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Beatriz Machado de Almeida Internato – 10º semestre 1 INTRODUÇÃO 04 PERGUNTAS BÁSICAS • Frequência cardíaca >100bpm? ❖ Cálculo: FC = 1500/distância (quantidade de quadradinhos) entre dois QRS em milímetros. • QRS alargado (ventricular) ou estreito (supraventricular)*? ❖ Estreito = ¨palita os dentes¨. ❖ Exceção: Na taquicardia supraventricular aberrante, o QRS é largo. ❖ Ser supraventricular é diferente de ser atrial. • Onda P é facilmente visível? ❖ Na imensa maioria das taquiarritmias, a onda P não é facilmente visível, sendo imprescindível para diferenciar de uma taquicardia sinusal. • RR regular ou irregular? ❖ Verificar se os intervalos entre os QRS (intervalos RR) são regulares. Importante: é importante reconhecer o que é normal, pois nem tudo que é taquicárdico é taquiarrítmico. TAQUICARDIA SINUSAL • Frequência cardíaca >100bpm (entre 100-160). • QRS estreito, a não ser que tenha bloqueio de ramo associado. • RR regular. • Onda P é facilmente visível (positiva em D1 e D2, de morfologia idêntica à P sinusal): característica mais clássica da taquicardia sinusal. Observação: DII longo é a melhor derivação para olhar taquiarritmias e bradiarritmias. ❖ FC 113bpm, QRS estreito, regularidade do intervalo RR, onda P presente em todas as ondas. Dica: é importante começar a analisar o eletro sempre pela largura do QRS, e depois, a regularidade. CAUSAS DE TAQUICARDIA SINUSAIS • Febre, pânico, exercício físico, uso de drogas (cocaína), hipertireoidismo, dor e choque. • Normalmente, é uma resposta a algo que está ocorrendo no corpo, podendo ser fisiológico (ex. atividade física) ou patológico (ex. febre). OBSERVAÇÕES: 1. Hipertireoidismo é a principal causa crônica de taquicardia sinusal. 2. A dor do aneurisma dissecante de aorta tipo A é a única dor que não é taquicardizante, sendo bradicardizante. 3. O choque neurogênico é o único choque que não é taquicardizante. Os demais ... séptico, hipovolêmico, cardiogênico, são. Importante: o tratamento tem que ser da causa da taquicardia, e não da taquicardia em si. FIBRILAÇÃO ATRIAL • É a taquiarritmia mais frequente do mundo. • Responsável por 1/3 dos AVC isquêmicos (cardioembólicos por FA). • Corresponde a cerca de 33% dos internamentos por arritmia. • Não é comum fazer instabilidade hemodinâmica, mas quando vem associado a BRE (bloqueio de ramo esquerdo) ou BRD (bloqueio de ramo direita), as chances aumentam. • FC>100 bpm no menor eixo entre os QRS: A FA pode apresentar FC <100bpm e, até mesmo, bradicardia, mas a maioria delas é taquicardizante. • QRS comumente estreito*: pode vir alargado quando tem bloqueio de ramo (BRE ou BRD), sendo esse um fator de pior prognóstico. Lembrete: BRE e BRD sozinhos não têm implicância clínica, mas quando associados a outras patologias, pode piorar a condição do paciente. • RR (intervalos entre QRS) irregular. TAQUIARRITMIAS Beatriz Machado de Almeida Internato – 10º semestre 2 • Onda P de difícil visualização: é a principal característica. Importante: os 02 primeiros critérios não são ideais para diagnóstico de FA. No entanto, os 02 últimos vão definir a fibrilação atrial. AS FA SÃO DIVIDIDAS EM 03: ❖ Baixa resposta ventricular: FC baixa (<60bpm). ❖ Resposta controlada: FC controlada (entre 60- 120 batimentos por minuto). ❖ Alta resposta ventricular: FC elevada (>120bpm no menor eixo). ❖ FC normal (97bpm), intervalo RR irregular, FC = 150 bpm na menor distância entre os intervalos QRS. FA de alta resposta ventricular. Importante: ¨Na FA, o QRS é irregularmente irregular¨ (é o ápice da irregularidade). Lembrete: Depois do