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AN02FREV001 37 CURSO DE ACAMPAMENTOS E COLÔNIAS DE FÉRIAS: O TRABALHO E A MONTAGEM MÓDULO II Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para este Programa de Educação Continuada. É proibida qualquer forma de comercialização ou distribuição do mesmo sem a autorização expressa do Portal Educação. Os créditos do conteúdo aqui contido são dados aos seus respectivos autores descritos nas Referências Bibliográficas. AN02FREV001 38 MÓDULO II 5 INFRAESTRUTURA E EQUIPAMENTOS INTERNOS E EXTERNOS No módulo 1 foi comentado sobre a infraestrutura básica, de apoio e turística que são necessárias a uma localidade para que esta seja considerada turística. Os acampamentos e colônias de férias podem ou não estar localizados em pólos turísticos; independentemente, necessitam de uma infraestrutura própria que satisfaça as necessidades e objetivos do empreendimento. Alguns itens são comuns a todos os empreendimentos, outros dependem do tipo de acampamento escolhido. Assim como os espaços, essa infraestrutura pode ser classificada de acordo com sua localização em: Interna. Externa. E separadas por departamento: Restauração. Hospedagem. Lazer. Funcionais. 6 INFRAESTRUTURA INTERNA 6.1 RESTAURAÇÃO Refeitório – espaço destinado à alimentação dos acampantes e monitores em todas as refeições principais e AN02FREV001 39 intermediárias, salvo quando essas são servidas em outras áreas que satisfaçam a necessidade do momento. São três as refeições principais: café da manhã, almoço e jantar. São três as refeições intermediárias: lanche da manhã, lanche tarde e lanche da noite, servidos entre as refeições principais. Alguns acampamentos trabalham com uma merenda a menos, suprimindo o lanche da manhã, mas em geral todos oferecem pelo menos as cinco refeições. No caso das colônias de férias são oferecidas somente as três refeições principais. O refeitório de um acampamento ou colônia de férias deve ser posicionado em localização estratégica, uma vez que é utilizado seis vezes ao dia. Não deve ficar longe dos dormitórios, tampouco longe demais da infraestrutura de lazer; uma posição ideal seria a centralidade. Seria interessante também não colocá-lo muito acima dos outros espaços, pois se os acampantes estiverem atrasados por qualquer motivo para alguma refeição, terão que subir correndo e poderia não fazer bem a sua alimentação. Dentro dos refeitórios costuma haver banheiros para a higienização das mãos ou caso haja necessidade de utilização durante as refeições. Lanchonete – nem todo acampamento possui lanchonete ou espaço destinado a esse fim. A lanchonete é interessante como utilização para as refeições intermediárias, ou, como o próprio nome diz, para os lanches. São refeições rápidas que requerem praticidade tanto na hora de servir quanto na organização e limpeza. Normalmente as lanchonetes de acampamentos estão localizadas próximas à cozinha central, uma vez que dela dependem quase que completamente. Em caso de colônias de férias de grande porte, é aconselhável também a instalação de uma lanchonete em pontos longínquos que necessitem de apoio, como longe do refeitório, porém próximo a quadras, ginásios, ou qualquer espaço de lazer, principalmente os que exigem do participante certo esforço físico; nesses casos a lanchonete precisa ter autonomia quase completa, sem precisar de apoio da cozinha. Dentro ou próximo às lanchonetes também costuma haver banheiros. Cozinha – espaço contíguo ao refeitório encarregado do preparo de todos os alimentos que serão servidos nas seis refeições diárias. Por ser um ambiente no AN02FREV001 40 qual se faz a manipulação de alimentos, deve ser o mais higiênico possível, portanto é um espaço restrito somente a funcionários do setor e eventualmente a algum coordenador; esse preferivelmente não deve adentrar na cozinha, solicitando informações e passando orientações do lado de fora, pela porta, janela ou algum balcão de comunicação entre os ambientes. Dependendo do tamanho do empreendimento, podemos encontrar alguns espaços que fazem parte da cozinha, como câmara fria, para o acondicionamento de perecíveis como carne, peixe, etc.; despensa para guardar alimentos de um modo geral e depósito de resíduos orgânicos, que também deve ser mantido resfriado. Cantina – espaço normalmente próximo ao refeitório que dá suporte no que diz respeito às guloseimas. Na cantina são vendidos alimentos que não são oferecidos nas refeições, como doces, chocolates, balas, refrigerantes e afins. No pacote vendido da temporada dos acampamentos já estão inclusas todas as refeições necessárias; o acampante só utilizará a cantina se quiser satisfazer sua gula e, portanto, pagará à parte por isso. Nem todos os acampamentos possuem cantina e normalmente esta abre somente em horários específicos, como os horários livres, pois na maior parte do tempo os acampantes estão envolvidos em atividades. No caso das colônias de férias, as guloseimas das cantinas são oferecidas normalmente nas lanchonetes. 6.2 HOSPEDAGEM Dormitório – espaço amplo com quartos ou apartamentos, banheiros completos ou somente para banho. Normalmente em acampamentos não há apartamentos, que são quartos com banheiros inclusos, somente em colônias de férias, que por funcionarem como hotéis, com famílias e público heterogêneo, podem possuir desde apartamentos até suítes. Por ser coletivo e AN02FREV001 41 também porque frequentemente é infanto-juvenil, o dormitório é dividido em alas: feminina e masculina e é vetado o trânsito do sexo oposto. Essa medida pode parecer extrema, mas é fundamental para o controle da proximidade dos adolescentes. Chalé – espaço que funciona como o dormitório, porém de tamanho menor. Também possui quartos e banheiros coletivos e geralmente são destinados a um só sexo. Em acampamentos infanto-juvenis procura-se destinar o chalé a crianças e adolescentes de faixas etárias próximas, para a melhor integração e também para facilitar o trabalho dos monitores. Em colônias de férias normalmente encontramos vários chalés; são muito apreciados pelas famílias, pois acomodam muitas pessoas e podem possuir inclusive espaços para a integração, como sala e para alimentação, como copa com alguns equipamentos de cozinha, como geladeira e fogão. Governança – existe somente em colônias de férias, não em acampamentos, e é um espaço destinado à rouparia e limpeza. O trânsito é permitido somente a funcionários do setor, como governanta e camareiras, que fazem a limpeza dos apartamentos e chalés, assim como a troca de roupa de cama e banho. No caso dos acampamentos, são os acampantes que levam sua roupa de cama e banho de casa, assim como a arrumação e limpeza dos quartos. O banheiro geralmente é mantido arrumado pelos acampantes, mas é limpo pela equipe de limpeza do acampamento, pois é de uso coletivo. AN02FREV001 42 6.3 LAZER Ginásios – espaços destinados à prática de esportes, normalmente com quadras poliesportivas e arquibancadas. Normalmente nos ginásios são feitas as apresentações esportivas principais, como começo e fim de olimpíadas internas, jogos de grande rivalidade entre os times, e assim por diante. O ginásio é utilizado também para a realização de algumas festas e atividades, como gincanas, festa junina, apresentações musicais, etc., principalmente em dias de chuva. Quadras cobertas – espaços destinados à prática de esportes. Podem ser de vários tipos: tênis, vôlei, basquete, handebol, futebol de salão ou poliesportivas, nas quais podem ser praticados vários tipos de atividades, como os esportes em questão, queimadas, caranguejobol, jogos de salão,etc. A diferença dos ginásios é que normalmente não possuem arquibancadas para o público, somente alguns bancos para os integrantes dos times. Teatros – presentes tanto em acampamentos como em colônias de férias, são espaços destinados a apresentações de peças teatrais, exibição de filmes, finalizações de atividades, entrega de títulos, medalhas e troféus. Compostos de palco e poltronas geralmente em posição de auditório, além de espaços internos para o preparo das apresentações, como sala de iluminação e som, espaço para guardar cenários, bastidores e camarins. Comportam normalmente a ocupação máxima de uma temporada de acampamento. Salão de jogos – presentes também nos dois tipos de empreendimentos; possuem equipamentos diversos para a diversão e o esporte. Utilizados principalmente em dias de chuva e nas AN02FREV001 43 temporadas de acampamento também nos horários livres. Sala de leitura – costuma existir somente em colônias de férias, destinada ao descanso e leitura de livros, jornais, revistas e gibis. Geralmente é um espaço pequeno, aconchegante e bem iluminado. Sala de TV – presente somente em colônias de férias; servem principalmente para as pessoas que não conseguem ficar sem sua novela, jornal ou futebol. São necessárias porque normalmente os apartamentos não possuem televisão. Sala de artes – destinada ao exercício da criatividade por meio de materiais diversos com a orientação de algum artista, professor ou monitor. Esse espaço precisa ser estruturado para a prática de várias artes, como a serigrafia, xilogravura, pintura, escultura em pedra, gesso, argila, etc., portanto, além de bem iluminado, necessita de pias e torneiras para a limpeza dos equipamentos. A arte produzida nessa sala, independentemente de quem a fez, costuma ser apresentada em exposições para os outros integrantes do