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Classificacao dos seres vivos

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Classificação geral dos seres 
vivos. A diversidade dos 
microrganismos
RELAÇÕES FILOGENÉTICAS
 Existe uma tremenda unidade e diversidade na vida
 Similaridades:
Todos organismos são compostos por células
Células são envoltas pela membrana plasmática
Uso de ATP como fonte de energia
DNA como material para armazenamento das informações
genéticas
Evolução ou ancestral comum?
• No organismo unicelular, todos os processos vitais ocorrem dentro da
célula.
• Nos organismos multicelulares, as células se arranjam em estruturas
chamadas de tecidos.
•Todos organismos, unicelulares ou multicelulares são capazes de:
Reprodução;
Utilização de alimento como fonte de energia;
Síntese de substâncias e estruturas celulares;
Excreção de substâncias;
Resposta a alterações ambientais;
Mutações.
A CÉLULA COMO UNIDADE ESTRUTURAL DA VIDA
Hemácias humanas 5000 x
CLASSIFICAÇÃO DOS ORGANISMOS VIVOS
Taxonomia: inclui a classificação, nomeclatura e identificação dos
organismos vivos.
Organismos com características semelhantes: grupos taxonômicos
(taxa, singular taxon).
Taxon básico: espécie (coleção de estirpes ou cepas com
características semelhantes).
Cepa ou estirpe (amostra): descendentes de uma única colônia em
uma cultura pura.
Outras características usadas para classificação: morfologia e
exigências nutricionais.
• Espécies intimamente relacionadas são agrupadas
em gênero, os gêneros em famílias, as famílias em
ordens, as ordens em classes, as classes em filos
ou divisões, e os filos ou divisões em reinos.
Exemplo de classificação de microrganismos
Taxa
(categorias)
Alga Bactéria
Reino Plantae Eubacteria
Divisão Chlorophyta Gracilicutes
Filo
Subfilo
Classe Chlorophyceae Scotobacteria
Subclasse
Ordem Vovocales Spirochaetales
Família Chlamydomonadaceae Leptospiraceae
Gênero Chlamydomonas Leptospira
Espécie C. eugametos L. interrogans
CLASSIFICAÇÃO DOS MICRORGANISMOS
• Desde o tempo de Aristóteles: organismos categorizados em duas
formas: plantas ou animais.
• 1866: Haeckel: terceiro reino: Protista, que incluía as bactérias, algas
e os protozoários.
• Discordâncias sobre a definição de protistas: bactérias e fungos no
reino das plantas.
• 1940: células eucarióticas (presença de membrana nuclear) e
células procarióticas (ausência de membrana nuclear)
Célula procariótica
Célula eucariótica
OS CINCO REINOS
• 1969: Whittaker
Organização celular para acomodar os três modos principais de
nutrição:
Fotossíntese;
Absorção;
Ingestão.
• Procariotos constituem o reino Monera ou Procaryotae (mais
primitivo e considerado ancestral dos eucariotos).
• O reino Protista inclui os eucariotos unicelulares (algas
fotossintéticas e protozoários).
• Demais reinos: Plantae, Animalia e Fungi.
OS
CINCO
REINOS
Monera Protista Fungi
AnimaliaPlantae
Assim:
Monera ou Procaryotae: Bactérias.
• Protista: protozoários e algas microscópicas.
• Fungi: fungos macroscópicos, leveduras e bolores.
Ancestral comum para todos membros do reino Monera
Monera FungiProtista
Arqueobactérias, Eubactérias e Eucariotos
• Até 1977: procariotos eram os organismos mais primitivos e seriam
os ancestrais dos eucariotos mais complexos.
• Woese: procariotos e eucariotos evoluíram por vias diferentes de um
ancestral comum.
• Evidências para isso: estudos do ácido ribonucléico ribossômico
(rRNA).
• Os eucariotos possuem um tipo geral de seqüência de rRNA e os
procariotos um segundo tipo.
• Alguns procariotos possuem um terceiro tipo de rRNA, constituindo
dois tipos principais de bactérias. Estes são: arqueobactérias e
eubactérias.
Arqueobactérias, eubactérias e eucariotos evoluíram por caminhos
diferentes de um ancestral comum (três reinos primários da vida).
• Dois tipos de células procarióticas além das
eucarióticas
• Fundamento: a sequência de nucleotídeos do rRNA
de diferentes tipos de células mostra que existem
três grupos distintos de células: eucariotos e dois
tipos de procariotos: eubacteria e archae.
Arqueobactérias, eubactérias e eucariotos evoluíram
por caminhos diferentes de um ancestral comum
(três reinos primários da vida).
ÁRVORE FILOGENÉTICA
ÁRVORE FILOGENÉTICA
Teoria endossimbiôntica: origem das organelas eucarióticas
a partir dos procarióticos.
Mitocôndria em célula intestinal 5000x
Principais grupos de microrganismos:
PROTOZOÁRIOS
FUNGOS
ALGAS
BACTÉRIAS
* VÍRUS: apesar de não serem considerados vivos, apresentam
características de células vivas: causam doenças no homem, animais
e plantas, e são estudados como microrganismos.
PROTOZOÁRIOS
PROTOZOÁRIOS
• São microrganismos eucarióticos, unicelulares;
• Ingerem partículas alimentares;
• Não apresentam parede celular rígida;
• Não contém clorofila;
• Movimentam-se com auxílio de cílios, flagelos ou pseudópodes;
• São amplamente distribuídos na natureza (água);
• Alguns causam doenças no homem e nos animais;
• Auxiliam na nutrição dos ruminantes.
