responsável pelo serviço e seu superior responsável pela solução de 
algum problema mais grave. Normalmente tem contrato de trabalho permanente 
com a colônia. 
 
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 71 
 
Camareiras – assim como a governanta, as também chamadas de 
arrumadeiras estão presentes somente em colônias de férias e a 
quantidade desse tipo de funcionários vai depender do tamanho do 
setor de hospedagem da colônia. Geralmente em alta temporada 
são contratados mais funcionários em caráter temporário. Podem 
ser tanto homens quanto mulheres, porém a oferta de trabalho 
feminina é muito maior. 
Precisam ser educadas, rápidas em seu trabalho, observadoras, discretas, 
saber trabalhar em equipe, atender ao pedido dos hóspedes no que diz respeito à 
limpeza e arrumação, se não afetar o regulamento da colônia e sempre com 
autorização da governanta. É trabalho das camareiras a arrumação e limpeza das 
dependências de hospedagem da colônia de férias, zelar pela segurança de seu 
setor, comunicando à governanta algum movimento estranho; avisar sobre reparos, 
objetos esquecidos e artigos levados ou danificados no apartamento. Assim como as 
governantas, costumam ter carteira assinada. 
 
 
12.3 LIMPEZA 
 
 
Auxiliar de limpeza – a limpeza das áreas comuns, internas e externas, nos 
acampamentos e colônias de férias é feita por auxiliares de limpeza que podem ou 
não ter um dos seus no comando, assumindo a posição de chefe e respondendo ao 
seu superior, geralmente a governanta. Esses profissionais precisam ter boa 
condição física, ser prestativos, atentos, rápidos em seu trabalho e atender 
com presteza principalmente em urgências. Além da limpeza, precisam 
também comunicar avarias e solicitar a manutenção seu conserto. 
Normalmente são funcionários fixos com carteira assinada nas colônias 
e contratados por trabalho temporário pelo tempo que o acampamento 
está funcionando. 
 
 
 
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12.4 MANUTENÇÃO 
 
 
Piscina – os profissionais que consertam o maquinário que mantém a 
filtragem das piscinas podem ser os mesmos que as limpam, sendo contratados ou 
terceirizados. É deles a responsabilidade da compra dos produtos de limpeza 
especializados, repassando o custo ao administrativo do estabelecimento ou 
solicitando capital para a compra. Pode acontecer de os auxiliares de limpeza serem 
também responsáveis pela higiene das piscinas, nesse caso eles é que devem 
solicitar a compra dos produtos para tal limpeza. 
Conforme o sistema de filtragem e limpeza das piscinas, a sala de máquinas 
pode conter aparelhos relativamente simples ou bastante complicados em seu 
manuseio,de qualquer forma é sempre útil manter um manual explicativo sobre a 
sala de máquinas, caso o profissional responsável pelo setor venha a faltar por 
qualquer motivo ou deixe de trabalhar no empreendimento. 
Esses profissionais precisam ter boa resistência física e atender com rapidez 
sempre que chamados, além de realizar a manutenção das piscinas e sala de 
máquinas, assim como a limpeza com regularidade, controle do PH e cloro da água. 
No caso dos acampamentos, os profissionais das piscinas são chamados 
somente quando estão em funcionamento e entre temporadas algumas vezes, 
mesmo que o acampamento não tenha movimento, a fim de manter relativa higiene 
e conferir o maquinário. 
 
Jardinagem e paisagismo – conforme a área natural do empreendimento é 
aconselhável manter um ou mais funcionários responsáveis pela jardinagem e 
paisagismo do local, ou contratar serviço terceirizado para tal. Geralmente um bom 
jardineiro e um auxiliar dão conta do recado. Para o paisagismo 
inicial geralmente é contratada empresa especializada, para 
posteriormente fazer somente a manutenção e troca das plantas 
por outras iguais ou semelhantes, quando necessário. 
Esse profissional precisa ser alguém com acuidade visual 
 
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 73 
para jardinagem, com sensibilidade, destreza, habilidade e conhecimento sobre o 
plantio, poda e tratamento da terra, árvores, plantas e flores. Se a colônia ou 
acampamento trabalhar com horta, é preciso também conhecimento sobre esse 
setor. 
 
