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Manuel Bandeira

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Manuel Bandeira
Débora Prado da Silva
Nathália Isabela Vicente
Edificações 3
Manuel Bandeira foi um poeta brasileiro que fez parte da primeira geração modernista no Brasil;
O autor transmitia em suas obras a sua rebeldia, desejo de liberdade, saudades da infância, permeado por temas profundos sobre doenças.
Bandeira foi adepto do verso livre, da língua coloquial e da liberdade criadora.
Enfunando os papos,
Saem da penumbra,
Aos pulos, os sapos.
A luz os deslumbra.
Em ronco que aterra,
Berra o sapo-boi:
- "Meu pai foi à guerra!"
- "Não foi!" - "Foi!" - "Não foi!".
O sapo-tanoeiro,
Parnasiano aguado,
Diz: - "Meu cancioneiro
É bem martelado.
Vede como primo
Em comer os hiatos!
Que arte! E nunca rimo
Os termos cognatos.
O meu verso é bom
Frumento sem joio.
Faço rimas com
Consoantes de apoio.
Os Sapos
Vai por cinquenta anos
Que lhes dei a norma:
Reduzi sem danos
A fôrmas a forma.
Clame a saparia
Em críticas céticas:
Não há mais poesia,
Mas há artes poéticas..."
Urra o sapo-boi:
- "Meu pai foi rei!"- "Foi!"
- "Não foi!" - "Foi!" - "Não foi!".
Brada em um assomo
O sapo-tanoeiro:
- A grande arte é como
Lavor de joalheiro.
Ou bem de estatuário.
Tudo quanto é belo,
Tudo quanto é vário,
Canta no martelo".
Outros, sapos-pipas
(Um mal em si cabe),
Falam pelas tripas,
- "Sei!" - "Não sabe!" - "Sabe!".
Longe dessa grita,
Lá onde mais densa
A noite infinita
Veste a sombra imensa;
Lá, fugido ao mundo,
Sem glória, sem fé,
No perau profundo
E solitário, é
Que soluças tu,
Transido de frio,
Sapo-cururu
Da beira do rio...
“Os sapos” foi destaque na Semana de Arte Moderna de 1922;
Os versos fazem uma sátira ao movimento Parnasiano, que precedeu o Modernismo;
No poema de Bandeira, o poeta parnasiano é comparado a um sapo.
Na primeira estrofe, os sapos mostram-se com seus papos enfunados, ou seja, inflados;
No caso, eles são os poetas parnasianos: vaidosos e orgulhosos;
A estrofe finaliza com a indicação de que a luz deslumbra-os, pois eles (os parnasianos) gostam de chamar atenção.
O poema carrega métrica regular e preocupação com a sonoridade, e esse cuidado formal pode indicar uma ironia por parte do eu lírico.
Sendo a ironia uma das características dos textos modernistas.
Os sapos mencionados (o boi, o tanoeiro, o pipa) são metáforas dos diferentes tipos de poetas.
Da terceira até a sétima estrofe, o eu lírico reproduz falas do sapo-tanoeiro, que ele chama de “Parnasiano aguado”; 
O “cancioneiro bem martelado” significa que o ritmo marcado do Parnasianismo é como o coaxar do sapo-tanoeiro.
Na quarta estrofe, o sapo (poeta parnasiano) orgulha-se de escrever sem hiato, além de não rimar termos cognatos, fazendo somente rimas ricas.
Na estrofe seis, o eu lírico menciona o tempo de existência do parnasianismo: “cinquenta anos”. 
O estilo é conhecido pela defesa da rigidez na composição de poemas, por isso ele está pautado pela norma. 
Assim, o eu lírico acusa esse poeta parnasiano de colocar o poema em uma fôrma, o que limitaria a criação poética;
Na sequência, o poema continua expondo características parnasianas, como quando o sujeito lírico cita que a grande poesia é como o ofício de um joalheiro, há que se melhorar com precisão e paciência;
Por fim, finaliza com a menção do sapo-cururu, que por sua vez, é uma representação do poeta modernista, que aspira por liberdade e reivindica a simplicidade e o uso de uma linguagem cotidiana.
Os versos de Manuel Bandeira são metalinguísticos, pois falam da própria poesia e daquilo que a poesia não deveria ser. 
Os sapos refletem sobre o que supostamente é a arte e o que seria um bom poema.
Em suma, o poema tem a presença constante de fortes traços de humor satírico.
Sendo essa uma característica da Primeira Geração do Modernismo.
FIM!

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