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Antibioticoterapia Sistêmica Beta-lactâmicos Mecanismo de ação → destroem a parede de peptidoglicano. Penicilinas naturais Penicilina G cristalina → tratamentos “imediatos” Penicilina G benzatina → tratamentos de mais longa duração Penicilina V → formulação possível de ser utilizada VO, mas seu uso é limitado A penicilina natural tem uma eficácia maior para gram + (strepto e staphylos sensível a penicilina). Existem microorganismos gram + que são resistentes às penicilinas naturais. Piodermites → infecções de pele causadas por cocos gram + (erisipela, celulite, impetigo). Todas essas doenças podem ser tratadas com penicilinas caso o patógeno seja sensível. Mas pegando o impetigo como exemplo, a 1º opção não é a penicilina devido às cepas serem mais resistentes. O início da antibioticoterapia é empírico, mas escolhemos um que tenha cobertura melhor contra esses gram +, que não a penicilina natural. Na erisipela, as penicilinas ainda são 1º linha no tratamento. Limitação do uso de penicilinas naturais → cepas resistentes Penicilinas resistentes à penicilinase Oxacilina IM (500 – 1000mg 6/6h) Oxaciclina IV (50 – 150mg/kg 4/4h) Uso em ambiente hospitalar. Penicilinases são enzimas que degradam a penicilina e são o mecanismo de resistência das bactérias às penicilinas naturais. Essa classe de fármacos é resistente à esse mecanismo. A penicilinase é um tipo de beta-lactamase, uma enzima que destrói o anel beta-lactâmico. Streptococcus grupos A, G, F, que causam: Celulite, ectima, impetigo, sd da pele escaldada estreptocócica A confirmação da resistência é pelo antibiograma, mas existem patogenias em que se presume que a bactéria é resistente, fazendo iniciar o tratamento empírico com outra classe. Outra situação possível é quando se inicia o tratamento com uma penicilina natural e o paciente não tem resposta nenhuma. Explicação mais provável: não respondeu por ser uma bactéria resistente. Aminopenicilinas Amoxicilina + clavulanato (VO) Ampicilina + sulbactam (IV) São penicilinas sintéticas. Também são resistentes à penicilinase e tem um aspecto de ação mais amplo (gram + e gram -) Boa indicação para infecção por úlcera de pé diabético, mordidas, salmonela, shigellia, gonorreia. Obs → o clavulanato e o sulbactam são anti-beta lactâmicos, inibidores de penicilinases e de outras beta-lactamases. Isolados, eles não tem efeito anti- bacteriano, mas quando são administrados associados à aminopenicilinas, inibem as enzimas que teriam efeito de resistência contra as penicilinas. Inibem as beta-lactamases e fazem com que a quantidade de amoxi/ampi que é degradada por essas enzimas seja muito menor, permitindo que o antibiótico atue na parede bacteriana. Maior biodisponibilidade de penicilinas, potencializando seu efeito bactericida. Efeitos adversos das penicilinas Náuseas, vômitos e diarreia Febre, anemia hemolítica, neutropenia, nefrite intersticial, erupções eritematosas maculopapulares difusas Eritema multiforme, SSJ, NET, vasculite, anafilaxia São a causa mais comum de alergias aos fármacos e no primeiro uso o pct deve ser monitorado. fr eq u ên ci a Interações medicamentosas Antibióticos bacteriostáticos o Tetraciclina, eritromicina, clindamicina o São antibióticos que inibem a divisão celular, logo a bactéria não sintetiza parede celular, logo a penicilina não tem atuação. Anticoncepcionais orais o Possível redução de efeito do ACO, recomendar 2º método durante o uso, preferencialmente de barreira AINES, probenecida (tto gota) o Reduzem a excreção renal das penicilinas o Atentar para pacientes com IR ou em uso desses fármacos, espaçar as doses da penicilina para não ter ↑↑↑ biodisponibilidade e efeitos colaterais, como a hipersensibilidade. Cefalosporinas Classificadas em gerações, tendo relação com a ação e espectro anti-bacteriano dos fármacos. A primeira geração tem bom espectro gram +, conforme aumenta a geração, a ação gram – aumenta e a gram + diminui. 