acampamento/colônia apreciarem o que foi aprendido pelos alunos. Oficinas – Destinadas ao aprendizado das práticas a que se destina: marcenaria, serralheria, cerâmica, são dirigidas por monitores, professores ou técnicos especializados. Cada oficina deve ter estrutura, equipamentos e materiais próprios. Nem sempre os acampamentos e colônias de férias têm todos os tipos de oficinas, frequentemente possuem só uma ou outra. Os produtos que os acampantes fazem nas oficinas são levados para casa como prova de seu aprendizado; algumas colônias sugerem que esses produtos sejam doados a alguma feira de artesanato com finalidade beneficente. AN02FREV001 44 Sala de ginástica – pode ser destinada à musculação, à prática de aulas diversas, ou ginástica artística; em cada um dos casos possui estrutura e equipamentos distintos. Estão presentes tanto em acampamentos quanto em colônia de férias, sendo que as colônias geralmente têm salas de musculação e para aulas, enquanto que quando os acampamentos têm alguma sala desse tipo, esta é para ginástica artística. Baias / celeiro / galinheiro – espaços destinados à criação de animais, presente em acampamentos educacionais que têm como fundamento o ensinamento da vida na fazenda. Normalmente frequentados por funcionários do setor e visitados pelos acampantes para o acompanhamento das atividades do espaço rural. Geralmente são instalados longe de todas as outras áreas devido à presença de animais, devido ao forte odor e pela segurança dos acampantes, que são muito curiosos e podem infringir as regras de frequência do local. Banheiros e vestiários – espalhados por toda a área de lazer, conforme o tamanho do empreendimento; são necessários para que o frequentador não tenha que andar grandes distâncias para sua utilização. 6.4 FUNCIONAIS Administrativo – setor destinado à direção e gerência, pode ter uma ou mais salas; é aconselhável que seja estabelecido em área central do acampamento para melhor administrar o estabelecimento. Em caso de colônia de férias a centralidade não é tão importante. Nele são exercidas as funções de escritório para a gestão do local, assim como solução de problemas que não estão diretamente ligados a acampantes, pois esses normalmente são resolvidos na coordenação. AN02FREV001 45 Operacional – destinada à coordenação e à equipe de lazer e recreação. Deve ser central e próximo à infraestrutura de lazer. Nesse espaço normalmente são realizados encontros e reuniões entre coordenação e equipe, onde são decididas todas as questões relativas à programação e todos os assuntos relativos aos acampantes e à temporada. É comum também esse espaço abrigar os equipamentos e materiais concernentes às atividades. Manutenção – normalmente composta somente de uma sala para o armazenamento dos equipamentos e materiais próprios à manutenção do local. É de uso restrito dos profissionais que realizam a manutenção e geralmente também é trancada, a fim de evitar que algum acampante se machuque com as ferramentas. 7 INFRAESTRUTURA EXTERNA 7.1 RESTAURAÇÃO Praça de alimentação – presente normalmente somente em colônia de férias; diferentemente de shopping centers, nos quais as praças de alimentação possuem distintos estabelecimentos de restauração ao redor, nas colônias, as praças são espaços externos destinados à alimentação, nos quais os clientes podem fazer suas refeições principais levando seus alimentos em bandejas; ou secundárias, quando as compram nas lanchonetes. Quiosques – são espaços abertos com cobertura, destinados geralmente a piqueniques e churrascos nas colônias de férias e reuniões de grupos em acampamentos. AN02FREV001 46 7.2 LAZER Parque aquático – espaço presente em acampamentos e colônias de férias; possui geralmente mais de uma piscina, sendo pelo menos uma destinada a crianças pequenas. É um dos pontos mais perigosos de qualquer estabelecimento, uma vez que pode vitimar pessoas com facilidade, portanto deve ser foco de atenção máxima relativa à segurança dos acampantes e clientes. Geralmente possui em seu entorno uma lanchonete ou cantina, nos casos de colônias de férias. Campos – locais destinados à prática de esportes e atividades de lazer e recreação que necessitem de bastante espaço. Podem ser de futebol, basebol, softbol, entre outros. Presentes tanto em colônias como em acampamentos. Não há disposição certa para a colocação desta infraestrutura, pode estar próxima ou longínqua da região central. Quadras – locais destinados a esportes diversos, como tênis, deck tênis, espirobol, vôlei, basquete, handebol, futebol ou poliesportivas. Presentes nos dois tipos de estabelecimentos em quantidade e tipos diversos. Como os campos, não há posição certa para a instalação das quadras. Pistas – destinadas a esportes de deslocamento, como corrida, bicicleta, skate e patins. Presentes em acampamentos e colônias, nas quais há principalmente pistas de Cooper, que podem atravessar o local ou circundá-lo. Playground – também chamado de parquinho, esse espaço destinado às crianças possui vários equipamentos construídos em metal, madeira ou plástico. Existe tanto em acampamentos quanto AN02FREV001 47 em colônias de férias e normalmente estão localizados próximos ao alojamento infantil. Arvorismo – infraestrutura geralmente em meio à natureza; utiliza-se das árvores ou suporte semelhante para a realização da atividade. Há distinção na infraestrutura infantil e para adultos. Pode aparecer tanto em acampamentos quanto em colônia de férias. Circo – a infraestrutura circense compreende uma lona erguida em grande espaço aberto e as atividades podem ser realizadas dentro ou fora da lona. Não é necessário estar em acampamento temático para haver a estrutura de circo, basta o empreendimento oferecer as atividades circenses. Temáticos – há vários tipos de infraestruturas temáticas,que podem representar cenas de filmes, locais, regiões ou épocas. Podemos encontrar, por exemplo, imitação de ossos de dinossauros enterrados para as crianças desenterrarem, esculturas de animais selvagens em pedra, madeira ou cimento no meio da mata, etc. Normalmente a temática ocorre nos acampamentos e não nas colônias de férias. 8 EQUIPAMENTOS INTERNOS 8.1 RESTAURAÇÃO Refeitório – Pode conter mesas pequenas para duas, quatro ou seis pessoas, ou geralmente grandes mesas coletivas, para oito, dez, doze ou mais pessoas, além de cadeiras ou bancos. Conforme a utilização do refeitório podem ser mesas, cadeiras e bancos fixos ou móveis, caso o espaço seja usado com outro fim, como apresentações ou AN02FREV001 48 shows. De acordo com o estilo, pode ou não ter mesa para saladas e/ou doces e réchaud quente para alimentos. Geralmente possui um bebedouro e uma lixeira na entrada/saída e/ou no meio do refeitório; algumas colônias e acampamentos possuem também um recipiente para manter sucos gelados durante as refeições. Pode ou não ter linha e aparelho telefônico, se for colônia de férias é possível que tenha, já no caso de acampamentos, vai depender da política do local. Lanchonete – No caso dos acampamentos possui os mesmos itens que o refeitório, só que em menor quantidade, com a diferença de geralmente não ter o réchaud ou as mesas para saladas e sobremesas. No caso das colônias, como também executa a confecção de alguns lanches, necessita de alguns equipamentos simples de cozinha, como fogão, chapa, microondas, geladeira, freezer, liquidificador (geralmente industrial), cafeteira, lixeira, travessas, jarras, pegadores, talheres, copos, pratos, porta canudo e guardanapo e outros utensílios necessários à elaboração dos lanches. Pode ou não ter linha e aparelho telefônico, da mesma forma que no refeitório. Cozinha – Por ser de categoria industrial, praticamente todos os equipamentos e materiais também são de característica ou quantidade industrial, isso quer dizer que os equipamentos devem ser comprados em lojas especializadas e os materiais geralmente em hipermercados de venda a atacado. As cozinhas podem ter um ou mais equipamentos do mesmo tipo, de acordo com a quantidade de refeições que servem ao mesmo tempo. Encontramos geralmente nas cozinhas de acampamentos e colônias: grandes fogões, exaustores, fornos, chapas, grelhas, microondas, geladeiras, freezers, máquinas para lavar louça, lixeiras, balcões, mesas, prateleiras, liquidificadores, processadores, batedeiras, cortadores de frios, moedores e picadores, cafeteiras; panelas, assadeiras, tigelas e travessas de diversos tipos e tamanhos, jarras, facas e facões, colheres, garfos, escumadeiras, pegadores, conchas e todo o tipo de utensílio necessário para a confecção dos alimentos, além de pratos, copos e talheres para os frequentadores. AN02FREV001 49 Nas despensas encontramos várias prateleiras e armários para armazenamento dos alimentos. A cozinha é um dos ambientes mais complicados no que diz respeito à higienização devido à manipulação de alimentos constante. Cantina – Possui prateleiras e mostruários de salgados e doces, geladeira para os sucos e refrigerantes e freezer para os sorvetes; pegadores, pratos, copos, porta canudos e guardanapos, além de lixeira. 