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Anatomia e Fisiologia Oftalmológica

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VITÓRIA CORREIA MOURA – T4C 
Anatomia e Fisiologia Oftalmológica 
Anatomia do Olho, Anexos e Órbita 
• Órbita: 
- Cavidade ósseas na face anterior do crânio. 
- Importância saber o que está contido na órbita e a anatomia topográfica. 
- Órbita tem 4 paredes (como uma pirâmide): assoalho, parede medial, parede lateral e teto. 
- Fissura orbitária superior. 
 
- Parede medial → Formada principalmente pela lâmina orbitária do etmoide (ou lâmina papirácia) e pelo osso 
lacrimal. São dois osso finos/ frágeis (grande risco de serem lesionados, por ex: em rinossinusite complicada). 
- Ápice da órbita → Seio cavernoso (estrutura vascular, importante por pode ter trombose) e seio esfenoidal. Acesso 
direto ao espaço intracraniano. 
- Assoalho da órbita (segunda estrutura mais fina) → Osso maxilar (forma quase a totalidade do assoalho). Se 
relaciona com o seio maxilar. 
- Teto da órbita → Osso frontal (osso forte). Se relaciona com a fossa craniana anterior e o seio frontal. 
- Parede lateral → Formado pelo osso frontal e zigomático. Essa é a parede mais forte e espessa, o que é importante, 
uma vez que é a mais vulnerável a traumatismos. Se relaciona com a fossa craniana média e temporal. 
 
 
 
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- Dentro da órbita: olho, gordura orbitária, músculos extraoculares, artéria carótida interna intracraniana (seu 
primeiro ramo é a artéria oftálmica), seio cavernoso (diversas estruturas importantes transitam nesse seio – trombose 
de seio cavernoso se estende para seio venoso central -> meningite cerebral -> morte), glândula lacrimal, nervo óptico 
(envolvido pelas meninges, esse nervo termina no quiasma óptico e se relaciona com a hipófise). 
 
- O seio cavernoso, um grande plexo venoso, está localizado de cada lado da sela turca. O seio cavernoso consiste em 
um plexo venoso com paredes extremamente finas, que se estende anteriormente da fissura orbital superior até o 
ápice da parte petrosa do temporal posteriormente. O seio recebe sangue das veias oftálmicas superior e inferior, 
veia cerebral média superficial e seio esfenoparietal. 
 
 
- Artéria carótida interna → Artéria oftálmica → Artéria central da retina (1º ramo, dá origem as arteríolas 
observadas no fundo do olho e participa da nutrição do nervo óptico), artérias ciliares posteriores curtas (irrigam a 
cabeça/ início do nervo óptico). 
 
 
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Músculos extrínsecos do bulbo do olho: 
• Músculo orbicular dos olhos (inervado pelo nervo facial – VII nervo): músculo que faz o fechamento das pálpebras 
(tanto fechamento reflexo e voluntário). Paralisia facial poderá comprometer a funcionamento desse músculo. 
 
 
• Músculo elevador da pálpebra (inervado pelo ramo superior do n. oculomotor – III par): faz a abertura da pálpebra. 
• Músculo reto superior (inervado pelo n. oculomotor – III par): eleva o olho, ação sinérgica com o levantador da 
pálpebra. 
• Músculo reto inferior (inervado pelo n. oculomotor – III par): abaixa o olho. 
• Músculo reto medial (inervado pelo n. oculomotor – III par): aduz o olho (gira o olho em direção ao plano sagital). 
• Músculo reto lateral (inervado pelo nervo abducente - VI par): abduz o olho. 
• Músculo obliquo superior (inervado pelo nervo troclear - IV par): desloca o olho para baixo. 
• Músculo obliquo inferior (inervado pelo n. oculomotor – III par): o único que não tem origem no ápice – tem origem 
no assoalho, tem a função de deslocar o olho para cima. 
 