1º geração → gram + o Cefalexina → 1º linha no impetigo e outras piodermites 2º geração → gram – o Infecções por haemophilus influenzae o Não tem uso nas piodermites 3º geração → gram – o Gonorreia o Celulite por H. influenzae 4º geração → gram - (Sobre prova: vai cobrar qual é a primeira linha do tratamento para as piodermites, pode ter dose na prova, mas o erro não vai ser a posologia. O que cobra: via de administração, preparação, mecanismo de ação. O que é importante lembrar é que as primeiras opções vão ser fármacos que tenham bom espectro gram +, que são os principais patógenos da piodermites, e a questão da resistência bacteriana. EX. por que a penicilina G não é mais tão utilizada? Por conta da resistência, definir qual a opção para ser utilizada.) Efeitos adversos das cefalosporinas Flebites Reações cutâneas de hipersensibilidade Nefrossensibilidade → todas tem excreção renal Se hipersensibilidade à penicilina: Leve ou há + de 6 meses → pode administrar Grave e recente → contraindicado Macrolídeos Amplo espectro de ação → gram +, gram – Eritromicina Azitromicina Claritromicina Piodermites → foliculite, celulite, úlcera infectada, impetigo. São 2º linha em várias infecções dermatológicas pela sua atuação anti-inflamatória. (não são a classe mais importante p/ essa prova) Possuem metabolismo hepático e excreção renal, exceto AZT que tem excreção hepática. Efeitos adversos dos macrolídeos Cardiotoxicidade o Efeito arritmogênico, prolongamento do intervalo QT Hepatotoxicidade o Elevação das enzimas hepáticas o Hepatite medicamentosa Interações medicamentosas Aumento da concentração o Varfarina, carbamazepina, teofilina e ciclosporina Aumento do risco de arritmias o Terfenadina e astemizol (anti- histamínicos) VO Quinolonas Mecanismo de ação → inibidores da DNAgirase, que inibem o enovelamento do DNA e impede que a bactéria mantenha a integridade da sua célula, promovendo morte celular. 2º geração → norfloxacina, ciprofolaxina 3º geração → levofloxacina, moxifloxacina Indicações Infecções cutâneas não infectadas por bactérias gram – → úlceras infectadas, foliculites, abcessos Mordidas Efeitos colaterais TGI → colite pseudomembranosa, principalmente por ciprofloxacino Erupções cutâneas Fotossensibilidade Tendinite e artropatias Hepatotoxicidade Interações medicamentosas Redução da absorção de quinolonas o Suplementos com zinco, ferro, alumínio, magnésio, antiácidos Aumento da concentração o Varfarina, teofilina, ciclosporina Controle glicêmico errático o Metformina, glitazonas ___________________________________________ Classe de risco dos fármacos para gestantes (leu a tabela) Classe de risco para lactação (leu a tabela) Antibióticos Tópicos Ácido fusídico Inibidor da síntese proteica. Disponível em creme, com ou sem betametasona. Principais indicações: piodermites (streptococus, staphylococus) e acne, impetigo localizado. Poucas cepas dessas bactérias são resistentes e ele tem menos reações alérgicas Mupirocina Inibidor da síntese proteica. Disponível em creme ou pomada. Eficaz contra cocos gram + nas piodermites. Tem espectro estreito, mas baixos níveis de resistência. Efeito adverso: prurido e queimação local. Não pode ser utilizada em queimaduras ou áreas muito extensas do corpo, porque isso promove maior absorção e potenciais efeitos colaterais. A mupirocina é nefrotóxica! Neomicina e bacitracina Neomicina → gram – Bacitracina → gram + Apresentação em pomada. A neomicina é a principal causa de dermatite de contato, sendo essa uma reação alérgica comum. Eritromicina Tratamento da acne, associada ao peróxido de benzoíla que potencializaseu efeito Indicações: Impetigo (não sistêmico) Ferimentos crônicos ou complexos (úlceras) Profilaxia cirúrgica na cavidade nasal (mupirocina) Antifúngicos Mecanismo de ação 1 → inibição da síntese do ergosterol na membrana celular do fungo (azois). Mecanismo de ação 2 → se ligam ao ergosterol da membrana, formando um poro na célula fúngica, causando sua morte (anfotericina B) Mecanismo de ação 3 → a parede celular dos fungos contém glucans, os fármacos inibem a síntese da parede celular (equinocandinas)
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