8.2 HOSPEDAGEM Dormitórios – Podem ter camas de solteiro ou casal, beliches ou bicamas, assim como armários, prateleiras, maleiros e lixeiras. Nos acampamentos o mais comum é encontrar beliches e prateleiras para guardar os pertences. Os banheiros de colônias podem ser individuais, mas em banheiros de acampamento geralmente há chuveiros coletivos, com várias duchas no mesmo espaço, várias cabines para os vasos sanitários, lixeiras e várias pias. Uma reclamação comum, geralmente nos banheiros femininos de adolescentes, refere-se ao tamanho e quantidade dos espelhos, que por maior que sejam, em sua opinião, sempre serão pequenos! Chalés – possuem equipamentos semelhantes aos dormitórios, com a diferença de que, em caso de colônias de férias, pode conter também uma sala com sofá ou sofá-cama e televisão, além de equipamentos necessários a refeições, como geladeira, fogão, microondas, mesa ou balcão e cadeiras, que podem estar em uma cozinha ou em espaço contíguo a sala. Governança – possui equipamentos para a limpeza e arrumação dos dormitórios e banheiros, como roupa de cama e banho, amenities, AN02FREV001 50 vassouras, rodos, baldes, escovas, panos, aspirador de pó, carrinho de serviço e produtos de limpeza. 8.3 LAZER Ginásio e quadras – possuem equipamentos para a prática de esportes, como traves e redes para futebol e handebol, suporte e cesta para basquete, suporte e rede para vôlei, rede para tênis, bancos tipo sueco para os times, placar, mesas e cadeiras para os juízes, grades e redes de proteção. Geralmente as bolas de todos os tipos ficam guardadas em armários na coordenação dos acampamentos ou sala específica a esse fim em colônias. Normalmente contam também com iluminação potente, principalmente para esportes praticados à noite. Teatros – Por ser um espaço com ambientes distintos, cada ambiente possui seus equipamentos próprios, como poltronas no auditório; equipamento para controle do som e iluminação em sala específica; penteadeira, cadeiras, poltronas, espelhos e araras de roupas nos camarins; cortinas no palco, potentes equipamentos de iluminação no teto, prateleiras e armários para guardar peças de cenários, etc. Salão de jogos – Conforme a destinação: adulto, infantil ou misto, pode haver equipamentos distintos, entre eles: mesa de bilhar, tênis de mesa (também chamado pingue-pongue), mesa de pebolim (também chamado totó), mesa para carteado (buraco, tranca, etc.), mesa de futebol de botão, mesas diversas para jogos como dominó, dama, xadrez, etc., alvo e dardos, cadeiras para os jogos que assim necessitam, tacos de bilhar, bolas específicas, baralho, pedras de dominó, xadrez e dama, lousas para marcação de pontos e assim por diante. Todo o equipamento ou material AN02FREV001 51 pequeno normalmente é guardado em sala destinada a esse fim ou na coordenação do acampamento. É interessante lembrar que jogos de azar são proibidos no país, ou seja, os jogos em que se apostam somas em dinheiro não são permitidos. O objetivo tanto de acampamentos quanto de colônias de férias é a integração com a natureza, a convivência sadia e amizade entre as pessoas, portanto é desaconselhável em ambos os empreendimentos a instalação de jogos de computador, games e outros equipamentos eletrônicos, uma vez que dificultam esse entrosamento, assim como podem ser encontrados facilmente em outros locais, como shopping centers, parques de diversões, bem como nos lares dos participantes. Sala de leitura – costuma conter uma pequena biblioteca com livros, revistas e gibis sobre assuntos diversos, organizados em prateleiras ou estantes, mesas, cadeiras confortáveis, sofás e poltronas, pufes e até mesmo redes, dependendo da localidade do empreendimento. Sala de TV – possui um ou mais aparelhos televisivos, poltronas, sofás, cadeiras, mesas de centro. Quando há na sala pequenos aparelhos de TV espalhados, esses costumam ser posicionados no alto, para que todos vejam, porém o mais comum é encontrar apenas uma televisão grande colocada na altura dos olhos e talvez outra menor em outro ponto distante da sala, para quem está nos fundos poder acompanhar melhor o programa. Sala de artes – Os equipamentos e materiais contidos nesta sala vão depender do tipo de atividade desenvolvida, por exemplo, se for serigrafia, os participantes trabalharão com tintas, rodos, bastidores, tecido (camisetas, panos de prato, etc.,) e mesas de fixação ou morças, além de varais e prendedores.Se for xilogravura, há pranchas de madeira, goivas, prensa, tinta, rolo, papéis e grelhas para secagem. Se for algum tipo de escultura, vai depender também do material, por exemplo, trabalhos em pedra exigem a rocha e o cinzel e talvez argila para fazer AN02FREV001 52 uma prévia; as pinturas exigem cavalete, tela, tintas, pincéis, goivas, potes, água, solventes, e assim por diante. Em quase todos os casos serão utilizadas mesas, cadeiras, armários e lixeiras, além de lousa ou flip chart para auxiliar o instrutor em suas explicações. Oficinas – assim como nas salas de arte, os equipamentos e materiais nas oficinas vão depender do objetivo a que se destina. Se for uma marcenaria, por exemplo, podem ser encontrados: bancada, serra de fita, serra circular, lixadeira, plaina, furadeira, torno manual ou mecânico, entre outros equipamentos, dependendo do tipo de serviço a ser executado. Em serralherias encontramos bancadas, furadeiras, dobradeira, prensa, guilhotina, serras, esmeril, soldas, etc. Em oficinas de cerâmica, além da matéria-prima, que pode ser o barro, há o banco de torno, tintas, pincéis, desbastadores, moldes, fornos para queima do produto, entre outros. É prudente lembrar que em qualquer oficina é necessário equipamento próprio de segurança, como aventais, luvas, óculos, botas, etc. Sala de ginástica – conforme o tipo de ginástica são necessários equipamentos e materiais distintos. Para salas de aulas de ginástica podem ser utilizados espelhos em ao menos uma das paredes, colchonetes, steps, pesos, bastões, cordas, trampolins individuais, bolas, aparelho de som, entre outros. Para salas de musculação serão colocados os equipamentos próprios, como bicicletas, esteiras, halteres, supinos, extensores, adutores, leg press, cross over, entre outros, além de espelhos por todo o recinto. Nas salas de ginástica artística encontramos traves, colchões de dois ou três tipos, trampolins, camas elásticas, barras paralelas ou assimétricas, argolas, cavalo, entre outros. Baias/celeiro/galinheiro – nos locais de criação de animais encontramos normalmente somente o cocho de alimentação, além de feno ou palha. Em celeiros ou salas para guardar equipamentos rurais teremos selas, estribos, freios, amarras e todo material necessário para equitação. AN02FREV001 53 Banheiros e vestiários – por serem coletivos, há algumas duchas num mesmo box, várias cabines com vasos sanitários, armários em geral de metal, próprios para vestiários, bancos de madeira, pias, espelhos e lixeiras. O chão normalmente é forrado de borracha, para evitar escorregões. 8.4 FUNCIONAIS Administrativo – basicamente este é um espaço de escritório, portanto deverá ter mesas e cadeiras, armários, arquivos, lixeiras, computadores, calculadoras, fax, impressora, aparelhos telefônicos, materiais de escritório como pastas, papéis, envelopes, canetas, grampeadores, furadores, etc., além de toda documentação utilizada no empreendimento. Operacional – a coordenação assemelha-se a um escritório no que diz respeito aos coordenadores, portanto, para eles haverá mesas, cadeiras, armários, lixeira, computadores e todo material descrito acima, além de uma mesa grande com cadeiras, lousa ou flip chart para reunião da equipe de lazer e recreação, uma sala contígua com prateleiras ou armários para a guarda de todo o material de esportes e lazer descrito anteriormente, como bolas, tacos, raquetes, redes, etc. entre outros, como peteca, bolas de gude, peão, pipas (também chamadas papagaio), apitos diversos, skate, etc. Outros materiais de papelaria que são utilizados pelos participantes também são guardados na coordenação, como cartolinas, canetas hidrográficas, lápis de cor, giz de cera, tinta guache, tinta para pintura a dedo, tinta para pele, massa para modelar, etc., além de fantasias diversas para diferentes ocasiões. Outro item importante muito utilizado em acampamentos que também é guardado na coordenação é o walkie-talkie, utilizados para a comunicação entre monitores e coordenadores quando muito distantes entre si. AN02FREV001 54 Manutenção – Os equipamentos e materiais da sala de manutenção dependem do que o empreendimento comporta, por exemplo, se tiver piscinas, terá que ter redes para coleta de sujeira, mangueira e aspirador para limpeza, cloro, clarificante, etc. Se tiver grama por todo lado, um cortador de grama seria fundamental, além de equipamentos para jardinagem, como podão, tesoura, luva, etc., ferramentas diversas como chaves de fenda, chaves Phillips, alicates diversos, martelos, pregos, parafusos e buchas, furadeira manual, serra tico-tico, serra de arco, serrote, etc. Equipamentos de limpeza e manutenção da terra e dos jardins também ficam neste local, como vassouras e rastelo, mangueiras, enxadas, pás, facões, machados, carrinho de mão, etc. 9 EQUIPAMENTOS EXTERNOS 9.1 RESTAURAÇÃO Praça de alimentação – Mesas de diversos tamanhos, cadeiras, guarda-sóis e lixeiras normalmente são os itens que compõem este espaço. Em acampamentos e colônias com preocupação ambiental encontramos a coleta seletiva de lixo, portanto as lixeiras são específicas para plástico, metal, vidro, papel e material orgânico. O mesmo tipo de lixeira seletiva poderá ser encontrado também no refeitório, lanchonete e cantina. Quiosques – esse espaço contém mesas e bancos geralmente grandes para acomodação de dez ou mais pessoas, feitos de madeira ou alvenaria, mas pode conter mesas e cadeiras menores. Geralmente tem pia, torneira e bancada, alguns quiosques possuem churrasqueira com grelha, chapa e espetos; outros possuem uma lona que pode ser puxada nas laterais para os dias de chuva. Todos devem ter lixeiras, seletivas ou não. AN02FREV001 55 9.2 HOSPEDAGEM Dormitórios – podemos encontrar em alguns dormitórios, apartamentos ou chalés, espaços externos como sacadas e varandas; neles frequentemente há a presença de redes, poltronas, espreguiçadeiras e às vezes pufes e mesas de centro. 