 
 
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- Do sulco palpebral superior para baixo: pele fina, músculo orbicular dos olhos, tarso (mantem o contorno adequado da 
pálpebra e é local de inserção de músculos, além de conter as glândulas tarsais/ glândula de Meibomius – geram a 
qualidade da lágrima), glândulas sudoríparas e sebáceas dos cílios (infecção dessas estruturas gera tersol), conjuntiva 
(permite movimento suave sem abrasão, produção do filme lacrimal). 
- Do sulco palpebral superior para cima: septo orbitário (estrutura que delimita o que é pálpebra e o que é órbita). 
 
 
• Sistema lacrimal: 
- Glândula lacrimal principal: contribui para o lacrimejamento reflexo, localiza-se atras do rebordo orbitário. 
- Saco lacrimal: localizado medialmente. 
- Ducto nasolacrimal 
- Meato inferior do nariz 
 
 
 
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• Bulbo ocular (globo ocular): 
 
 
 
- Túnica externa (ou fibrosa) → Formada pela esclera (parte branca do olho – mantém a forma do olho, dá inserção para 
os músculos, dá entrada e saída para os nervos e vasos) e pela córnea (é transparente pois é uma lente – papel refracional, 
devendo apresentar uma curvatura regular; se houver edema ou cicatriz ela deixa de ser transparente). O epitélio da 
 
 
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córnea tem capacidade de regeneração. O endotélio da córnea não se regenera, é ele que mantém a desidratação da 
água. Nutrição da córnea é feita pelo filme lacrimal. Limbo é a passagem da esclera para a córnea. Humor aquoso 
preenche o espaço entre a córnea e a íris (também nutri). O oxigênio para a córnea vem por difusão do ar. 
 
 
- Túnica vascular (média) → Úvea, dividida em: íris (é um diafragma contrátil fino com uma abertura central, a pupila, 
para dar passagem à luz), corpo ciliar (produz o humor aquoso, que deve ser continuamente drenado; também auxilia 
na acomodação do olho pela ação do músculo ciliar) e coróide (também participa da nutrição da retina). 
* Dois músculos involuntários controlam o tamanho da pupila: o músculo esfíncter da pupila circular, estimulado 
pelo sistema parassimpático, diminui seu diâmetro (miose pupilar), e o músculo dilatador da pupila, radial e 
estimulado pelo sistema simpático, aumenta seu diâmetro (dilata a pupila). 
 
- Túnica neurossensorial (interna) → Retina: sua última camada dá origem ao nervo óptico. 
 
- Cristalino: É transparente, é a segunda lente do olho, tem capacidade de acomodação. A principal causa de catarata é a 
opacidade do cristalino. Catarata é a principal causa de cegueira reversível. 
 
 
 
 
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- Corpo vítreo: participa da embriogênese do olho, é transparente. 
Obs.: Dor no olho → lesão corneana, lesão da porção anterior da Úvea, lesão de nervo óptico e aumento súbito da pressão 
intraocular. 
 
• Nervo óptico é formado pelos axônios das células ganglionares. 
- Cones: Se concentram da mácula, em especial na fóvea (distribuição centrípeta). Função de contraste fino – visão de 
cor, visão em condição de maior luminosidade, identificação de expressão facial. 
- Bastonetes: Distribuição centrifuga (concentram-se na periferia). Visão grosseira, noção espacial. 
- Fibras da retina nasal e feixe papilomacular cruzam no quiasma óptico. 
 
 
Fisiologia ocular e da visão 
 
• Imagem se forma invertida na retina. 
• Com a aferência nos dois olhos, há a construção cortical de uma imagem única tridimensional (o mesmo objeto 
estimula os dois olhos em pontos retinianos correspondentes). 
• Campo de visão binocular é o que predomina. Mas também há o campo de visão esquerdo e direito. 
 
 
 
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• Uma acuidade visual normal não elimina a possibilidade de doença. Os outros componentes da visão devem ser 
avaliados em conjunto. 
 