Trypanosoma sp
ALGAS
ALGAS
• Possuem clorofila e apresentam parede celular
• Podem ser unicelulares, microscópicos ou multicelulares
• Crescem em muitos ambientes diferentes
• A maioria é aquática, servindo de fonte de alimento para os animais
• Podem obstruir caixas d’água ou liberar substâncias tóxicas na água
• Extratos de algas são usados como espessantes (ágar) e
emulsificantes, e de substâncias anti-inflamatórias.
Alga microscópica 300x
FUNGOS
Penicillium notatum
FUNGOS
• São organismos eucariotos, com parede celular rígida e podem uni ou
multicelulares;
• Não possuem clorofila;
• Absorvem os alimentos do ambiente;
• Bolores: multicelulares. Leveduras: unicelulares;
• Nos bolores, as células são cilíndricas e formam filamentos
denominados hifas;
• Massa fúngica visível: micélio;
• Bolores: penicilina, determinados queijos;
• Causam deterioração da madeira;
• Podem causar doenças e produzem micotoxinas, que causam
problemas para a saúde dos homens e dos animais.
BACTÉRIAS
Cianobactéria
• Não apresentam membrana nuclear ou estruturas intracelulares
organizadas;
• São divididas em dois grupos: eubactérias e arqueobactérias;
• As eubactérias se apresentam nas formas esféricas, bastonetes,
vibrião, espirilos e espiroquetas. Podem formar grupamentos,
apresentar flagelos para se locomoverem;
• Têm grande importância na indústria, na produção de antibióticos e na
reciclagem do lixo;
• Causam doenças nos homens, plantas e animais.
BACTÉRIAS
ARQUEOBACTÉRIAS
• Microscopicamente são semelhantes às eubactérias.
• Diferem quanto à composição química, atividades e ambiente em que
se desenvolvem.
• Muitas sobrevivem em ambientes não-usuais (altas concentrações
salinas, acidez ou temperatura elevadas).
• Algumas produzem gás metano a partir de CO2 e H2.
ARQUEOBACTÉRIAS
Arqueobactérias 
fossilizadas
VÍRUS
Vírus HIV
VÍRUS
• Não possuem estrutura celular;
• São muito menores e mais simples que as bactérias;
• Necessitam da estrutura celular para se multiplicarem e propagarem;
• Podem inserir material genético nas células e causar danos;
• Contêm somente um tipo de ácido nucléico (DNA ou RNA);
• Exemplos de doenças causadas por vírus: AIDS, resfriado comum,
hepatite, poliomielite, sarampo, mosaico do tabaco (planta) e febre
aftosa (animais).
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REPRODUÇÃO
2. Penetração
1. Adsorção
3. Biossíntese
4. Maturação
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PRÍONS
Príon Humano
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Proteína (PrPc) com capacidade de modificar 
outras proteínas tornando-se cópias de si 
própria.
• Não possui ácido nucléico.
• Existem 13 espécies, das quais 3 atacam
fungos e 10 afetam mamíferos (7 têm por alvo
nossa espécie).
• Causa aglomerados no cérebro (placas
amilóides). Quadro semelhante ao “Mal de
Alzheimer”).
Características
P
R
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N 
OU 
P
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Gene PrPc
Proteína príon celular (PrPc)
Condições normais protege os neurônios
Mutação no gene
Molde
Doenças priônicas
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OU 
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• Scrapie
• Doença de Creutzfeldt-Jakob (DCJ) ou Kuru
• Encefalopatia EspongiformeBovina ou Mal da
Vaca Louca
DOENÇAS PRIÔNICAS
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Doença neurodegenerativa que afeta o gado, 
causando desordens comportamentais causadas 
por alterações do estado mental (apreensão, 
nervosismo, agressividade), falta de 
coordenação dos membros durante a marcha e 
incapacidade de levantar.
Em duas ou três semanas é necessário que o 
animal seja sacrificado.
ENCEFALOPATIA ESPONGIFORME BOVINA
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Histórico
Surgiu em meados dos anos 80 na Inglaterra.
• Epidemia:
Novembro de 86 – 8 casos por mês.
Outubro de 87 – 70 casos por mês.
Dezembro de 92 e janeiro de 93 – mais de 3500
casos por mês.
2003 – 51 casos por mês.
2004 – 20 casos por mês.
• Associada ao uso de farinha de carne e ossos
(MBM)
ENCEFALOPATIA ESPONGIFORME BOVINA
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Doença de desordem cerebral caracterizada por 
perda de memória, tremores, desordem para
andar, postura rígida e ataques epiléticos 
devido à uma perda de células cerebrais. 
Existem dois tipos:
• DCJ clássica, conhecida desde o início do 
século XX;
• Nova variante (nDCJ), reconhecida em meados 
da década de 90.
Doença de Creutzfeldt-Jakob (DCJ)
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Descrita por Hans Gerhard Creutzfeldt e Alfons 
Maria Jakob (neurologistas alemães) no início 
do século XX. Aparece na meia-idade (50 
anos).
Se apresenta de diversas formas:
• Adquirida – transmitida como resultado de 
ação médica (utilização de medicamento ou 
implantes).
• Hereditária – o gene cuja ação resulta no príon 
defeituoso é herdado geneticamente. Casos 
raros, se concentram na Europa Oriental.
• Esporádica - mutação em um gene normal. 
Incidência 1: 1.000.000.
DCJ Clássica

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