9.3 LAZER Parque aquático – conforme o tipo e tamanho desse espaço é comum encontrar vários tipos de equipamentos de lazer aquático, como escorregadores, trampolins, toboáguas, chafarizes, cascatas, duchas, decks, bonecos confeccionados em fibra de vidro e resina, que podem ou não ser articulados, boias diversas, etc. Encontramos também espreguiçadeiras, cadeiras e mesas de plástico ou madeira, guarda-sóis e cadeiras de salva-vidas. Campos – Nos campos encontramos somente traves e redes para futebol, além de bancos tipo sueco e por vezes alguma cobertura contra sol e chuva nas laterais, onde ficam os times reserva e treinadores. Se o campo for para basebol ou softbol, teremos as bases de acordo com os limites do campo desenhado no chão. Normalmente contam com iluminação potente, principalmente para esportes praticados à noite. Quadras – conforme o tipo terá equipamentos e materiais distintos, como rede para tênis e deck tênis, mastro para espirobol com cordão e bola (guardada na coordenação), mastros e rede para voleibol, suporte e cesta para basquetebol, trave e rede para handebol ou AN02FREV001 56 futebol, bancos tipo sueco para os times, mesas e cadeiras para os juízes. Igualmente aos campos, contam com iluminação potente para esportes noturnos. Pistas – As pistas de corrida (ou Cooper) e as ciclovias necessitam somente de marcação de quilometragem percorrida, geralmente gravada no chão ou em postes nas laterais da pista; as pistas são normalmente delimitadas por diferença entre tipos de solo ou com alguma demarcação como troncos ou pedras pintados de branco; ao longo do caminho pode haver equipamentos para a prática de aquecimento e alongamento dos músculos, como barras em alturas diversas que podem ser de metal ou madeira.As pistas para bicicross são irregulares, com várias rampas e curvas acentuadas, geralmente feitas em terra e delimitadas por mastros e fitas ao longo do caminho. Atravessando o início da pista pode haver uma armação de metal que é levantada quando há competições, para determinar que todos os concorrentes saiam ao mesmo tempo. As pistas de skate e patins são formadas por rampas e montes, algumas com obstáculos; geralmente são feitas de concreto bem liso. Playground – São formados por um espaço geralmente forrado por terra ou, os mais modernos, por uma cobertura antiderrapante de borracha. Neles há vários equipamentos para a diversão das crianças como escorregador, balanças, gira-gira, gangorra, trepa-trepa, entre outros. Arvorismo e tirolesa – essa modalidade de esporte radical, que pode ou não estar em acampamentos de aventura, requer em primeiro lugar árvores de tronco resistente e relativamente próximas, ou o estabelecimento pode escolher aonde colocar os troncos artificiais ou naturais tratados, fincando-os no solo e fazendo o seu próprio percurso, não dependendo do desenho natural da mata. Para interligar um tronco a outro na copa das árvores ou no topo do tronco artificial são utilizados vários recursos nos diversos trechos, como cordas, estribos, tambores de metal, redes, etc. Em todos os casos são também fixados cabos de aço para a segurança AN02FREV001 57 dos participantes, que deverão se equipar com cadeirinhas de alpinismo presas nos cabos de aço em cada trecho, além de usar capacetes e luvas (materiais devidamente armazenados na coordenação). O percurso completo geralmente é composto por várias etapas com dificuldades que variam entre básico, intermediário e avançado. Cada etapa pode terminar em uma tirolesa, composta por cabo de aço e suporte com roldana, no qual o participante se prenderá e escorregará pelo cabo até o solo ou, por vezes, em algum lago. Circo – nos espaços circenses podem-se encontrar colchões finos e grossos, trampolins, trapézio, cama elástica, pano elástico, bolas e tábuas de tamanhos diversos para equilibrismo, etc., além de roupas para ginástica e fantasias. Vários equipamentos de segurança são utilizados, como cadeirinhas de alpinismo, cabos de aço, redes de proteção, estrutura de metal que suporta pesos elevados no topo da lona, entre outros. Temáticos – Os equipamentos e materiais utilizados nos espaços temáticos estão sujeitos à infraestrutura imaginada; não há como fazer uma previsão, já que a atividade é exclusiva de cada acampamento, e depende da criatividade dos organizadores. Paredes de escalada – presentes normalmente em acampamentos de aventura ou colônias com esse fim, as paredes são estruturas geralmente artificiais, montadas em área aberta, que contêm vários suportes para pés e mãos em sua extensão. No alto da parede há uma armação em aço, com cabos também em aço que sustentam os participantes em sua escalada; estes deverão utilizar equipamento de alpinismo de segurança, como cadeirinha e capacete. As paredes podem ser instaladas em espaço interno amplo, como em ginásios, por exemplo; podem também ser feitas em espaços naturais, aproveitando- se de paredes rochosas e suas reentrâncias e acrescentando suportes artificiais AN02FREV001 58 quando necessário; neste caso normalmente são utilizadas por participantes com certa experiência. 10 REESTRUTURAÇÃO, RENOVAÇÃO E UPGRADE Tanto acampamentos quanto colônias de férias precisam de tempos em tempos passar por uma reestruturação de seus espaços, uma renovação de seus equipamentos e materiais, e um upgrade em suas atividades. Isto é necessário porque o público que os frequenta normalmente é o mesmo, se repete em várias temporadas, seguidas ou não, e se não houver novidades poderão migrar para outros locais. No caso de colônias de férias essa renovação não é fundamental, mas é importante; no caso de acampamentos, é comum os acampantes serem fiéis mais aos colegas do que ao local, portanto, se o grupo coeso resolver trocar de acampamento, haverá uma grande evasão de uma só vez. Reestruturar os espaços significa mudar as infraestruturas possíveis, ou seja, trocar o que está ultrapassado e acrescentar novas composições. É normal encontramos nos empreendimentos locais que foram muito usados em determinada época e não são mais, pois não estão mais na moda; esses são os espaços candidatos à reestruturação. Renovar os equipamentos significa checar periodicamente o patrimônio para trocar o que está velho demais, estragado, a ponto de romper ou que oferece algum perigo. Normalmente, como os equipamentos não são baratos, faz-se o conserto, mas em certos casos não há mais o que consertar e a renovação é o caminho. Nessa renovação de equipamentos frequentemente encontramos aparelhos de mesma linha só que mais modernos, que oferecem outros recursos, podem ser utilizados de outras maneiras, etc. Quando há melhoria no equipamento, chamamos de upgrade. O upgrade deve acontecer inclusive e principalmente nas atividades de lazer desenvolvidas nos empreendimentos. Como as atividades dependem da criatividade de seus organizadores, é comum o upgrade a cada temporada, porém, algumas vezes esse upgrade exige também a troca, melhoria ou instalação de algum AN02FREV001 59 equipamento, nesse caso é feito um estudo financeiro para ver se é viável, prevendo também a vida útil do equipamento a ser comprado/instalado. 11 TRANSPORTE A questão do transporte, seja do que for, é um fator importante a se analisar em um estabelecimento de lazer, pois pode determinar o sucesso de uma atividade, o fracasso de um planejamento ou mesmo a segurança de pessoas, que é fundamental. Sem a condução ou com sistema de transporte precário não haveria o empreendimento ou seria inviável, uma vez que não haveria como chegar nada ao local ou esse trânsito ficaria prejudicado; equipamentos, materiais, mantimentos ou mesmo pessoas (equipe e visitantes) precisam ter como chegar facilmente ao lugar. No caso do sistema turístico, o transporte é tratado com destaque, sendo um dos elementos que o compõem, estando classificado como um operador de mercado, já que une oferta e demanda. O transporte deve ser analisado de formas diferentes para acampamentos e colônias de férias e depende de: O que, quanto e quando deve ser transportado. Quem, quantos e quando deve ser transportado. 