 
Pré-requisitos para a visão: 
• 1- Transparência dos meios (córnea, humor aquoso, cristalino e corpo vítreo) 
 
 
 
Teste de Bruckner 
 
 
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- Teste do reflexo vermelho: indica se a luz está passando livremente, não faz diagnóstico (é um teste de triagem). 
- Retinoblastoma é o mais grave. 
- Reflexo corneano é o brilho branco no centro dos olhos, indicando que os olhos estão alinhados. 
 
 
 
 
• 2 - Correção da refração 
 
• 3 - Integridade das vias ópticas 
 
 
 
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- Lesão do olho ou nervo optico: unilateral. Lesão do quiasma óptico: bilateral/ binocular. 
- Alteração de visão pode ser causada por questões oftálmológicas ou centrais (ex: AVC em região occipital ou temporal). 
• 4 - Desenvolvimento no período adequado 
- Visão passa por maturação fisiológico e funcional durante a infância, até por volta da 1º década de vida. 
- Ambliopia: Privação de estímulo visual adequado de um ou ambos os olhos que geraria falta de desenvolvimento 
de visão, devido a uma interação anormal entre os olhos. Necessidade de diagnóstico e tratamento precoce. 
 
- O sistema visual (retina, nervo óptico e córtex visual) é imaturo ao nascimento. 
- Acuidade Visual muito baixa (menor que 20/400). 
- Movimentos oculares mal controlados. 
- Movimentos persecutórios são imperfeitos até o final do primeiro ano. 
- A mielinização do nervo óptico, o desenvolvimento do córtex visual e o crescimento do corpo geniculado lateral 
ocorrem ao longo dos dois primeiros anos. 
- A fóvea amadurece apenas aos quatro anos. 
- Visão binocular depende de alinhamento ocular. 
- Visão binocular fisiológica: fusão, estereopsia e profundidade. 
- Alterações na binocularidade: Rivalidade retiniana, Diplopia, Supressão fisiológica, Confusão. 
 
 
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- No estrabismo, o reflexo corneano não está no centro em ambos os olhos. 
- Criança que tinha desenvolvimento normal e adquirem ambliopia, tem primeiro sintoma de diplopia, devido a isso 
buscam uma posição para melhorar a visão (ex: inclinando a cabeça como se estivesse com torcicolo). 
 
 
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- Tratamento: Correção óptica e Oclusão do olho de melhor visão (para estimular o de pior) 
 
 
• 5 - Paralelismo (visão binocular, estereopsia – visão de profundidade) 
 
Neuro-oftalmologia: Pares cranianos - Semiologia 
Nervo Óptico (II par): 
• 90% fibras são aferentes → Camada células ganglionares retina. 
• Termina no quiasma óptico → Fibras mediais decussam; Após quiasma continua como trato óptico – corpos 
geniculados laterais e mesencéfalo. 
 
 
 
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Nervo Oculomotor (III par) 
• Inerva maior parte da musculatura ocular extrínseca → Exceto: músculo oblíquo superior e músculo reto lateral. 
• Dividido em 2 ramos: 
- Superior: reto superior, levantador da pálpebra. 
- Inferior: reto medial, reto inferior e oblíquo inferior. 
- Inervação do músculo esfíncter da pupila (parassimpático). 
- Fibras periféricas do nervo (mais superficiais). 
- Periferia do nervo oculomotor passam as vias parassimpáticas (sofrem mais lesões compressivas). As outras fibras 
passam pelo tronco, este sofre mais com isquemia. 
 
 
- Anisocoria: diferença de diâmetro pupilar acima de 2 mm. 
 
 
 
 
 
 
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 Mononeuropatia diabética do III par. 
 
 
 
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 Aneurisma dissecante comprimindo oculomotor, com lesão 
de fibra parassimpática (inervação do esfíncter da pupila). 
 
Nervo Oftálmico 
• Primeira divisão trigêmeo (V par). 
• Nervo aferente. 
• Inerva: bulbo, conjuntiva, saco lacrimal, glândula lacrimal, mucosa nasal, seio frontal, nariz externo, pálpebra superior, 
fronte e couro cabeludo. 
 
- Sinal de Hutchinson: vesícula/ placa no dorso do nariz. 
 
 
 
 
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