Elétrica, hidráulica e serviços gerais – geralmente há somente um 
profissional para cuidar da manutenção elétrica, hidráulica e de qualquer outro 
serviço que aparecer. Pode ser contratado ou terceirizado e deve entender da parte 
elétrica e hidráulica no que diz respeito à manutenção simples dos equipamentos 
para o funcionamento do local, porém, se acontecer um problema grave da parte 
elétrica é preciso chamar um eletricista especializado, o mesmo ocorre com a parte 
hidráulica. Esse profissional deve se manter atento e checar periodicamente os 
equipamentos do local, informando ao seu superior sempre que houver alguma 
manutenção a ser feita, inclusive para providenciar a compra de materiais, e também 
quando achar que deve fazer alguma manutenção preventiva. 
 
Informática – conforme a quantidade de equipamentos de informática e 
sistema de redes seria interessante manter um administrador de redes na colônia de 
férias, porém, se houver poucos equipamentos e não forem interligados não há 
necessidade, devendo a manutenção ser feita por profissional terceirizado. Esses 
profissionais precisam entender tanto de hardware quanto software, principalmente 
sobre os programas-chave que a colônia utiliza para seu funcionamento; se a 
colônia tiver mandado fazer algum programa específico, quem deverá realizar sua 
manutenção será a empresa que elaborou o programa. 
No caso de acampamentos, normalmente não há necessidade de um 
administrador de redes interno, somente alguém terceirizado, podendo inclusive dar 
manutenção externa, via internet. 
 
 
 
 
 
 
 
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12.5 LAZER 
 
 
Monitores – também chamados de recreadores, animadores ou 
recreacionistas são funcionários fundamentais tanto em colônias de férias como em 
acampamentos. Podem ser contratados por tempo determinado, como em 
acampamentos que têm trabalho intermitente ou fixo com carteira assinada como 
em colônias de férias. Seus horários são flexíveis, em colônias geralmente voltam 
para casa todos os dias, em acampamentos dormem no local e nos dormitórios com 
os acampantes, principalmente se o público for infanto-juvenil. 
A quantidade de monitores necessários dependerá da segmentação de 
demanda, dos objetivos, atividades e do tipo de empreendimento; em 
acampamentos infanto-juvenis, de um modo geral costuma-se trabalhar com 1 
monitor para cada grupo de 4 a 12 crianças ou adolescentes, dependerá da política 
do acampamento; em outros empreendimentos pode haver de 1 a 5 monitores por 
atividade, ou conforme a necessidade. 
Os monitores devem ser responsáveis, organizados, comunicativos, 
simpáticos, extrovertidos, alegres, divertidos, líderes, maleáveis, perspicazes, ter 
capacidade de improviso, saber trabalhar com pessoas e em 
equipe, ter noções e treinamento em primeiros socorros. Podem 
possuir habilidades especiais, como música, dança, esportes, 
teatro, para acrescer seu currículo. 
Cabe ao monitor operacionalizar e aplicar atividades 
recreativas, promover a integração de grupos, auxiliar no 
planejamento das atividades, zelar pelo material de lazer e pela integridade física e 
moral dos participantes, participar das reuniões promovidas pelos coordenadores, 
seguir a política de lazer e o regulamento do empreendimento, principalmente nos 
acampamentos no que diz respeito ao envolvimento com acampantes, pois os 
monitores são pessoas muito cativantes e podem confundir o sentimento de 
acampantes, principalmente os adolescentes. 
 
 
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 75 
Coordenador – também chamado de supervisor, é fundamental tanto em 
acampamentos quanto em colônias de férias, tem trabalho igualmente fixo ou 
temporário e horários flexíveis; como os monitores, voltam para casa no caso de 
colônia e dormem no acampamento, porém não no quartos dos acampantes. 
Geralmente há somente um coordenador no empreendimento ou um supervisor e 
um auxiliar. 
O coordenador precisa ser simpático, comunicativo, entusiasta, organizado, 
acessível, maleável, perspicaz, líder, saber trabalhar com improviso e adaptações de 
espaço e de participantes. O preparo do coordenador começa na monitoria; 
geralmente o coordenador já exerceu a função de monitor por tempo suficiente para 
assumir a posição de comandar uma equipe. 
Ao coordenador cabe contratar e demitir monitores, orientar e supervisionar 
sua equipe, promover reuniões para avaliar o andamento das atividades e propor 
soluções para os problemas abordados, fazer a programação e a escolha das 
atividades a serem aplicadas pelos monitores, conforme as 
características da demanda; checar as dependências, os 
equipamentos e materiais de lazer a fim de reparar, substituir ou 
adquirir o necessário; mediar questões delicadas enfrentadas por 
sua equipe no que diz respeito a participantes e grupos, pode 
substituir o monitor em sua ausência se a equipe ficar desfalcada e assim for 
preciso. 
 