11.1 O QUE, QUANTO E QUANDO DEVE SER TRANSPORTADO? O transporte de materiais e equipamentos vai depender do que deve ser transportado e a quantidade, além da periodicidade. Em colônias de férias, que geralmente funcionam durante todo o ano, o transporte de materiais e mantimentos é regular, sendo que normalmente são os fornecedores que levam os produtos, perecíveis ou não. A colônia pode também ter algum AN02FREV001 60 transporte próprio ou contratar veículos por serviço executado ou mensalmente, se fizer suas compras em lojas de atacado ou centros de abastecimento. Em todos os casos é necessário que se verifique a quantidade a ser transportada; se for pequena pode ser feita em automóvel utilitário e caminhonete, se for grande, em caminhão aberto ou baú. Quanto aos equipamentos, geralmente só precisam de transporte no caso de manutenção ou troca, em ambos os casos pode ser feita por terceirização ou em veículo da colônia; vale aqui a regra do tamanho e quantidade do que deve ser transportado, em utilitário, caminhonete ou caminhão. No caso de acampamentos, que funcionam somente em temporadas, finais de semana, feriados ou quando contratados, o transporte não é regular e dependerá da quantidade de materiais, equipamentos e mantimentos a ser transportada e também do tipo de estabelecimento, próprio ou alugado. Em acampamentos com sede própria os equipamentos não precisam detransporte frequente, portanto não é o caso de manter um veículo para esse fim; já em locais alugados esse transporte é necessário toda vez que os serviços forem contratados, nesse caso é preciso verificar a quantidade e tamanho dos equipamentos para saber o tipo de veículo. Se a contratação for periódica, talvez seja preciso manter um veículo próprio, se não for, pode ser locado um transporte conforme a necessidade. No caso dos materiais, se o acampamento for próprio só haverá reposição, se for alugado, todo material é transportado quando houver trabalho; em ambos os casos geralmente um utilitário próprio dá conta do recado. No caso dos mantimentos, toda vez que o acampamento funcionar será preciso seu transporte; como não é regular e geralmente é a própria equipe que realiza as compras, vai depender da quantidade a ser transportada, mas é comum a contratação de veículo grande ou médio por serviço, que leve os mantimentos sempre que necessário. AN02FREV001 61 11.2 QUEM, QUANTOS E QUANDO DEVE SER TRANSPORTADO? Transporte de clientes No caso de quem deve ser transportado há duas possibilidades: equipe ou clientes, tanto no caso de acampamentos quanto de colônias de férias. Em colônias de férias a maior parte dos transportes dos clientes geralmente é feita em veículo deles próprios, normalmente carros ou vans. Por pertencer a associações de classes, pode acontecer também de haver agendamento de um grupo homogêneo viajando junto para a mesma colônia ao mesmo tempo; neste caso é comum a locação de ônibus para ida e volta, sendo que se a organização da viagem foi feita pela colônia, essa contratação é de sua responsabilidade, se for feita por organizador externo, como algum representante ou mesmo agência de viagem, a contratação é de responsabilidade de quem organizou. Em acampamentos o transporte dos clientes é feito sempre em ônibus, microônibus e vans, dependendo da quantidade de pessoas a serem transportadas, sendo que os carros somente transportam em casos excepcionais, quando, por exemplo, algum acampante perde a saída do ônibus por chegar atrasado; nem todo acampamento tem a política de deixar um carro de apoio para esses casos, o que significa que o próprio acampante ou seu responsável terá que providenciar sua ida ao acampamento, o que o faz geralmente em carro particular. Tanto em contratações como em temporadas regulares de verão ou inverno, os acampantes viajam em grupos grandes, geralmente quarenta ou mais; a compra de um veículo só será compensadora se o transporte de grupos for frequente, caso contrário é aconselhável a locação de veículos por serviço a ser realizado. As transportadoras mantêm alguns tipos de ônibus para contratação, atualmente quase todos possuem banheiro, ar-condicionado, cafeteira e pequena geladeira ou somente essa última. Há ônibus de um ou dois andares, chamados Double deck, esses geralmente com mesas no piso inferior e visão panorâmica no piso superior. O AN02FREV001 62 tamanho do ônibus e quantidade de poltronas determinará também o conforto dos passageiros; normalmente, quanto maior a quantidade de poltronas, menor será o espaço entre elas, e, portanto, menor o conforto. A escolha do veículo para contratação dependerá do grupo a ser transportado e da distância a ser percorrida. Por exemplo, para grupos de melhor idade é aconselhável a locação de veículos mais confortáveis e para grandes distâncias também, porém tudo dependerá do capital disponível para tanto, pois quanto melhor o veículo, mais caro costuma ser. Nunca se deve esquecer que o fator indispensável em qualquer locação é a segurança: JAMAIS se deve alugar um veículo com falta de manutenção. Não é comum, mas pode acontecer também de os acampantes serem provenientes de um polo emissor muito distante do acampamento, sendo necessário o transporte em aeronaves; nesse caso geralmente o acampamento ou agência de viagem que vendeu o produto freta um avião para a ida e volta dos acampantes e providencia seu transporte desde o aeroporto. Isto acontece quando há o transporte de muitos acampantes da mesma localidade distante, caso contrário não ocorre o fretamento e sim a venda de passagens aéreas em voos regulares. O fretamento é interessante porque barateia o custo da viagem aérea, porém é necessário que haja número suficiente de clientes para lotar ou quase lotar uma aeronave. Transporte de equipe Quanto ao transporte da equipe, há quatro possibilidades: pessoal da cozinha, manutenção, lazer e funcional. Em colônias de férias, que têm serviço todos os dias, o transporte da equipe é regular, sendo que pode ir à colônia por condução própria, transporte público ou providenciado pelo empreendimento. Geralmente quando a colônia é responsável pelo transporte da equipe, mantém um ônibus próprio ou fretado que leva e trás os funcionários todos os dias; se a colônia estiver em zona rural este ônibus precisa ser resistente e, portanto, será um veículo simples, tipo de linha; se os acessos forem todos asfaltados, poderá ser ônibus tipo viagem. Os funcionários que têm horários flexíveis, como alguns da equipe de lazer e funcional, precisam providenciar sua própria AN02FREV001 63 condução. Em acampamentos, cujo trabalho não é regular, o transporte da equipe pode igualmente ser feito por condução própria ou transporte público, sendo que na maioria das vezes é providenciado pelo empreendimento. Geralmente os funcionários da cozinha e manutenção, que têm horários específicos e moram próximos ao acampamento, são levados todos os dias em ônibus, vans e carros do acampamento ou locado por ele; enquanto que a equipe de lazer e funcional é transportada nos mesmos ônibus dos acampantes ou em veículos particulares, e permanece no acampamento do início ao fim da contratação. Pode acontecer também da equipe de cozinha e/ou manutenção não morar próximo ao acampamento, mas no polo emissor, como os acampantes e o restante da equipe; nesse caso também permanece do início ao fim da contratação no local e só precisará de transporte nessas ocasiões. 11.3 FROTA: COMPRA OU LOCAÇÃO? Para a escolha dos veículos é necessário analisar vários fatores, o primeiro deles é a necessidade de se manter frota própria ou locação, regular ou não. A utilização de cada veículo deve ser ponderada separadamente: caminhões abertos ou baús, pick-ups, utilitários, ônibus, microônibus, vans, automóveis e motos, cada um tem sua importância no desenrolar das atividades de colônias e acampamentos; alguns são mais necessários que outros; alguns valem a compra, outros somente a locação. Muitos proprietários de empreendimentos acreditam que comprar seus próprios veículos é a solução, pois a locação não costuma ser barata, porém deve- se calcular muito bem se será compensador. Há o combustível, os possíveis pedágios, a contratação dos motoristas, o estacionamento dos veículos, os impostos e taxas do governo, o seguro do veículo e de viagem, e a manutenção, que inclui limpeza interna, externa e de banheiros, conserto e troca de peças, mão de obra AN02FREV001 64 especializada terceirizada ou própria, e nesse caso é preciso manter a oficina, todas as ferramentas e os equipamentos necessários. É claro que quando se aluga um veículo os itens acima mencionados estão inclusos nos valores de locação, porém são diluídos e divididos com outros clientes. Muitas vezes vale mais a pena pagar para não ter dor de cabeça, pois todo o encargo com o veículo recai sobre a transportadora, cabendo ao acampamento ou colônia somente o pagamento e cobrança dos serviços a serem executados; se, por exemplo, um ônibus quebrar no meio do percurso com todos os clientes dentro, é de responsabilidade da transportadora providenciar outro veículo imediatamente para continuar o percurso, sendo que esse deveser de categoria igual ou superior ao contratado; como fica o mesmo caso se o veículo for próprio e o acampamento só tiver um ônibus? Certamente terá que locar um veículo de última hora para continuar o trajeto; imagine então se for alta temporada e todas as transportadoras estiverem com a frota na rua. Que pesadelo! Para os veículos de grande porte como caminhões e ônibus, vale uma análise detalhada de sua necessidade, pois a manutenção completa é caríssima. Se ainda assim o empreendimento optar pela compra, a escolha do veículo deve ser feita com cuidado. A compra desse tipo de veículo usado pode ser um tiro no pé, pois geralmente só se vende quando já foi muito usado ou apresenta problemas difíceis de solucionar; a frota disponível para venda tem vida média de dez anos. Veículos desse tipo novos são mais indicados, porém muito mais caros. Para os caminhões, prefira do tipo baú porque é mais seguro para o transporte de equipamentos, materiais e mantimentos, inclusive contra intempéries do clima. Para os ônibus, vai de acordo com a necessidade do empreendimento, mas um modelo básico de