QRS, obrigatoriamente tem que vir a onda T, pois se despolarizou ventrículo (QRS), tem que repolarizar (onda T). É possível ter um eletrocardiograma sem onda P, mas em indivíduos vivos, não é possível eletro sem onda T, pois se tiver vida, tem QRS, e logo, terá onda T. A despolarização é algo crucial para se ter batimento. TRATAMENTO DA FA • O tempo de sintomatologia (<48h ou >48h) é fundamental para determinação do tratamento. • Paciente com FA e >48h de sintomas (maior risco de formação de trombos): primeiro anticogula, pra depois cardioverter. O paciente jovem e virgem de FA talvez seja o único que necessita de cardioversão de imediato. TIPOS DE FA: ❖ FA aguda: <48 horas do primeiro episódio. Cardioversão de imediato. ❖ FA paroxística: Vai e volta, mais de 1 episódio. ❖ FA persistente: refratária a cardioversão, seja ela elétrica ou química (medicamentosa). A cardioversão elétrica é obrigatória (indicação absoluta) em todo paciente que tem qualquer taquiarritmia instável (instabilidade hemodinâmica), independente do tempo ou do cenário. • Pra ser instável, deve ter 1 desses 4 critérios: ❖ Precordialgia anginosa – dor torácica. ❖ Dispneia verdadeira. ❖ Hipotensão. ❖ Rebaixamento do nível de consciência. Importante: cardioversão (choque no pico do QRS) é diferente de desfibrilação (choque em qualquer momento do ciclo cardíaco). Se não for cardioverter eletricamente (instabilidade), tem que ir pro tratamento medicamentoso, que na FA é divido em 3: CLASSE I: Antiarrítmicos, bloqueadores dos canais de sódio e potássio. Agem na fase do ciclo de despolarização cardíaca, denominada ¨Despolarização rápida e repolarização precoce¨. • Classe IA: Propafenona – ritmonorm (ação em 1 hora). 600 mg, VO, em dose única. Além de cardioverter, controla a frequência. Nesse caso, o betabloqueador é opcional. Contraindicada em pacientes com disfunção de ventrículo esquerdo. Lembrete: a maioria dos antiarrítmicos (exceto adenosina) não reverte da noite pro dia. Quando a taquicardia gera muito incômodo, o betabloqueador (EV – tempo de ação curto) vai ser uma solução imediata. • Classe IB: lidocaína e Procainamida. CLASSE II: • Classe IIa: Labetalol e Sotalol. São os betabloqueadores cardioversores verdadeiros. Não tem no Brasil. • Classe IIB: Metoprolol – Selosok (5mg IV em bolus lento; tempo de ação 5 min) e Esmolol – Bredbok (0,5mg/Kg IV em bolus lento; tempo de ação 1-2 min). Apenas controle da frequência cardíaca. O Esmolol é melhor que o Metoprolol. Beatriz Machado de Almeida Internato – 10º semestre 3 Observação: a droga mais utilizada na FA é a amiodarona (ação em 1 hora). Adenosina só é feita na taquisupra. CLASSE III: • Bloqueadores dos canais de potássio. • Amiodarona 150-300mg (1-2 ampolas) diluído em 100mL de soro fisiológico 0,9% IV em bomba de infusão pra correr em 10-30 minutos. Se for o primeiro episódio, não faz manutenção, fazendo apenas a dose de ataque. Nas FA persistentes paroxísticas, que não revertem com a dose de ataque, faz-se a dose de impregnação e, depois, de manutenção. A amiodarona (ancoron) tem 3 etapas: ataque (150- 300mg), impregnação (900mg – 06 ampolas diluídas em 250 mL de SF, correr em 16mL/h nas primeiras 6 horas e 8mL/h nas próximas 18 horas) e manutenção (200 mg, VO, de 08/08h, por 03 dias). CLASSE IV: • Bloqueadores de canais de cálcio não di- hidropiridínicos: • Diltiazen – mais utilizado (30 mg, VO, de 08/08h) e Verapamil. • Fazem controle de ritmo, mas não fazem cardioversão. Importante: o melhor medicamento para controlar a frequência cardíaca é o betabloqueador, porém alguns pacientes não podem usar, como por exemplo, asmáticos e