Técnico de lazer e recreação – presente geralmente somente em colônias 
de férias ou acampamentos corporativos, é o profissional que idealiza, organiza, 
divulga, promove, favorece, viabiliza, analisa e desenvolve projetos de eventos 
recreativos. Geralmente contratados por projeto a ser realizado, portanto por tempo 
determinado. 
Precisam analisar criticamente as necessidades do público-alvo e, portanto 
necessitam de conhecimentos sobre os aspectos físicos, filosóficos, sociológicos, 
antropológicos e psicológicos do ser humano, ou seja, compreensão sobre o 
comportamento humano e domínio sobre os espaços disponíveis para aplicação das 
atividades. São líderes por natureza, bem organizados e possuem bons 
conhecimentos culturais e gerais. 
 
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Além do planejamento de eventos recreativos, faz a contratação da equipe e 
prestadores de serviços, a escolha, locação ou compra e supervisão de materiais, 
equipamentos e espaços de lazer e a busca e concretização de parcerias para a 
execução de projetos na área. 
 
Observação: para o bom andamento de todas as atividades e projetos de 
lazer é importante um bom entrosamento entre os três tipos de profissionais de lazer 
citados, assim como com outros profissionais presentes em acampamentos ou 
colônias, conforme a necessidade, características e tipo de empreendimento, como 
arte-educadores, professores, pedagogos, psicólogos, fonoaudiólogos, médicos, 
nutricionistas, treinadores, preparadores físicos, pastores, entre outros. 
 
 
12.6 ADMINISTRATIVODireção – normalmente fazem parte da direção de acampamentos ou 
colônias de férias os proprietários, acionistas ou mantenedores da mesma. São 
pessoas empreendedoras, que empenham seu capital acreditando no negócio 
aberto e lutando pelo sucesso de seu empreendimento. Devem ser líderes, com 
grande capacidade organizacional e administrativa; atuam diretamente com os 
setores gerenciais e também o financeiro, estabelecendo as metas, elaborando o 
planejamento estratégico da empresa e cobrando a excelência na execução dos 
projetos preestabelecidos. 
Um bom diretor de empresa de lazer busca conhecer a fundo todos os 
setores de seu empreendimento, tendo preferivelmente já trabalhado em todos eles, 
ao menos em estágio; procura manter-se atualizado quanto ao 
planejamento de cada setor, assim como sobre os percalços 
do caminho, a fim de auxiliar as gerências sobre as melhores 
saídas; pesquisa e propõe soluções para os problemas 
financeiros enfrentados, assim como busca recursos com 
parecerias interessantes ao empreendimento e ao possível parceiro; aprova o 
planejamento de marketing para a divulgação da empresa, assim como o 
 
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 77 
desenvolvimento de projetos inovadores nos diversos setores de seu negócio; 
valoriza as iniciativas pessoais e de equipes para o crescimento de todos; elabora o 
plano de carreira de cada setor e aprova a promoção em última instância. 
 
Gerência – presentes em acampamentos e colônias de férias; pode haver 
um gerente geral e um ou mais gerentes para cada setor, assim como um só 
gerente que cuida de tudo, dependendo do tamanho ou necessidade de cada 
empreendimento. Costuma ter trabalho permanente e carteira assinada, mesmo em 
acampamentos que funcionam somente parte do ano. Em empreendimentos muito 
pequenos quem assume a função da gerência é o diretor ou um dos diretores. 
O gerente precisa ser comunicativo, ter capacidade organizacional e visão 
para planejamento estratégico; saber trabalhar com pessoas e em equipe, ser líder, 
entusiasta, incentivar sua(s) equipe(s) a empenhar-se ao máximo pelo 
empreendimento, saber analisar o desempenho de cada setor e com os 
responsáveis por cada um procurar as soluções para os diferentes problemas, estar 
aberto a sugestões e propostas de seus subordinados, incentivando as iniciativas 
particulares que buscam o crescimento do negócio; é importante que conheça a 
fundo o setor que administra, assim como sua inter-relação com outros setores, ou, 
no caso do gerente geral, conhecer bem todos os setores da empresa; entrevistar, 
contratar e demitir seus subordinados diretos; procura atingir as metas estabelecidas 
pela direção, elabora relatórios prestando contas a seus superiores. 
 