um andar, com banheiro, ar-condicionado e serviço de comissaria é o mais indicado, pois costuma atender as necessidades de todo tipo de clientes e se precisar de apoio de uma transportadora será mais fácil de encontrar veículo semelhante. Para a compra dos microônibus e vans, a frota de usados também é antiga ou muito usada e a dica é a mesma: modelo básico, sendo que o apoio é mais complicado, pois a maioria das transportadoras só trabalha com veículos grandes. Se optar pela locação de qualquer veículo, antes de aceitar a proposta de locação mais barata, cheque a idoneidade da transportadora, a manutenção da AN02FREV001 65 frota, a quantidade de veículo para saber se poderão lhe atender com presteza em caso de emergências, o seguro dos veículos e de viagem, a política de trabalho da transportadora com seus motoristas, pois há aquelas que mantêm esses funcionários rodando por muitas horas seguidas sem descanso ou revezamento, o que significa um perigo em potencial, principalmente para o transporte de pessoas. Por outro lado, ter alguns veículos é fundamental para o bom andamento do estabelecimento, é o caso de pick-ups ou utilitários e carros. Ter ao menos uma pick-up ou utilitário é interessante porque sempre há o transporte de pequenos equipamentos, materiais ou mesmo compra de mantimentos a ser feita todos os dias, é o caso de pães, frutas, verduras e legumes; transporte de equipamentos de lazer de um local do acampamento a outro, como barracas da sala da coordenação ao local do camping, conserto de uma cerca quebrada no final do terreno, transporte de toras de madeira para fazer fogueiras, etc. Da mesma forma, se puder prefira veículos novos, resistentes, de manutenção mais barata. Há muitas pick-ups importadas no mercado, porém, embora sejam belíssimas, sua manutenção é caríssima: evite. No caso dos carros, são essenciais para o transporte de pequenos materiais, mantimentos, equipamentos e pessoas, equipe ou clientes, em diferentes momentos como na compra de algum produto de última hora, buscar algum funcionário no ponto de ônibus regular, levar recados, bolas, pranchetas e pequenos materiais de lazer da coordenação a um campo distante onde acontece a atividade ou até mesmo em casos de emergência, quando alguém se machuca e precisa de pronto atendimento. As motos são um caso à parte, pois sua necessidade vai de acordo com o terreno em que está instalado o empreendimento; se o acesso a locais distantes ou de camping, por exemplo, for difícil, uma moto tipo cross seria aconselhável, desde que alguém da equipe de lazer e funcional saiba e possa guiá-la. A manutenção de motos é mais barata do que qualquer outro veículo, embora, proporcionalmente seu seguro seja mais caro. A locação de motos não é comum e geralmente só é feita em localidades de praia e para o lazer de turistas. AN02FREV001 66 11.4 ACESSOS Os acessos ao local da colônia de férias ou acampamento são fundamentais, inclusive para o sucesso do empreendimento. Como foi comentado anteriormente, de nada adianta achar um lugar maravilhoso se a infraestrutura não atender as necessidades. Os acessos fazem parte da infraestrutura básica, pois se não há como chegar ao local ou se os acessos forem muito difíceis, inviabiliza o empreendimento. Às vezes o problema é relativamente fácil de resolver, basta pavimentar um pequeno trecho, ou manter nivelada por meio de pedras uma estrada de terra que leva ao acampamento; outras vezes a questão depende de órgãos públicos, o que torna mais difícil sua solução. De qualquer forma, os acessos também determinam os tipos de veículos que serão utilizados para chegar ao empreendimento. Vamos supor que a colônia de férias esteja localizada em uma ilha fluvial, o acesso ao local dependeria de veículos terrestres até o píer, cais ou balsa no continente, transporte fluvial até a ilha e talvez outros transportes terrestres já na ilha. Em outro exemplo podemos citar um acampamento localizado no alto de uma cordilheira, no qual o acesso até o pé do morro é todo asfaltado, mas a subida é íngreme e de terra, a qual o ônibus de viagem não conseguiria fazer, nesse caso os acampantes desceriam do veículo no pé do morro e tomariam outras conduções, com tração 4x4, para chegar ao acampamento. Analisar os acessos para decidir sobre os transportes é fundamental também para determinar os valores que serão cobrados dos participantes, caso o transporte seja providenciado pelo empreendimento. AN02FREV001 67 12 EQUIPE As equipes de acampamento e colônia de férias têm poucas diferenças entre si, a variação consiste no tempo em que permanecem no local de trabalho, periodicidade, necessidade conforme os produtos e serviços oferecidos, quantidade de funcionários devido à grandeza do estabelecimento e tipo de contratação. Podemos dividir a equipe em seis setores: Restauração. Governança. Limpeza. Manutenção. Lazer. Administrativo. 12.1 RESTAURAÇÃO Cozinheiro(a) – tanto em acampamentos quanto em colônias de férias, não costuma haver um chefe de cozinha como nos restaurantes de hotéis, a não ser que a colônia seja realmente muito grande e exija um profissional desse tipo; o que há é um profissional que cozinha muito bem e comanda outros profissionais cozinhando e delegando funções. Pode haver mais de um cozinheiro, porém, geralmente um só assume a responsabilidade de responder perante um superior administrativo. O cozinheiro precisa ser ligeiro, trabalhar com destreza, ter raciocínio rápido, saber trabalhar sob pressão e em equipe, ensinar quando necessário, conhecer muito bem os alimentos, seu tempo de cozimento e conservação, ter noção de quantidade de alimentos a comprar e a cozinhar para um grande número de AN02FREV001 68 pessoas, saber cozinhar pratos diversos e saber seguir receitas; também precisa possuir higiene pessoal impecável. Sua função é cobrar a perfeição na higiene do ambiente, determinar a quantidade de mantimentos a ser comprada, cozinhar para a quantidade de pessoas determinada pelo seu superior e servi-la no horário combinado, ser responsável pelo armazenamento, guarda e conservação dos alimentos e delegar funções aos outros profissionais da cozinha. O cozinheiro de colônia de férias tem trabalho regular, tem um ritmo preestabelecido que só é quebrado quando ocorrem eventos maiores aos de costume, comanda uma equipe que pode ou não ser fiel a ele mais do que à colônia, normalmente tem carteira assinada e volta para casa todos os dias. O cozinheiro de acampamento tem um ritmo mais acelerado de trabalho, só trabalha quando contratado, normalmente leva sua equipe e o contrato de trabalho é por tempo determinado,limitado pelos dias em que está funcionando o acampamento, que pode ser de um dia a dois meses seguidos; pode ou não voltar para casa todos os dias, dependerá da distância do acampamento a sua casa e do que foi combinado na contratação. Auxiliares de cozinha – tanto em acampamento quanto em colônias há vários profissionais desse tipo ajudando no preparo dos alimentos e em tudo o que for preciso dentro da cozinha. Alguns auxiliares também cozinham, mas seguem as orientações do cozinheiro. Precisam ser pessoas dinâmicas, rápidas em suas funções, que aceitam ordens com facilidade, preparadas para trabalhar muitas horas por dia, em pé e em ambiente fechado, que possuam higiene pessoal e de ambiente impecáveis; precisam saber utilizar os equipamentos de cozinha como moedores, liquidificadores, processadores, cortadores de frios, amoladores, entre outros; saber limpar alimentos, cortar, tirar a pele de aves e gordura de carnes, checar e reabastecer os réchauds, fazer sucos e reabastecer os recipientes para bebidas, arrumar o refeitório e as mesas para as refeições, fazer a limpeza da cozinha, dos equipamentos e do refeitório. Geralmente são contratados pelo cozinheiro, mas em caso de colônias podem ser contratados pelo administrativo. Assim como os cozinheiros, os auxiliares AN02FREV001 69 de colônia voltam para dormir em casa todos os dias, já em acampamentos nem sempre. Nutricionista – Nem sempre acampamentos ou colônias têm nutricionistas, mas é aconselhável para todos e essencial para acampamentos de saúde. Responsável pela elaboração de cardápios simples ou especiais, o nutricionista pensa no equilíbrio entre os alimentos a fim de prover a todos dos nutrientes necessários para o melhor funcionamento do corpo e da mente. Precisa ser um profissional firme em suas decisões, porém flexível no que diz respeito a peculiaridades regionais, deve estar atento aos produtos de época, para não sugerir no cardápio algo que não se encontra com facilidade ou está com preço muito elevado e saber ouvir e levar em conta as sugestões de seus superiores sem comprometer a nutrição dos clientes. O profissional contratado pela colônia de férias costuma elaborar um cardápio por tempo determinado, como semanalmente, mensalmente, trimestralmente, sendo que só aparece no local de tempos em tempos, para checar se tudo está caminhando de acordo com as orientações passadas quando forneceu o cardápio. O nutricionista contratado pelo acampamento elabora um cardápio para toda a temporada, seja de um dia ou dois meses e nem sempre aparece no acampamento, nem para passar informações à equipe de cozinha. Pode ser que tenha também que elaborar alguma dieta especial a algum acampante, se assim for solicitado com antecedência. Em ambos os empreendimentos costumam trabalhar por projeto realizado. Já os acampamentos de saúde costumam manter um nutricionista por todo o período em que estiver funcionando, seja permanente ou por temporada, a fim de analisar caso a caso dos acampantes e sugerir o melhor cardápio, assim como fazer o acompanhamento e realizar as modificações no cardápio conforme a necessidade. Garçons – nem sempre as colônias de férias têm esse profissional em seu quadro de funcionários. Algumas trabalham com garçons para servir bebidas no refeitório e avisar a equipe de cozinha quando algum réchaud está quase vazio, ou AN02FREV001 70 nas lanchonetes, como apoio servindo mesas. Precisam ser profissionais hábeis em suas funções, rápidos, com equilíbrio e força, educados e pacientes. Geralmente não há o serviço de garçons em acampamentos. 