DPOcíticcos, substituindo-os pelos bloqueadores dos canais de cálcio. Classe I e classe III são antiarrítmicos verdadeiros. EXEMPLOS: Exemplo 1: Primeiro episódio em um paciente de 40 anos, <48h de sintomas → amiodarona 150-300mg diluído em 100mL de SF 0,9% em BI, correr 10-30 min OU Propafenona (não tem no SUS) 600mg, VO. Exemplo 2: FA paroxística: Se >48h e sem critérios de instabilidade → não faz cardioversão de imediata. Se FA com alta resposta ventricular,com >48h de sintomas → anticoagulação por 4 semanas (OBRIGATÓRIO). Importante: Mesmo que seja o 1º episódio da vida, se tiver >48h, não pode cardioverter de imediato. • FA >48h → controle de frequência cardíaca com betabloqueador (Metoprolol – chegada na unidade OU Esmolol – emergência) + anticoagulação (NOAC – mais fácil e mais caro OU Cumarínico – mais difícil e mais barato) por 4 semanas. NOAC X CUMARÍNICO: • Anticogulantes orais: • NOACS (novos anticoagulantes orais): ❖ Rivaroxaban (xarelto): Mais usado. 220-240 reais. Começa com 15mg VO de 12/12h por 21 dias, seguido de 20mg VO 1 vez ao dia. ❖ Enoxaban (lixiana); ❖ Apixaban (eliquis): Inibidores do fator 10A (via final da cascata de coagulação). Interessante para pacientes com doença renal crônica, pois tolera o índice de creatinina até 30. ❖ Dabigatrana (pradaxa): inibidor do fator 2A – trombina (via final-comum da cascata). Interessante para pacientes com risco de sangramento, pois tem reversor rápido (20min). • Cumarínicos: ❖ Varfarina (marevan): 5mg – comprimido. É inibidora da via extrínseca da cascata de coagulação. Inibe a via dependente da vitamina K. ❖ Lembrete: dosar RNI (TP) toda semana. O ideal é que um paciente com FA fique com RNI entre 2 e 3 por 4 semanas seguidas. FA INSTÁVEL • Paciente com 1 dos 4 critérios de instabilidade hemodinâmica citados anteriormente. • Cardioversão elétrica, com exceção da TV polimórfica (desfibrilação). 1. Explicar para o paciente e seus familiares o procedimento que será feito. 2. Sedar e analgesiar o paciente. Propofol 0,5mg/kg e morfina 4mg IV. Se o paciente estiver hipotenso, preferir Etomidato no lugar do Propofol. Beatriz Machado de Almeida Internato – 10º semestre 4 3. Cardioverter eletricamente com 120-200J. • Em relação a anticoagulação, se sintomas >48h, fazer Clexane venoso antes da cardioversão. FA ESTÁVEL FA COM MENOS DE 48H DE SINTOMAS – 1º EPISÓDIO DA VIDA: Exemplo: paciente sem antecedente de FA, queixa de palpitações, sintomas <48h: • Controle da frequência cardíaca: betabloqueador (metoprolol – 2min pra controle da FC ou esmolol) • Cardioversão química: antiarrítmico classe III ou Ia (amiodarona – início do controle da FC nos primeiros 10 minutos e cardioversão do ritmo ou propafenona). Lembrete: a Propafenona é contraindicada em pacientes com disfunção de ventrículo esquerdo. FA >48H DE SINTOMAS: • O paciente necessita ser submetido a controle da frequência cardíaca (OBRIGATÓRIO) e anticoagulação plena por 3 a 4 semanas, seguido de cardioversão química ou elétrica. A depender do anticoagulante, o tempo muda. É necessário um RNI entre 2 e 3 se for Marevan (cumarínico) – uma vez que o paciente entre nessa faixa, o tempo de anticoagulação plena começa a contar a partir daí OU 3-4 semanas se for NOAC. Se em algum momento o RNI cair para abaixo de 2, a contagem tem que ser reiniciada. Importante: Não ultrapassar 2,5 comprimidos de marevan por dia. Quanto maior o RNI, maior a chance de sangramento, principalmente quando >4,5. • Depois disso, a depender da função do VE, vai escolher amiodarona (maioria dos casos) ou propafenona OU analgesia, sedação e cardioversão elétrica (mais efetiva, porém com