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AD1 – Introdução à Mecânica Quântica – 2009/2 Instituto de Física da UFRJ Curso de Licenciatura em Física - CEDERJ 1. Uma partícula de massa m tem uma função de onda dada pela equação = a xAsenx πψ )( para –a < x < a e ψ (x) = 0 para |x| > a. (a) Encontre o valor de A que normaliza ψ(x). (b) Realizamos uma única medida da posição da partícula. Quais os valores que podemos encontrar nesta medida, e com quais probabilidades? (c) Após realizarmos várias medidas da posição da partícula, calculamos o valor médio. Qual valor esperamos encontrar? (d) Qual a incerteza (desvio padrão) na medida da posição da partícula? (e) Qual o valor esperado do momento linear? (f) Qual o valor esperado da energia cinética? (g) Qual a incerteza (desvio padrão) na medida do momento linear? (h) Verifique se o Princípio da Incerteza é satisfeito. 2. Em todos os problemas envolvendo degraus de potencial que resolvemos até agora, sempre consideramos que a função de onda e sua derivada eram contínuas no ponto de descontinuidade de potencial. Porém, se houver uma descontinuidade infinita no potencial, a derivada da função de onda não será contínua. Suponha que haja uma descontinuidade infinita no potencial V(x) em x = 0. Integrando a equação de Schrödinger entre os pontos x = -a e x = a, e tomando o limite 0→a , mostre que a descontinuidade da derivada da função de onda em x = 0 é dada pela seguinte expressão: ∫ −−== =− a aaxax dxxxVm dx d dx d )()(2 2 ψ ψψ 3. A barreira delta de potencial – Iremos estudar as barreiras de potencial a partir da próxima aula, mas o que aprendemos sobre os degraus de potencial é suficiente para resolvermos este problema. Uma barreira de potencial que seja muito estreita e muito alta pode ser tratada, aproximadamente, como uma função delta de Dirac. A função delta de Dirac é definida por ≠ =∞ = 0,0 0, )( x x xδ . Ou seja, pode ser pensada como uma barreira quadrada no limite em que sua espessura vai a zero e sua altura vai a infinito. Mas a integral da função delta não diverge: de fato, ela obedece a seguinte relação: 1)( =∫ − a a dxxδ , onde a é qualquer número real positivo. Outra relação importante obedecida pela função delta é )0()()( fdxxxf a a =∫ − δ , para uma função f qualquer. Neste problema, estamos interessados em saber: será que uma partícula quântica consegue atravessar uma barreira delta de potencial, ou seja, uma barreira infinitamente alta, porém infinitesimalmente estreita? Vamos considerar que a barreira é descrita pela função )(xλδ , em que λ é uma constante que determina magnitude da barreira. O perfil de potencial está mostrado na figura abaixo. A seta apontando para cima na origem é a representação usual da função delta. Vamos supor que uma partícula de massa m e energia E incide sobre a barreira, vindo da esquerda. (a) Escreva a forma geral para função de onda nas regiões x > 0 e x < 0. (b) Usando o resultado do problema anterior e as propriedades da função delta, mostre que a descontinuidade da derivada da função de onda na origem vale )0(2 2 λψ m . (c) Usando o resultado do item anterior e a continuidade da função de onda na origem, obtenha o coeficiente de transmissão da barreira delta. 4. Um canhão de partículas quânticas dispara 1000 partículas por segundo a uma velocidade de 6 × 105 m/s (velocidade de grupo) em direção a um degrau de potencial. Todas as partículas têm a mesma energia, maior que a altura do degrau que vale V0 = 1 x V λδ(x) E 0 eV. Do outro lado do degrau, um detetor mede as partículas transmitidas a uma taxa média de 500 partículas por segundo. (a) Qual a energia das partículas? (b) Qual a velocidade das partículas transmitidas? E refletidas? (c) Qual a densidade de partículas (número de partículas por unidade de comprimento) em cada lado do degrau? (d) Qual a massa de cada partícula?
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