12.2 GOVERNANÇA Governanta – presente somente em colônias de férias, a governanta precisa ser uma pessoa de extrema responsabilidade, ser organizada, saber trabalhar com planejamento, com pessoas e em equipe, ter boa liderança e boa comunicação, saber trabalhar com rapidez, ter horário flexível, ser observadora e atenta, ter bom senso, principalmente no que diz respeito ao pedido de hóspedes, ser educada e paciente, pois lida com hóspedes e deve estar apta a resolver suas questões no que diz respeito ao apartamento. Cabe à governanta: o comando da equipe de governança, a programação e organização da limpeza e arrumação das dependências de hospedagem e áreas comuns da colônia, principalmente os apartamentos dos hóspedes; o controle de toda roupa de cama e banho, programando a limpeza e a reposição, assim como controle do inventário; o controle de todo material e equipamento de limpeza utilizado; a programação da manutenção da área de hospedagem em conjunto com a equipe de manutenção, a supervisão e liberação dos apartamentos para nova hospedagem, a aprovação de camareiras para contratação e proposta de demissão das camareiras que não atendem às necessidades da colônia, o treinamento de sua equipe, a programação da escala e rodízio da equipe de governança, o acompanhamento da troca de apartamentos de algum hóspede, a solução de problemas e situações de emergência em seu setor (doenças e morte de hóspedes, roubos, embriaguez, incêndio, etc.). Geralmente há somente uma governanta na colônia, sendo que em seu tempo de folga deve deixar uma das camareiras mais experientes como sua assistente, responsável pelo serviço e seu superior responsável pela solução de algum problema mais grave. Normalmente tem contrato de trabalho permanente com a colônia. AN02FREV001 71 Camareiras – assim como a governanta, as também chamadas de arrumadeiras estão presentes somente em colônias de férias e a quantidade desse tipo de funcionários vai depender do tamanho do setor de hospedagem da colônia. Geralmente em alta temporada são contratados mais funcionários em caráter temporário. Podem ser tanto homens quanto mulheres, porém a oferta de trabalho feminina é muito maior. Precisam ser educadas, rápidas em seu trabalho, observadoras, discretas, saber trabalhar em equipe, atender ao pedido dos hóspedes no que diz respeito à limpeza e arrumação, se não afetar o regulamento da colônia e sempre com autorização da governanta. É trabalho das camareiras a arrumação e limpeza das dependências de hospedagem da colônia de férias, zelar pela segurança de seu setor, comunicando à governanta algum movimento estranho; avisar sobre reparos, objetos esquecidos e artigos levados ou danificados no apartamento. Assim como as governantas, costumam ter carteira assinada. 12.3 LIMPEZA Auxiliar de limpeza – a limpeza das áreas comuns, internas e externas, nos acampamentos e colônias de férias é feita por auxiliares de limpeza que podem ou não ter um dos seus no comando, assumindo a posição de chefe e respondendo ao seu superior, geralmente a governanta. Esses profissionais precisam ter boa condição física, ser prestativos, atentos, rápidos em seu trabalho e atender com presteza principalmente em urgências. Além da limpeza, precisam também comunicar avarias e solicitar a manutenção seu conserto. Normalmente são funcionários fixos com carteira assinada nas colônias e contratados por trabalho temporário pelo tempo que o acampamento está funcionando. AN02FREV001 72 12.4 MANUTENÇÃO Piscina – os profissionais que consertam o maquinário que mantém a filtragem das piscinas podem ser os mesmos que as limpam, sendo contratados ou terceirizados. É deles a responsabilidade da compra dos produtos de limpeza especializados, repassando o custo ao administrativo do estabelecimento ou solicitando capital para a compra. Pode acontecer de os auxiliares de limpeza serem também responsáveis pela higiene das piscinas, nesse caso eles é que devem solicitar a compra dos produtos para tal limpeza. Conforme o sistema de filtragem e limpeza das piscinas, a sala de máquinas pode conter aparelhos relativamente simples ou bastante complicados em seu manuseio,de qualquer forma é sempre útil manter um manual explicativo sobre a sala de máquinas, caso o profissional responsável pelo setor venha a faltar por qualquer motivo ou deixe de trabalhar no empreendimento. Esses profissionais precisam ter boa resistência física e atender com rapidez sempre que chamados, além de realizar a manutenção das piscinas e sala de máquinas, assim como a limpeza com regularidade, controle do PH e cloro da água. No caso dos acampamentos, os profissionais das piscinas são chamados somente quando estão em funcionamento e entre temporadas algumas vezes, mesmo que o acampamento não tenha movimento, a fim de manter relativa higiene e conferir o maquinário. Jardinagem e paisagismo – conforme a área natural do empreendimento é aconselhável manter um ou mais funcionários responsáveis pela jardinagem e paisagismo do local, ou contratar serviço terceirizado para tal. Geralmente um bom jardineiro e um auxiliar dão conta do recado. Para o paisagismo inicial geralmente é contratada empresa especializada, para posteriormente fazer somente a manutenção e troca das plantas por outras iguais ou semelhantes, quando necessário. Esse profissional precisa ser alguém com acuidade visual AN02FREV001 73 para jardinagem, com sensibilidade, destreza, habilidade e conhecimento sobre o plantio, poda e tratamento da terra, árvores, plantas e flores. Se a colônia ou acampamento trabalhar com horta, é preciso também conhecimento sobre esse setor. Elétrica, hidráulica e serviços gerais – geralmente há somente um profissional para cuidar da manutenção elétrica, hidráulica e de qualquer outro serviço que aparecer. Pode ser contratado ou terceirizado e deve entender da parte elétrica e hidráulica no que diz respeito à manutenção simples dos equipamentos para o funcionamento do local, porém, se acontecer um problema grave da parte elétrica é preciso chamar um eletricista especializado, o mesmo ocorre com a parte hidráulica. Esse profissional deve se manter atento e checar periodicamente os equipamentos do local, informando ao seu superior sempre que houver alguma manutenção a ser feita, inclusive para providenciar a compra de materiais, e também quando achar que deve fazer alguma manutenção preventiva. Informática – conforme a quantidade de equipamentos de informática e sistema de redes seria interessante manter um administrador de redes na colônia de férias, porém, se houver poucos equipamentos e não forem interligados não há necessidade, devendo a manutenção ser feita por profissional terceirizado. Esses profissionais precisam entender tanto de hardware quanto software, principalmente sobre os programas-chave que a colônia utiliza para seu funcionamento; se a colônia tiver mandado fazer algum programa específico, quem deverá realizar sua manutenção será a empresa que elaborou o programa. No caso de acampamentos, normalmente não há necessidade de um administrador de redes interno, somente alguém terceirizado, podendo inclusive dar manutenção externa, via internet. AN02FREV001 74 12.5 LAZER Monitores – também chamados de recreadores, animadores ou recreacionistas são funcionários fundamentais tanto em colônias de férias como em acampamentos. Podem ser contratados por tempo determinado, como em acampamentos que têm trabalho intermitente ou fixo com carteira assinada como em colônias de férias. Seus horários são flexíveis, em colônias geralmente voltam para casa todos os dias, em acampamentos dormem no local e nos dormitórios com os acampantes, principalmente se o público for infanto-juvenil. A quantidade de monitores necessários dependerá da segmentação de demanda, dos objetivos, atividades e do tipo de empreendimento; em acampamentos infanto-juvenis, de um modo geral costuma-se trabalhar com 1 monitor para cada grupo de 4 a 12 crianças ou adolescentes, dependerá da política do acampamento; em outros empreendimentos pode haver de 1 a 5 monitores por atividade, ou conforme a necessidade. Os monitores devem ser responsáveis, organizados, comunicativos, simpáticos, extrovertidos, alegres, divertidos, líderes, maleáveis, perspicazes, ter capacidade de improviso, saber trabalhar com pessoas e em equipe, ter noções e treinamento em primeiros socorros. Podem possuir habilidades especiais, como música, dança, esportes, teatro, para acrescer seu currículo. Cabe ao monitor operacionalizar e aplicar atividades recreativas, promover a integração de grupos, auxiliar no planejamento das atividades, zelar pelo material de lazer e pela integridade física e moral dos participantes, participar