maior risco). • Depois da cardioversão, o paciente ainda fica mais 4 semanas anticoagulado, não necessitando de betabloqueador. ❖ Paciente com válvula metálica: RNI tem que ser entre 2,5 e 3,5. ❖ Pacientes com SAAF: entre 2,5 e 4,5. FA PAROXÍSTICA • Cardioversão pra sempre: Amiodarona 200mg VO ou Propafenona 300mg VO (pacientes jovens, sem disfunção de VE). Lembrete: A amiodarona tem risco de tireoidite, neurite óptica, pneumonite, prolongamento do intervalo QR, aumento do risco de Torsades de pointes OU • Anticogulação + betabloqueador pra sempre: Xarelto 20mg, VO, 1x/dia + selosok-metoprolol, VO, 25mg de 12/12h). Lembrete: o Xarelto é uma droga segura, que tem reversor, mas tem risco de sangramento. ❖ Mesma expectativa de vida, risco de mortalidade, prognóstico e qualidade de vida. Em caso de cirurgia eletiva, o Clexane (tempo de meia vida de 12 horas) e o Xarelto (tempo de meia vida de 24 horas) devem ser suspensos 48 horas antes. É uma tendência mundial fazer anticogulação pra sempre mais do que cardioversão pra sempre. AJUDA NA TOMADA DE DECISÃO • Escore CHADS-VASC: Calcula a probabilidade de fenômenos cardioembólicos. • Escore HAS-BLED: Calcula a probabilidade de sangramento. ❖ Se CHADS-VASC > HAS-BLED → anticoagulação no lugar de cardioversão. ❖ Se HAS-BLED > CHADS-VASC → cardioversão no lugar de anticoagulação. FA PERSISTENTE • Paciente que não reverte com cardioversão química ou elétrica, a única opção é anticogular pra sempre. • Se o paciente tiver alguma complicação da anticoagulação, como por exemplo, AVC hemorrágico, sangramento digestivo alto ou baixo, evento hemorrágico maior, ele tem contraindicação para anticoagulação. Nesse caso, a única opção é a ablação atrial (procedimento invasivo; 35% de falha). Beatriz Machado de Almeida Internato – 10º semestre 5 TAQUICARDIA SUPRAVENTRICULAR • FC>100bpm: raramente FC<150 bpm. • QRS BEM estreito: TSV com QRS aberrante (largo) é raro! • RR regular: é o que diferencia a taquisupra da fibrilação atrial (FA). • Onda P de difícil visualização: ❖ Taquisupra clássica: FC 152 bom, QRS estreito, RR regular, não visualização da onda P. A maioria dos pacientes é previamente hígida. Os sintomas começam e terminam subitamente. O relato é de palpitações muito intensas, referidas no pescoço ou no peito, dispneia, tontura ou até síncope. CAUSAS • Wolf Parkinson White: importante. • Cardiopatias congênitas. • Uso de drogas: ex: digoxina ou broncodilatadores. • Pós-operatório de cirurgias cardíacas. • Distúrbios hidroeletrolíticos. • Intoxicação alcoólica: muito comum. FC 163bpm, QRS estreito, RR regular, ausência da onda P. Entre 2QRS, SEMPRE (obrigatório) terá uma onda T. TRATAMENTO ESTÁVEL: • A primeira forma de tentar reverter uma taquisupra é a manobra vagal: massagem de seio carotídeo (unilateral; tomar cuidado em idosos), valsalva modificada, valsalva induzida, compressão com bolsa de gelo em região retroirbitária (muito feita em crianças). Se a manobra vagal não der certo (na maioria das vezes não dá), parte pra adenosina. • Adenosina: 6mg IV em bolus + flush de 20mL de soro fisiológico 0,9%. Lembrar de levantar o braço. É necessário acesso calibroso em fossa cubital, jelco 16-20. O acesso periférico deve ser feito próximo ao coração (braquial) ou central (jugular ou subclávia). Se não der certo, faz: • Adenosina: 12mg da mesma forma. O tempo de ação é de 15 segundos. Se não der certo, faz: • Adenosina: 12 mg da mesma forma. A adenosina é só, e somente só, pra taquisupra! Resumo: 6mg, 12 mg, 12 mg. Intervalo de 10 minutos entre uma e outra. Na maioria das vezes para na segunda. Se não reverter na terceira, ou