Financeiro – um ou mais funcionários podem assumir o financeiro do 
acampamento ou colônia, sendo que, assim como a gerência, em empreendimentos 
muito pequenos quem assume a função do financeiro é o diretor ou um 
dos diretores. Geralmente é efetivo da empresa. 
Precisa ser uma pessoa de idoneidade incontestável, 
confiável, responsável, organizada, pontual perante os 
compromissos da empresa e ter visão estratégica. Cabe ao financeiro o controle 
sobre todo o dinheiro que entra e sai da empresa, os diversos pagamentos e 
recebimentos a serem feitos, o contato com os fornecedores e com a contadoria, 
para pagamento dos impostos e funcionários, e a confecção de relatórios para os 
superiores, para o controle da empresa. 
 
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RH (Recursos Humanos) – conforme o tamanho da colônia ou 
acampamento, um ou mais funcionários podem trabalhar como recursos humanos, 
geralmente são efetivos e se empresa for muito pequena o diretor também assume o 
RH. 
Quem cuida do pessoal precisa ser paciente, comunicativo, simpático, 
organizado, conhecer sobre psicologia e sobre as leis que regem o trabalho, além 
dos programas de software pertinentes a seu trabalho. São esses funcionários que 
cuidam da demissão e contratação de pessoal, treinamento, eventos motivacionais e 
tudo o que estiver relacionado com a parte burocrática da equipe. 
 
Contadoria – toda empresa precisa de um contador, interno ou terceirizado, 
é o profissional que trata dos assuntos tributários, como cálculo 
para pagamento de impostos, imposto de renda, abertura e 
fechamento de empresas, etc. É um profissional organizado, 
pontual em seus compromissos para com a empresa, atualizado 
quanto às leis que regulamentam o funcionamento das 
companhias com as quais trabalha e conhecedor dos programas de software 
pertinentes a seu trabalho. 
 
 
12.7 PROFISSIONAIS ESPECÍFICOS 
 
 
Alguns profissionais podem ser precisos para empreendimentos específicos, 
cada qual com suas características, habilidades e funções, que devem ser 
analisadas quando houver necessidade da contratação dessas pessoas. A seguir 
alguns desses profissionais, conforme o tipo de empreendimento: 
 
Acampamentos rurais – profissionais que lidam com a terra e os animais, 
como lavradores, tratadores, agrônomos e veterinários. 
 
 
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Acampamentos de saúde e de integração social – profissionais que tratam 
do bem-estar físico e mental dos participantes como médicos, psicólogos, 
fisioterapeutas, fonoaudiólogos, etc. 
 
Acampamentos educacionais – profissionais da educação como professores, 
pedagogos e psicólogos. 
 
Acampamentos corporativos – profissionais especialistas em administrativo 
e pessoal, como gestores e psicólogos 
 
Acampamentos esportivos – profissionais do esporte como professores de 
educação física, técnicos, treinadores e preparadores físicos 
 
 
12.8 ORGANOGRAMA 
 
 
Cada empresa, seja ela do gênero que for, precisa ter em seu quadro de 
funcionários, graus de hierarquia que devem ser seguidos em cada setor. A seguir 
há uma demonstração de um organograma simples de uma empresa de lazer; 
alguns profissionais podem acumular funções, conforme o tamanho e complexidade 
do empreendimento. Cada empresa deve fazer seu organograma de acordo com 
sua necessidade de setores e funcionários. 
 
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FIM DO MÓDULO II 
 
 
Diretor
Gerente
Geral
Gerente
A & B
Nutricionista
Cozinheiro
Garçons
Auxiliares de 
Cozinha
Gerente
Hospedagem
Governanta
Camareiras
Auxiliares de
Limpeza
Piscineiro
Jardineiro
Serviços 
gerais
Técnico de
Lazer
Coordenador
Monitores
Financeiro
RH Contador
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