das reuniões promovidas pelos coordenadores, seguir a política de lazer e o regulamento do empreendimento, principalmente nos acampamentos no que diz respeito ao envolvimento com acampantes, pois os monitores são pessoas muito cativantes e podem confundir o sentimento de acampantes, principalmente os adolescentes. AN02FREV001 75 Coordenador – também chamado de supervisor, é fundamental tanto em acampamentos quanto em colônias de férias, tem trabalho igualmente fixo ou temporário e horários flexíveis; como os monitores, voltam para casa no caso de colônia e dormem no acampamento, porém não no quartos dos acampantes. Geralmente há somente um coordenador no empreendimento ou um supervisor e um auxiliar. O coordenador precisa ser simpático, comunicativo, entusiasta, organizado, acessível, maleável, perspicaz, líder, saber trabalhar com improviso e adaptações de espaço e de participantes. O preparo do coordenador começa na monitoria; geralmente o coordenador já exerceu a função de monitor por tempo suficiente para assumir a posição de comandar uma equipe. Ao coordenador cabe contratar e demitir monitores, orientar e supervisionar sua equipe, promover reuniões para avaliar o andamento das atividades e propor soluções para os problemas abordados, fazer a programação e a escolha das atividades a serem aplicadas pelos monitores, conforme as características da demanda; checar as dependências, os equipamentos e materiais de lazer a fim de reparar, substituir ou adquirir o necessário; mediar questões delicadas enfrentadas por sua equipe no que diz respeito a participantes e grupos, pode substituir o monitor em sua ausência se a equipe ficar desfalcada e assim for preciso. Técnico de lazer e recreação – presente geralmente somente em colônias de férias ou acampamentos corporativos, é o profissional que idealiza, organiza, divulga, promove, favorece, viabiliza, analisa e desenvolve projetos de eventos recreativos. Geralmente contratados por projeto a ser realizado, portanto por tempo determinado. Precisam analisar criticamente as necessidades do público-alvo e, portanto necessitam de conhecimentos sobre os aspectos físicos, filosóficos, sociológicos, antropológicos e psicológicos do ser humano, ou seja, compreensão sobre o comportamento humano e domínio sobre os espaços disponíveis para aplicação das atividades. São líderes por natureza, bem organizados e possuem bons conhecimentos culturais e gerais. AN02FREV001 76 Além do planejamento de eventos recreativos, faz a contratação da equipe e prestadores de serviços, a escolha, locação ou compra e supervisão de materiais, equipamentos e espaços de lazer e a busca e concretização de parcerias para a execução de projetos na área. Observação: para o bom andamento de todas as atividades e projetos de lazer é importante um bom entrosamento entre os três tipos de profissionais de lazer citados, assim como com outros profissionais presentes em acampamentos ou colônias, conforme a necessidade, características e tipo de empreendimento, como arte-educadores, professores, pedagogos, psicólogos, fonoaudiólogos, médicos, nutricionistas, treinadores, preparadores físicos, pastores, entre outros. 12.6 ADMINISTRATIVODireção – normalmente fazem parte da direção de acampamentos ou colônias de férias os proprietários, acionistas ou mantenedores da mesma. São pessoas empreendedoras, que empenham seu capital acreditando no negócio aberto e lutando pelo sucesso de seu empreendimento. Devem ser líderes, com grande capacidade organizacional e administrativa; atuam diretamente com os setores gerenciais e também o financeiro, estabelecendo as metas, elaborando o planejamento estratégico da empresa e cobrando a excelência na execução dos projetos preestabelecidos. Um bom diretor de empresa de lazer busca conhecer a fundo todos os setores de seu empreendimento, tendo preferivelmente já trabalhado em todos eles, ao menos em estágio; procura manter-se atualizado quanto ao planejamento de cada setor, assim como sobre os percalços do caminho, a fim de auxiliar as gerências sobre as melhores saídas; pesquisa e propõe soluções para os problemas financeiros enfrentados, assim como busca recursos com parecerias interessantes ao empreendimento e ao possível parceiro; aprova o planejamento de marketing para a divulgação da empresa, assim como o AN02FREV001 77 desenvolvimento de projetos inovadores nos diversos setores de seu negócio; valoriza as iniciativas pessoais e de equipes para o crescimento de todos; elabora o plano de carreira de cada setor e aprova a promoção em última instância. Gerência – presentes em acampamentos e colônias de férias; pode haver um gerente geral e um ou mais gerentes para cada setor, assim como um só gerente que cuida de tudo, dependendo do tamanho ou necessidade de cada empreendimento. Costuma ter trabalho permanente e carteira assinada, mesmo em acampamentos que funcionam somente parte do ano. Em empreendimentos muito pequenos quem assume a função da gerência é o diretor ou um dos diretores. O gerente precisa ser comunicativo, ter capacidade organizacional e visão para planejamento estratégico; saber trabalhar com pessoas e em equipe, ser líder, entusiasta, incentivar sua(s) equipe(s) a empenhar-se ao máximo pelo empreendimento, saber analisar o desempenho de cada setor e com os responsáveis por cada um procurar as soluções para os diferentes problemas, estar aberto a sugestões e propostas de seus subordinados, incentivando as iniciativas particulares que buscam o crescimento do negócio; é importante que conheça a fundo o setor que administra, assim como sua inter-relação com outros setores, ou, no caso do gerente geral, conhecer bem todos os setores da empresa; entrevistar, contratar e demitir seus subordinados diretos; procura atingir as metas estabelecidas pela direção, elabora relatórios prestando contas a seus superiores. Financeiro – um ou mais funcionários podem assumir o financeiro do acampamento ou colônia, sendo que, assim como a gerência, em empreendimentos muito pequenos quem assume a função do financeiro é o diretor ou um dos diretores. Geralmente é efetivo da empresa. Precisa ser uma pessoa de idoneidade incontestável, confiável, responsável, organizada, pontual perante os compromissos da empresa e ter visão estratégica. Cabe ao financeiro o controle sobre todo o dinheiro que entra e sai da empresa, os diversos pagamentos e recebimentos a serem feitos, o contato com os fornecedores e com a contadoria, para pagamento dos impostos e funcionários, e a confecção de relatórios para os superiores, para o controle da empresa. AN02FREV001 78 RH (Recursos Humanos) – conforme o tamanho da colônia ou acampamento, um ou mais funcionários podem trabalhar como recursos humanos, geralmente são efetivos e se empresa for muito pequena o diretor também assume o RH. Quem cuida do pessoal precisa ser paciente, comunicativo, simpático, organizado, conhecer sobre psicologia e sobre as leis que regem o trabalho, além dos programas de software pertinentes a seu trabalho. São esses funcionários que cuidam da demissão e contratação de pessoal, treinamento, eventos motivacionais e tudo o que estiver relacionado com a parte burocrática da equipe. Contadoria – toda empresa precisa de um contador, interno ou terceirizado, é o profissional que trata dos assuntos tributários, como cálculo para pagamento de impostos, imposto de renda, abertura e fechamento de empresas, etc. É um profissional organizado, pontual em seus compromissos para com a empresa, atualizado quanto às leis que regulamentam o funcionamento das companhias com as quais trabalha e conhecedor dos programas de software pertinentes a seu trabalho. 12.7 PROFISSIONAIS ESPECÍFICOS Alguns profissionais podem ser precisos para empreendimentos específicos, cada qual com suas características, habilidades e funções, que devem ser analisadas quando houver necessidade da contratação dessas pessoas. A seguir alguns desses profissionais, conforme o tipo de empreendimento: Acampamentos rurais – profissionais que lidam com a terra e os animais, como lavradores, tratadores, agrônomos e veterinários. AN02FREV001 79 Acampamentos de saúde e de integração social – profissionais que tratam do bem-estar físico e mental dos participantes como médicos, psicólogos, fisioterapeutas, fonoaudiólogos, etc. Acampamentos educacionais – profissionais da educação como professores, pedagogos e psicólogos. Acampamentos corporativos – profissionais especialistas em administrativo e pessoal, como gestores e psicólogos Acampamentos esportivos – profissionais do esporte como professores de educação física, técnicos, treinadores e preparadores físicos 12.8 ORGANOGRAMA Cada empresa, seja ela do gênero que for, precisa ter em seu quadro de funcionários, graus de hierarquia que devem ser seguidos em cada setor. A seguir há uma demonstração de um organograma simples de uma empresa de lazer; alguns profissionais podem acumular funções, conforme o tamanho e complexidade do empreendimento. Cada empresa deve fazer seu organograma de acordo com sua necessidade de setores e funcionários. AN02FREV001 80 FIM DO MÓDULO II Diretor Gerente Geral Gerente A & B Nutricionista Cozinheiro Garçons Auxiliares de Cozinha Gerente Hospedagem Governanta Camareiras Auxiliares de Limpeza Piscineiro Jardineiro Serviços gerais Técnico de Lazer Coordenador Monitores Financeiro RH Contador ACAMPAMENTOS E COLÔNIAS DE FÉRIAS: O TRABALHO E A MONTAGEM