não é taquisupra ou não vai reverter com adenosina de jeito nenhum, necessitando de amiodarona (150- 300mg em 100mL de soro, correr em 10-30 minutos). ❖ Efeito adverso da adenosina: sensação de morte eminente, pois o medicamento faz uma assistolia cardíaca por 15-20 segundos. Assistolia provocada pela adenosina. Depois da assistolia, começa a fazer extrassístole e depois normaliza. INSTÁVEL: • Choque sincronizado (50-100j de cardioversão elétrica): feito apenas quanto instabilidade hemodinâmica. FLUTTER ATRIAL • FC atrial <100bpm. • QRS estreito. • Onda P é substituída por ondas F (ondas em dentes de serra). • RR regular* Beatriz Machado de Almeida Internato – 10º semestre 6 A característica do Flutter é a quantidade de ondas F para cada QRS. Ex: Flutter 2:1: 2 ondas F para 1 QRS. Quanto maior o flutter, mais bradicárdico emventrículo e taquicárdico em átrios. ❖ FC atrial: distância entre duas ondas P. ❖ FC ventricular: distância entre 2 QRS; A onda F de Flutter é o que gera o mecanismo de múltiplas reentradas nodais na FA (Taquicardia de Background). Observação: O Flutter e a FA são quase que a mesma patologia, não sendo incomum ver Flutter e FA no mesmo eletro. O tratamento das duas é o mesmo. TRATAMENTO ESTÁVEL: • Amiodarona: 150-300 mg diluído em 100 mL de SF 0,9%, correr em 10-30 minutos. • Se >48h de sintomas → anticoagulação + betabloqueador (controle da frequência cardíaca) por 4 semanas e, depois, cardioversão. • Se <48h de sintomas → cardioversão com amiodarona. INSTÁVEL: • Cardioversão elétrica: 50-100J. FLUTTEX X TAQUISINUSAL • FC >150bpm→ Pensar em Flutter 1:1. • FC<150bpm → Taquisinusal. TAQUICARDIA VENTRICULAR • FC >100 bpm: é a que faz mais taquicardia. • QRS largo: obrigatoriamente. • Onda P de difícil visualização. • RR regular. Importante: TV sem pulso é um ritmo de parada cardiorrespiratória, que embora o diagnóstico eletrocardiográfico seja o mesmo, o tratamento é completamente diferente. ❖ TV monomórfica (em cada derivação o QRS só tem 1 polaridade). QRS largo, ausência de onda P. Lembrete: A taquicardia ventricular é uma das causas que alarga o QRS e não é bloqueio de ramo. A taquicardia ventricular polimórfica instável é a única taquiarritmia que reverte com choque não sincronizado (desfibrilação). Importante: Uma das principais causas de TV polimórfica é a hipomagnesemia. O sulfato de magnésio (2g a 50%) é utilizado para evitar. Não pode fazer amiodarona, pois uma das causas de TV polimórfica é QT longo, e uma das drogas que mais faz prolongamento de QT é a amiodarona. Cabe antiarrítmicos classe I (ex – procainamida) se estável, e choque, se instável. Isoproterenol (utilizado em algumas situações) e Ibutilida não são usados na prática. Beatriz Machado de Almeida Internato – 10º semestre 7 OBSERVAÇÕES: • QRS: sempre é pontudo, independentemente de ser largo ou estreito. • Onda T: sempre forma picos. • Onda P: parte positiva após a onda S. TRATAMENTO ESTÁVEL: • Amiodarona: mesma dose – cardioversão. INSTÁVEL: • Cardioversão elétrica: 100-200J. CRITÉRIOS DE BRUGADA Melhor forma de diagnóstico diferencial entre uma taquicardia ventricular e uma taquicardia supraventricular de QRS largo aberrante. • TV obrigatoriamente só tem uma morfologia de QRS, ou só S ou só R. • Se tiver R e S, trata-se de taquicardiaa supraventricular de QRS largo aberrante. Eletro: FC alta, QRS bem largo, não tem P, regularidade RR. Tem tudo para ser TV, mas V5, V6 faz um R e um S, não é uma mononda (só R ou SÓ S), e isso é uma taquicardia supraventricular de QRS ABERRANTE. A TV sempre será uma mono-onda.
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